tag:blogger.com,1999:blog-49824689023692626812024-03-05T02:03:27.022-03:00AutodinamismoValdir Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13345174928303744438noreply@blogger.comBlogger2127125tag:blogger.com,1999:blog-4982468902369262681.post-22708454856630817922019-09-02T17:16:00.001-03:002019-09-02T17:16:39.117-03:005G impulsionará economia digital da China<div id="conTit">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1Ms52xODIaWcWLjmcy_yfkr-e-0POZDeu0iqroXTG-kUc39Tl-15uuZwSe4jqjiglPWkgN0Ao03cLo9J1TONeTIeSLknpoE6A6Q3LdLkyzdi0Rmf6MpnBiE4bjOpvvIl19t-Bu1nQIzKb/s1600/138236693_1563428002495_title0h+-+5G+constroem+esta%25C3%25A7%25C3%25B5es+em+Beijing.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="1000" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1Ms52xODIaWcWLjmcy_yfkr-e-0POZDeu0iqroXTG-kUc39Tl-15uuZwSe4jqjiglPWkgN0Ao03cLo9J1TONeTIeSLknpoE6A6Q3LdLkyzdi0Rmf6MpnBiE4bjOpvvIl19t-Bu1nQIzKb/s400/138236693_1563428002495_title0h+-+5G+constroem+esta%25C3%25A7%25C3%25B5es+em+Beijing.jpg" width="400" /></a><br />
<br />
<div class="info">
portuguese.xinhuanet.com
</div>
<div class="info">
<br /></div>
</div>
<div id="content">
Shanghai, 2 set (Xinhua) -- Espera-se que a tecnologia 5G ajude a
impulsionar um crescimento de 15,2 trilhões de yuans (US$ 2,1 trilhões)
na economia digital da China de 2020 a 2025, disse no sábado Wang
Zhiqin, vice-diretor da Academia Chinesa de Indústria e Tecnologia da
Informação, subordinada ao Ministério da Indústria e Informatização.<br />
<br />
Wang fez os comentários na Conferência Mundial de Inteligência Artificial 2019, que foi encerrada neste sábado em Shanghai.<br />
<br />
Wang disse que a tecnologia 5G ajudará a aumentar o valor agregado da
indústria da informação da China em 3,3 trilhões de yuans no período
quinquenal. Ao mesmo tempo, contribuirá para um crescimento de 11,9
trilhões de yuans no valor agregado das indústrias de internet para
veículos, manufatura e saúde.<br />
<br />
A tecnologia 5G fornecerá uma infraestrutura chave para o
desenvolvimento da economia digital da China, e a combinação do 5G com a
inteligência artificial, big data e outras tecnologias vai revolucionar
o formato da economia digital, assinalou Wang. </div>
Valdir Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13345174928303744438noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4982468902369262681.post-59764927479485766062019-09-02T16:58:00.001-03:002019-09-02T17:01:05.966-03:00Profissionais jurídicos: detenção de líderes dos grupos de Hong Kong pró "independência" ajuda a conter a violência<div id="conTit">
Manifestantes contrários aos baderneiros de Hong Kong<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_4QGNeGecXmxIcVoCLAd6lSmrtYkSeukMD2uH5lURM4inFAEkzHLnfJl_5JZsxuz9BUS51l6wetuNxij32XbGexOk9xWZlGWplsgR6_hkFN66S7VXcA9GVK3LnbO9O-8uIJ_xXo4rsFCA/s1600/138244878_1563689499981_title0h+-+manifestantes+apoiam+paz+em+Hong+Kong.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="448" data-original-width="895" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_4QGNeGecXmxIcVoCLAd6lSmrtYkSeukMD2uH5lURM4inFAEkzHLnfJl_5JZsxuz9BUS51l6wetuNxij32XbGexOk9xWZlGWplsgR6_hkFN66S7VXcA9GVK3LnbO9O-8uIJ_xXo4rsFCA/s400/138244878_1563689499981_title0h+-+manifestantes+apoiam+paz+em+Hong+Kong.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="info">
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</div>
</div>
<div id="content">
<br />
Hong Kong, 31 ago (Xinhua) -- Profissionais jurídicos de Hong Kong
disseram que a detenção de líderes dos grupos políticos que advogam a
"independência de Hong Kong" demonstrou o espírito do Estado de direito e
ajudará a pôr o fim à agravada violência.<br />
Joshua Wong Chi-fung, Agnes Chow Ting e Andy Chan Ho-tin foram
detidos, confirmou a polícia de Hong Kong na sexta-feira. Eles estavam
estreitamente envolvidos com os recentes incidentes violentos.<br />
Prender os ofensores é conducente para manter a ordem social, disse
CM Chan, vice-presidente da Sociedade de Lei de Hong Kong, na
sexta-feira em uma conferência. "Quaisquer que sejam as reivindicações
'razoáveis' deles, eles não podem violar a lei."<br />
Robin Li Weibin, consultor jurídico da Associação de Empresas
Chinesas em Hong Kong, disse que a polícia apenas realiza as detenções
depois de obter sólidas evidências, pedindo ao Departamento de Justiça
da Região Administrativa Especial de Hong Kong da China (RAEHK) que
traga os detentos aos tribunais o mais breve possível.<br />
Wong e Chow são suspeitos de incitar pessoas a participarem de
assembleias não autorizadas, entre outras, enquanto Chan é suspeito de
causar distúrbios e atacar um oficial da polícia.<br />
Um indivíduo condenado por provocar distúrbios em Hong Kong pode ser
condenado por até 10 anos de cárcere. No ano passado, a Corte de
Apelação Final de Hong Kong deixou claro que os casos de desordem
pública que envolvem violência serão tratados severamente.<br />
"Esse é o princípio geral atualmente aplicado. Eu espero que os
tribunais mantenham em mente o que a Corte de Apelação Final disse e que
deem sentenças graves", disse Grenville Cross, professor honorário de
direito da Universidade de Hong Kong e ex-diretor da promotoria pública.<br />
Os ofensores em incidentes violentos podem também enfrentar
consequências severas. Os indivíduos que atacaram oficiais da polícia
com coquetéis Molotov podem ser acusados de homicídio doloso, disse
Cross. "Aqueles que operaram fábricas de explosivos podem ser acusados
de produzirem materiais que podem causar risco de vida e a penalidade
para isso é a prisão perpétua."<br />
"Os planejadores nos bastidores ou chefes de quadrilhas receberão a penalidade mais alta", acrescentou Cross.<br />
Sobre a recente violência online contra os oficiais da polícia, Li
Weibin disse que as autoridades podem também processar aqueles que
vazaram as informações pessoais dos oficiais da polícia e ameaçaram os
membros de suas famílias.<br />
Os profissionais jurídicos acreditam que o governo da RAEHK tem meios
jurídicos abrangentes para conter a violência, incluindo o Decreto de
Regulamentos de Emergência.<br />
A conferência, realizada pelo Comitê Orientador de Assuntos Jurídicos
da Associação de Empresas Chinesas em Hong Kong, reuniu mais de 140
profissionais do setor na sexta-feira para discutir soluções para a
atual instabilidade social em Hong Kong, a partir de uma perspectiva
jurídica. </div>
Valdir Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13345174928303744438noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4982468902369262681.post-40031056894370911602019-09-02T16:27:00.001-03:002019-09-02T16:27:06.514-03:00Comentário: Quatro lições que Washington precisa aprender com a guerra comercial com a China<div id="conTit">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt_IhHnRmmRv9nKEJCcP0ngC_Zlgu3NC1z2Pp0ADoybO4YWwat-jzCXvotJGJ2B7J78I1Q4xLgS85vKuEt7pYXLugF0qSJqaTOm_aDdVadCBfwNV60fpJKYDzDyJ6xdgvD68p8f_z_RAH3/s1600/138208589_1562556854052_title0h+Supercentro+de+computa%25C3%25A7%25C3%25A3o+na+China.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="1000" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt_IhHnRmmRv9nKEJCcP0ngC_Zlgu3NC1z2Pp0ADoybO4YWwat-jzCXvotJGJ2B7J78I1Q4xLgS85vKuEt7pYXLugF0qSJqaTOm_aDdVadCBfwNV60fpJKYDzDyJ6xdgvD68p8f_z_RAH3/s400/138208589_1562556854052_title0h+Supercentro+de+computa%25C3%25A7%25C3%25A3o+na+China.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="info">
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</div>
</div>
<div id="content">
<br />
Beijing, 1º set (Xinhua) - Estudantes de muitas partes do mundo estão
voltando para a escola nessa época do ano para um novo semestre. Assim
como eles, também é hora dos falcões do comércio em Washington começarem
a aprender pelo menos quatro lições de sua guerra comercial fútil com a
China.<br />
A primeira lição é que a China é uma unha não dobrada diante da tática americana de pressão máxima.<br />
No domingo, parte das novas tarifas adicionais impostas pelo governo
dos EUA sobre 300 bilhões de dólares americanos em importações chinesas
entrou em vigor, enquanto o restante entrará em vigor no dia 15 de
dezembro.<br />
No entanto, a crescente ofensiva comercial de Washington que busca
extrair concessões irracionais de Beijing caiu. Além disso, a
determinação da China de lutar contra o aquecimento econômico dos EUA só
se fortaleceu e suas contramedidas mais resolutas, medidas e
direcionadas. Um porta-voz do Ministério do Comércio da China disse na
quinta-feira que Beijing ainda tem medidas suficientes à sua disposição.<br />
<br />
A segunda coisa que os homens tarifários da Casa Branca devem
aprender é que a economia chinesa é forte e resistente o suficiente para
resistir à pressão provocada pela guerra comercial em andamento.<br />
<br />
Alguns nos Estados Unidos tentaram recentemente levar as empresas
americanas a encontrar "alternativas à China". No entanto, o fato é que o
investimento dos EUA na China ainda está aumentando. No primeiro
semestre deste ano, as empresas dos EUA investiram 6,8 bilhões de
dólares na China, um aumento de 1,5 por cento em relação ao mesmo
período dos dois anos anteriores, de acordo com os dados mais recentes
da empresa de pesquisa econômica de Nova York, Rongding Consulting.
Entre eles, a Tesla lançou sua "super fábrica" global em Shanghai.<br />
<br />
Uma das principais razões para isso é que a China possui o mercado
consumidor mais populoso do mundo, com mais de 400 milhões de
intermediários.<br />
<br />
Como o único país do mundo com todas as categorias industriais da
classificação industrial da ONU, a China é capaz de fornecer uma cadeia
industrial completa e uma cadeia de suprimentos para empresas
multinacionais e reduzir o custo das empresas. Esta é uma vantagem que
nenhum outro país pode oferecer no futuro próximo.<br />
<br />
No momento, o governo chinês está buscando aumentar a proteção dos
direitos de propriedade intelectual, nivelar o campo de atuação dos
investidores estrangeiros e expandir o acesso dos investidores aos
mercados chineses. Acredita-se que essas novas medidas de reforma e
abertura trarão mais oportunidades de negócios para empresas de todo o
mundo.<br />
<br />
O terceiro fato que os radicais comerciais de Washington precisam
parar de negar é que sua guerra comercial está prejudicando o povo e as
empresas americanas.<br />
<br />
As tarifas mais recentes sobre as importações chinesas atingirão pela
primeira vez produtos que antes não eram diretamente direcionados, e a
disputa comercial e tarifária iniciada pelos EUA provavelmente aumentará
diretamente os preços de muitos itens do orçamento doméstico, como
têxteis e roupas, calçados, brinquedos e assim por diante.<br />
<br />
Pesquisadores do JPMorgan estimaram recentemente que as famílias
americanas enfrentarão cerca de 1.000 dólares em custos adicionais de
todas as tarifas de produtos chineses anualmente após a entrada em vigor
das novas taxas, acrescentando que esses custos podem chegar a 1.500
dólares por ano se Washington prosseguir com sua ameaça de continuar
subindo as tarifas.<br />
<br />
A guerra comercial em andamento com a China também está prejudicando
os investimentos e a fabricação das empresas. O Departamento de Comércio
dos EUA disse na quinta-feira que revisou o crescimento da economia dos
EUA no segundo trimestre para 2 por cento, abaixo dos 2,1 por cento
estimados no mês passado.<br />
<br />
Por último, mas não menos importante, os Estados Unidos devem
aprender a se comportar como uma potência global responsável e parar de
agir como um "valentão da escola". Como a única superpotência do mundo,
ela precisa assumir sua devida responsabilidade e se juntar a outros
países para tornar este mundo um lugar melhor e mais próspero.<br />
<br />
Somente então, os Estados Unidos poderão se tornar grandes novamente.</div>
Valdir Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13345174928303744438noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4982468902369262681.post-39566101989264006892019-09-02T15:36:00.001-03:002019-09-02T15:36:58.133-03:00Bolsonaro ameaça demitir braço direito de Paulo Guedes<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-Mt6MmihgBApCQuOF2arutGov5Z88wEN9k3ydjBOEO4NhZvXcALDIZV468O8B4Yc0DTz6TJmKASI__RNsUJ-0akn-C1b0TMQ9VNyL5nD5elynoyn6D4EGSVB3tjO4KORECwvdGmIklgRl/s1600/20190902120932_1321cf39-85e7-45cb-a474-811b060f46d5+-Bozo+Paulo+Guedes.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="1250" height="191" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-Mt6MmihgBApCQuOF2arutGov5Z88wEN9k3ydjBOEO4NhZvXcALDIZV468O8B4Yc0DTz6TJmKASI__RNsUJ-0akn-C1b0TMQ9VNyL5nD5elynoyn6D4EGSVB3tjO4KORECwvdGmIklgRl/s400/20190902120932_1321cf39-85e7-45cb-a474-811b060f46d5+-Bozo+Paulo+Guedes.webp" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="article__lead">
Carlos da Costa, braço direito de Paulo Guedes, é acusado pelo
presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI),
Luiz Augusto de Souza Ferreira (na foto) de ter feito alguns pedidos
'não republicanos'. 'Um dos dois perderá a cabeça', ameaçou Bolsonaro <br />
</div>
<article><div class="article__text marginTop30">
<div class="ad-first-text">
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<div id="google_ads_iframe_/55115104/google-336x280_0__container__" style="border: 0pt none; margin: auto; text-align: center;">
<br /></div>
</div>
</div>
Afirmou nesta segunda-feira que pediu
para o ministro da Economia, Paulo Guedes , apurar o relato do
presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI ),
Luiz Augusto de Souza Ferreira (na foto), que disse em entrevista à
revista "Veja" ter recebido pedidos "não republicanos" do secretário
especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da
Economia, Carlos da Costa.<br />
De acordo com Bolsonaro, os dois podem ser
demitidos. A<a href="https://%20https//oglobo.globo.com/economia/bolsonaro-ameaca-demitir-secretario-de-produtividade-do-ministerio-da-economia-23921586"> informação </a>é do jornal O Globo.<br />
<br />
— Eu tomei conhecimento. Estou louco para saber. Entrei em contato
com o Paulo Guedes, para saber que pedido é esse. Um dos dois, no
mínimo, vai perder a cabeça. Porque não pode ter uma acusação dessas.
Daí vão dizer que ele ficou lá porque tem uma bomba embaixo do braço.
Não é esse o meu governo. Já pedi para apurar.<br />
<br />
Um dos dois, ou os dois
perderão a cabeça — disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada em entrevista à "Veja", Ferreira afirma que Carlos da Costa quer
demiti-lo porque ele não atendeu aos "aos pedidos não republicanos"
feitos pelo secretário.<br />
<br />
A reportagem também informa que o presidente da ABDI, que é vinculada
ao Ministério da Economia, diz que tem provas para apresentar. Ele
ainda disse que está seguindo a "determinação do presidente Bolsonaro de
não atender vagabundo na administração pública".<br />
<br />
<h3>
Brasil247.com</h3>
</div>
</article>Valdir Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13345174928303744438noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4982468902369262681.post-38232024635115569822019-08-26T23:29:00.001-03:002019-08-26T23:31:26.650-03:00Onyx diz que governo vai rejeitar ajuda financeira do G7 para combater queimadas<h2 class="article__headline marginBottom30">
"Agradecemos, mas talvez esses recursos sejam mais relevantes para
reflorestar a Europa", disse o ministro Onyx Lorenzoni, que seguiu o
roteiro de ataque camuflado de suposta 'defesa da soberania', enquanto a
floresta brasileira arde em chamas, com mais de 26 mil focos de
incêndios</h2>
<div class="articleMetadata marginBottom30">
<ul class="articleMetadata__share"><div class="addthis_inline_share_toolbox" data-description=""Agradecemos, mas talvez esses recursos sejam mais relevantes para reflorestar a Europa", disse o ministro Onyx Lorenzoni, que seguiu o roteiro de ataque camuflado de suposta 'defesa da soberania', enquanto a floresta brasileira arde em chamas, com mais de 26 mil focos de incêndios" data-title="Onyx diz que governo vai rejeitar ajuda financeira do G7 para combater queimadas" data-url="https://www.brasil247.com/brasil/onyx-diz-que-governo-vai-rejeitar-ajuda-financeira-do-g7-para-combater-queimadas" style="clear: both;">
<div aria-labelledby="at-572f38dc-d3fc-4290-9446-1f2566442343" class="at-resp-share-element at-style-responsive addthis-smartlayers addthis-animated at4-show" id="atstbx2" role="region">
<img alt="PSL desautoriza Onyx e expõe racha na articulação política do governo" height="235" src="https://publisher-publish.s3.eu-central-1.amazonaws.com/pb-brasil247/swp/jtjeq9/media/20190516180536_e8d2e9fc4597f95faaf81ced6ddfbe59685269cdffb918c2d76cc5054d0c0445.jpeg" style="display: block; margin: 0px auto;" title="PSL desautoriza Onyx e expõe racha na articulação política do governo (Foto: REUTERS/Adriano Machado)" width="400" /></div>
</div>
</ul>
</div>
<br />
<figure>
<figcaption>PSL desautoriza Onyx e expõe racha na articulação política do governo (Foto: REUTERS/Adriano Machado)</figcaption></figure><br />
<div class="article__text marginTop30">
247 - Em meio a uma das maiores queimadas já enfrentadas
pelo país, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que o
governo rejeitará a ajuda do G7 para combater as queimadas na Amazônia,
anunciada nesta segunda-feira (26) pelo presidente da França, Emmanuel
Macron.<br />
"Agradecemos, mas talvez esses recursos sejam mais relevantes para
reflorestar a Europa", disse o ministro, que seguiu o roteiro de ataque
camuflado de suposta 'defesa da soberania', enquanto a floresta
brasileira arde em chamas, com mais de 26 mil focos de incêndios.<br />
"O Macron não consegue sequer evitar um previsível incêndio em uma
igreja que é um patrimônio da humanidade e quer ensinar o quê para nosso
país? Ele tem muito o que cuidar em casa e nas colônias francesas",
disse Onyx, ao blog do colunista Gerson Camarotti, do G1.<br />
Apesar dos fatos apontarem negligência do governo Bolsonaro em conter
a ação criminosa de fazendeiros e grileiros, inclusive apontada por
documentos que mostram que os pedidos de ajuda de órgão como Ibama e
Ministério Público Federal <a href="https://www.brasil247.com/brasil/documentos-mostram-que-forca-nacional-ignorou-alerta-sobre-dia-do-fogo">foram ignorados pelas Forças de Segurança Nacional</a>, o ministro Onyx disse que o Brasil pode ensinar "a qualquer nação" como proteger matas nativas.<br />
"Aliás, não existe nenhum país que tenha uma cobertura nativa maior
que o nosso", bravateou. "O Brasil é uma nação democrática, livre e
nunca teve práticas colonialistas e imperialistas como talvez seja o
objetivo do francês Macron. Aliás, coincidentemente com altas taxas
internas de rejeição", acrescentou.<br />
<h2>
Fonte: Brasil247</h2>
</div>
Valdir Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13345174928303744438noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4982468902369262681.post-32402817729004241472019-08-13T23:37:00.001-03:002019-08-13T23:37:04.917-03:00ANARQUISMO<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh88Uk0VigeTWO_wIKqiUxQiG40q-uFkPUpRJWRcCbFqI0HtLAop1-BPd8i-srwow01sly-FSzcBc_5IpDpmqxkV0MYc4iKiXrLC7a78Xu4w9dKAI-ZdCKykPFw0Tbua5IDOOrk4FvIo2U4/s1600/270px-Bakunin_Nadar+-Mikhail+Bakunin+-+C%25C3%25B3pia.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="270" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh88Uk0VigeTWO_wIKqiUxQiG40q-uFkPUpRJWRcCbFqI0HtLAop1-BPd8i-srwow01sly-FSzcBc_5IpDpmqxkV0MYc4iKiXrLC7a78Xu4w9dKAI-ZdCKykPFw0Tbua5IDOOrk4FvIo2U4/s400/270px-Bakunin_Nadar+-Mikhail+Bakunin+-+C%25C3%25B3pia.jpg" width="300" /></a></div>
Doutrina e movimento que rejeitam o princípio da autoridade política e sustentam que a
ordem social é possível e desejável sem essa autoridade. O principal vetor negativo do anarquismo
dirige-se contra os elementos essenciais que constituem o ESTADO moderno: sua territorialidade e a
consequente noção de fronteiras; sua soberania, que implica jurisdição exclusiva sobre todas as
pessoas e propriedades dentro de suas fronteiras; seu monopólio dos principais meios de coerção
física, com o qual busca manter essa soberania tanto interna como externamente; seu sistema de
direito positivo que pretende sobrepor-se a todas as outras leis e costumes, e a ideia de que a nação
é a comunidade política mais importante. O vetar positivo do anarquismo volta-se para a defesa da
“sociedade natural”, isto é, de uma sociedade autorregulada de indivíduos e de grupos livremente
formados.
Embora o anarquismo se baseie em fundamentos intelectuais liberais, entre os quais,
notadamente, a distinção entre Estado e sociedade, o caráter multiforme da doutrina torna difícil
distinguir com clareza diferentes escolas de pensamento anarquista. Mas uma distinção importante é
a que se estabelece entre o anarquismo individualista e o anarquismo socialista. O primeiro enfatiza
a liberdade individual, a soberania do indivíduo, a importância da propriedade ou da posse privada
e a iniquidade de todos os monopólios: pode ser considerado um liberalismo levado às suas
consequências extremas. O “anarcocapitalismo” é uma variação contemporânea dessa escola (ver
Pennock e Chapman, 1978, caps.12-14). O anarquismo socialista, ao contrário, rejeita a propriedade
privada juntamente com o Estado, como a principal fonte da desigualdade social. Insistindo na
igualdade social como a condição necessária para a máxima liberdade individual de todos, o ideal
do anarquismo socialista pode ser caracterizado como a “individualidade na comunidade”. Ele
representa uma fusão do liberalismo com o socialismo: socialismo libertário.
A primeira exposição sistemática de ideias anarquistas foi feita por William Godwin (1756-
1836), e algumas de suas concepções podem ter influenciado os socialistas cooperativistas
inspirados por Owen. Mas o anarquismo clássico, como parte integrante, embora contenciosa, do
movimento socialista mais amplo, foi inspirado originalmente pelas ideias mutualistas e federalistas
de PROUDHON. Proudhon formulou uma abordagem essencialmente cooperativista do socialismo, mas
insistia em que o poder do capital e o poder do Estado eram sinônimos e portanto o proletariado não
poderia vir a emancipar-se por meio do uso do poder de Estado. Estas últimas ideias foram
vigorosamente divulgadas por BAKUNIN, sob cuja liderança o anarquismo se desenvolveu em fins da
década de 1860 como sério rival do socialismo marxista no plano internacional. Ao contrário de
Proudhon, Bakunin defendia a expropriação violenta e revolucionária da propriedade capitalista e da
propriedade fundiária, o que levaria a alguma modalidade de coletivismo. O sucessor de Bakunin, o
príncipe russo Piotr Alekseievitch Kropotkin (1842-1921), ressaltou a importância da ajuda mútua
como fator da evolução social e foi um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento da teoria
do comunismo anarquista, de acordo com a qual “tudo pertence a todos” e a distribuição baseia-se
exclusivamente nas necessidades. Em seu ensaio L’État, son rôle historique, publicado em francês
em 1906, Kropotkin realizou uma análise penetrante da bête-noire dos anarquistas.
A estratégia de Bakunin previa levantes espontâneos das classes oprimidas, tanto de camponeses
como de trabalhadores industriais, em insurreições generalizadas no curso das quais o Estado seria
abolido e substituído por comunas autônomas, ligadas federalmente em níveis regional, nacional e
internacional. A COMUNA DE PARIS de 1871 – saudada por Bakunin como “uma negação ousada e
franca do Estado” – aproximou-se desse modelo anarquista de revolução. No período subsequente ao
seu esmagamento – que, segundo Engels, seria devido à falta de centralização e de autoridade e à sua
dificuldade em valer-se com o desembaraço necessário de sua autoridade coercitiva –, cresceu a
tendência para o socialismo com Estado, tanto do tipo marxista como do tipo reformista. Alguns
anarquistas adotaram então a tática da “propaganda pelo ato” – atos de assassinato de grandes figuras
políticas e de terrorismo contra a burguesia – com o objetivo de estimular insurreições populares. A
consequente repressão ao movimento levou outros anarquistas a desenvolverem uma estratégia
alternativa, ligada ao SINDICALISMO. O objetivo era transformar os sindicatos em instrumentos
revolucionários do proletariado em sua luta contra a burguesia, e fazer deles, e não das comunas, as
unidades de base de uma ordem socialista. Pretendia-se que a revolução viesse a tomar a forma de
uma Greve Geral, durante a qual os trabalhadores assumiriam o controle dos meios de produção, da
distribuição e da troca e aboliriam o Estado. Foi através do sindicalismo que o anarquismo exerceu,
no período entre 1895 e 1920, a sua maior influência sobre os movimentos, trabalhista e socialista.
Essa influência durou mais tempo na Espanha onde, durante a Guerra Civil (1936-1939), os
anarcossindicalistas tentaram colocar em prática sua concepção da revolução. Desde o declínio do
sindicalismo, o anarquismo teve uma influência apenas limitada sobre os movimentos socialistas,
mas houve um renascimento notável das ideias e tendências anarquistas (nem sempre reconhecidas
como tal) nos movimentos da Nova Esquerda na década de 1960. Atualmente, o anarcopacifismo,
influenciado por uma tradição de anarquismo cristão, embora inspirado sobretudo pelas técnicas de
ação direta não violenta popularizadas por M.K. Gandhi (1869-1948), é uma tendência significativa
dos movimentos pela paz do Ocidente.
Tanto o anarquismo individualista como o anarquismo socialista, expressos por Max Stirner
(1805-1856), Proudhon e Bakunin, foram considerados suficientemente importantes para merecerem
críticas detalhadas de Marx e Engels (ver Thomas, 1980), que, de um modo geral, concebiam o
anarquismo como um fenômeno pequeno-burguês, ao qual aliava-se, no caso de Bakunin, o
aventureirismo demagógico característico dos intelectuais déclassés e do LUMPEMPROLETARIADO.
Enquanto tendência “sectária” obsoleta no interior do movimento socialista, o anarquismo refletia o
protesto e o inconformismo da pequena burguesia contra o desenvolvimento do capitalismo em
grande escala e o Estado centralizador que salvaguarda os interesses da burguesia. Esse protesto
tomava a forma de negação, não de um qualquer Estado real, verdadeiramente existente, mas de “um
Estado abstrato, o Estado enquanto tal, um estado que não existe em parte alguma” como escreveu
Marx em A Aliança da Democracia Social e a Associação Internacional dos Trabalhadores (1873,
seção II). E, o que é mais importante, o anarquismo negava o que havia de mais essencial, segundo a
concepção de Marx e Engels, na luta pela emancipação da classe operária: a ação política de um
partido independente da classe operária voltado para a conquista, e não para a destruição imediata,
do poder de Estado. “Para os comunistas, escreveu Engels, a abolição do Estado só faz sentido
enquanto resultado necessário da abolição das classes, pois, com o desaparecimento dessas, a
necessidade do poder organizado de uma classe para subjugar as outras automaticamente desaparece
também” (Marx, Engels, Lênin, 1972, p.27).
O anarquismo sobreviveu a tais críticas e continua sendo uma importante fonte para a crítica da
teoria e da prática marxistas. A opinião bastante generalizada de que os comunistas marxistas e os
anarquistas concordam quanto ao fim (uma sociedade sem classes e sem Estado), mas divergem
sobre os meios para alcançar esse fim, parece infundada. De nível mais profundo, a discordância
versa sobre a natureza do Estado, sobre sua relação com a sociedade e com o capital, e sobre como a
política, enquanto uma forma de alienação, pode ser transcendida.<br />
<br />
GO
Bibliografia: Ansart, Pierre, Marx et l’anorchisme, 1969 • Apter, David & James Joll (orgs.), Anarchism Today , 1971 • Guérin,
Daniel, L’anarchisme, 1965; Anarchism, 1970 [O anarquismo: da doutrina à ação, 1968] • Kropotkin, P.A., Selected Writings an
Anachism and Revolution, 1970 • Marx, Engels & Lenin, Anarchism and Anarcho-Syndicalism, 1972 • Nattaf, A., La révolution
anarchiste, 1968 • Pennock, J.R. & J.W. Chapman (orgs.), Anarchism, 1978 • Tarizzo, D., L’anarchie, 1979 • Ternon, Y., Makhno, La
révolte anarchiste, 1981 • Thomas, Paul, Karl Marx and the Anarchists, 1980 • Woodcock, George, Anarchism, 1963.Valdir Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13345174928303744438noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4982468902369262681.post-4369079314203841682019-08-08T23:27:00.001-03:002019-08-08T23:27:05.728-03:00O AGNOSTICISMO<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIk7iRKU8m_LI27hptfE-2MvmN_57Ln3C100fbRnKYAg5iMzdsQWchqm57NXkG-EhvPI_f42ZYS2GuuiIjM9UqQN7IMsgzCob9FtaAQjchsP3bBDiub-ZQ_pllzmL4ST-0S4WWZJNFpUAk/s1600/Lenin%252C+Marx+e+Engels.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="240" data-original-width="320" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIk7iRKU8m_LI27hptfE-2MvmN_57Ln3C100fbRnKYAg5iMzdsQWchqm57NXkG-EhvPI_f42ZYS2GuuiIjM9UqQN7IMsgzCob9FtaAQjchsP3bBDiub-ZQ_pllzmL4ST-0S4WWZJNFpUAk/s400/Lenin%252C+Marx+e+Engels.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
Ao rejeitar qualquer esforço muito laborioso para negar a existência de Deus, Engels
parece julgar essa tarefa não só pouco convincente, como também uma perda de tempo (AntiDuhring, parte I, cap.IV). Para ele e para Marx, a religião, exceto como fenômeno histórico e social,
não era muito mais do que uma história da carochinha. A posição agnóstica de conservar o espírito
aberto em relação ao assunto ou de admitir Deus como uma possibilidade não provada não era de
tipo a ser levada muito a sério por eles. Marx e Engels consideraram a Reforma como
“revolucionária” porque representou o desafio de uma nova classe ao feudalismo, mas também, a
longo prazo, porque a derrocada da velha Igreja abria caminho para uma secularização gradual do
pensamento entre as classes alfabetizadas, passando a religião a ser considerada, cada vez mais,
apenas como uma questão privada.
Marx escreveu em 1854, num ensaio intitulado “A decadência da autoridade religiosa”,
publicado como artigo de fundo do jornal New York Daily Tribune , que, a partir da Reforma, as
pessoas alfabetizadas” começaram a livrar-se individualmente de todas as crenças religiosas”: na
França como nos países protestantes, a partir do século XVIII aproximadamente, quando a filosofia
conquistou seu lugar de maneira definitiva. O deísmo era, a seus olhos, muito semelhante ao
agnosticismo, uma forma cômoda de livrar-se de dogmas desgastados. Por ter alarmado as classes
superiores, a Revolução Francesa provocou uma transformação, grande mas superficial, e uma
aliança explícita entre tais classes e as Igrejas, que as agitações de 1848 fizeram reviver. Mas esta
era já, então, uma aliança precária, e a autoridade eclesiástica só era reconhecida pelos governos na
medida em que isso lhes era conveniente. Marx ilustrou essa situação mostrando como, na Guerra da
Crimeia, deflagrada em 1854, em que a Grã-Bretanha e a França tomaram o partido da Turquia, os
cleros protestante e católico desses países viram-se obrigados a orar pela vitória de infiéis contra
cristãos. Isso, na opinião de Marx, faria de tais cleros, no futuro, ainda mais claramente, criaturas
dos políticos.
Segundo Engels, os estrangeiros cultos que se transferiam para a Inglaterra em meados do século
surpreendiam-se com a solenidade religiosa ainda encontrada entre as classes médias naquele país,
mas as influências cosmopolitas já estavam começando a se fazer sentir e a ter o que ele chamou de
efeito civilizador em Sobre o materialismo histórico. A decadência da fé, que poetas como
Tennyson e Arnold lamentaram com acentos patéticos, tocava-o pelo lado cômico. O agnosticismo
passou a ser tão respeitável quanto a Igreja Anglicana, escreveu ele em 1892, e muito mais do que o
Exército da Salvação; não passava, na realidade, de um materialismo “envergonhado” (“Introdução”
a Do socialismo utópico ao socialismo científico). Engels analisou o agnosticismo em seu sentido
filosófico, de incerteza quanto à realidade da matéria ou de causação, e foi dessa maneira que a
expressão foi usada mais comumente pelos marxistas que vieram depois dele. Lênin, em particular,
em sua polêmica contra o empiriocriticismo (1908, cap.II, 2) esforçou-se por sustentar que as novas
ideias de Mach e de sua escola positivista não eram realmente diferentes das velhas ideias que
haviam tido origem com Hume e que Engels havia combatido como uma forma perniciosa de
agnosticismo. Admitir que nossas sensações têm origem física, mas tratar como questão aberta a
possibilidade de que nos proporcionem informações corretas sobre o universo físico, era, na opinião
de Lênin, apenas jogar com as palavras. (Ver também FILOSOFIA.)<br />
VGK<br />
Bibliografia: Lenin, V.I., Materialism and Empirio-criticism, 1908 (1962) [Materialismo e empiriocriticismo, 1975].<br />
<br />
Fonte: Dicionário do Pensamento MarxistaValdir Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13345174928303744438noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4982468902369262681.post-58341214064584442432019-08-07T00:23:00.001-03:002019-08-07T01:17:04.986-03:00Zizek: por que os EUA podem guinar à esquerda<div class="td-post-header">
<br />
<header class="td-post-title">
Por<br />
<div class="td-module-meta-info">
<div class="td-post-author-name">
<a href="https://jornalggn.com.br/author/jornal-ggn/">Jornal GGN</a><br />
<div class="td-author-line">
- </div>
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<span class="td-post-date td-post-date-no-dot">06/08/2019</span> </div>
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<div class="td-a-rec td-a-rec-id-content_top td_uid_2_5d4a2c6c02911_rand td_block_template_10">
</div>
<strong>por <a href="https://outraspalavras.net/author/slavojzizek/" rel="author" title="Posts de Slavoj Žižek">Slavoj Žižek</a></strong><br />
<strong>Tradução: Antonio Martins</strong><br />
<a href="https://outraspalavras.net/outrapolitica/zizek-por-que-os-eua-podem-guinar-a-esquerda/"><strong>Em Outras Palavras</strong></a><br />
<div class="code-block code-block-1" style="clear: both; margin: 8px auto; text-align: center;">
<div class="ggnads adv-dfp-google" id="jornalggn_horizontal_2">
</div>
</div>
Nos Estados Unidos, muitos dos chamados membros “moderados” do
Partido Democrata preferem que Donald Trump mantenha a presidência, a
uma vitória de Bernie Sanders ou de outro autêntico partidário de
posições à esquerda. Neste sentido, são espelhos dos republicanos
ligados ao <em>establishment — </em>como George W. Bush e Colin Powell –, que expressaram publicamente seu apoio a Hillary Clinton, nas eleições de 2016.<br />
Num dos debates acalorados prévios à escolha do candidato democrata,
semana passada, o ex-governador do Colorado, John Hickenlooper, advertiu
que “poderíamos entregar a eleição para Donald Trump”, caso o partido
adote posições radicais – como o Green New Deal, o programa de
assistência médica pública e gratuita para todos, proposto por Bernie
Sanders e outras iniciativas que mudam paradigmas.<br />
O debate que se seguiu expôs claramente os dois campos no Partido Democrata: os “moderados” (que representam o <em>establishment </em>do
partido, cuja face principal é Joe Biden) e os democratas socialistas
(Bernie Sanders, talvez Elizabeth Warren e as quatro congressistas
apelidadas por Trump de “esquadrão democrata” [<em>Dem Squad</em>], cuja face mais popular é agora Alexandria Ocasio-Cortez.<br />
<div class="code-block code-block-2" style="clear: both; margin: 8px auto; text-align: center;">
</div>
Esta disputa é provavelmente a mais importante batalha política que ocorre hoje, em qualquer parte do mundo.<br />
Poder parecer que os moderados têm uma posição convincente. Afinal,
os socialistas democráticos não são, claramente, radicais demais para
conquistar a maioria dos eleitores? A verdadeira batalha não é pelos
eleitores indecisos (e moderados), que nunca apoiariam uma muçulmana,
como Ilhan Omar, cujos cabelos são cobertos por um véu? E o próprio
Trump não sabe disso, tendo inclusive atacado o “esquadrão” e obrigado o
conjunto do Partido Democrata a solidarizar-se com as quatro garotas,
elevadas ao status de símbolos partidários?<br />
<div style="clear: both; margin-bottom: 10px; margin-top: 5px;">
<a class="u090dff805d3cf6f199985508ee9fc46b" href="https://jornalggn.com.br/artigos/a-funcao-tipica-de-colapso-e-a-entropia-do-sistema-financeiro-internacional/" rel="nofollow" target="_blank"></a><br />
<div style="padding-left: 1em; padding-right: 1em;">
<a class="u090dff805d3cf6f199985508ee9fc46b" href="https://jornalggn.com.br/artigos/a-funcao-tipica-de-colapso-e-a-entropia-do-sistema-financeiro-internacional/" rel="nofollow" target="_blank"><span class="ctaText">Leia também:</span> <span class="postTitle">A função típica de colapso e a entropia do sistema financeiro internacional, por Rogério Mattos</span></a></div>
<a class="u090dff805d3cf6f199985508ee9fc46b" href="https://jornalggn.com.br/artigos/a-funcao-tipica-de-colapso-e-a-entropia-do-sistema-financeiro-internacional/" rel="nofollow" target="_blank">
</a></div>
Para
os centristas do Partido Democrata, o importante é livrar-se de Trump e
retornar à hegemonia normal, liberal-democrata, que as eleições de 2016
desfizeram.<br />
<div class="code-block code-block-3" style="clear: both; margin: 8px auto; text-align: center;">
</div>
<h4>
Déjà Vu</h4>
Infelizmente, esta estratégia já foi testada: Hillary Clinton
seguiu-a, e uma vasta maioria da mídia julgou que ela não poderia
perder, porque Trump seria inelegível. Até mesmo dois ex-presidentes
republicanos, Bush pai e filho, apoiaram-na, mas ela perdeu para Trump.
Sua vitória solapou o <em>establishment </em>a partir da direita.<br />
Agora, não seria a hora de e esquerda democrata fazer o mesmo? Como Trump há três anos, ela tem chance real de vencer.<br />
Trata-se, é claro, de uma perspectiva que coloca o conjunto do <em>establishment </em>em pânico. Os economistas do <em>mainstream </em>preveem o colapso econômico dos EUA no caso de uma vitória de Sanders, e os analistas políticos de <em>establishment </em>temem
a emergência de um socialismo de Estado totalitário. Ao mesmo tempo,
esquerdistas moderados simpatizam com os objetivos dos socialistas
democráticos mas advertem que, infelizmente, são irrealistas. Algo
inteiramente novo está ocorrendo nos Estados Unidos<br />
<div class="code-block code-block-4" style="clear: both; margin: 8px auto; text-align: center;">
</div>
O mais animador, na ala esquerda do Partido Democrata é o fato de ela
ter deixado para trás as águas paradas do Politicamente Correto, que
afloraram recentemente nos excessos do movimento “Me Too”. Embora apoiem
firmemente as lutas feministas e antirracistas, os integrantes desta
ala estão focados em temas sociais como assistência universal à Saúde e
as ameaças ecológicas.<br />
Estão muito longe de ser socialistas loucos, interessados em
transformar os EUA numa nova Venezuela. Simplesmente levam aos EUA um
pouco da boa e velha social-democracia europeia. Basta um rápido olhar a
seu programa para que fique muito claro: eles não representam ameaça
maior às liberdades ocidentais que <a href="https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwikttiGuuzjAhXhHrkGHQYyDJ0QFjABegQIBxAB&url=https%3A%2F%2Fpt.wikipedia.org%2Fwiki%2FWilly_Brandt&usg=AOvVaw1UPyBuwvDSAtTqini_10et">Willy Brandt</a> ou <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Olof_Palme">Olof Palme</a>.<br />
<div style="clear: both; margin-bottom: 10px; margin-top: 5px;">
<a class="u6c10e8564340b07d5648bc6787e916a0" href="https://jornalggn.com.br/artigos/bolsonaro-e-o-despota-de-montesquieu-por-aldo-fornazieri/" rel="nofollow" target="_blank"></a><br />
<div style="padding-left: 1em; padding-right: 1em;">
<a class="u6c10e8564340b07d5648bc6787e916a0" href="https://jornalggn.com.br/artigos/bolsonaro-e-o-despota-de-montesquieu-por-aldo-fornazieri/" rel="nofollow" target="_blank"><span class="ctaText">Leia também:</span> <span class="postTitle">Bolsonaro e o déspota de Montesquieu, por Aldo Fornazieri</span></a></div>
<a class="u6c10e8564340b07d5648bc6787e916a0" href="https://jornalggn.com.br/artigos/bolsonaro-e-o-despota-de-montesquieu-por-aldo-fornazieri/" rel="nofollow" target="_blank">
</a></div>
<h4>
Tudo mudou</h4>
Mas ainda mais importante é que eles não são a única voz da jovem
geração radicalizada. Suas faces públicas – quatro jovens mulheres e um
velho homem branco – já contam uma história diferente. Sim, eles
demonstram claramente que a maioria da jovem geração nos EUA está
cansada do <em>establishment </em>em todas as suas versões. Também é
cética sobre a possibilidade do capitalismo, tal com o conhecemos, lidar
com os problemas que enfrentamos. Para eles, a palavra <em>socialismo </em>já não é um tabu.<br />
<div class="code-block code-block-5" style="clear: both; margin: 8px auto; text-align: center;">
</div>
Entretanto, o verdadeiro milagre é o fato de muitos que se somaram
aos “velhos homens brancos”, como Sanders, serem integrantes da geração
mais antiga de trabalhadores comuns, gente que frequentemente tendia a
votar no Partido Republicano ou mesmo em Trump.<br />
O fenômeno em curso é algo que os partidários das Guerras Culturais e
das políticas identitárias consideravam impossível: antirracistas,
feministas e ecologistas somando forças com o que era considerado a
“maioria moral” de trabalhadores comuns. Bernie Sanders – e não a “nova”
extrema direita – é a verdadeira voz da maioria moral, se é que este
termo tem algum sentido positivo.<br />
Portanto, a possível ascensão dos democratas socialistas não favorece
a reeleição de Trump. Na verdade, John Hickenlooper e outros moderados
estavam enviando uma mensagem a Trump, do debate. O que queriam dizer é:
“podemos ser seus inimigos, mas tudo o que queremos é a derrota de
Bernie Sanders. Não se preocupe. Se ele ou alguém semelhante for o
candidato do Partido Democrata, não o apoiaremos. Nós, secretamente,
preferimos que você ganhe”.</div>
Valdir Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13345174928303744438noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4982468902369262681.post-91099869223880310482019-07-26T22:25:00.001-03:002019-07-26T23:16:23.658-03:00Futuro da Europa está ligado ao da China, diz especialista<div id="conTit">
portuguese.xinhuanet.com<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOuW9HkWDCLrMkCJEB6FjsXX7CeGw7XhNRlUXp8ZLHXQAjQ5F-pVLWpaZUrQYqrrAtdBNbdxWHG8kD-GVmPgBGigWPgBIRIxDekjMIP67YYXigHPhrxuPe6mRP-hqLZmndLjdmz0Imphl9/s1600/Arquitetura+em+Mil%25C3%25A3o.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOuW9HkWDCLrMkCJEB6FjsXX7CeGw7XhNRlUXp8ZLHXQAjQ5F-pVLWpaZUrQYqrrAtdBNbdxWHG8kD-GVmPgBGigWPgBIRIxDekjMIP67YYXigHPhrxuPe6mRP-hqLZmndLjdmz0Imphl9/s1600/Arquitetura+em+Mil%25C3%25A3o.jpeg" /></a></div>
<br /></div>
<div id="content">
Por Federico Grandesso<br />
Bruxelas, 25 jul (Xinhua) -- Nenhuma mudança importante é esperada
sobre a política da União Europeia sob a nova liderança da UE, dada sua
visão prática sobre a China e as relações bilaterais, e há muito espaço
para uma cooperação bilateral, disse um especialista à Xinhua.<br />
Cidadãos europeus vêem a China como uma civilização que remonta a
milhares de anos, disse Fraser Cameron, ex-diplomata britânico e diretor
do Centro UE-Ásia, com sede em Bruxelas, um centro de estudos dedicado a
promover laços mais estreitos entre a UE e a Ásia.<br />
Os europeus "olham para a China como um grande destino para o
turismo, boa comida e grandes relíquias históricas, como a Grande
Muralha da China. Além disso, os cidadãos da UE consideram a China uma
grande potência econômica, portanto o futuro da Europa está ligado ao
futuro da China", disse ele à Xinhua em uma entrevista recente.<br />
Para aprofundar a compreensão e a confiança mútua, Cameron disse que
deveria haver uma discussão muito aberta e franca sobre todas as
questões importantes, como irritação comercial e reforma da OMC, e a UE e
a China tiveram que trabalhar mais estreitamente na mudança climática.<br />
"Eles devem apoiar o acordo nuclear com o Irã e minimizar as áreas de diferença", disse ele.<br />
"A prioridade (para os dois lados) é lidar com os novos desafios do
mundo comercial complexo em que vivemos, como o comércio eletrônico, a
inteligência artificial e, obviamente, a reforma da OMC. Essas são áreas
nas quais ambas as partes vão trabalhar" juntos nos próximos cinco anos
", disse Cameron.<br />
Discorrendo sobre a questão da reforma da OMC, Cameron disse à
Xinhua que a UE e a China têm uma responsabilidade especial de preservar
o futuro da OMC.<br />
Em termos de cooperação bilateral, ele disse que a UE concordou que a China é tanto um parceiro quanto um concorrente.<br />
"Isso não é surpreendente, dada a enormidade do comércio entre a UE e
a China e, inevitavelmente, haverá áreas em que os problemas ocorrerão.
Mas a China não é vista como inimiga, porque a UE não tem nenhum
confronto militar com Beijing", disse Cameron.<br />
Questionado sobre o que a UE tem que fazer para enfrentar os EUA
política interna, ele disse que "a política 'América Primeiro' tem o
risco de nos levar rapidamente a um mundo de confrontos em vez de
cooperação, e esse é o grande perigo".<br />
Sendo assim, a UE tem que procurar outros parceiros e demonstra aos
EUA que vale a pena preservar o sistema multilateral. Bruxelas quer
desenvolver sua própria política em relação à China, levando em conta os
interesses europeus, disse ele.<br />
A fim de melhorar as relações com a China, Cameron disse que é
necessário apoiar o contato entre pessoas e identificar mais áreas de
cooperação, como a manutenção da paz, o desenvolvimento da África e o
combate à pirataria, como foi alcançado no Leste da África.<br />
"Acho que a China entende que a Europa tem muita experiência em lidar
com a África. Tanto a UE como a China têm interesse em apoiar a
estabilidade e a boa governança nesse continente", acrescentou Cameron. </div>
Valdir Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13345174928303744438noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4982468902369262681.post-3222968381646872522019-07-25T20:29:00.005-03:002019-07-25T20:29:48.080-03:00Pesquisadores chineses desenvolvem novo meio para regenerar retina<div id="conTit">
portuguese.xinhuanet.com<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx0wceAkVGfYdbaL15m52eb5R2CYf39cpvec7GuYW0bqIujC7sF4OR_uV6gDRGYuP2q3CjcbaIgHSxIF0-i3bsmXGwd-O5Q1r-uek6N3_Xx7Mh3OR3MUfgQcObDelCi-aM73v60XoCuNfj/s1600/138255837_15640163090231n+-+Estudo+sobre+retinopatia+na+China..jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="599" data-original-width="899" height="425" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx0wceAkVGfYdbaL15m52eb5R2CYf39cpvec7GuYW0bqIujC7sF4OR_uV6gDRGYuP2q3CjcbaIgHSxIF0-i3bsmXGwd-O5Q1r-uek6N3_Xx7Mh3OR3MUfgQcObDelCi-aM73v60XoCuNfj/s640/138255837_15640163090231n+-+Estudo+sobre+retinopatia+na+China..jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
</div>
<div id="content">
Beijing, 25 jul (Xinhua) - Pesquisadores chineses usaram um tipo de
célula-tronco, as células iPS, para regenerar retina, o que cria
potencial para desenvolver novas terapias para algumas doenças que
causam cegueira, tal como a degeneração da retina.<br />
<br />
As células iPS são um tipo de célula-tronco pluripotente
artificialmente derivada de uma célula não pluripotente. Elas podem ser
induzidas para ter as mesmas informações genéticas das células
embrionárias iniciais.<br />
<br />
Cientistas da Universidade Centro-Sul da China fizeram células iPS a
partir de células somáticas na urina ou sangue dos pacientes e as
induziram a se diferenciarem em células RPE, uma camada na parte
posterior do olho.<br />
<br />
Segundo a pesquisa publicada na revista acadêmica Acta Biomaterialia,
as células RPE podem formar uma camada ultrafina de estrutura
semelhante à retina.<br />
<br />
Nos futuros estudos, os pesquisadores planejam transplantar a
estrutura atrás da retina do paciente para ver se podem estabelecer a
visão do paciente.<br />
<br />
Como as células iPS são derivadas das células do paciente, evita-se a rejeição do transplante.<br />
<br />
A degeneração da retina, que pode resultar em cegueira permanente, é
uma das doenças de olho mais comuns entre as pessoas acima de 50 anos. </div>
Valdir Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13345174928303744438noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4982468902369262681.post-88271600416035396122019-07-24T20:17:00.003-03:002019-07-24T20:17:56.795-03:00Escritório do Comissário do Ministério das Relações Exteriores da China em HK pede que EUA parem de enviar sinais errados para violência ilegal<div id="conTit">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS5N8YQrhN0bePFRdeLIW2dXzG3OORXBNNE7G3Mr988GyQ8JVORvS20t_pA9q9MQK6praC990GR_5J5G3cXRVnwhG6htAOyShv6SG1sO_669FKKNpNgJMlzpFsZXUYxZ1Whm9bXNgMg-SN/s1600/138192458_1562067964796_title0h+-+bandeiras+da+China+e+Hong+Kong.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="390" data-original-width="690" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS5N8YQrhN0bePFRdeLIW2dXzG3OORXBNNE7G3Mr988GyQ8JVORvS20t_pA9q9MQK6praC990GR_5J5G3cXRVnwhG6htAOyShv6SG1sO_669FKKNpNgJMlzpFsZXUYxZ1Whm9bXNgMg-SN/s400/138192458_1562067964796_title0h+-+bandeiras+da+China+e+Hong+Kong.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="info">
<br /></div>
</div>
<div id="content">
<br />
Hong Kong, 24 jul (Xinhua) -- O Escritório do Comissário do
Ministério das Relações Exteriores da China na Região Administrativa
Especial de Hong Kong (RAEHK) instou na terça-feira que os Estados
Unidos parem de enviar sinais errados para a violência ilegal.<br />
<br />
O porta-voz do escritório do comissário expressou forte desaprovação e
firme oposição contra as observações falsas de um porta-voz do
Departamento de Estado dos EUA sobre Hong Kong um dia atrás.<br />
<br />
O porta-voz afirmou que é amplamente reconhecido que os princípios de
"um país, dois sistemas", "Povo de Hong Kong governa Hong Kong" e um
alto grau de autonomia na RAEHK têm sido fielmente implementados desde o
retorno de Hong Kong à Pátria, e que o povo de Hong Kong desfruta
atualmente de direitos democráticos e liberdades extensivas sem
precedentes de acordo com a lei.<br />
<br />
A acusação dos EUA da suposta "erosão da autonomia de Hong Kong" é
uma tentativa de difamação preconceituosa e infundada por motivos
políticos, acrescentou o porta-voz.<br />
O porta-voz enfatizou que as ações extremas e violentas recentes em
Hong Kong têm prejudicado severamente o fundamento do Estado de direito
em Hong Kong, imposto uma grande ameaça à segurança e ordem pública, e
atropelado a linha vermelha de "um país, dois sistemas."<br />
<br />
"Instamos mais uma vez que o lado norte-americano evite aplicar
padrões duplos, pare imediatamente de enviar qualquer sinal errado para a
violência ilegal, e se abstenha imediatamente de interferir nos
assuntos de Hong Hong e nos assuntos domésticos da China sob qualquer
pretexto", disse o porta-voz.<br />
<br />
<div id="conTit">
<div class="info">
portuguese.xinhuanet.com</div>
</div>
<div id="content">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
</div>
</div>
Valdir Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13345174928303744438noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4982468902369262681.post-21709514884645517602019-07-23T20:04:00.001-03:002019-07-23T20:04:13.397-03:00Bolsonaro é o racista-chefe da Ku Klux Klan e do lixo branco brasileiro .<div class="header-noticias">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhY7Oos_Q4FDiTE_1Oa-XXRb-2g4at6OnV3HxgnZOKBIpiBNHBpZC4Q4UUaqhbbft9WfPA-T4BqxT_q2hNEhl4RIUcopgZQoK_Akgq1eKGwl3Lhch2bm_UtfCcpiOTWyg-Y4jK_9tdrlcUl/s1600/a-jesse+-livro+de+jess%25C3%25A9+de+souza.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="700" data-original-width="515" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhY7Oos_Q4FDiTE_1Oa-XXRb-2g4at6OnV3HxgnZOKBIpiBNHBpZC4Q4UUaqhbbft9WfPA-T4BqxT_q2hNEhl4RIUcopgZQoK_Akgq1eKGwl3Lhch2bm_UtfCcpiOTWyg-Y4jK_9tdrlcUl/s320/a-jesse+-livro+de+jess%25C3%25A9+de+souza.jpg" width="235" /></a></div>
<br /></div>
<div class="texto-materia">
<div class="col-md-6">
<img alt="" class="img-responsive wp-post-image" sizes="(max-width: 515px) 100vw, 515px" src="http://www.patrialatina.com.br/wp-content/uploads/2019/07/a-jesse.jpg" srcset="http://www.patrialatina.com.br/wp-content/uploads/2019/07/a-jesse.jpg 515w, http://www.patrialatina.com.br/wp-content/uploads/2019/07/a-jesse-221x300.jpg 221w" style="float: left; padding-bottom: 10px; padding-right: 15px;" /></div>
<br />
<center>
<br />
<h3 style="text-align: left;">
– A continuidade da escravidão com outros meios</h3>
<div style="text-align: left;">
<strong>por Jessé Souza [*]</strong></div>
<div style="text-align: left;">
Cartaz da conferência de Jesse Souza. Não se entende o Brasil sem compreender a função do racismo racial entre nós. Não existe preconceito mais importante entre nós já que ele tem o poder de definir e articular as relações entre todas as classes sociais no nosso país. É este preconceito que comanda a continuidade da escravidão com outros meios. Como esse mecanismo funciona na realidade cotidiana? Minha tese é a de que a escravidão, tanto no seu sentido econômico de exploração do trabalho alheio como no seu sentido moral e político de produção de distinções sociais, se manteve na prática inalterado desde a abolição da escravatura.</div>
<div style="text-align: left;">
Fundamental para compreender este estado de coisas é a função que o ex-escravo abandonado e humilhado vai ter na sociedade pós-escravocrata. O ex-escravo é afastado do mercado de trabalho competitivo e passa a desempenhar as mesmas funções humilhantes e indignas que exercia antes. Seja tanto as funções de trabalho sujo, pesado e perigoso, para os homens, quanto as funções domésticas do antigo “escravo doméstico”, para as mulheres, as quais reproduzem todas as vicissitudes da antiga relação senhor/escravo. Faz parte do âmago desta relação não só a exploração do trabalho vendido a preço vil, mas também a humilhação cotidiana transformada em prazer sádico para o gozo cotidiano e para a sensação de superioridade e distinção social das classes média e alta.</div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<div style="text-align: left;">
Mas isso não é tudo nem sequer o principal. Os negros na base da pirâmide social brasileira sempre desempenharam uma função semelhante à casta dos intocáveis na Índia. Como nota Max Weber no seu estudo clássico sobre o Hinduísmo, os intocáveis possuem a função de legitimar toda a ordem social Hindu na medida em que todas as outras castas, mesmo as inferiores, são distinguidas positivamente em relação aos intocáveis.</div>
<div style="text-align: left;">
Como a distinção social, ou seja, sensação de se saber superior a outros é tão importante na vida social quanto o dinheiro e a necessidade econômica, isso significa que uma classe social na qual todos podem pisar, humilhar, violar, agredir, e, no limite, assassinar sem temer consequências satisfaz, uma necessidade primitiva fundamental a todas as classes acima dela. É óbvio que uma sociedade deste tipo não é apenas desumana, desigual, primitiva e tosca, mas também, no limite, burra já que reproduzir exclusão social produz insegurança, pobreza e instabilidade social para todos. Mas este é o DNA da sociedade brasileira.</div>
<div style="text-align: left;">
É importante notar que, paralelamente à condenação do negro à exclusão, o país passa a implementar a política abertamente racista da importação de imigrantes europeus brancos, na imensa maioria italianos, precisamente como no caso da família do excelentíssimo presidente Jair Bolsonaro. Uma parte considerável destes neobrasileiros ascende rapidamente, alguns inclusive à elite de proprietários e de novos industriais, mas boa parte irá constituir a classe média branca de grandes cidades como São Paulo. Nas outras grandes cidades brasileiras, como o Rio de Janeiro e Recife, os portugueses exerceriam o mesmo papel do italiano em São Paulo.</div>
<img alt="Trapeiro, S. Paulo." class="img-responsive" src="https://www.resistir.info/brasil/imagens/trapeiro_sp2.jpg" /><br />
<div style="text-align: left;">
Trapeiro, S. Paulo. Do estigma racial à violência contra os pobres</div>
<div style="text-align: left;">
O imigrante branco, na maioria o italiano ou o português, irá constituir no Brasil, ao mesmo tempo em aliança e a serviço da elite de proprietários, uma espécie de bolsão racista e classista contra os negros e pobres que constituem a maior parte do povo. Para a elite isso significa a oportunidade de criminalizar e estigmatizar a soberania popular no nascedouro com a cumplicidade das classes médias e garantir só para si o orçamento do Estado via juros escorchantes, dívida pública, sonegação de impostos e outros assaltos legalizados. Para as outras classes, o preconceito universal contra o negro e ex-escravo, permite a construção de uma frente comum para a manutenção de uma distinção social positiva contra os negros o que eterniza o abandono, a humilhação e o genocídio desta raça/classe como política pública informal.</div>
<div style="text-align: left;">
Mais interessante ainda para nossos propósitos aqui é a função do racismo contra o negro para os imigrantes que não lograram sucesso econômico na nova terra. Muitos imigrantes não conseguiram ascender à classe média verdadeira nem à elite. Boa parte vai constituir uma zona cinza que inclui a classe trabalhadora precária e o que poderíamos chamar de baixa classe média. O cotidiano de muitos destes não difere muito da vida do negro e do pobre brasileiro. Moram eventualmente no mesmo bairro e passam privações materiais. É precisamente nesta faixa social que o preconceito de raça é ainda mais importante. Afinal, a única distinção que este pessoal tem na vida é a brancura da cor da pele para exibir contra o negro.</div>
<div style="text-align: left;">
Entrevistando pessoas desta classe social no interior de São Paulo, descendentes de italianos, como Bolsonaro e no lugar onde ele também nasceu, para meu livro A classe média no espelho (2018), notei um racismo que não tem nada de cordial. Bolsonaro é filho da baixa classe média de imigrantes para os quais a carreira no exército ou na polícia era a promessa de ascensão segura ainda que limitada. Neste contexto, não se casar com um negro ou com uma negra é a regra familiar mais importante e mais rígida. Aqui, o preconceito puro, o orgulho da cor da pele e da origem é a única distinção social positiva ao alcance. Se a elite e a classe média exploram economicamente – além de humilhar – os negros, aqui só se pode humilhar. Enfatizar uma distância social quase inexistente do ponto de vista econômico exige um racismo “racial” turbinado e levado às últimas consequências.</div>
<div style="text-align: left;">
Este é também precisamente o caso do lixo branco Norte-americano que ajudou a eleger Trump, o objeto do desejo e de imitação de Bolsonaro. Os brancos do Sul dos EUA, inferiores social e economicamente ao branco do Norte, são, por conta disso, como uma espécie de compensação da riqueza inexistente, os racistas mais ferozes e ativistas de uma Ku Klux Klan que assassinava e linchava negros indiscriminadamente. Este é o caso de Bolsonaro e de seus seguidores no Brasil. E o que é a milícia carioca, com a qual Bolsonaro e seus filhos estão envolvidos até o pescoço, do que a Ku Klux Klan brasileira? Que existe para explorar e matar negros e pobres, os supostos bandidos das favelas?<img alt="Manifestação em Porto Alegre." class="img-responsive" src="https://www.resistir.info/brasil/imagens/manif_palegre_14jun19.png" /></div>
<div style="text-align: left;">
Manifestação em Porto Alegre. Embora a elite e a classe média real e canalha também tenham votado nele, sua real base de apoio é o lixo branco brasileiro, próximo do negro e por conta disso ávido por criminaliza-lo, estigmatiza-lo como bandido e por assassiná-lo impunemente. A associação com a milícia, a tara pelas armas e o discurso de ódio é para matar o preto e o pobre. O que está por trás de Bolsonaro é racismo racial mais cruel e expresso do modo mais aberto e canalha que jamais se viu. O ódio à universidade pública está também ligado ao fato da universidade, agora, ter sido invadida por negros e pobres. Essa gente não estaria lá para estudar. Só poderia ser para fazer balbúrdia. Urge cortar as verbas para isso.</div>
<div style="text-align: left;">
A irracionalidade de Bolsonaro, sua loucura e sua idiotice são a expressão perfeita do ódio racial brasileiro. O ódio que não se explica racionalmente, nem apenas por motivos puramente econômicos. O ódio do racista que se vê como fracasso social é um ódio de morte. Ele não compreende as razões de sua posição social e só tem ressentimento sem direção na alma e no coração. Ódio em estado puro que Bolsonaro expressa e exprime como ninguém. Bolsonaro é o líder da Ku klux Klan e do lixo branco brasileiro. É isso que o define e o explica mais que qualquer outra coisa.</div>
<div style="text-align: left;">
[*] Sociólogo, brasileiro.</div>
<div style="text-align: left;">
O original encontra-se em sens-public.org/article1418.html?lang=fr</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
</center>
</div>
Valdir Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13345174928303744438noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4982468902369262681.post-83361141602340299432019-07-21T21:02:00.000-03:002019-07-21T22:09:57.742-03:00Presidente do Supremo Tribunal acusado de proteger família Bolsonaro<div class="header-noticias">
<h1>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqCcXQR0tqq4VMfH4eteoVCkMHcNFqddhcgXOYgVXh1He_ixC6iS4mmTYFFwKoZCRObqUPjoKN8ACaozL3qIcFG076S7lZfvZPOY3ZTs7wyY5WAjObUW3Is4IH3VMleoR4961OBcd8Kawe/s1600/a-doido-+Bolsonaro.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="666" data-original-width="1000" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqCcXQR0tqq4VMfH4eteoVCkMHcNFqddhcgXOYgVXh1He_ixC6iS4mmTYFFwKoZCRObqUPjoKN8ACaozL3qIcFG076S7lZfvZPOY3ZTs7wyY5WAjObUW3Is4IH3VMleoR4961OBcd8Kawe/s400/a-doido-+Bolsonaro.jpg" width="400" /></a></h1>
</div>
<div class="texto-materia">
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<br /></div>
<div class="widget-footer cover overlay">
<div class="fullNewsIntrotext">
<strong>Brasília, 17 jul (Prensa Latina)</strong> O Partido dos Trabalhadores (PT) de Brasil acusa o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Antonio Dias Toffoli, de proteger hoje à família do governante Jair Bolsonaro.</div>
<div class="fullNewsIntrotext">
<br /></div>
<div class="fullNewsFulltext">
‘O presidente do STF, durante o recesso, em uma decisão monocrática, vem a pedir que todas as instâncias do Poder Judicial deixem de investigar Flávio Bolsonaro (filho do chefe de Estado) e (Fabricio) Queiroz. Qual é o medo?’, afirma em um vídeo publicado na rede social Twitter o líder da bancada do PT na Câmara de Deputados, Paulo Pimenta.<br />
Pergunta-se se existe algum temor ‘de comprovar o dinheiro do crime organizado na conta familiar do presidente da República’.<br />
<br />
Ontem Toffoli suspendeu temporariamente as investigações em curso por atos de corrupção contra o senador Flávio Bolsonaro, a petição de sua defesa.<br />
<br />
Estabeleceu que, a partir da data da decisão, todos os procedimentos que discutam provas obtidas pelas Autoridades Tributárias e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) sem autorização judicial devem esperar uma decisão final do STF.<br />
<br />
Para Pimenta, isto é inaceitável, repugnante e indigno. ‘Não podemos aceitar esta proteção à família de milicianos, criminosos, que assaltaram o Palácio de Planalto (sede do Poder Executivo)’, protesta em sua representação audiovisual.<br />
<br />
Qualifica a Queiroz (ex-policial e ex-chofer de Flávio) de laranja de ser ‘a caixa da família Bolsonaro durante muitos anos’.<br />
<br />
O parlamentar denuncia que ‘está mais que provado que Flávio Bolsonaro recebeu em sua conta dinheiro de milicianos, assassinos do crime organizado, e Queiroz tomou esse dinheiro e ainda depositou na conta de Michelle Bolsonaro, a primeira dama do Brasil’.<br />
<br />
patrialatina.com.br<br />
<br /></div>
</div>
</div>
Valdir Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13345174928303744438noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4982468902369262681.post-9061654559549465362019-07-08T18:25:00.000-03:002019-07-08T18:25:12.342-03:00 África obterá benefício com alívio das tensões comerciais China-EUA, dizem analistas<div id="conTit">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyMI-g6zAxF81r-ynVViuGsSx2Rrzw-vYujCJlgQ635UQSfrZ_TbNPda2i362GPT92UHMnpFRA5-rtwpLxJPuHlT40KadOZXww7fl-I9fjxsPjqD2wJ-wtkSZlneVryWQIeNgIqJSSDbg5/s1600/138184349_1561787585300_title0h+-+Xi+e+Trump+no+G20.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyMI-g6zAxF81r-ynVViuGsSx2Rrzw-vYujCJlgQ635UQSfrZ_TbNPda2i362GPT92UHMnpFRA5-rtwpLxJPuHlT40KadOZXww7fl-I9fjxsPjqD2wJ-wtkSZlneVryWQIeNgIqJSSDbg5/s640/138184349_1561787585300_title0h+-+Xi+e+Trump+no+G20.jpg" width="640" /></a></div>
<h1>
<br /></h1>
</div>
<div id="content">
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</div>
Nairóbi, 7 jul (Xinhua) -- A mais recente oferta da China e dos Estados Unidos para solucionar a questão comercial entre os dois sinaliza melhores tempos para o comércio mundial. Analistas ouvidos pela Xinhua avaliam que a África obterá benefícios imensos desta situação.<br />
Cavince Adhere, acadêmico em Nairóbi em relações China-África, declarou que as ações relacionadas recentes da China e dos EUA eram um alívio bem-vindo para a economia mundial.<br />
"A disputa comercial trouxe tensão para a economia mundial por tempo muito longo. A Organização Mundial do Comércio (OMC) está entre as instituições que recentemente disseram que a economia mundial em 2019 e 2020 continua a enfrentar ventos contrários devido à disputa comercial", lembrou Adhere, acrescentando que a trégua é então muito bem vinda.<br />
Eric Mang'unyi, pesquisador da Universidade de Walter Sisulu na África do Sul, apontou que o anúncio da retomada das consultas econômicas e comerciais entre China e EUA demonstrou progresso e compromisso depois de meses de dificuldades.<br />
Os analistas observaram que a disputa comercial iniciada pelos Estados Unidos teve um impacto negativo no comércio e economia mundiais.<br />
"Há ondas de choque no comércio mundial", ressaltou Mang'unyi, observando que os Estados Unidos também travaram chifres com outros parceiros comerciais.<br />
Nos últimos meses, instituições mundiais como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial rebaixaram as projeções de crescimento para o continente africano, citando a prolongada guerra comercial EUA-China. Não é de interesse de ninguém que esta disputa continue, disse o pesquisador.<br />
"O protecionismo não fomenta concorrência. Conduz à instabilidade de mercado. Algumas nações podem perder sua vantagem competitiva devido à disputa", apontou Mang'unyi.<br />
Adhere acredita que a África como continente e seus países individualmente obterão benefícios com a trégua em muitos aspectos, incluindo experimentar um aumento na entrada de capitais.<br />
"A África depende muito da entrada de capitais, comércio e investimento. E isso não pode vir se os dois países estiverem em uma disputa", salientou Adhere.<br />
Ele avalia que a trégua fornece um impulso para a África, já que o continente se prepara para instalar uma área de livre comércio, que deve aumentar o comércio e investimento.<br />
O comentarista queniano, Philip Etyang, exaltou que a medida para terminar o impasse é uma boa coisa para o Quênia porque "o comércio mundial é interconectado".<br />
Se as coisas não estão funcionando bem entre os gigantes econômicos, o Quênia sentirá a dor, acrescentou.<br />
portuguese.xinhuanet.com </div>
Valdir Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13345174928303744438noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4982468902369262681.post-7770831896644106642019-05-23T18:44:00.001-03:002019-05-23T18:44:38.734-03:00Xi exige novos avanços no crescimento da região central da China<div id="conTit">
2019-05-23 11:17:41丨portuguese.xinhuanet.com<br />
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<div id="content">
<div align="center" style="text-align: center;">
<a class="bigPic" href="http://portuguese.xinhuanet.com/2019-05/23/c_138082639_2.htm"></a></div>
<div class="dask">
<a class="bigPic" href="http://portuguese.xinhuanet.com/2019-05/23/c_138082639_2.htm"><img alt="CHINA-JIANGXI-XI JINPING-INSPECTION-CENTRAL REGION-SYMPOSIUM (CN)" border="0" height="473" id="{7A79443C-6D66-4518-9A3D-5ECD992DCE26}" sourcedescription="网上抓取的文件" sourcename="本地文件" src="http://portuguese.xinhuanet.com/2019-05/23/138082639_15585818153751n.jpg" title="" width="640" /></a></div>
<br />
<div align="center" style="text-align: center;">
<span style="color: #999999;"> (Xinhua/Xie Huanchi)</span></div>
<div align="left">
Nanchang, 22 mai (Xinhua) -- O
presidente Xi Jinping exigiu esforços para promover a força abrangente e
a competitividade da região do centro do país e fazer novos avanços na
ascensão da região central do país.</div>
<div align="left">
Xi, também secretário-geral do
Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC) e presidente da
Comissão Militar Central, fez as observações durante sua viagem de
inspeção à Província de Jiangxi, de segunda a quarta-feira.</div>
<div align="left">
Durante a inspeção, Xi presidiu um simpósio de trabalho sobre a ascensão da região central e pronunciou um discurso.</div>
<div align="left">
NOVA LONGA MARCHA</div>
<div align="left">
A primeira escala de Xi na
cidade de Ganzhou, em Jiangxi, foi na JL MAG Rare-Earth Co. Ltd. Ao
visitar a companhia na segunda-feira, ele sublinhou a inovação
científica e tecnológica para elevar o nível tecnológico de exploração
de terra rara, que é estrategicamente importante mas não-reciclável.</div>
<div align="left">
Chegando ao distrito de Yudu na
tarde de segunda-feira, Xi prestou homenagem a em um monumento que
marca a partida da Longa Marcha pelo Exército Vermelho Central e se
reuniu com as famílias dos veteranos do Exército Vermelho e mártires
revolucionários.</div>
<div align="left">
Observando que a China está em
"uma nova Longa Marcha", ele disse que o país dependerá da firme fé e
forte vontade do Partido inteiro e de todas as pessoas para superar os
principais desafios no país e no exterior e assegurar novas vitórias na
construção do socialismo com características chinesas.</div>
<div align="left">
Ao visitar uma fazenda local de
vegetais, Xi reiterou a aspiração original do PCC, que foi combater
pelo bem-estar do povo e a revitalização nacional.</div>
<div align="left">
No vilarejo de Tantou, na vila
de Zishan, Xi visitou Sun Guanfa, um aldeão e veterano, em sua casa. Ao
examinar cuidadosamente a cozinha, o quarto, o quintal e o banheiro, Xi
ficou contente com a melhora nas condições de moradia e higiene da
família de Sun.</div>
<div align="left">
Ele exigiu que todas as regiões
e todos os departamentos façam mais esforços para assegurar vidas
decentes para a população nas bases revolucionárias antigas durante a
fase decisiva de alívio da pobreza.</div>
<div align="left">
Quando ele deixou o vilarejo, os aldeãos se reuniram na saída para se despedir dele e alguns deles chegaram mesmo a chorar.</div>
<div align="left">
ASCENSÃO DO CENTRO DA CHINA</div>
<div align="left">
No simpósio em Nanchang sobre a
promoção da ascensão da região central chinesa, realizado na tarde de
terça-feira, Xi disse que a ascensão do centro da China é um passo
crucial na direção de completar o processo de construção de uma
sociedade moderadamente próspera em todos os aspectos e alcançar a
modernização socialista.</div>
<div align="left">
A China deve ter a mente sóbria
sobre a natureza de longo prazo e a complexidade dos fatores
desfavoráveis tanto nacionais como internacionais e estar bem preparada
para quaisquer circunstâncias difíceis, enfatizou Xi, acrescentando que a
coisa mais importante para a China é fazer bem o seu trabalho.</div>
<div align="left">
Ele deu uma instrução de oito
pontos sobre o desenvolvimento do centro da China, que consiste em
facilitar o crescimento de alta qualidade da indústria manufatureira,
promover a capacidade de inovação em importantes áreas, melhorar o
ambiente de negócios, empreender a distribuição e a transferência de
indústrias emergentes, expandir a abertura de alto nível, seguir o
desenvolvimento sustentável, melhorar o meio de vida da população e
otimizar as políticas e instituições.</div>
<div align="left">
Na manhã de quarta-feira, Xi
ouviu um relatório de trabalho das autoridades provinciais de Jiangxi e
lhes pediu que estabeleçam o exemplo na aceleração do desenvolvimento de
alta qualidade das bases revolucionárias antigas e compitam pela
vanguarda no avanço da ascensão da região central.</div>
<div align="left">
Ao descrever Jiangxi como uma
terra cheia de história e memórias revolucionárias, Xi pediu por um
entendimento profundo sobre o estabelecimento de poder político do PCC,
da República Popular da China e do socialismo com características
chinesas, todos obtidos dificilmente, e exigiu maiores esforços para
continuar com o espírito e tradições revolucionárias. </div>
<div align="left">
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</div>
Valdir Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13345174928303744438noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4982468902369262681.post-85447715207021269112019-05-18T23:07:00.000-03:002019-05-18T23:07:03.473-03:00Bruno Bauer e o Início do Cristianismo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFZii6bgio3V-6wAJ2d3uLgmGTz4oR_8mDPmnfvKSscqRG5hE5BpsIwv2jzfYWEnWO5hJAeYok-OzsnY9NAI9NxT2-kO85N49Oe79G7CHZ5Wed4wqfl8nKkajg2FOsIX-RHPiKvfG8vTAb/s1600/biografia_friedrich_engels1-239x250.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="250" data-original-width="239" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFZii6bgio3V-6wAJ2d3uLgmGTz4oR_8mDPmnfvKSscqRG5hE5BpsIwv2jzfYWEnWO5hJAeYok-OzsnY9NAI9NxT2-kO85N49Oe79G7CHZ5Wed4wqfl8nKkajg2FOsIX-RHPiKvfG8vTAb/s400/biografia_friedrich_engels1-239x250.jpg" width="382" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 1; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: center;">
<b><span style="color: #000033; font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; vertical-align: baseline;">Friedrich
Engels<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 3; text-align: center;">
<b><span style="color: #000033; font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; vertical-align: baseline;">11 de Maio de
1882<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="left" class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 11.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-indent: 24.0pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="vertical-align: baseline;">Em Berlim, em
13 de abril, morreu um homem que atuou como filósofo e teólogo, mas, durante
anos, dificilmente se ouvia falar dele, somente atraindo a atenção pública
eventualmente como um "literato excêntrico". Teólogos oficiais,
inclusive </span><a href="https://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/r/renan.htm" target="_blank"><span style="color: #333399; vertical-align: baseline;">Renan</span></a><span style="vertical-align: baseline;">, corresponderam-se com ele e, mesmo assim, mantiveram
sobre ele um silêncio de morte. E ele valia mais do que todos eles e fez mais
que todos eles em uma questão que também interessa a nós, Socialistas: a
pergunta pela origem histórica do Cristianismo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 11.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-indent: 24.0pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="vertical-align: baseline;">Por ocasião da
sua morte, vamos fazer um breve relato da situação atual da questão, e da
contribuição de </span><a href="https://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/b/bauer-b.htm" target="_blank"><span style="color: #333399; vertical-align: baseline;">Bauer</span></a><span style="vertical-align: baseline;"> para a sua solução.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 11.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-indent: 24.0pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="vertical-align: baseline;">A visão que
dominou os livres-pensadores da Idade Média incluindo os Iluministas do século
XVIII, de que todas as religiões eram obra de enganadores, e, portanto, o
Cristianismo também, não era mais suficiente depois que </span><a href="https://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/h/hegel.htm" target="_blank"><span style="color: #333399; vertical-align: baseline;">Hegel</span></a><span style="vertical-align: baseline;"> fixou para a filosofia a tarefa de mostrar a
evolução racional na história mundial.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 11.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-indent: 24.0pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="vertical-align: baseline;">É claro que se
espontaneamente surgem religiões - como a adoração de feitiços dos Negros ou a
religião comunal dos arianos primitivos — sem qualquer engodo inicial,
entretanto, o engano, através dos sacerdotes, logo se torna inevitável no seu
desenvolvimento subsequente. Apesar de toda fé sincera, religiões artificiais
não podem permanecer, desde a sua fundação, sem engano e falsificação
histórica. O Cristianismo, também, pode se gabar de grandes realizações a este
respeito desde o início, como </span><a href="https://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/b/bauer-b.htm" target="_blank"><span style="color: #333399; vertical-align: baseline;">Bauer</span></a><span style="vertical-align: baseline;"> mostrou em sua crítica do Novo Testamento. Mas
isto somente confirma um fenômeno geral e não explica o caso particular em
questão.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 11.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-indent: 24.0pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="vertical-align: baseline;">A religião que
subjugou o Império Romano e dominou sem dúvida a maior parte da humanidade
civilizada por 1.800 anos, não pode ser explicada apenas declarando ser ela uma
tolice resultante de fraudes. Não se pode elucidar esta questão e ter sucesso
na explicação da sua origem e do seu desenvolvimento sem partir das condições
históricas sob as quais surgiu e alcançou o domínio da situação. Isto se aplica
ao Cristianismo. A questão a ser solucionada, então, é: como aconteceu que as
massas populares no Império Romano preferiram esta tolice — que era aceita,
normalmente, pelos escravos e oprimidos — a todas as outras religiões, e,
finalmente porque o ambicioso </span><a href="https://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/c/constantino.htm" target="_blank"><span style="color: #333399; vertical-align: baseline;">Constantino</span></a><span style="vertical-align: baseline;"> viu na adoção desta religião tola o melhor meio
de elevar a si mesmo ao posto de autocrata do mundo romano.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 11.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-indent: 24.0pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><a href="https://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/b/bauer-b.htm" target="_blank"><span style="color: #333399; vertical-align: baseline;">Bruno Bauer</span></a><span style="vertical-align: baseline;"> contribuiu mais para a solução desta questão que
qualquer outra pessoa. Não importa quanto os teólogos meio-crentes do período
da reação tenham lutado contra ele desde 1849, ele irrefutavelmente demonstrou
a ordem cronológica dos Evangelhos e sua interdependência mútua, demonstrada
por Wilke do ponto de vista puramente linguístico, pelo próprio conteúdo dos
Evangelhos. Ele expôs a carência completa de espírito científico da vaga teoria
de mito de Strauss, de acordo com a qual se pode considerar como histórico tudo
quanto se gosta nas narrações do Evangelho. E, se quase nada do conteúdo
inteiro dos Evangelhos é historicamente provável — de forma que até a
existência histórica de Jesus Cristo pode ser questionada — </span><a href="https://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/b/bauer-b.htm" target="_blank"><span style="color: #333399; vertical-align: baseline;">Bauer</span></a><span style="vertical-align: baseline;"> tem, assim, iluminado os fundamentos para a
solução da pergunta: qual é a origem das ideias e pensamentos que foram tecidos
como uma espécie de sistema no Cristianismo, e como veio ele a dominar o mundo?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 11.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-indent: 24.0pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><a href="https://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/b/bauer-b.htm" target="_blank"><span style="color: #333399; vertical-align: baseline;">Bauer</span></a><span style="vertical-align: baseline;"> estudou esta pergunta até a sua morte. Sua
investigação alcançou seu ponto alto na conclusão que o judeu de
Alexandria, <a href="https://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/f/filon.htm" target="_blank"><span style="color: #333399;">Filon</span></a>, que ainda vivia
por volta de 40 D.C., mas já era muito velho, foi o pai verdadeiro do
Cristianismo, e que o estóico romano Sêneca era, por assim dizer, seu tio. A
escrita numerosa atribuída a <a href="https://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/f/filon.htm" target="_blank"><span style="color: #333399;">Filon</span></a> que nos
alcançou tem origem realmente em uma fusão alegórica e racionalisticamente
concebida das tradições judaicas com as gregas, particularmente a filosofia estoica.
Esta conciliação de perspectivas ocidentais e orientais já encerra todas as
idéias essencialmente Cristãs: o pecado inato do homem, o Logos, a Palavra, que
está com Deus e é Deus e que se torna o mediador entre Deus e homem: a
compensação, não por sacrifícios de animais, mas trazendo-se o próprio coração
a Deus, e finalmente a característica essencial que na nova filosofia
religiosa, invertendo a ordem mundial anterior, busca seus discípulos entre os
pobres, os miseráveis, os escravos, e os rejeitados, e menospreza o rico, o
poderoso e o privilegiado, originando o preceito para menosprezar todo prazer
mundano e mortificar a carne.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 11.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-indent: 24.0pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="vertical-align: baseline;">Por outro
lado, </span><a href="https://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/a/augusto_imperador.htm" target="_blank"><span style="color: #333399; vertical-align: baseline;">Augusto</span></a><span style="vertical-align: baseline;"> via em si mesmo não só o Deus-homem, mas também
a chamada concepção imaculada que se tornou fórmula imposta oficialmente. Ele
não só teve César e ele mesmo idolatrados como deuses, mas também espalhou a
noção que ele, Augustus Caesar Divus, o Divino, não era filho de um pai humano,
mas que sua mãe o concebeu do deus Apolo. Mas não seria talvez o Apolo citado
na canção de </span><a href="https://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/h/heine_heinrich.htm" target="_blank"><span style="color: #333399; vertical-align: baseline;">Heinrich Heine</span></a><span style="vertical-align: baseline;">? <i>[Referência a Apollgott, de Heine.].</i><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 11.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-indent: 24.0pt;">
<span style="vertical-align: baseline;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Como vemos, nós
precisamos apenas da pedra fundamental e teremos o conjunto do Cristianismo em
suas características básicas: a encarnação da Palavra se torna homem em uma
pessoa definida e seu sacrifício na cruz traz a redenção da humanidade
pecadora.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 11.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-indent: 24.0pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="vertical-align: baseline;">As fontes mais
confiáveis não nos dão certeza sobre quando esta pedra fundamental foi
introduzida nas doutrinas estóico-filônicas. Mas uma coisa é certa: não foi
introduzida por filósofos, nem discípulos de <a href="https://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/f/filon.htm" target="_blank"><span style="color: #333399;">Filon</span></a> ou estóicos.
As religiões são fundadas por pessoas que experimentam uma necessidade própria
de religião e têm uma percepção das necessidades religiosas das massas. Como regra,
este não é o caso dos filósofos clássicos. Por outro lado, nós observamos que
em tempos de decadência geral, agora, por exemplo, a filosofia e o dogmatismo
religioso geralmente aparecem em sua forma vulgar e superficial. Enquanto a
filosofia grega clássica em suas últimas formas — particularmente na escola
Epicurista — leva ao materialismo ateístico, a Filosofia grega vulgar leva à
doutrina de um Deus único e da imortalidade da alma humana. O Judaísmo também,
racionalmente vulgarizado em mistura e intercurso com estrangeiros e
meio-judeus, acaba negligenciando a cerimônia e transforma o antigo deus judeu
exclusivamente nacional, Jahveh, no único Deus verdadeiro, o criador de céu e
Terra, e adota a ideia da imortalidade da alma, que era estranha ao Judaísmo
inicial. Deste modo, a filosofia vulgar monoteísta entrou em contacto com a
religião vulgar, a qual presenteou com o já elaborado Deus único. Assim, o
caminho foi preparado pela elaboração entre os judeus das também vulgarizadas
noções filônicas, e não dos próprios trabalhos de <a href="https://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/f/filon.htm" target="_blank"><span style="color: #333399;">Filon</span></a>, das quais o
Cristianismo procede, como está provada pelo quase total descuido com que foi
composta a maior parte do Novo Testamento, particularmente a interpretação
alegórica e filosófica das narrações do Velho Testamento. Este é um aspecto ao
qual </span><a href="https://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/b/bauer-b.htm" target="_blank"><span style="color: #333399; vertical-align: baseline;">Bauer</span></a><span style="vertical-align: baseline;"> não dedicou atenção suficiente.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 11.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-indent: 24.0pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="vertical-align: baseline;">Pode-se ter uma
ideia do que era o Cristianismo em sua forma inicial lendo o chamado Livro do
Apocalipse, de São João. Selvageria, fanatismo confuso, dogmas incipientes, a
moral Cristã é apenas a mortificação da carne, mas há uma multidão de visões e
profecias. O desenvolvimento dos dogmas e doutrinas morais pertence a um
período posterior, no qual os Evangelhos e as chamadas Epístolas dos Apóstolos
foram escritos. Nestas últimas — pelo menos como consideração moral — a
filosofia dos estoicos, de Sêneca em particular, foi copiada sem qualquer cerimônia. </span><a href="https://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/b/bauer-b.htm" target="_blank"><span style="color: #333399; vertical-align: baseline;">Bauer</span></a><span style="vertical-align: baseline;"> provou que as Epístolas, frequentemente, copiam
os antigos palavra-por-palavra; de fato, qualquer fiel nota isto, mas mesmo
assim eles mantêm que Sêneca copiou o Novo Testamento, embora ele ainda não
houvesse sido escrito naquele tempo. O dogma foi desenvolvido, por um lado com
relação à lenda de Jesus que estava, então, se formando, e, por outro lado, na
luta entre cristãos de origem judaica e de origem pagã.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 11.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-indent: 24.0pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><a href="https://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/b/bauer-b.htm" target="_blank"><span style="color: #333399; vertical-align: baseline;">Bauer</span></a><span style="vertical-align: baseline;"> também fornece dados valiosos sobre as causas
que ajudaram o Cristianismo a triunfar e atingir a dominação mundial. Mas aqui
o filósofo alemão é impedido por seu idealismo de ver claramente e formular
precisamente. As frases frequentemente substituem a substância em pontos
decisivos. Ao invés, então, de entrar em detalhes sobre as visões de </span><a href="https://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/b/bauer-b.htm" target="_blank"><span style="color: #333399; vertical-align: baseline;">Bauer</span></a><span style="vertical-align: baseline;">, daremos a nossa própria concepção deste ponto,
baseados em trabalhos de </span><a href="https://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/b/bauer-b.htm" target="_blank"><span style="color: #333399; vertical-align: baseline;">Bauer</span></a><span style="vertical-align: baseline;">, e também em nosso estudo pessoal.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 11.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-indent: 24.0pt;">
<span style="vertical-align: baseline;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A Conquista
romana dissolveu em todos os países que dominou, primeiro, diretamente, as
condições políticas antigas, e depois, indiretamente, também as condições
sociais de vida.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 11.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-indent: 24.0pt;">
<span style="vertical-align: baseline;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Primeiramente,
substituindo a antiga organização fundamentada nas propriedades (escravidão à
parte) pela distinção simples entre cidadãos romanos e peregrinos ou vassalos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 11.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-indent: 24.0pt;">
<span style="vertical-align: baseline;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Depois, e
principalmente, pelo severo tributo em nome do Estado romano. Se, debaixo do
império, era fixado um limite ao interesse do estado para conter a sede de
riqueza dos governadores, aquela sede foi substituída pela taxação mais efetiva
e opressiva em benefício da tesouraria oficial, cujo efeito era terrivelmente
destrutivo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 11.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-indent: 24.0pt;">
<span style="vertical-align: baseline;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em terceiro
lugar, a Lei romana era, em última instância, administrada em toda parte por juízes
romanos, enquanto o sistema social nativo era anulado no caso de conflitos com
as prescrições da lei romana.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 11.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-indent: 24.0pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="vertical-align: baseline;">Estas três
alavancas necessariamente desenvolveram um tremendo nivelamento de poder,
particularmente quando foram aplicados por centenas de anos a populações — das
quais as parcelas mais vigorosas tinham sido ou eliminadas ou escravizadas nas
batalhas precedentes, acompanhando, e frequentemente seguindo, a conquista. As
relações sociais nas províncias ficaram cada vez mais próximas do que dependia
da capital e da Itália. A população se tornou cada vez mais nitidamente
dividida em três classes, ignorando os mais variados elementos e
nacionalidades: pessoas ricas, incluindo alguns escravos emancipados (cf.
Petrônio), grandes proprietários de terras ou agiotas ou ambos de uma só vez,
como Sêneca, o tio do Cristianismo; pessoas livres despossuídas, que, em Roma,
eram alimentadas e divertidas pelo estado — mas nas províncias viviam como
podiam, sem ajuda — e, finalmente, a grande massa, os escravos. Em face do
Estado, isto é, do Imperador, as duas primeiras classes tinham tão poucos
direitos quanto os escravos em face aos seus senhores. Do tempo de Tibério ao
de </span><a href="https://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/n/nero.htm" target="_blank"><span style="color: #333399; vertical-align: baseline;">Nero</span></a><span style="vertical-align: baseline;">, em particular, era uma prática condenar cidadãos
romanos ricos à morte a fim de confiscar sua propriedade. O suporte do governo
era — <i>materialmente, </i>o exército, que era mais um exército de
soldados estrangeiros contratados do que de velhos camponeses romanos, <i>e
moralmente, </i>a visão geral de que não poderia ser de outro modo; que
não era este ou aquele César, mas o império fundamentado na dominação militar
que era uma necessidade imutável. Aqui não é o lugar para examinar os fatos
materiais que justificam esta visão.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 11.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-indent: 24.0pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="vertical-align: baseline;">A perda geral
de direitos e a falta de possibilidades de melhorar de condição ocasionaram um
correspondente afrouxamento e desmoralização geral. Os poucos Romanos velhos,
sobreviventes do tipo patrício, ou eram removidos ou mortos; </span><a href="https://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/t/tacito_publio.htm" target="_blank"><span style="color: #333399; vertical-align: baseline;">Tácito</span></a><span style="vertical-align: baseline;"> foi o último deles. Os outros ficavam contentes
quando podiam manter-se afastados da vida pública; toda razão para viver era
juntar e desfrutar da riqueza, e praticar a fofoca e a intriga privada. Os
cidadãos livres despossuídos eram pensionistas em Roma, mas nas províncias sua
condição era infeliz. Tiveram que trabalhar e competir com o trabalho escravo
pelo salário. Mas eram confinados nas cidades. Além deles, existiam também os
camponeses das províncias, livres proprietários de terras (ambos,
provavelmente, com propriedades comunais) ou, como na Gália, fiadores das
dívidas dos grandes proprietários de terras. Esta classe era a menos afetada
pelo motim social; também era a que resistia mais tempo ao motim
religioso. <i>[Nota de Engels: Conforme Fallmereyer, os camponeses em
Main, Peloponeso, ainda ofereciam sacrifícios a Zeus no século IX.] </i>Finalmente,
existiam os escravos, destituídos de direitos e de si próprios e da
possibilidade de libertação, como a derrota de Spartacus já provara; a maior
parte deles, porém, foram antes cidadãos livres, ou filhos de cidadãos
livres-nascidos. Deveria, então, haver ainda entre eles um ódio generalizado e
vigoroso, entretanto, externamente impotente, por causa das suas condições de
vida.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 11.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-indent: 24.0pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="vertical-align: baseline;">Devemos
encontrar o tipo de ideólogo que correspondia à situação daquele momento. Os
filósofos eram ou professores que ensinavam por dinheiro ou palhaços pagos para
divertir os ricos. Alguns eram até escravos. Um exemplo do que se tornaram eles
sob boas condições é fornecido por Sêneca. Este estoico, pastor da virtude e da
abstinência, era o primeiro intrigante da corte de </span><a href="https://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/n/nero.htm" target="_blank"><span style="color: #333399; vertical-align: baseline;">Nero</span></a><span style="vertical-align: baseline;">, o que ele não poderia ser sem servilismo; ele
assegurou para si presentes em dinheiro, propriedades, jardins, e palácios — e
enquanto orava pelo pobre Lázaro do Evangelho, ele era, na realidade, o homem
rico da mesma parábola. Até que </span><a href="https://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/n/nero.htm" target="_blank"><span style="color: #333399; vertical-align: baseline;">Nero</span></a><span style="vertical-align: baseline;"> o fez solicitar ao imperador que aceitasse a
devolução todos os seus presentes, pois sua filosofia era o bastante para ele.
Só os filósofos completamente isolados, como Persius, tiveram a coragem de
brandir a sátira acima de seus contemporâneos degenerados. Um segundo tipo de
ideólogos, os juristas, eram entusiastas das novas condições porque a abolição
de todas as diferenças entre Estados permitiria a eles largo escopo na
elaboração de seu direito favorito, o privado, em troca de que eles prepararam
para o imperador o sistema oficial de direito mais vil que já existira.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 11.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-indent: 24.0pt;">
<span style="vertical-align: baseline;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Assim como fez
com as peculiaridades políticas e sociais dos vários povos, o Império Romano
também foi condenado a arruinar suas religiões particulares. Todas as religiões
de Antiguidade eram espontâneas, tribais, e velhas religiões nacionais, que
surgiram da fusão das condições sociais e políticas dos respectivos povos. Uma
vez que estas bases se romperam, e suas tradicionais formas de sociedade, suas
instituições políticas herdadas e suas independências nacionais foram
destruídas, a religião correspondente a estas também naturalmente desmoronou.
Os deuses nacionais podiam suportar outros deuses ao lado deles, como era a
regra geral da Antiguidade, mas não acima deles. O transplante de divindades
Orientais para Roma era prejudicial só para a religião romana, não se
verificava decadência das religiões Orientais. Assim que os deuses nacionais
ficaram incapazes de proteger a independência de sua nação encontraram sua
própria destruição. Este foi o caso em todos lugares (exceto com camponeses,
especialmente nas montanhas). O que o iluminismo filosófico vulgar — eu quase
disse Voltairianismo — fez em Roma e na Grécia, foi feito nas províncias pela
opressão romana e pela substituição de homens orgulhosos de sua liberdade por
submissos desesperados e malandros egoístas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 11.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-indent: 24.0pt;">
<span style="vertical-align: baseline;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tal era a
situação material e moral. O presente era insuportável, a possibilidade do
futuro tranquilo, ameaçada. E nada, além disso. Só o desespero ou refúgio no
prazer sensual comum, pelo menos para <i>aqueles </i>que podiam
dispor disto, e estes eram uma minoria minúscula. Caso contrário, nada, além de
esperar o inevitável. Mas, em todas as classes existiam necessariamente as
pessoas que, desesperando da salvação material, buscavam em seu lugar uma
salvação espiritual, uma consolação em sua consciência para salvar-se do
desespero absoluto. Esta consolação não podia ser fornecida pelos estoicos ou
pela escola Epicurista, pela razão de que estes filósofos não eram voltados
para consciência comum e, secundariamente, porque a conduta de discípulos
destas escolas trouxe o descrédito em suas doutrinas. A consolação era um
substituto, não para a filosofia perdida, mas para a religião perdida; teve que
tomar uma forma religiosa, a mesma que de alguma maneira, segurou as massas até
o século XVII. Precisamos notar apenas que a maioria daqueles que estavam
sensíveis para tal consolação de sua consciência, para este voo do mundo
externo para o interno, estavam necessariamente entre os <i>escravos. </i>Foi
no meio desta decadência econômica, política, intelectual e moral que o
Cristianismo apareceu. E entrou como uma antítese resoluta a todas as religiões
anteriores.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 11.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-indent: 24.0pt;">
<span style="vertical-align: baseline;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em todas as
religiões anteriores, a cerimônia era a coisa principal. Só tomando parte nos
sacrifícios e procissões, e, no Oriente, observando a dieta mais detalhada e
preceitos de limpeza, podia alguém mostrar a que religião pertencia. Enquanto
Roma e a Grécia eram tolerantes a respeito disto, existia no Oriente uma
revolta contra as proibições religiosas que contribuíram muito para a sua queda
final. Pessoas de duas das religiões diferentes, (Egípcios Persas, judeus,
Caldeus) não podiam comer ou beber juntos, apresentar-se e agir juntos, ou
mesmo falar um com o outro. Era certamente devido a esta segregação do homem pelo
homem que o Oriente desmoronava. O cristianismo não possuía nenhuma formalidade
distintiva, nem mesmo os sacrifícios e procissões do mundo clássico. Deste
modo, rejeitando todas as religiões nacionais e suas formalidades comuns, e
dirigindo-se diretamente a todas as pessoas sem distinção, se tornou a <i>primeira
religião mundial possível. </i>O judaísmo também, com seu novo deus
universal, fez um começo a caminho de se tornar uma religião universal; mas os
filhos de Israel sempre permaneceram uma aristocracia separando os crentes e os
circuncidados, e o próprio Cristianismo teve que se livrar da noção da
superioridade dos cristãos judeus (ainda dominante no chamado Apocalipse, de
São João) antes de poder realmente se tornar uma religião universal. O Islã,
por outro lado, preservando a cerimônia especificamente Oriental, limitou a
área de sua propagação ao Oriente e à África do Norte, conquistada e povoada
novamente por beduínos árabes; ali ele pode se tornar a religião dominante, mas
não no Oeste.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 11.2pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-indent: 24.0pt;">
<span style="vertical-align: baseline;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Secundariamente,
o Cristianismo atingiu um tom que estava destinado a ecoar em incontáveis
corações. A todas as reclamações sobre a maldade dos tempos e a angústia moral
e material, a consciência cristã do pecado responde: É assim e não pode ser de
outro modo; tu ardes em culpa, somos todos culpados pela corrupção do mundo,
por nossa própria corrupção interna! E onde estava o homem que podia negar
isto? <i>Mea culpai </i>A admissão da parte de cada um na
responsabilidade pela infelicidade geral era irrefutável e era a pré-condição
para a salvação espiritual que o Cristianismo ao mesmo tempo anunciava. E esta
salvação espiritual estava tão instituída que podia ser facilmente compreendida
por membros de toda a comunidade religiosa antiga. A ideia do pagamento para
aplacar a deidade ofendida era conhecida em todas as religiões antigas; como a ideia
do auto-sacrifício do mediador pagando de uma vez por todas os pecados da
humanidade não podia ser facilmente explicada assim? O cristianismo, então,
expressou claramente o sentimento universal de que os próprios homens são
culpados da corrupção geral através da consciência do pecado de cada um; ao
mesmo tempo, providenciou, no sacrifício da morte de seu juiz, uma saída
universalmente esperada — pela salvação interna do mundo corrupto, a consolação
de consciência; assim novamente o cristianismo provou sua capacidade para se
tornar uma religião mundial e ser, realmente, uma religião adequada ao mundo
como ele era naquele tempo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 1; text-align: center;">
<span style="vertical-align: baseline;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Assim aconteceu que, entre os milhares de profetas e
pregadores do deserto que enchiam aquele período de incontáveis inovações
religiosas, só os fundadores do Cristianismo tiveram sucesso. Não só a
Palestina, mas o Oriente inteiro fervilhou com tais fundadores das religiões, e
entre eles travou-se o que pode ser chamado uma luta <i>darwiniana </i>pela
existência ideológica. Usando principalmente os elementos mencionados acima, o
Cristianismo "ganhou o dia". Como ele gradualmente desenvolveu seu
caráter de religião mundial por seleção natural na luta das seitas umas contra
as outras e contra o mundo pagão é explicado em detalhe pelos primeiros três séculos
da história da igreja.</span></span></div>
Valdir Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13345174928303744438noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4982468902369262681.post-26907161599038491272019-05-17T16:57:00.001-03:002019-05-17T17:06:15.946-03:00Alienação<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhysWDsAfsqXTrC7MkmYvpIK7zsM9I5MeFXNZA0hOYB89hYj-TI8ZnqTpO3Jf7xodaJ9FQmME05ZRrafgASK_SU-6ObxWb10uh5aVO1NfObYr1c1Jaj5orjgKFcokd6t6mrf6ccpcL-8rbH/s1600/Lenin%252C+Marx+e+Engels.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="240" data-original-width="320" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhysWDsAfsqXTrC7MkmYvpIK7zsM9I5MeFXNZA0hOYB89hYj-TI8ZnqTpO3Jf7xodaJ9FQmME05ZRrafgASK_SU-6ObxWb10uh5aVO1NfObYr1c1Jaj5orjgKFcokd6t6mrf6ccpcL-8rbH/s640/Lenin%252C+Marx+e+Engels.jpg" width="640" /></a></div>
<h2>
Alienação</h2>
No sentido que lhe é dado por Marx, ação pela qual (ou estado no qual) um indivíduo, um
grupo, uma instituição ou uma sociedade se tornam (ou permanecem) alheios, estranhos, enfim,
alienados [1] aos resultados ou produtos de sua própria atividade (e à atividade ela mesma), e/ou [2]
à natureza na qual vivem, e/ou [3] a outros seres humanos, e – além de, e através de, [1], [2] e [3] –
também [4] a si mesmos (às suas possibilidades humanas constituídas historicamente). Assim
concebida, a alienação é sempre alienação de si próprio ou autoalienação, isto é, alienação do
homem (ou de seu ser próprio) em relação a si mesmo (às suas possibilidades humanas), através dele
próprio (pela sua própria atividade). E a alienação de si mesmo não é apenas uma entre outras
formas de alienação, mas a sua própria essência e estrutura básica. Por outro lado, a “autoalienação” ou alienação de si mesmo não é apenas um conceito (descritivo), mas também um apelo
em favor de uma modificação revolucionária do mundo (desalienação).
O conceito de alienação, considerado hoje como um dos conceitos centrais do marxismo e
amplamente usado tanto por marxistas como não marxistas, só entrou para os dicionários de filosofia
na segunda metade do século XX. Antes, porém, era considerado como um importante termo
filosófico e foi muito usado mesmo fora da filosofia: na vida cotidiana, no sentido de afastamento de
antigos amigos ou companheiros; na teoria econômica e no direito, como termo para designar a
transferência da propriedade de uma pessoa para outra (compra e venda, roubo, doação); na
medicina e na psiquiatria, como nome para o desvio da normalidade, a insanidade. E antes de se ter
desenvolvido como um “conceito” metafilosófico (revolucionário) com Marx, foi usado como
conceito filosófico por HEGEL e por FEUERBACH. Em seus comentários sobre a alienação, Hegel teve,
por sua vez, vários predecessores, alguns dos quais usaram a palavra sem se aproximarem de seu
significado hegeliano (ou marxista); outros foram precursores da ideia sem usar a expressão, e, em
alguns casos, houve até mesmo uma espécie de encontro entre a ideia e o termo que a indica.
A doutrina cristã do pecado original e da redenção tem sido considerada por muitos autores
como uma das primeiras versões da história da alienação e da desalienação do homem. Alguns deles
insistiram em que o conceito de alienação teve sua primeira expressão no pensamento ocidental no
conceito de idolatria do Velho Testamento. A relação entre os seres humanos e o Logos, em
Heráclito, também pode ser analisada em termos de alienação. E alguns comentaristas sustentaram
que a origem da concepção que Hegel tinha da natureza como forma autoalienada do Espírito
Absoluto pode ser encontrada na interpretação de Platão do mundo natural como uma imagem
imperfeita do nobre mundo das Ideias. Na época moderna, a terminologia e a problemática da
alienação encontram-se especialmente nos teóricos do Contrato Social. Assim, Hugo Grotius usou a
expressão alienação para designar a transferência para outra pessoa da autoridade soberana do
homem sobre si mesmo. Mas, a despeito do uso da expressão (como em Grotius) ou não (como em
Hobbes e Locke), a própria ideia do Contrato Social pode ser vista como uma tentativa de fazer
progressos no sentido da desalienação (conseguir maior liberdade, ou pelo menos maior segurança),
por meio de uma alienação parcial deliberada. Essa lista de precursores poderia ser facilmente
ampliada. Mas provavelmente não há nenhum pensador antes de Hegel que possa ser lido e
compreendido em termos da alienação e desalienação melhor do que Rousseau. Para mencionarmos
apenas dois entre os aspectos mais relevantes, a oposição estabelecida por Rousseau entre o homem
natural (l’homme de la nature, l’homme naturel, le sauvage) e o homem social (l’homme policé,
l’homme civil, l’homme social) poderia ser comparada com a oposição entre o homem não alienado
e o homem autoalienado, e o projeto rousseauniano de superação da contradição entre a volonté
générale e a volonté particulière pode ser considerado como um programa para a abolição da
alienação. Mas apesar de todos os precursores, e de Rousseau inclusive, a verdadeira história
filosófica da alienação começa com Hegel.
Embora a ideia de alienação, sob o nome de Positivität (positividade), surja nos primeiros
escritos de Hegel, seu desenvolvimento explícito como termo filosófico tem início na
Phänomenologie des Geistes (Fenomenologia do Espírito). E embora o seu estudo esteja
concentrado de forma mais direta na seção da obra intitulada “O espírito alienado de si mesmo;
Cultura”, a alienação é, na realidade, o conceito central e a ideia mais importante de todo o livro. Da
mesma maneira, embora não exista uma análise concentrada e explícita da alienação em suas obras
posteriores, todo o sistema filosófico de Hegel, tal como apresentado de forma resumida em sua
Enzyklopädie der philosophischen Wissenschaften (Enciclopédia das ciências filosóficas), e mais
extensivamente em suas demais obras e conferências posteriores, foi construído com a ajuda das
ideias da alienação e desalienação.
Em um sentido básico, o conceito de auto-alienação aplica-se, em Hegel, ao Absoluto. A Ideia
Absoluta (Espírito Absoluto), que para ele é a única realidade, é um Eu dinâmico envolvido em um
processo circular de alienação e desalienação. Torna-se alienado de si mesmo na Natureza (que é a
forma autoalienada da Ideia Absoluta) e volta de sua auto-alienação no Espírito Finito, o homem
(que é o Absoluto no processo de desalienação). A autoalienação e a desalienação são, dessa
maneira, a forma do Ser do Absoluto.
Em outro sentido básico (que resulta diretamente do primeiro), a autoalienação pode ser aplicada
ao Espírito Finito, ou homem. Na medida em que é um ser natural, o homem é um espírito alienado de
si. Mas, na medida em que é um ser histórico, capaz de conseguir um conhecimento adequado do
Absoluto (o que significa também conhecer a natureza e a si mesmo), o homem é capaz de se tornar
um ser desalienado, realizando o Espírito Finito a sua vocação para a construção do Absoluto.
Assim, a estrutura básica do homem também pode ser descrita como autoalienação ou alienação de si
e desalienação.
Há um outro sentido no qual a alienação pode ser atribuída ao homem. É uma característica
essencial do Espírito Finito (homem) produzir coisas, expressar-se em objetos, objetificar-se em
coisas físicas, instituições sociais e produtos culturais. E toda objetificação é necessariamente um
exemplo de alienação: os objetos produzidos tornam-se alheios ao produtor. A alienação, nesse
sentido, só pode ser superada no sentido de ser conhecida de maneira adequada.
Vários outros sentidos de alienação foram descobertos em Hegel, pelos estudiosos de sua obra.
Schacht, por exemplo, concluiu ter Hegel usado o termo em dois sentidos bastante diferentes:
“alienação¹”, que significa “uma separação ou relação discordante como a que poderia existir entre o
indivíduo e a substância social, ou (como alienação de si) entre a condição real e a natureza
essencial” e “alienação²” que significa “entrega ou sacrifício da particularidade e da
intencionalidade, em conexão com a superação da alienação¹ e o restabelecimento da unidade”
(Schacht, 1970, p.35).
Em sua crítica da filosofia de Hegel publicada em 1839 e em outros escritos, como Das Wesen
des Christentums (A essência do cristianismo, 1841) e Grundsätzer der Philosophie der Zukunft
(Os princípios da filosofia do futuro, 1843) Feuerbach criticou a concepção hegeliana de que a
natureza é uma forma autoalienada do Espírito Absoluto e o homem é o Espírito Absoluto no
processo de desalienação. Para Feuerbach, o homem não é Deus autoalienado, mas Deus é o homem
autoalienado: é apenas a essência abstraída do homem, absolutizada e dele distanciada. Assim, o
homem aliena-se de si mesmo ao criar e colocar acima de si um ser superior estranho e imaginado, e
ao curvar-se ante ele, como escravo. A desalienação do homem consiste na abolição daquela imagem
“estranhada” do homem que é Deus.
O conceito de alienação de Feuerbach foi criticado e ampliado primeiramente por Moses Hess,
mas uma crítica, na mesma linha, foi realizada de maneira mais completa e profunda pelo então
amigo mais jovem de Hesse, Karl Marx (especialmente nos Manuscritos econômicos e filosóficos).
Marx louvou Hegel por ter considerado “a autocriação do homem como um processo, a objetificação
como a perda do objeto, como alienação e transcendência dessa alienação (…)” (Terceiro
Manuscrito). Mas criticou Hegel por ter identificado a objetificação com a alienação e por ter
considerado o homem como autoconsciência e a alienação do homem como a alienação de sua
consciência: “Para Hegel, a vida humana, o homem, é equivalente à autoconsciência. Toda
alienação da vida humana não passa, portanto, de alienação da autoconsciência (…). Toda
reapropriação da vida objetiva alienada surge, portanto, como uma incorporação na autoconsciência”
(ibid.).
Marx concordava com a crítica de Feuerbach à alienação religiosa, mas ressaltava que esta é
apenas uma entre as várias formas de alienação humana. O homem não só aliena parte de si mesmo
na forma de Deus, como também aliena outros produtos de sua atividade espiritual na forma de
filosofia, senso comum, arte, moral; aliena os produtos de sua atividade econômica na forma da
mercadoria, do dinheiro, do capital; e aliena produtos de sua atividade social na forma do Estado, do
direito, das instituições sociais. Há muitas formas nas quais o homem aliena de si mesmo os produtos
de sua atividade e faz deles um mundo de objetos separado, independente e poderoso, com o qual se
relaciona como um escravo, impotente e dependente. Mas o homem não só aliena de si mesmo seus
próprios produtos, como também se aliena a si próprio da atividade mesma pela qual esses produtos
são criados, da natureza na qual vive e dos outros homens. Todos esses tipos de alienação são, em
última análise, a mesma coisa: são aspectos diferentes, ou formas, da alienação do homem, formas
diferentes da alienação que se produz entre o homem e a sua “essência” ou sua “natureza” humana,
entre o homem e sua humanidade.
Assim como o trabalho alienado [1] aliena do homem a natureza e [2] aliena o homem de si mesmo, de sua própria função ativa, de
sua atividade vital, ele o aliena da própria espécie (…) [3] (…). Ele (o trabalho alienado) aliena do homem o seu próprio corpo, sua
natureza externa, sua vida espiritual e sua vida humana (…). [4] Uma consequência direta da alienação do homem com relação ao
produto de seu trabalho, a sua atividade vital e à vida de sua espécie é o fato de que o homem se aliena dos outros homens (…). Em
geral, a afirmação de que o homem está alienado da vida de sua espécie significa que todo homem está alienado dos outros e que
todos os outros estão igualmente alienados da vida humana (…). Toda alienação do homem de si mesmo e da natureza surge na
relação que ele postula entre outros homens, ele próprio e a natureza. (Manuscritos econômicos e filosóficos, Primeiro
Manuscrito)
A crítica (o desmascaramento) da alienação não foi um fim em si mesmo para Marx. Seu objetivo
era preparar o caminho para uma revolução radical e para a realização do comunismo, compreendido
como “a reintegração do homem, seu retorno a si mesmo, a superação da alienação do homem”, como
“a abolição positiva da propriedade privada, da alienação humana e, com isso, como a
apropriação real da natureza humana através do homem e para o homem (Terceiro Manuscrito).
Embora as expressões alienação e desalienação não sejam muito usadas nos últimos escritos de
Marx, todos eles, inclusive O Capital, apresentam uma crítica do homem e da sociedade alienados
existentes, e encerram um apelo à desalienação. E há pelo menos uma grande obra da fase final de
Marx, os Grundrisse, em que a terminologia da alienação é amplamente usada.
Os Manuscritos econômicos e filosóficos foram publicados pela primeira vez em 1932 e os
Grundrisse, publicados em 1939, só se tornaram acessíveis na prática depois de sua reedição em
1953. Talvez essas tenham sido algumas das principais razões “teóricas” (houve também razões
práticas) para que fossem negligenciados os conceitos de alienação e desalienação em todas as
interpretações de Marx (e na discussão filosófica em geral) durante o final do século XIX e nas
primeiras décadas do século XX. Alguns aspectos importantes da alienação foram examinados pela
primeira vez em Geschichte und Klassenbewusstsein (História e consciência de classe), de Lukács,
que aprofundou a discussão da REIFICAÇÃO, mas não há nenhum estudo geral e explícito da alienação
no livro. Assim, a temática só foi retomada depois da publicação dos Manuscritos econômicos e
filosóficos em 1932. Marcuse (1932) foi dos primeiros a ressaltar a importância dos Manuscritos e
a chamar a atenção para o conceito de alienação que apresentavam. Auguste Cornu (1934) foi dos
primeiros a estudar o “jovem Marx” de maneira mais cuidadosa, e Henri Lefebvre (1939) talvez
tenha sido o primeiro a tentar introduzir o conceito de alienação na interpretação tradicional de
Marx.
Uma discussão mais geral e aprofundada da alienação teve início depois da Segunda Guerra
Mundial. Dela participaram não só autores marxistas, mas também pensadores existencialistas e
personalistas, e não apenas filósofos, mas também psicólogos (particularmente psicanalistas),
sociólogos, críticos literários e escritores. Entre os não marxistas, Martin Heidegger foi quem deu
um importante impulso à discussão da alienação. Em Sein und Zeit (O Ser e o Tempo, 1927), ele
usou Entfremdung para descrever um dos traços básicos do modo inautêntico do Ser do homem, e em
1947 ressaltou a importância da alienação. Certos autores viram uma analogia entre o conceito de
alienação de Marx e a noção de Seinsvergessenheit de Heidegger e também entre a concepção
marxista de revolução e o conceito de Kehre de Heidegger. Novas perspectivas igualmente
importantes foram propostas por Jean-Paul Sartre, que pensou a “alienação” tanto em sua fase
existencialista como em sua fase marxista; por P. Tilich, em cuja combinação de teologia protestante,
filosofia existencial e marxismo o conceito de alienação tem papel importante; por Alexandre
Kojève, que interpretou Hegel com a ajuda de indicações do jovem Marx; por Jean Hyppolite, que
examinou a alienação (especialmente a relação entre esta e a objetificação) em Hegel e Marx; por
Jean-Yves Calvez, cuja crítica a Marx, de um ponto de vista cristão, baseou-se numa interpretação
do pensamento de Marx como crítica de diferentes formas de alienação, e por Hans Barth, cuja
discussão da relação entre verdade e ideologia envolve um exame detalhado da questão.
Entre os marxistas, Lukács estudou a alienação em Hegel (particularmente no jovem Hegel) e em
Marx e tentou especificar seu próprio conceito de alienação (e sua relação com a reificação). Ernst
Bloch valeu-se do conceito sem nele insistir particularmente, tentando estabelecer uma distinção
clara entre Entfremdung e Verfremdung. Finalmente, Erich Fromm não só estudou cuidadosamente o
conceito de alienação em Marx, como também fez dele uma chave para a análise, em seus trabalhos
sociológicos, psicológicos e filosóficos.
Os marxistas que tentaram reviver e desenvolver a teoria da alienação de Marx nas décadas de
1950 e 1960 foram muito criticados pelo seu idealismo e pelo seu hegelianismo: de um lado, pelos
representantes da versão oficial (stalinista) de Marx e, de outro, pelos chamados marxistas
estruturalistas (por exemplo, Louis Althusser). Esses adversários da teoria da alienação insistiram
em que aquilo que era chamado de alienação no jovem Marx era denominado, de maneira muito mais
adequada, em obras posteriores, por termos científicos propriedade privada, dominação de classe,
exploração, divisão do trabalho, etc. Mas argumentou-se em resposta que os conceitos de alienação e
desalienação não podem ser totalmente reduzidos a nenhum (ou a todos) dos conceitos apresentados
para substituí-lo e que, para uma interpretação verdadeiramente revolucionária de Marx, aquele
conceito era indispensável. Em consequência desses debates, o número de marxistas que ainda se
opõem a qualquer uso do conceito de alienação diminuiu consideravelmente.
Muitos dos que estavam prontos a aceitar o conceito de alienação de Marx não aceitavam o
conceito de alienação de si, que lhes parecia não histórico, porque deixa implícita a existência de
uma essência ou natureza humana fixa e inalterável (ver NATUREZA HUMANA). Argumentou-se, em
contraposição a tal concepção, que a alienação de si mesmo devia ser considerada não como uma
alienação de uma natureza humana factual ou ideal (“normativa”), mas como alienação das
possibilidades humanas criadas historicamente, em especial da capacidade humana de liberdade e
criatividade. Assim, em lugar de sustentar uma interpretação estática ou não histórica do homem, a
ideia de alienação de si traz um clamor pela renovação constante e pelo desenvolvimento do homem.
Esse aspecto foi bastante ressaltado por Kangrga: ser autoalienado significa “ser autoalienado de simesmo como obra (Werk) de si mesmo, da autoatividade, da autoprodução, da autocriação; ser
alienado da história como práxis humana e como um produto humano” (1967, p.27). Assim, “o
homem está alienado ou autoalienado quando não se está tornando um homem” e isso ocorre quando
“aquilo que ele é e foi é tomado como a verdade única e autêntica”, ou quando o homem opera
“dentro de um mundo já feito e não atua de uma maneira prática e crítica (em um sentido
revolucionário)” (1967, p.27).
Outro aspecto controverso é se a alienação aplica-se em primeiro lugar aos indivíduos ou à
sociedade como um todo. De acordo com os que a consideram como aplicável em primeiro lugar aos
indivíduos, o desajustamento do homem à sociedade na qual vive é indício de sua alienação. Já, por
exemplo, Fromm (1955) argumentou que uma sociedade também pode estar enferma ou alienada, de
modo que o homem não adaptado à sociedade existente não está necessariamente “alienado”. Muitos
dos que consideram a alienação como uma forma aplicável apenas às pessoas ainda a tornam mais
limitada, vendo-a como um conceito exclusivamente psicológico, que se refere a um sentimento ou
estado de espírito. Assim, de acordo com Eric e Mary Josephson, a alienação é “um sentimento
individual, ou um estado de dissociação do eu dos outros e do mundo em geral” (Josephson e
Josephson 1962, p.191). Outros autores ainda insistiram em que a alienação não é simplesmente um
sentimento, mas em primeiro lugar um fato objetivo, uma maneira de ser. Dessa forma, A.P.
Ogurtsov, na Enciclopédia de filosofia soviética define alienação como “a categoria filosófica e
sociológica que expressa a transformação objetiva da atividade do homem e de seus resultados numa
força independente, que o domina e lhe é contrária, e também a correspondente transformação do
homem de sujeito ativo em objeto do processo social”.
Alguns dos autores que caracterizam a “alienação” com um estado de espírito consideram-na
como um fato ou conceito da psicopatologia; outros insistem em que, embora a alienação não seja
“boa” ou desejável, não é rigorosamente patológica. Acrescentam muitas vezes que deve haver uma
distinção entre a alienação e dois conceitos correlatos, mas não idênticos – anomia e desorganização
pessoal. “A alienação refere-se ao estado psicológico de um indivíduo caracterizado por sentimentos
de distanciamento, enquanto a anomia se refere à relativa anormalidade de um sistema social. A
desorganização pessoal refere-se ao comportamento desordenado resultante de conflito interno no
indivíduo” (M. Levin, in Josephson e Josephson 1962, p.228).
A maioria dos teóricos da alienação estabeleceram uma distinção entre diferentes formas desse
fenômeno. Por exemplo, Schaff (1980) encontra duas formas básicas: alienação objetiva (ou
simplesmente alienação) e alienação subjetiva (ou autoalienação). E. Schachtel vê quatro formas (a
alienação do homem em relação à natureza, em relação a seus semelhantes, em relação ao trabalho de
suas mãos e espíritos, e em relação a si mesmo). M. Seeman aponta quatro outras (impotência, falta
de significação, isolamento social, falta de norma e autodistanciamento). Cada uma dessas
classificações tem méritos e deméritos. Assim, em lugar de tentar compilar uma lista completa dessas
formas, alguns estudiosos procuraram esclarecer os critérios básicos segundo os quais tais
classificações deveriam ser (ou foram, na realidade) feitas.
Uma questão muito discutida é se a autoalienação é uma propriedade essencial, imperecível, do
homem enquanto homem, ou se é característica apenas de uma fase histórica da evolução humana.
Alguns filósofos (em particular os existencialistas) sustentaram que a alienação é um momento
estrutural permanente da existência humana. Além de sua existência autêntica, o homem também leva
uma existência não autêntica, sendo ilusório esperar que ele algum dia poderá viver apenas
autenticamente. A concepção oposta é a de que o ser humano, originalmente não alienado, no curso
de sua evolução alienou-se de si mesmo, mas voltará, no futuro, a si mesmo. Tal concepção encontrase em Engels e em muitos pensadores marxistas de hoje; o próprio Marx parece ter achado que o
homem sempre fora, até então, alienado, mas não obstante poderia e deveria voltar a vir a ser ele
mesmo.
Entre os que aceitaram a concepção de que o comunismo é uma desalienação houve diferentes
perspectivas sobre as possibilidades, limites e formas da desalienação. Assim, de acordo com uma
das respostas disponíveis, a desalienação absoluta é possível: toda alienação – social e individual –
pode ser abolida de uma vez por todas. Os representantes mais radicais desse ponto de vista otimista
afirmam até mesmo que toda alienação já foi eliminada em princípio dos países socialistas, onde só
existe sob a forma de insanidade individual ou como um “resquício de capitalismo” insignificante.
Não é difícil ver os problemas dessa interpretação. A desalienação absoluta só seria possível se a
humanidade fosse alguma coisa definitiva e inalterável. E, de um ponto de vista factual, é fácil ver
que, naquilo que se chama de “socialismo”, não só formas antigas de alienação, mas também muitas
formas “novas”, existem. Assim, contra os defensores da desalienação absoluta sustentou-se que só é
possível uma desalienação relativa. De acordo com tal concepção, não é possível eliminar toda a
alienação, mas pode-se criar uma sociedade basicamente não alienada que estimule o
desenvolvimento de indivíduos não autoalienados, realmente humanos.
Dependendo da interpretação da essência da alienação, os meios recomendados para a sua
superação também têm sido distintos. Aqueles que consideram a autoalienaçãocomo um fato
“psicológico” questionam a importância, e até mesmo a relevância, de qualquer modificação externa
nas “circunstâncias” e sugerem que o esforço moral do indivíduo, “uma revolução interior”, é a única
cura. E aqueles que consideram a autoalienação como um fenômeno neurótico são coerentes ao
oferecer para ela um tratamento psicanalítico. No outro extremo, estão os filósofos e sociólogos que
se aferram a essa variante degenerada do marxismo que é o “determinismo econômico” e consideram
os indivíduos como produtos passivos da organização social (e em particular, da econômica). Para
esses autores marxistas, o problema da desalienação reduz-se ao problema da transformação social,
e este ao problema da abolição da propriedade privada.
Em contraposição às duas interpretações apresentadas acima, foi proposta uma terceira
concepção, em que a desalienação da sociedade está intimamente ligada à desalienação dos
indivíduos, de tal modo que é impossível realizar uma sem a outra, ou reduzir uma à outra. É
possível criar um sistema social que seja favorável ao desenvolvimento de pessoas desalienadas,
mas não é possível organizar uma sociedade que produzisse automaticamente tais pessoas. Um
indivíduo só se pode transformar num ser não alienado, livre e criativo por meio de sua própria
atividade. Mas não só a desalienação não pode ser reduzida à desalienação da sociedade, como esta,
por sua vez, não pode ser concebida simplesmente como uma mudança na organização da economia
que será seguida automaticamente por uma mudança em todas as outras ou aspectos da vida humana.
Longe de ser um dado eterno da vida social, a divisão da sociedade em esferas mutuamente
independentes e conflitantes (economia, política, direito, artes, moral, religião, etc.) e a
predominância da esfera econômica são, segundo Marx, características de uma sociedade alienada.
A desalienação da própria sociedade é, portanto, impossível, sem a abolição da alienação que as
diferentes atividades humanas guardam umas das outras.
Igualmente, o problema da desalienação da vida econômica não pode ser resolvido pela simples
abolição da propriedade privada. A transformação desta em propriedade estatal não introduz uma
transformação essencial na situação do trabalhador ou do produtor. A desalienação da vida
econômica também exige a abolição da propriedade estatal com sua transformação em propriedade
social real, e isso não se pode realizar sem que se organize a totalidade da vida social com base na
autogestão dos produtores imediatos. Mas, se a autogestão dos produtores é uma condição necessária
da desalienação da vida econômica, ela não é, por si, condição suficiente. Não resolve
automaticamente o problema da desalienação na distribuição e no consumo, e não é em si suficiente
nem mesmo para desalienar a produção. Certas formas da alienação da produção têm suas raízes na
natureza dos meios modernos de produção e por isso não podem ser eliminadas por uma mera
mudança da forma de gerir a produção.<br />
<br />
<span style="font-size: xx-small;">GP
Bibliografia: Cornu, Auguste, La jeunesse de Karl Marx, 1934 • Fromm, Erich, The Sane Society, 1955 [Psicanálise da sociedade
contemporânea, 1983] £ Marx’s Concept of Man , 1961 [O conceito marxista do homem, 1979] • Gabel, Joseph, “La fausse
conscience”, 1967 • Israel, Joachim, Der Begriff Entfremdung, 1972 • Jahn, W., “Le contenu économique du concept d’aliénation Du
travail dans les oeuvres de jeunesse de Mar”, 1960 • Josephson, Eric e Mary (orgs.), Man Alone Alienation in Modern Society, 1962 •
Kangrga, Milan, “Das Problem der Entfremdung in Marxs Werk”, 1967 • Konder, Leandro, Marxismo e alienação, 1965 • Lefebvre,
Henri, Le maitérialisme dialectique, 1939 • Marcuse, Herbert, “Neuen Quellen zur Grundlegung des historischen Materialismus:
Interpretationem der neuveroeffentlichen Manuskripte von Marx”, 1932 (1969) [“Novas fontes para a fundamentação do materialismo
histórico: Interpretação dos recém-publicados manuscritos de Marx” (1968)] • Mészaros, István, Marx’s Theory of Alienation , 1970
[Marx: a teoria da alienação, 1981] • Naville, Pierre, “De l’aliénation à la jouissance”, 1967 £ De l’aliénation à la jouissance, 1970
• Ollman, Bertell, Alienation: Marx’s Conception of Man in Capitalist Society , 1971 (1976) • Petrovié, Gajo, Marx in the MidTwentieth Century, 1967 • Schacht, Richard, Alienation, 1970 • Schaff, Adam, Alienation as a Social Phenomenon, 1980 • Sève,
Lucien, “Analyses marxistes de l’alienation”, 1974 • “Sur le jeune Marx”, Recherches Internationales à la Lumière du Marxisme ,
n.19, 1960 • Vranicki, Predrag, “Socialism and the Problem of Alienation”, in E. Fromm (org.), Socialist Humanism, 1965. </span><br />
<span style="font-size: xx-small;"><br /></span>
Fonte: Dicionário do pensamento marxistaValdir Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13345174928303744438noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4982468902369262681.post-11868612363390240372019-05-09T19:04:00.001-03:002019-05-09T19:04:34.241-03:00Espanha aposta em Cuba apesar da aplicação da Lei Helms-Burton dos EUA<div id="conTit">
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<div class="info">
2019-05-08 11:29:18丨portuguese.xinhuanet.com
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<br />
Havana, 6 mai (Xinhua) - A Espanha continuará a investir em Cuba
apesar da incerteza e da preocupação suscitadas pela recente ativação do
Título III da Lei Helms-Burton pelos Estados Unidos contra o país
insular, disse o ministro do Comércio espanhol, Reys Maroto.<br />
O ministro reafirmou a posição da Espanha sobre o assunto em um
encontro de mais de 130 representantes de empresas espanholas em Cuba.<br />
O polêmico ato, promulgado há quatro dias por Washington, permite que
cidadãos norte-americanos instaurem ações judiciais contra empresas
estrangeiras que operam em Cuba em propriedades nacionalizadas depois de
1959.<br />
"O encontro nos incentiva a continuar trabalhando para fortalecer os
laços comerciais e de investimento com Cuba. Há investimentos
importantes que as empresas espanholas podem fazer em áreas estratégicas
para a modernização do país, como energias renováveis, transporte,
infraestrutura e automóveis", disse ela.<br />
Em entrevista coletiva realizada após a reunião, Maroto também
afirmou que a mensagem de Madri aos seus investidores no país caribenho
se baseia em "compromisso", "responsabilidade" e "lealdade" para com
Havana e sua comunidade empresarial.<br />
"Vamos analisar todas as recomendações a partir de agora, tanto pelo
nosso governo como no âmbito da Comissão Europeia", insistiu.<br />
Maroto disse que o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, tentará
mediar com a administração Trump para resolver esta questão e evitar
"qualquer tipo de guerra comercial".<br />
A implementação do Título III da Lei Helms-Burton de 1996, que havia
sido suspensa por todos os presidentes dos EUA desde Bill Clinton, tem
como objetivo diminuir o investimento estrangeiro na ilha e fortalecer
ainda mais o embargo econômico de quase seis décadas, segundo os
observadores.<br />
Além disso, ele desencadearia milhares de reivindicações sobre
grandes propriedades como fábricas, indústrias, infraestrutura
turística, edifícios do governo e até mesmo casas onde vivem atualmente
os cubanos comuns.<br />
"Vamos manter nossos investimentos em Cuba e pode ser anos de litígio para tomar qualquer decisão", disse ela.<br />
Entre as empresas espanholas que poderiam receber reclamações estão
Melia, Iberostar e Barcelo, que operam mais de 60 hotéis de propriedade
do governo cubano.<br />
Ela destacou o primeiro fundo de investimento espanhol de 40 milhões
de euros (cerca de 45,6 milhões de dólares americanos) assinado entre os
dois países em novembro passado durante a visita de Sanchez.<br />
Maroto anunciou um segundo fundo de 375 milhões de euros (cerca de
US$ 420 milhões) para financiar projetos prioritários de desenvolvimento
da moeda local da ilha, ligados aos interesses de empresas espanholas.<br />
A Espanha é o terceiro maior parceiro comercial de Cuba. De acordo
com dados oficiais, as exportações da Espanha para a ilha cresceram 5%
em 2018, chegando a cerca de 900 milhões de euros (cerca de US$ 1
bilhão). Madri é o principal parceiro europeu de Havana, com uma
participação de mercado próxima a 40%.<br />
Este novo fundo de investimento anunciado nesta segunda-feira por
Maroto é um novo impulso de vitalidade para as empresas espanholas em
Cuba, que está atolada em tensões com Washington.<br />
"Diferentes setores podem contribuir para o desenvolvimento de Cuba
com novos investimentos, outros podem desenvolver projetos em andamento e
novas empresas têm um enorme interesse nesse mercado", disse à Xinhua o
diretor da Câmara de Comércio da Espanha, Inmaculada Riera.<br />
Empresas espanholas de áreas como turismo, agricultura e
processamento de alimentos, infraestrutura, construção e energia
estiveram presentes na reunião.<br />
"Este compromisso vai além da Lei Helms-Burton. A Comissão Europeia
tem muito a dizer sobre esta situação e a Espanha está a liderar uma
posição muito forte e firme de apoio às suas empresas", afirmou Riera.<br />
A decisão da administração Trump de implementar plenamente o Título
III foi recebida com ampla oposição da União Europeia e Canadá, cujas
empresas investiram bilhões de dólares em Cuba.<br />
Bruxelas considera a mudança "contrária ao direito internacional" e disse que responderia.<br />
As relações entre os EUA e Cuba caíram drasticamente desde que Donald
Trump assumiu o poder, em parte depois que ele decidiu reverter a
dissuasão iniciada por seu antecessor, Barack Obama. Os dois lados ainda
mantêm seus laços diplomáticos restabelecidos em julho de 2015 sob
Obama. </div>
Valdir Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13345174928303744438noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4982468902369262681.post-2220705270380942152019-03-27T21:57:00.001-03:002019-03-27T21:57:10.112-03:00Xi apresenta proposta de quatro pontos sobre governança global<div id="conTit">
2019-03-27 10:32:47丨portuguese.xinhuanet.com</div>
<div id="content">
<div id="video_m4v" style="display: none;">
</div>
<div align="center">
<a class="bigPic" href="http://portuguese.xinhuanet.com/2019-03/27/c_137926861_2.htm"></a></div>
<div class="dask">
<a class="bigPic" href="http://portuguese.xinhuanet.com/2019-03/27/c_137926861_2.htm"><img align="center" alt="FRANCE-PARIS-CHINA-XI JINPING-FORUM-SPEECH" border="0" height="428" id="{A606E87B-2971-4AE7-829E-A15B0BB6FDB2}" sourcedescription="网上抓取的文件" sourcename="本地文件" src="http://portuguese.xinhuanet.com/2019-03/27/137926861_15536547002101n.jpg" title="" width="640" /></a><a class="picleft" href="http://portuguese.xinhuanet.com/2019-03/27/c_137926861.htm" style="display: none;"></a><a class="picright" href="http://portuguese.xinhuanet.com/2019-03/27/c_137926861_2.htm" style="display: none;"></a></div>
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<div align="center" style="text-align: center;">
<span style="color: grey;">(Xinhua/Ju Peng)</span></div>
Paris, 26 mar (Xinhua) -- O presidente chinês, Xi Jinping, pediu nesta terça-feira que os países em todo o mundo façam esforços conjuntos em quatro aspectos e formem juntos o futuro da humanidade diante de severos desafios globais.<br />
Xi fez as observações na cerimônia de encerramento de um fórum de governança global organizado pela China e pela França em Paris. Além de Xi e do presidente francês, Emmanuel Macron, o evento também contou com a participação da chanceler alemã, Angela Merkel, e do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.<br />
A China e a França, importantes participantes da governança global, desfrutam de um consenso político amplo e uma base sólida para a cooperação em importantes assuntos como salvaguardar a paz, a segurança e a estabilidade do mundo, defender o multilateralismo e o livre comércio, e apoiar as Nações Unidas a desempenhar um papel ativo, disse Xi.<br />
Ele indicou que a China e a França estão ambas comprometidas com os princípios de respeito mútuo, confiança mútua, igualdade, abertura, abrangência e resultados de ganhos recíprocos.<br />
Os dois países, acrescentou, têm defendido juntos os princípios fundamentais em relações internacionais e avançado na melhora da governança global, e se tornaram importantes forças para proteger a paz e a estabilidade mundiais e promover o avanço da civilização humana.<br />
Xi propôs uma abordagem de quatro pontos para lidar com os "quatro déficits" nos assuntos globais.<br />
Primeiro, o presidente chinês pediu imparcialidade e racionalidade para lidar com o déficit de governança.<br />
É aconselhável manter uma visão da governança global com características de consulta extensa, contribuição conjunta e benefícios compartilhados e o princípio de que os assuntos globais devem ser resolvidos através da consulta, disse Xi, pedindo a promoção ativa da democratização das regras da governança global.<br />
Ele também pediu apoio à ONU, uma bandeira de multilateralismo, exploração completa do papel construtivo de mecanismos multilaterais globais e regionais, e promoção conjunta da construção de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade.<br />
Segundo, Xi pediu consulta e entendimento para lidar com o déficit de confiança.<br />
É aconselhável pôr o respeito e a confiança mútuos em primeiro lugar, usar diálogo e consulta, buscar terreno comum e deixar de lado e diminuir as diferenças, aumentar a confiança estratégica, e reduzir suspeição mútua, disse Xi.<br />
Também é aconselhável tomar uma abordagem certa para a justiça e os interesses, colocando a justiça antes dos interesses, indicou Xi.<br />
Ele pediu comunicação e diálogos mais estreitos entre civilizações diferentes para aumentar o entendimento e o reconhecimento de uns para com os outros.<br />
Terceiro, ele pediu esforços conjuntos e assistência mútua para lidar com o déficit de paz.<br />
É aconselhável defender uma nova visão de segurança comum, abrangente, cooperativa e sustentável, descartar as mentalidades de Guerra Fria e soma zero, rejeitar a lei da selva, e resolver os conflitos de maneiras pacíficas, disse Xi.<br />
Ele também pediu a rejeição das abordagens como "empobrecer o vizinho" e "buscar benefícios à custa de outros".<br />
Quarto, Xi pediu benefício mútuo e resultados de ganhos recíprocos para lidar com o déficit de desenvolvimento.<br />
É aconselhável buscar uma abordagem impulsionada pela inovação, bem coordenada, interconectada, justa e inclusiva e criar um modelo de crescimento de vitalidade, um modelo de cooperação de abertura e resultados de ganhos recíprocos, e um modelo de desenvolvimento de equilíbrio e benefícios comuns, a fim de que as pessoas de todo o mundo possam compartilhar os benefícios da globalização econômica, mencionou Xi.<br />
O lado chinês apoia as reformas necessárias da ONU e defende o sistema de comércio multilateral, disse Xi, acrescentando que seu país espera que a França e outros países participem ativamente do desenvolvimento do Cinturão e Rota.<br />
Ele também pediu esforços conjuntos para avançar as negociações sobre um acordo de investimento China-União Europeia (UE).<br />
Elogiando a amizade com a França, Xi pediu que os dois países fortaleçam a cooperação com uma perspectiva de longo prazo e orientada ao futuro sob as novas circunstâncias.<br />
A China e a França devem aprofundar a cooperação em áreas tradicionais, acelerar a cooperação em áreas emergentes, fortalecer a cooperação na abordagem da mudança climática, implementar o Acordo de Paris de maneira integral, e impulsionar resultados positivos na cúpula climática 2019 da ONU, para beneficiar os dois povos assim como o mundo inteiro, de acordo com Xi.<br />
Macron disse que a comunicação e a coordenação entre a UE e a China desempenham um papel indispensável na proteção do multilateralismo.<br />
A UE e a China têm posições semelhantes em áreas como a questão nuclear iraniana, mudanças climáticas e segurança e desenvolvimento da África, e ambas as partes insistem na construção de um sistema multilateral forte e justo, disse Macron.<br />
Ele destacou que o desenvolvimento rápido e os esforços de alívio da pobreza da China são impressionantes.<br />
A França atribui importância ao papel significativo e ativo da China em assuntos internacionais.<br />
A UE e a China, sendo importantes forças no cenário mundial, devem aumentar a confiança estratégica mútua e promover a cooperação através do diálogo, assinalou.<br />
A Iniciativa do Cinturão e Rota (ICR) proposta pela China é significativa e pode desempenhar um importante papel na manutenção da paz, estabilidade e desenvolvimento do mundo, segundo Macron.<br />
A UE pode alinhar sua estratégia de desenvolvimento com a ICR de um modo inovador e promover conjuntamente a conectividade eurasiática, acrescentou.<br />
Merkel disse que a relação saudável entre os países europeus e a China colocou uma boa base para a realização da cooperação multilateral entre a UE e a China.<br />
A UE deve acelerar as negociações sobre o acordo de investimento UE-China, e discutir ativamente a participação na ICR, disse ela.<br />
A UE e a China devem cooperar para defender o multilateralismo e comparar notas sobre as reformas da Organização Mundial do Comércio (OMC) e outras instituições multilaterais, indicou Merkel.<br />
A Alemanha propõe realizar uma reunião dos líderes entre a UE e a China no próximo ano, anunciou ela.<br />
Mencionando que a UE e a China são importantes parceiras cooperativas estratégicas, Juncker disse que é importante que os dois lados mantenham diálogo em uma base igual.<br />
Ele pediu que a UE e a China promovam ativamente as negociações sobre o acordo de investimento UE-China e mantenham coordenação em importantes questões internacionais como a reforma da OMC.<br />
Juncker disse que está esperando ansiosamente ver resultados positivos na próxima reunião dos líderes UE-China. </div>
Valdir Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13345174928303744438noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4982468902369262681.post-87048414455403895072019-03-25T21:34:00.001-03:002019-03-25T21:44:12.467-03:00RPDC protege presentes de seus líderes entre montanhas ou no subsolo<div class="widget-header cover overlay">
<h1 class="hidden-xs hidden-sm hidden-md" style="margin: 0px; padding: 0px 0px 20pt;">
<img alt="" height="426" src="https://www.prensalatina.com.br/images/2019/marzo/25/RPDC-protege-regalos-a-sus-.jpg" width="640" /><span style="font-size: small;">Pyongyang, 25 mar (Prensa Latina) Na República Popular Democrática da Coreia (RPDC), os presentes de coreanos a Kim Il Sung, Kim Jong Il e Kim Jong Un estão protegidos entre montanhas e embaixo da terra, conheceu hoje a Prensa Latina.</span></h1>
</div>
<div class="widget-footer cover overlay">
<div class="fullNewsFulltext">
Um desses lugares, como a chamada Exposição Estatal Permanente de Presentes de Nacionais (Eeprn), se localiza na periferiaÂáda capital, cerca de 30 quilômetros ao norte de Pyongyang, nas entranhas da montanha Ryongak.<br />
<br />
Representa um conjunto de elevações que se parecem com um dragão e que protegem também a casa Mangyondae, onde nasceu o líder histórico deste país, Kim Il Sung.<br />
<br />
A Eeprn foi inaugurada em 1 de agosto de 2012, ano do centenário de nascimento do presidente Kim Il Sung (1912-1994).<br />
<br />
Possui uma área equivalente a quase cinquenta campos de futebol e 21 salas distribuídas em quatro andares, de acordo com uma de suas curadoras, Kong Byol.<br />
<br />
Lá estão exibidos e preservados com zelo, a maioria em vitrine de vidro bem grosso, quase 10 mil presentes, informou a fonte.<br />
<br />
Nos andares um e dois estão distribuídos osÂápresentes ao ex-presidente Kim Il Sung e ao ex-presidente Kim Jong Il.<br />
<br />
Destacam-se os 200 presentes situados em frente às grandes e impressionantes estátuas de Kim Il Sung e Kim Jong Il, respectivamente, que presidem o chamado Sala Geral.<br />
<br />
Também são ressaltados os presentes de coreanos no estrangeiro e de residentes ao sul do Paralelo 38, entre os quais se encontram alguns artefatos entregues a Kim Jong Il em diferentes momentos durante este século porÂálíders sul-coreanos, que foram instalados no terceiro andar.<br />
<br />
NasÂáestantes do andar quatro estão os presentes de mesmo nível ao presidente do Comitê de Estado da Coreia, Kim Jong Un.<br />
<br />
Chamam a atenção as medalhas comemorativas do primeiro encontro de 27 de abril de 2018 em Panmunjom do líder do Partido do Trabalho da Coreia, Kim Jong Un com o presidente da República da Coreia, Moon Jae In.<br />
<br />
Também são apreciados pelos visitantes as lembranças da Cúpula de 12 de junho da cúpula anterior realizada em Singapura, entre Kim Jong Un e o presidente estadunidense, Donald Trump, entre muitos outros.<br />
<br />
Kong Byol indicou que atualmente a Eeprn seÂáprepara para a temporada de maiorÂávolume de público que se estende da primavera até o outono, e começará nos primeiros dias de abril, às vésperas da comemoração no dia 15 do aniversário 107 de nascimento de Kim Il Sung.<br />
<br />
Câmeras fotográficas ou de vídeo em qualquer plataforma só podem ser usadas depois de cruzar a linha que limita o acesso aos dois lugares, medida estritamente obrigatória, mesmo se o visitante for jornalista devidamente cadastrado na RPDC, enfatizou nossa anfitriã.<br />
<br />
oda/bjm/jp</div>
</div>
Valdir Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13345174928303744438noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4982468902369262681.post-47331144293352973972019-03-20T20:41:00.001-03:002019-03-20T20:41:32.843-03:00Alienação<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 36.0pt;">
<span style="font-size: 14.0pt;">Críticas
e análises sobre os Pensamentos de Marx<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtGWkf_kZm-gjFw5bOXhIT-AVkxcvkKdWnTzxzO0Je5_MpIFgja6ijZL2xXwPDGOespmoyTGPy_LQsTz4fR9vRNnZJgblKf2saUBFrisw7jjJ_e7Q6zWormivMGLXlCKu65uWpi0RyEzAe/s1600/karl_marx_poster-185x250.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="250" data-original-width="185" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtGWkf_kZm-gjFw5bOXhIT-AVkxcvkKdWnTzxzO0Je5_MpIFgja6ijZL2xXwPDGOespmoyTGPy_LQsTz4fR9vRNnZJgblKf2saUBFrisw7jjJ_e7Q6zWormivMGLXlCKu65uWpi0RyEzAe/s400/karl_marx_poster-185x250.jpg" width="296" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 36.0pt;">
<span style="font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 36.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 36.0pt;">
<span style="font-size: 22.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Alienação <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt;">No sentido que lhe é dado por
Marx, ação pela qual (ou estado no qual) um indivíduo, um grupo, uma
instituição ou uma sociedade se tornam (ou permanecem) alheios, estranhos,
enfim, alienados [1] aos resultados ou produtos de sua própria atividade (e à
atividade ela mesma), e/ou [2] à natureza na qual vivem, e/ou [3] a outros
seres humanos, e – além de, e através de, [1], [2] e [3] – também [4] a si
mesmos (às suas possibilidades humanas constituídas historicamente). Assim
concebida, a alienação é sempre alienação de si próprio ou autoalienação, isto
é, alienação do homem (ou de seu ser próprio) em relação a si mesmo (às suas
possibilidades humanas), através dele próprio (pela sua própria atividade). E a
alienação de si mesmo não é apenas uma entre outras formas de alienação, mas a
sua própria essência e estrutura básica. Por outro lado, a “autoalienação” ou
alienação de si mesmo não é apenas um conceito (descritivo), mas também um
apelo em favor de uma modificação revolucionária do mundo (desalienação). O
conceito de alienação, considerado hoje como um dos conceitos centrais do
marxismo e amplamente usado tanto por marxistas como não marxistas, só entrou
para os dicionários de filosofia na segunda metade do século XX. Antes, porém,
era considerado como um importante termo filosófico e foi muito usado mesmo
fora da filosofia: na vida cotidiana, no sentido de afastamento de antigos
amigos ou companheiros; na teoria econômica e no direito, como termo para
designar a transferência da propriedade de uma pessoa para outra (compra e
venda, roubo, doação); na medicina e na psiquiatria, como nome para o desvio da
normalidade, a insanidade. E antes de se ter desenvolvido como um “conceito”
metafilosófico (revolucionário) com Marx, foi usado como conceito filosófico
por HEGEL e por FEUERBACH. Em seus comentários sobre a alienação, Hegel teve,
por sua vez, vários predecessores, alguns dos quais usaram a palavra sem se
aproximarem de seu significado hegeliano (ou marxista); outros foram
precursores da ideia sem usar a expressão, e, em alguns casos, houve até mesmo
uma espécie de encontro entre a ideia e o termo que a indica. A doutrina cristã
do pecado original e da redenção tem sido considerada por muitos autores como
uma das primeiras versões da história da alienação e da desalienação do homem.
Alguns deles insistiram em que o conceito de alienação teve sua primeira
expressão no pensamento ocidental no conceito de idolatria do Velho Testamento.
A relação entre os seres humanos e o Logos, em Heráclito, também pode ser
analisada em termos de alienação. E alguns comentaristas sustentaram que a
origem da concepção que Hegel tinha da natureza como forma autoalienada do
Espírito Absoluto pode ser encontrada na interpretação de Platão do mundo
natural como uma imagem imperfeita do nobre mundo das Ideias. Na época moderna,
a terminologia e a problemática da alienação encontram-se especialmente nos
teóricos do Contrato Social. Assim, Hugo Grotius usou a expressão alienação
para designar a transferência para outra pessoa da autoridade soberana do homem
sobre si mesmo. Mas, a despeito do uso da expressão (como em Grotius) ou não
(como em Hobbes e Locke), a própria ideia do Contrato Social pode ser vista
como uma tentativa de fazer progressos no sentido da desalienação (conseguir maior
liberdade, ou pelo menos maior segurança), por meio de uma alienação parcial
deliberada. Essa lista de precursores poderia ser facilmente ampliada. Mas
provavelmente não há nenhum pensador antes de Hegel que possa ser lido e
compreendido em termos da alienação e desalienação melhor do que Rousseau. Para
mencionarmos apenas dois entre os aspectos mais relevantes, a oposição
estabelecida por Rousseau entre o homem natural (l’homme de la nature, l’homme
naturel, le sauvage) e o homem social (l’homme policé, l’homme civil, l’homme
social) poderia ser comparada com a oposição entre o homem não alienado e o
homem autoalienado, e o projeto rousseauniano de superação da contradição entre
a volonté générale e a volonté particulière pode ser considerado como um programa
para a abolição da alienação. Mas apesar de todos os precursores, e de Rousseau
inclusive, a verdadeira história filosófica da alienação começa com Hegel.
Embora a ideia de alienação, sob o nome de Positivität (positividade), surja
nos primeiros escritos de Hegel, seu desenvolvimento explícito como termo
filosófico tem início na Phänomenologie des Geistes (Fenomenologia do
Espírito). E embora o seu estudo esteja concentrado de forma mais direta na
seção da obra intitulada “O espírito alienado de si mesmo; Cultura”, a
alienação é, na realidade, o conceito central e a ideia mais importante de todo
o livro. Da mesma maneira, embora não exista uma análise concentrada e
explícita da alienação em suas obras posteriores, todo o sistema filosófico de
Hegel, tal como apresentado de forma resumida em sua Enzyklopädie der
philosophischen Wissenschaften (Enciclopédia das ciências filosóficas), e mais
extensivamente em suas demais obras e conferências posteriores, foi construído
com a ajuda das ideias da alienação e desalienação. Em um sentido básico, o
conceito de auto-alienação aplica-se, em Hegel, ao Absoluto. A Ideia Absoluta
(Espírito Absoluto), que para ele é a única realidade, é um Eu dinâmico
envolvido em um processo circular de alienação e desalienação. Torna-se
alienado de si mesmo na Natureza (que é a forma autoalienada da Ideia Absoluta)
e volta de sua auto-alienação no Espírito Finito, o homem (que é o Absoluto no
processo de desalienação). A autoalienação e a desalienação são, dessa maneira,
a forma do Ser do Absoluto. Em outro sentido básico (que resulta diretamente do
primeiro), a autoalienação pode ser aplicada ao Espírito Finito, ou homem. Na
medida em que é um ser natural, o homem é um espírito alienado de si. Mas, na
medida em que é um ser histórico, capaz de conseguir um conhecimento adequado
do Absoluto (o que significa também conhecer a natureza e a si mesmo), o homem
é capaz de se tornar um ser desalienado, realizando o Espírito Finito a sua
vocação para a construção do Absoluto. Assim, a estrutura básica do homem
também pode ser descrita como autoalienação ou alienação de si e desalienação.
Há um outro sentido no qual a alienação pode ser atribuída ao homem. É uma
característica essencial do Espírito Finito (homem) produzir coisas, expressar-se
em objetos, objetificar-se em coisas físicas, instituições sociais e produtos
culturais. E toda objetificação é necessariamente um exemplo de alienação: os
objetos produzidos tornam-se alheios ao produtor. A alienação, nesse sentido,
só pode ser superada no sentido de ser conhecida de maneira adequada. Vários
outros sentidos de alienação foram descobertos em Hegel, pelos estudiosos de
sua obra. Schacht, por exemplo, concluiu ter Hegel usado o termo em dois
sentidos bastante diferentes: “alienação¹”, que significa “uma separação ou
relação discordante como a que poderia existir entre o indivíduo e a substância
social, ou (como alienação de si) entre a condição real e a natureza essencial”
e “alienação²” que significa “entrega ou sacrifício da particularidade e da
intencionalidade, em conexão com a superação da alienação¹ e o restabelecimento
da unidade” (Schacht, 1970, p.35). Em sua crítica da filosofia de Hegel
publicada em 1839 e em outros escritos, como Das Wesen des Christentums (A
essência do cristianismo, 1841) e Grundsätzer der Philosophie der Zukunft (Os
princípios da filosofia do futuro, 1843) Feuerbach criticou a concepção
hegeliana de que a natureza é uma forma autoalienada do Espírito Absoluto e o
homem é o Espírito Absoluto no processo de desalienação. Para Feuerbach, o
homem não é Deus autoalienado, mas Deus é o homem autoalienado: é apenas a
essência abstraída do homem, absolutizada e dele distanciada. Assim, o homem
aliena-se de si mesmo ao criar e colocar acima de si um ser superior estranho e
imaginado, e ao curvar-se ante ele, como escravo. A desalienação do homem
consiste na abolição daquela imagem “estranhada” do homem que é Deus. O
conceito de alienação de Feuerbach foi criticado e ampliado primeiramente por
Moses Hess, mas uma crítica, na mesma linha, foi realizada de maneira mais
completa e profunda pelo então amigo mais jovem de Hesse, Karl Marx
(especialmente nos Manuscritos econômicos e filosóficos). Marx louvou Hegel por
ter considerado “a autocriação do homem como um processo, a objetificação como
a perda do objeto, como alienação e transcendência dessa alienação (…)”
(Terceiro Manuscrito). Mas criticou Hegel por ter identificado a objetificação
com a alienação e por ter considerado o homem como autoconsciência e a
alienação do homem como a alienação de sua consciência: “Para Hegel, a vida
humana, o homem, é equivalente à autoconsciência. Toda alienação da vida humana
não passa, portanto, de alienação da autoconsciência (…). Toda reapropriação da
vida objetiva alienada surge, portanto, como uma incorporação na
autoconsciência” (ibid.). Marx concordava com a crítica de Feuerbach à
alienação religiosa, mas ressaltava que esta é apenas uma entre as várias
formas de alienação humana. O homem não só aliena parte de si mesmo na forma de
Deus, como também aliena outros produtos de sua atividade espiritual na forma
de filosofia, senso comum, arte, moral; aliena os produtos de sua atividade
econômica na forma da mercadoria, do dinheiro, do capital; e aliena produtos de
sua atividade social na forma do Estado, do direito, das instituições sociais.
Há muitas formas nas quais o homem aliena de si mesmo os produtos de sua
atividade e faz deles um mundo de objetos separado, independente e poderoso,
com o qual se relaciona como um escravo, impotente e dependente. Mas o homem
não só aliena de si mesmo seus próprios produtos, como também se aliena a si
próprio da atividade mesma pela qual esses produtos são criados, da natureza na
qual vive e dos outros homens. Todos esses tipos de alienação são, em última
análise, a mesma coisa: são aspectos diferentes, ou formas, da alienação do
homem, formas diferentes da alienação que se produz entre o homem e a sua
“essência” ou sua “natureza” humana, entre o homem e sua humanidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 8.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Assim como o trabalho alienado [1] aliena
do homem a natureza e [2] aliena o homem de si mesmo, de sua própria função
ativa, de sua atividade vital, ele o aliena da própria espécie (…) [3] (…).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 8.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ele (o trabalho alienado) aliena do homem o
seu próprio corpo, sua natureza externa, sua vida espiritual e sua vida humana
(…). [4] <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 8.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Uma
consequência direta da alienação do homem com relação ao produto de seu
trabalho, a sua atividade vital e à vida de sua espécie é o fato de que o homem
se aliena dos outros homens (…). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 8.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Em
geral, a afirmação de que o homem está alienado da vida de sua espécie
significa que todo homem está alienado dos outros e que todos os outros estão
igualmente alienados da vida humana (…). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 8.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Toda
alienação do homem de si mesmo e da natureza surge na relação que ele postula
entre outros homens, ele próprio e a natureza. (Manuscritos econômicos e
filosóficos, Primeiro Manuscrito).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt;">A crítica (o desmascaramento)
da alienação não foi um fim em si mesmo para Marx. Seu objetivo era preparar o
caminho para uma revolução radical e para a realização do comunismo,
compreendido como “a reintegração do homem, seu retorno a si mesmo, a superação
da alienação do homem”, como “a abolição positiva da propriedade privada, da
alienação humana e, com isso, como a apropriação real da natureza humana
através do homem e para o homem (Terceiro Manuscrito). Embora as expressões
alienação e desalienação não sejam muito usadas nos últimos escritos de Marx,
todos eles, inclusive O Capital, apresentam uma crítica do homem e da sociedade
alienados existentes, e encerram um apelo à desalienação. E há pelo menos uma
grande obra da fase final de Marx, os Grundrisse, em que a terminologia da
alienação é amplamente usada. Os Manuscritos econômicos e filosóficos foram
publicados pela primeira vez em 1932 e os Grundrisse, publicados em 1939, só se
tornaram acessíveis na prática depois de sua reedição em 1953. Talvez essas
tenham sido algumas das principais razões “teóricas” (houve também razões
práticas) para que fossem negligenciados os conceitos de alienação e
desalienação em todas as interpretações de Marx (e na discussão filosófica em
geral) durante o final do século XIX e nas primeiras décadas do século XX.
Alguns aspectos importantes da alienação foram examinados pela primeira vez em
Geschichte und Klassenbewusstsein (História e consciência de classe), de
Lukács, que aprofundou a discussão da REIFICAÇÃO, mas não há nenhum estudo
geral e explícito da alienação no livro. Assim, a temática só foi retomada
depois da publicação dos Manuscritos econômicos e filosóficos em 1932. Marcuse
(1932) foi dos primeiros a ressaltar a importância dos Manuscritos e a chamar a
atenção para o conceito de alienação que apresentavam. Auguste Cornu (1934) foi
dos primeiros a estudar o “jovem Marx” de maneira mais cuidadosa, e Henri
Lefebvre (1939) talvez tenha sido o primeiro a tentar introduzir o conceito de
alienação na interpretação tradicional de Marx. Uma discussão mais geral e
aprofundada da alienação teve início depois da Segunda Guerra Mundial. Dela
participaram não só autores marxistas, mas também pensadores existencialistas e
personalistas, e não apenas filósofos, mas também psicólogos (particularmente
psicanalistas), sociólogos, críticos literários e escritores. Entre os não
marxistas, Martin Heidegger foi quem deu um importante impulso à discussão da
alienação. Em Sein und Zeit (O Ser e o Tempo, 1927), ele usou Entfremdung para
descrever um dos traços básicos do modo inautêntico do Ser do homem, e em 1947
ressaltou a importância da alienação. Certos autores viram uma analogia entre o
conceito de alienação de Marx e a noção de Seinsvergessenheit de Heidegger e
também entre a concepção marxista de revolução e o conceito de Kehre de
Heidegger. Novas perspectivas igualmente importantes foram propostas por
Jean-Paul Sartre, que pensou a “alienação” tanto em sua fase existencialista
como em sua fase marxista; por P. Tilich, em cuja combinação de teologia
protestante, filosofia existencial e marxismo o conceito de alienação tem papel
importante; por Alexandre Kojève, que interpretou Hegel com a ajuda de
indicações do jovem Marx; por Jean Hyppolite, que examinou a alienação
(especialmente a relação entre esta e a objetificação) em Hegel e Marx; por
Jean-Yves Calvez, cuja crítica a Marx, de um ponto de vista cristão, baseou-se
numa interpretação do pensamento de Marx como crítica de diferentes formas de
alienação, e por Hans Barth, cuja discussão da relação entre verdade e
ideologia envolve um exame detalhado da questão. Entre os marxistas, Lukács
estudou a alienação em Hegel (particularmente no jovem Hegel) e em Marx e
tentou especificar seu próprio conceito de alienação (e sua relação com a
reificação). Ernst Bloch valeu-se do conceito sem nele insistir
particularmente, tentando estabelecer uma distinção clara entre Entfremdung e
Verfremdung. Finalmente, Erich Fromm não só estudou cuidadosamente o conceito
de alienação em Marx, como também fez dele uma chave para a análise, em seus
trabalhos sociológicos, psicológicos e filosóficos. Os marxistas que tentaram
reviver e desenvolver a teoria da alienação de Marx nas décadas de 1950 e 1960
foram muito criticados pelo seu idealismo e pelo seu hegelianismo: de um lado,
pelos representantes da versão oficial (stalinista) de Marx e, de outro, pelos
chamados marxistas estruturalistas (por exemplo, Louis Althusser). Esses
adversários da teoria da alienação insistiram em que aquilo que era chamado de
alienação no jovem Marx era denominado, de maneira muito mais adequada, em
obras posteriores, por termos científicos propriedade privada, dominação de
classe, exploração, divisão do trabalho, etc. Mas argumentou-se em resposta que
os conceitos de alienação e desalienação não podem ser totalmente reduzidos a
nenhum (ou a todos) dos conceitos apresentados para substituí-lo e que, para
uma interpretação verdadeiramente revolucionária de Marx, aquele conceito era
indispensável. Em consequência desses debates, o número de marxistas que ainda
se opõem a qualquer uso do conceito de alienação diminuiu consideravelmente.
Muitos dos que estavam prontos a aceitar o conceito de alienação de Marx não
aceitavam o conceito de alienação de si, que lhes parecia não histórico, porque
deixa implícita a existência de uma essência ou natureza humana fixa e
inalterável (ver NATUREZA HUMANA). Argumentou-se, em contraposição a tal
concepção, que a alienação de si mesmo devia ser considerada não como uma
alienação de uma natureza humana factual ou ideal (“normativa”), mas como
alienação das possibilidades humanas criadas historicamente, em especial da
capacidade humana de liberdade e criatividade. Assim, em lugar de sustentar uma
interpretação estática ou não histórica do homem, a ideia de alienação de si
traz um clamor pela renovação constante e pelo desenvolvimento do homem. Esse
aspecto foi bastante ressaltado por Kangrga: ser autoalienado significa “ser
autoalienado de simesmo como obra (Werk) de si mesmo, da autoatividade, da
autoprodução, da autocriação; ser alienado da história como práxis humana e
como um produto humano” (1967, p.27). Assim, “o homem está alienado ou
autoalienado quando não se está tornando um homem” e isso ocorre quando “aquilo
que ele é e foi é tomado como a verdade única e autêntica”, ou quando o homem
opera “dentro de um mundo já feito e não atua de uma maneira prática e crítica
(em um sentido revolucionário)” (1967, p.27). Outro aspecto controverso é se a
alienação aplica-se em primeiro lugar aos indivíduos ou à sociedade como um
todo. De acordo com os que a consideram como aplicável em primeiro lugar aos
indivíduos, o desajustamento do homem à sociedade na qual vive é indício de sua
alienação. Já, por exemplo, Fromm (1955) argumentou que uma sociedade também
pode estar enferma ou alienada, de modo que o homem não adaptado à sociedade
existente não está necessariamente “alienado”. Muitos dos que consideram a
alienação como uma forma aplicável apenas às pessoas ainda a tornam mais
limitada, vendo-a como um conceito exclusivamente psicológico, que se refere a
um sentimento ou estado de espírito. Assim, de acordo com Eric e Mary
Josephson, a alienação é “um sentimento individual, ou um estado de dissociação
do eu dos outros e do mundo em geral” (Josephson e Josephson 1962, p.191).
Outros autores ainda insistiram em que a alienação não é simplesmente um
sentimento, mas em primeiro lugar um fato objetivo, uma maneira de ser. Dessa
forma, A.P. Ogurtsov, na Enciclopédia de filosofia soviética define alienação
como “a categoria filosófica e sociológica que expressa a transformação
objetiva da atividade do homem e de seus resultados numa força independente,
que o domina e lhe é contrária, e também a correspondente transformação do
homem de sujeito ativo em objeto do processo social”. Alguns dos autores que
caracterizam a “alienação” com um estado de espírito consideram-na como um fato
ou conceito da psicopatologia; outros insistem em que, embora a alienação não
seja “boa” ou desejável, não é rigorosamente patológica. Acrescentam muitas
vezes que deve haver uma distinção entre a alienação e dois conceitos
correlatos, mas não idênticos – anomia e desorganização pessoal. “A alienação
refere-se ao estado psicológico de um indivíduo caracterizado por sentimentos
de distanciamento, enquanto a anomia se refere à relativa anormalidade de um
sistema social. A desorganização pessoal refere-se ao comportamento desordenado
resultante de conflito interno no indivíduo” (M. Levin, in Josephson e
Josephson 1962, p.228). A maioria dos teóricos da alienação estabeleceram uma
distinção entre diferentes formas desse fenômeno. Por exemplo, Schaff (1980)
encontra duas formas básicas: alienação objetiva (ou simplesmente alienação) e
alienação subjetiva (ou autoalienação). E. Schachtel vê quatro formas (a
alienação do homem em relação à natureza, em relação a seus semelhantes, em
relação ao trabalho de suas mãos e espíritos, e em relação a si mesmo). M.
Seeman aponta quatro outras (impotência, falta de significação, isolamento
social, falta de norma e autodistanciamento). Cada uma dessas classificações
tem méritos e deméritos. Assim, em lugar de tentar compilar uma lista completa
dessas formas, alguns estudiosos procuraram esclarecer os critérios básicos
segundo os quais tais classificações deveriam ser (ou foram, na realidade)
feitas. Uma questão muito discutida é se a autoalienação é uma propriedade
essencial, imperecível, do homem enquanto homem, ou se é característica apenas
de uma fase histórica da evolução humana. Alguns filósofos (em particular os
existencialistas) sustentaram que a alienação é um momento estrutural
permanente da existência humana. Além de sua existência autêntica, o homem
também leva uma existência não autêntica, sendo ilusório esperar que ele algum
dia poderá viver apenas autenticamente. A concepção oposta é a de que o ser
humano, originalmente não alienado, no curso de sua evolução alienou-se de si
mesmo, mas voltará, no futuro, a si mesmo. Tal concepção encontrase em Engels e
em muitos pensadores marxistas de hoje; o próprio Marx parece ter achado que o
homem sempre fora, até então, alienado, mas não obstante poderia e deveria
voltar a vir a ser ele mesmo. Entre os que aceitaram a concepção de que o
comunismo é uma desalienação houve diferentes perspectivas sobre as
possibilidades, limites e formas da desalienação. Assim, de acordo com uma das
respostas disponíveis, a desalienação absoluta é possível: toda alienação –
social e individual – pode ser abolida de uma vez por todas. Os representantes
mais radicais desse ponto de vista otimista afirmam até mesmo que toda
alienação já foi eliminada em princípio dos países socialistas, onde só existe
sob a forma de insanidade individual ou como um “resquício de capitalismo”
insignificante. Não é difícil ver os problemas dessa interpretação. A
desalienação absoluta só seria possível se a humanidade fosse alguma coisa
definitiva e inalterável. E, de um ponto de vista factual, é fácil ver que,
naquilo que se chama de “socialismo”, não só formas antigas de alienação, mas
também muitas formas “novas”, existem. Assim, contra os defensores da
desalienação absoluta sustentou-se que só é possível uma desalienação relativa.
De acordo com tal concepção, não é possível eliminar toda a alienação, mas
pode-se criar uma sociedade basicamente não alienada que estimule o
desenvolvimento de indivíduos não autoalienados, realmente humanos. Dependendo
da interpretação da essência da alienação, os meios recomendados para a sua
superação também têm sido distintos. Aqueles que consideram a autoalienaçãocomo
um fato “psicológico” questionam a importância, e até mesmo a relevância, de
qualquer modificação externa nas “circunstâncias” e sugerem que o esforço moral
do indivíduo, “uma revolução interior”, é a única cura. E aqueles que
consideram a autoalienação como um fenômeno neurótico são coerentes ao oferecer
para ela um tratamento psicanalítico. No outro extremo, estão os filósofos e
sociólogos que se aferram a essa variante degenerada do marxismo que é o
“determinismo econômico” e consideram os indivíduos como produtos passivos da
organização social (e em particular, da econômica). Para esses autores
marxistas, o problema da desalienação reduz-se ao problema da transformação social,
e este ao problema da abolição da propriedade privada. Em contraposição às duas
interpretações apresentadas acima, foi proposta uma terceira concepção, em que
a desalienação da sociedade está intimamente ligada à desalienação dos
indivíduos, de tal modo que é impossível realizar uma sem a outra, ou reduzir
uma à outra. É possível criar um sistema social que seja favorável ao
desenvolvimento de pessoas desalienadas, mas não é possível organizar uma
sociedade que produzisse automaticamente tais pessoas. Um indivíduo só se pode
transformar num ser não alienado, livre e criativo por meio de sua própria
atividade. Mas não só a desalienação não pode ser reduzida à desalienação da
sociedade, como esta, por sua vez, não pode ser concebida simplesmente como uma
mudança na organização da economia que será seguida automaticamente por uma
mudança em todas as outras ou aspectos da vida humana. Longe de ser um dado
eterno da vida social, a divisão da sociedade em esferas mutuamente
independentes e conflitantes (economia, política, direito, artes, moral,
religião, etc.) e a predominância da esfera econômica são, segundo Marx,
características de uma sociedade alienada. A desalienação da própria sociedade
é, portanto, impossível, sem a abolição da alienação que as diferentes
atividades humanas guardam umas das outras. Igualmente, o problema da
desalienação da vida econômica não pode ser resolvido pela simples abolição da
propriedade privada. A transformação desta em propriedade estatal não introduz
uma transformação essencial na situação do trabalhador ou do produtor. A
desalienação da vida econômica também exige a abolição da propriedade estatal
com sua transformação em propriedade social real, e isso não se pode realizar
sem que se organize a totalidade da vida social com base na autogestão dos
produtores imediatos. Mas, se a autogestão dos produtores é uma condição
necessária da desalienação da vida econômica, ela não é, por si, condição
suficiente. Não resolve automaticamente o problema da desalienação na
distribuição e no consumo, e não é em si suficiente nem mesmo para desalienar a
produção. Certas formas da alienação da produção têm suas raízes na natureza
dos meios modernos de produção e por isso não podem ser eliminadas por uma mera
mudança da forma de gerir a produção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 9.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>GP Bibliografia: Cornu, Auguste, La jeunesse
de Karl Marx, 1934 • Fromm, Erich, The Sane Society, 1955 [Psicanálise da
sociedade contemporânea, 1983] £ Marx’s Concept of Man , 1961 [O conceito
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économique du concept d’aliénation Du travail dans les oeuvres de jeunesse de
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1967 • Konder, Leandro, Marxismo e alienação, 1965 • Lefebvre, Henri, Le
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neuveroeffentlichen Manuskripte von Marx”, 1932 (1969) [“Novas fontes para a
fundamentação do materialismo histórico: Interpretação dos recém-publicados
manuscritos de Marx” (1968)] • Mészaros, István, Marx’s Theory of Alienation ,
1970 [Marx: a teoria da alienação, 1981] • Naville, Pierre, “De l’aliénation à
la jouissance”, 1967 £ De l’aliénation à la jouissance, 1970 • Ollman, Bertell,
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Petrovié, Gajo, Marx in the MidTwentieth Century, 1967 • Schacht, Richard,
Alienation, 1970 • Schaff, Adam, Alienation as a Social Phenomenon, 1980 •
Sève, Lucien, “Analyses marxistes de l’alienation”, 1974 • “Sur le jeune Marx”,
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Predrag, “Socialism and the Problem of Alienation”, in E. Fromm (org.),
Socialist Humanism, 1965.<o:p></o:p></span></div>
<br />Valdir Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13345174928303744438noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4982468902369262681.post-33591043624000066422019-03-16T01:59:00.002-03:002019-03-16T01:59:50.961-03:00 .Xi destaca cumprimento de metas de desenvolvimento militar como previsto<div id="conTit">
2019-03-13 09:32:45丨portuguese.xinhuanet.com</div>
<div id="content">
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<img align="center" alt="(TWO SESSIONS)CHINA-BEIJING-XI JINPING-NPC-PLA AND ARMED POLICE-PLENARY MEETING (CN)" height="428" id="{56D97E28-B023-4371-A243-CFEDE487622E}" sourcedescription="网上抓取的文件" sourcename="本地文件" src="http://portuguese.xinhuanet.com/2019-03/13/137890635_15524457351541n.jpg" title="" width="640" /><a class="picleft" href="http://portuguese.xinhuanet.com/2019-03/13/c_137890635.htm" style="display: none;"></a><a class="picright" href="http://portuguese.xinhuanet.com/2019-03/13/c_137890635.htm" style="display: none;"></a></div>
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<span style="color: #999999;">(Xinhua/Li Gang)</span></div>
Beijing, 13 mar (Xinhua) -- O presidente da China, Xi Jinping, destacou nesta terça-feira o cumprimento das metas e tarefas estabelecidas para a defesa nacional e desenvolvimento militar como programado.<br />
Xi, também secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC) e presidente da Comissão Militar Central, deu as declarações ao assistir a uma reunião plenária da delegação do Exército de Libertação Popular (ELP) e da força da polícia armada na segunda sessão da 13ª Assembleia Popular Nacional (APN), o órgão legislativo nacional da China.<br />
Este ano é chave para a realização da construção de uma sociedade moderadamente próspera em todos os aspectos, disse Xi.<br />
Ele apontou que todas as forças armadas devem entender claramente a importância e urgência da implementação do 13º Plano Quinquenal para o desenvolvimento militar, fortalecer sua determinação, intensificar o sentido da missão, seguir adiante com um espírito pioneiro e fazer os máximos esforços para realizar o plano para garantir que as metas e tarefas estabelecidas sejam cumpridas como programado.<br />
Xi pediu que todo o exército adira à guia do pensamento do socialismo com características chinesas para uma nova época, implemente completamente o pensamento do Partido sobre o fortalecimento do exército para a nova época e a estratégia militar para as novas condições, concentre-se na preparação para a guerra e intensifique a reforma e a inovação.<br />
Sobre a implementação do plano, Xi sublinhou que é imperativo fortalecer o planejamento e a coordenação gerais, além de fazer avanços em áreas chave.<br />
O presidente chinês indicou que é necessário tomar em consideração a situação geral e coordenar os planos de tarefas, recursos e procedimentos de gerência para garantir o avanço ordenado de diversos projetos.<br />
Ao concentrar-se no desenho geral do plano, o exército deve dar proeminência a projetos chave, incluindo as necessidades urgentes de preparação militar, o apoio crucial para os sistemas de combate e projetos coordenados para a reforma da defesa nacional e das forças armadas, indicou.<br />
Xi destacou que a formulação do 14º Plano Quinquenal para o desenvolvimento militar deve atender às demandas do desenvolvimento, segurança e estratégias militares nacionais, e deve levar em conta tanto a condição atual como as necessidades de desenvolvimento de longo prazo.</div>
Valdir Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13345174928303744438noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4982468902369262681.post-47819995376937834762019-03-14T15:59:00.001-03:002019-03-14T16:14:02.842-03:00Jornalista estadunidense denuncia mentiras criadas pela imprensa para atacar a Venezuela<div class="header-noticias">
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<img alt="" class="img-responsive wp-post-image" src="http://www.patrialatina.com.br/wp-content/uploads/2019/03/a-venezuela-2.jpg" sizes="(max-width: 960px) 100vw, 960px" srcset="http://www.patrialatina.com.br/wp-content/uploads/2019/03/a-venezuela-2.jpg 960w, http://www.patrialatina.com.br/wp-content/uploads/2019/03/a-venezuela-2-300x200.jpg 300w, http://www.patrialatina.com.br/wp-content/uploads/2019/03/a-venezuela-2-768x512.jpg 768w" style="float: left; padding-bottom: 10px; padding-right: 15px;" /></div>
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<header class="col-xs-12"><div class="row text-center">
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<h3 class="subtitle col-xs-12">
A manifestação pró-Maduro sugeriu que Guaidó falhou em ganhar apoio popular fora das classes ricas e de classe média alta</h3>
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<a class="h4 bold" href="https://dialogosdosul.operamundi.uol.com.br/autores/4653/mark-cook">Mark Cook</a></div>
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Diálogos do Sul</div>
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<div class="description row">
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Eu estava sentado no meu apartamento em Caracas, na Venezuela, lendo a versão <em>online </em>da revista <strong>Time </strong>(<a href="http://time.com/4342329/venezuela-economic-collapse-nicolas-maduro/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">19/05/2016</a>), na qual havia uma reportagem sobre como mesmo algo tão básico quanto uma aspirina não poderia ser encontrado em lugar algum na Venezuela: “Medicamentos básicos como a aspirina não podem ser encontrados em lugar algum.”<br />
Eu caminhei de meu apartamento à farmácia mais próxima, a quatro quadras de distância, onde eu encontrei um monte de aspirina, assim como acetaminofeno (Tylenol genérico) e ibuprofeno (Advil genérico), em uma farmácia bem abastecida e com funcionários bem instruídos que fariam inveja a qualquer drogaria dos EUA.<br />
Alguns dias depois da história da <strong>Time</strong>, a <strong>CNBC</strong> (<a href="https://www.cnbc.com/2016/06/22/analysts-deem-venezuelas-situation-unsustainable.html" rel="noopener noreferrer" target="_blank">22/06/2016</a>) publicou que não havia acetaminofeno em lugar algum, que “coisas básicas como Tylenol não estão sequer disponíveis.”. Isso deve ter pego a <em>Pfizer Corporation</em> de surpresa, já que era a sua subsidiária, <em>Pfizer </em>Venezuela SA, que produzia o acetaminofeno que eu comprei. (Nem o escritor da <strong>Time </strong>Ian Bremer nem o comentarista da <strong>CNBC </strong>Richard Washington estavam na Venezuela, e nenhuma evidência foi apresentada de que qualquer um deles já estivera lá.)<br />
Eu comprei o três produtos, xarope para tosse e mais outros medicamentos, porque duvidava de que qualquer pessoa nos Estados Unidos acreditaria em mim se eu não pudesse apresentar os medicamentos em suas embalagens.</div>
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<img alt="" class="img-responsive" height="381" src="https://dialogosdosul.operamundi.uol.com.br/thumb/MjYwMjkyOTkzNTBhZDkyNGJkNTBjMjgyYWQzODYxNGNfZmVkYzVlOTZmYjJmYWI2ZWNhZDY4ZTQwYWRkZGMzZTEucG5n" width="640" /></div>
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<blockquote class="text-muted caption text">
Opera<br />
<em>Foto: Alexcocopro</em></blockquote>
<h3>
<strong>Inquebrantável soar de mentiras</strong></h3>
De fato, eu pessoalmente não seria capaz de acreditar em ninguém que fizesse tais declarações sem que pudesse mostrar a prova delas, de tão intensa que tem sido a disseminação de mentiras. Quando a Orquestra da Juventude Venezuelana deu um concerto em Nova York no começo de 2016, antes de eu me mudar para Caracas, eu fui lá pensando, “nossa, eu espero que os membros da orquestra estejam todos bem vestidos e bem alimentados.”. Sim, é claro que eles estavam todos bem vestidos e bem alimentados!<br />
Quando eu mencionei isso em uma palestra na Universidade de Vermont, um estudante me disse que ele teve a mesma sensação quando estava acompanhando o campeonato Pan Americano de futebol. Ele se perguntou se os jogadores venezuelanos teriam condições de jogar, por estarem tão enfraquecidos pela falta de comida. Na verdade, ele disse, o time venezuelano jogou muito bem, e foi muito mais longe na competição do que o esperado, já que a Venezuela é historicamente um país do <em>baseball</em>, ao contrário dos vizinhos obcecados por futebol Brasil e Colômbia.<br />
Por mais difícil que seja para os leitores da mídia estadunidense acreditarem, a Venezuela é um país onde as pessoas fazem esportes, vão ao trabalho, vão a aulas, vão à praia, vão a restaurantes e assistem a concertos. Eles publicam e leem jornais de todas os espectros políticos, de direita, de centro-direita, de centro, de centro-esquerda e de esquerda. Eles produzem e assistem programas de televisão, em canais de TV que também são de todos os espectros políticos.<br />
<span class="fr-img-caption fr-fic fr-dib"><img data-media="[object Object]" data-uploaded="true" data-url="/uploads/2019/03/11/033aa9d3-dd64-40c2-8d1b-6d557901f7ac.jpg" height="357" src="https://dialogosdosul.operamundi.uol.com.br/uploads/2019/03/11/033aa9d3-dd64-40c2-8d1b-6d557901f7ac.jpg" width="640" /><span class="fr-inner">Apoiadores do presidente venezuelano Nicolás Maduro (Foto: Telesur)</span></span><br />
A <strong>CNN </strong>foi recentemente ridicularizada (<strong>Redacted Tonight, </strong><a href="https://youtu.be/BLkzE8-tQyk" rel="noopener noreferrer" target="_blank">01/02/2019</a>) quando fez uma reportagem da Venezuela, “na utopia socialista que agora deixa praticamente todo estômago vazio”, seguida imediatamente de um corte para um protesto da oposição direitista em que todo mundo parecia muito bem alimentado.<br />
Mas isso é certamente porque a maior parte dos oposicionistas protestando são da classe média alta, um telespectador pode pensar. Os proletários nas manifestações devem estar sofrendo de fome severa.<br />
Não se consultarmos as fotos do massivo protesto governista em 2 de Fevereiro, em que as pessoas aparentavam estar muito bem. Isso apesar da <a href="https://fair.org/home/exonerating-the-empire-in-venezuela/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extrema pressão econômica da administração Trump</a>, reminescente da <a href="https://www.democracynow.org/2013/9/10/40_years_after_chiles_9_11" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estratégia “faça a economia gritar”</a> usada pelo governo Nixon contra o governo democraticamente eleito do presidente Salvador Allende no Chile, assim como contra muitos outros governos eleitos democraticamente.<br />
<h3>
<strong>Manifestações Rivais</strong></h3>
Aquela manifestação mostrou apoio considerável ao governo do presidente Nicolás Maduro e rejeição generalizada à escolha de Donald Trump para presidente da Venezuela, Juan Guaidó. Guaidó, que se autoproclamou presidente do país e<a href="https://www.wsj.com/articles/a-call-from-pence-helped-set-an-uncertain-new-course-in-venezuela-11548430259" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> foi reconhecido minutos depois por Trump</a>, ainda que uma enquete de opinião pública <a href="https://www.counterpunch.org/2019/02/08/juan-guaido-the-man-who-would-be-president-of-venezuela-doesnt-have-a-constitutional-leg-to-stand-on/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mostrasse que 81 por cento dos venezuelanos nunca havia ouvido falar dele</a>, vem da facção de extrema direita da política venezuelana.<br />
<span class="fr-img-caption fr-fic fr-dib"><img data-media="[object Object]" data-uploaded="true" data-url="/uploads/2019/03/11/0dcbde7f-fbee-43ce-a98e-2d3b05669bdb.png" src="https://dialogosdosul.operamundi.uol.com.br/uploads/2019/03/11/0dcbde7f-fbee-43ce-a98e-2d3b05669bdb.png" /><span class="fr-inner">Últimas Notícias no Twitter (01/02/2019): “Capriles: Os Partidos Não Estavam Apoiando a Autoproclamação de Guaidó”</span></span><br />
A manifestação pró-Maduro sugeriu, não surpreendentemente, que Guaidó falhou em ganhar apoio popular fora das classes ricas e de classe média alta. Mas Guaidó nem sequer ganhou apoio de muitos deles. No dia anterior às marchas rivais de 2 de fevereiro, Henrique Caprilles, o líder de uma ala menos extrema da direita, deu uma entrevista à <strong>AFP</strong> que apareceu em <strong>Últimas Noticias</strong> (<a href="http://www.ultimasnoticias.com.ve/noticias/politica/capriles-partidos-no-apoyaban-autojuramentacion-de-guaido/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">01/02/2019</a>), o jornal mais amplamente lido. Nela, Caprilles disse que a maior parte da oposição não apoiou a autoproclamação de Guaidó a presidente. Isso pode explicar a participação extremamente fraca na manifestação de Guaidó, ocorrida num dos distritos mais ricos de Caracas, e obviamente ofuscada pela manifestação pró-governo, que ocorreu numa das principais avenidas.<br />
O <strong>New York Times </strong>não mostrou nenhuma foto da manifestação pró-governo, se limitando a alegar por “especialistas” não nomeados (<a href="https://www.nytimes.com/2019/02/02/world/americas/venezuela-protests-opposition-maduro.html" rel="noopener noreferrer" target="_blank">02/02/2019</a>) que a manifestação governista fora menor do que a oposicionista.<br />
Os leitores podem olhar para as fotos das demonstrações rivais e julgar por si mesmos. Os dois grupos fizeram o seu melhor para atrair o seu público fiel, sabendo o quanto depende de uma demonstração de apoio popular. O jornal estridentemente direitista da oposição <strong>El Nacional </strong>(<a href="http://elnacional.pressreader.com/el-nacional/20190203" rel="noopener noreferrer" target="_blank">03/02/2019</a>) continha uma foto do protesto de direita<br />
<img class="fr-fic fr-dib" data-media="[object Object]" data-uploaded="true" data-url="/uploads/2019/03/11/c0efa769-294d-4e83-80e0-f48ac54c473d.png" src="https://dialogosdosul.operamundi.uol.com.br/uploads/2019/03/11/c0efa769-294d-4e83-80e0-f48ac54c473d.png" /><br />
Se essa foi a melhor foto que eles puderam encontrar, foi marcadamente inexpressiva comparada às fotos dos jornais de esquerda <strong>CCS </strong>(<a href="http://ciudadccs.info/maduro-encabeza-concentracion-revolucionaria-la-avenida-bolivar/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">02/02/2019</a>)….<br />
<img class="fr-fic fr-dib" data-media="[object Object]" data-uploaded="true" data-url="/uploads/2019/03/11/34599546-73d7-4f04-b263-b6f20c4f5728.png" height="640" src="https://dialogosdosul.operamundi.uol.com.br/uploads/2019/03/11/34599546-73d7-4f04-b263-b6f20c4f5728.png" width="597" /><br />
…e <strong>Correo del Orinoco </strong>(<a href="http://www.correodelorinoco.gob.ve/wp-content/uploads/2019/02/Edici%C3%B3n-Impresa-Correo-del-Orinoco-N%C2%B0-3.344-Domingo-3-de-Febrero-de-2019.png" rel="noopener noreferrer" target="_blank">03/02/2019</a>), que estava um pouco feliz demais por publicar do evento pró-governo:<br />
<img class="fr-fic fr-dib" data-media="[object Object]" data-uploaded="true" data-url="/uploads/2019/03/11/df3771ca-674b-4472-b384-257b8875b540.png" src="https://dialogosdosul.operamundi.uol.com.br/uploads/2019/03/11/df3771ca-674b-4472-b384-257b8875b540.png" /><br />
<h2>
<strong>Improvavelmente humanitários</strong></h2>
Uma gigantesca manifestação anti-governo deveria tornar possível um golpe de Estado, uma manobra que a CIA usou repetidamente – no Irã em 1953, na Guatemala em 1954, no Brasil em 1964 e muitos mais, direto a Honduras em 2009 e à Ucrânia em 2015. A participação na manifestação de Trump foi decepcionante, e o golpe de Estado nunca ocorreu. O resultado é que Trump expressou um interesse súbito em levar comida e remédio aos venezuelanos (<strong>FAIR.org </strong><a href="https://fair.org/home/western-media-fall-in-lockstep-for-cheap-trump-rubio-venezuela-aid-pr-stunt/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">09/02/2019</a>).<br />
Trump, que deixou milhares morrerem em Porto Rico e <a href="https://www.chicagotribune.com/news/nationworld/ct-children-border-patrol-facility-20180617-story.html" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pôs crianças pequenas em jaulas</a> na fronteira mexicana, parece ser um campeão improvável da ajuda humanitária aos latino-americanos, mas a mídia corporativa fingiu acreditar de cara limpa nisso.<br />
A maior parte suprimiu relatos de que a Cruz Vermelha e a ONU estão fornecendo ajuda à Venezuela em cooperação com o governo venezuelano, <a href="https://fair.org/home/western-media-fall-in-lockstep-for-cheap-trump-rubio-venezuela-aid-pr-stunt/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">e protestaram contra o “auxílio”</a> que é obviamente um estratagema militar e político.<br />
A mídia corporativa continua a vender a linha Trump-campeão-humanitário, mesmo depois de ter sido revelado que um avião dos Estados Unidos foi pego <a href="https://www.democracynow.org/2019/2/8/headlines/report_us_based_plane_caught_bringing_arms_into_venezuela" rel="noopener noreferrer" target="_blank">contrabandeando armas para a Venezuela</a>, e mesmo depois de Trump ter nomeado o criminoso do escândalo Irã/Contra, Elliott Abrams, para dirigir as operações venezuelanas. Abrams esteve à frente da Secretaria de Direitos Humanos do Departamento de Estado durante os anos 80, quando armas para os terroristas apoiados pelos Estados Unidos foram embarcadas em aviões estadunidenses <a href="https://www.nytimes.com/1987/08/17/world/abrams-denies-wrongdoing-in-shipping-arms-to-contras.html" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sob o disfarce de auxílio “humanitário”.</a><br />
A <strong>CBC </strong>(<a href="https://www.cbc.ca/news/world/venezuela-bridge-aid-pompeo-1.5018432" rel="noopener noreferrer" target="_blank">15/02/2019</a>) ao menos teve a honestidade de reconhecer que engolira uma mentira do secretário Mike Pompeo de que o governo havia bloqueado uma ponte entre a Colômbia e a Venezuela para interromper carregamentos de auxílio. A ponte recentemente construída ainda não havia sido ainda aberta: nunca havia sido liberada, aparentemente por conta das relações hostis entre os dois países, mas a não-abertura precede longamente os supostos envios de comida e remédio do governo estadunidense.<br />
A absurdidade do auxílio de 20 milhões de dólares em comida e remédios para um país de 30 milhões de pessoas, quando as autoridades dos EUA <a href="http://inthesetimes.com/article/21751/venezuela_maduro_trump_military_aid_colombia_aggression_guaido" rel="noopener noreferrer" target="_blank">roubaram U$30 </a><em>bilhões</em> em rendimentos do petróleo, e pegam 30 milhões de dólares diariamente, não precisa ser comentada.<br />
<h2>
“<strong>Estado falido”</strong></h2>
A campanha de desinformação e mentiras abertas sobre a Venezuela começou em 2016, pelo <strong>Financial Times</strong>. Ironicamente, ela escolheu o aniversário de 14 anos do golpe de Estado fracassado contra o presidente Hugo Chávez – 11 de abril de 2016 – <a href="https://www.ft.com/content/697f928a-fa77-11e5-8f41-df5bda8beb40" rel="noopener noreferrer" target="_blank">para afirmar que a Venezuela estava em “caos” e “guerra civil”</a>, e que a Venezuela era um “Estado falido”. Como foi com as reportagens da <strong>Time </strong>e da <strong>CNBC</strong>, o repórter do <strong>Financial Times </strong>não estava na Venezuela, e não há evidência de que ele jamais tenha estado.<br />
Eu perguntei a amigos de direita na Venezuela se eles concordavam com as alegações da <strong>Financial Times</strong>. “Bem, não, é claro que não,” disse um, afirmando o óbvio. “Não há caos e não há guerra civil. Mas a Venezuela é um Estado falido, já que não é capaz de suprir todas as demandas médicas da população.” Por esse padrão, todos os países da América Latina são Estados falidos, e <a href="https://www.patheos.com/blogs/dispatches/2018/10/15/study-45000-deaths-per-year-due-to-lack-of-health-insurance/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">obviamente os Estados Unidos também.</a><br />
<span class="fr-img-caption fr-fic fr-dib"><img data-media="[object Object]" data-uploaded="true" data-url="/uploads/2019/03/11/c6a623c2-e568-4a85-8c28-db99b7486cc7.png" src="https://dialogosdosul.operamundi.uol.com.br/uploads/2019/03/11/c6a623c2-e568-4a85-8c28-db99b7486cc7.png" /><span class="fr-inner">Financial Times (11/4/2016) reportou que em 2016 a Venezuela era um “Estado falido”, “caos puro” e “algo semelhante a uma guerra civil acontecendo.” </span></span><br />
O <strong>New York Times </strong>veiculou histórias (<a href="https://www.nytimes.com/2016/05/16/world/americas/dying-infants-and-no-medicine-inside-venezuelas-failing-hospitals.html" rel="noopener noreferrer" target="_blank">15/05/2016</a>, <a href="https://www.nytimes.com/2016/10/02/world/americas/inside-a-dysfunctional-psychiatric-hospital.html" rel="noopener noreferrer" target="_blank">01/10/2016</a>) afirmando que condições em hospitais venezuelanos são horrendas. As reportagens enfureceram colombianos em Nova York que observaram que um paciente pode morrer na entrada de um hospital <em>público </em>colombiano se ele não tiver seguro. Na Venezuela, no entanto, os pacientes são tratados de graça.<br />
Um colombiano residente em Nova York disse que a sua mãe havia retornado recentemente a Bogotá depois de muitos anos nos Estados Unidos, e não tivera tempo de obter seguro médico. Ela ficou doente, e foi a um hospital público. O hospital a deixou na sala de espera por horas, depois a mandou a um segundo hospital. O segundo hospital fez o mesmo, deixando-a esperando por quatro horas e depois mandando-lhe a um terceiro hospital. O terceiro hospital estava se preparando para mandar-lhe a um quarto hospital quando ela protestou dizendo que estava sangrando internamente e se sentindo muito fraca.<br />
“Eu sinto muito, <em>señora</em>, se você não tem seguro médico, nenhum hospital público nesse país vai olhar para você”, disse a mulher à mesa. “Sua única esperança é ir a um hospital privado, mas esteja preparada para pagar uma grande quantia de dinheiro adiantada.” Por sorte, ela tinha um amigo rico. que a levou para um hospital privado, e pagou uma grande quantia de dinheiro adiantada.<br />
Tais condições na Colômbia e em outros Estados neoliberais não são mencionadas na mídia corporativa dos Estados Unidos, que tem tratado o governo colombiano, um regime direitista com esquadrões da morte, como um aliado dos EUA (<strong>Extra!</strong>, <a href="https://fair.org/home/fair-study-human-rights-coverage-serving-washingtons-needs-2/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">09/02</a>).<br />
Bom, ok, mas são os relatos das condições dos hospitais venezuelanos verdadeiros ou grosseiramente exagerados? “Eles são muitos melhores do que eram 10 anos atrás”, disse um amigo que trabalha num hospital de Caracas. De fato, ele disse que há 10 anos o hospital onde ele trabalha não existia, e novos hospitais estão sendo abertos agora. Um foi inaugurado recentemente na cidade de El Furrial, outro foi aberto em El Vigia, como reportado pelo jornal centrista <strong>Últimas Notícias </strong>(<a href="http://www.ultimasnoticias.com.ve/noticias/slider/maduro-inaugura-hospital-furrial-estado-monagas/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">03/03/2017</a>, <a href="http://www.ultimasnoticias.com.ve/noticias/sin-categoria/fueron-aprobados-43-billones-bolivares-hospital-vigia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">27/04/2018</a>). O governo também expandiu outros, como um centro para tratamento de queimaduras em Caracas e três blocos cirúrgicos no hospital em Villa Cura.<br />
Enquanto isso, o governo está inaugurando uma nova ferrovia de alta velocidade, <em>O Sonho de Hugo Chávez</em>, em março (<strong>Correo del Orinoco</strong>, 0<a href="http://www.correodelorinoco.gob.ve/primer-tramo-del-sistema-ferroviario-ezequiel-zamora-ii-entrara-en-funcionamiento-en-marzo/">6/02/19</a>). Desde que a mídia dos EUA nunca permitiu reportar nenhuma das conquistas desde que Chávez tomou posse em 1999, mas somente alegações, exageros, ou como observado, falhas completamente inventadas, os leitores têm de consultar uma história alternativa. Aqui há uma oferecida por um venezuelano no Youtube (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=lq6464raaJ4" rel="noopener noreferrer" target="_blank">31/03/2011</a>): “Por Culpa de Chávez”. Exibindo novos hospitais, linhas de trânsito, moradias, fábricas e muito mais construído pelo chavismo, o vídeo pode ajudar a entender porque o governo de Maduro continua a ter o apoio de tanta gente.<br />
<h2>
<strong>Guerra econômica</strong></h2>
Isso não é para minimizar os problemas da Venezuela. O país foi atingido, como outros países produtores de petróleo e como nos anos 80 e 90, pelo colapsos dos preços do petróleo. Isso não foi o suficiente para derrubar o governo, então agora a administração Trump criou uma crise artificial ao <a href="https://fair.org/home/us-media-ignore-and-applaud-economic-war-on-venezuela/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">usar guerra comercial extrema</a>para privar o país de câmbio internacional necessário para importar os bens de primeira necessidade. As medidas de Trump parecem desenhadas <a href="https://www.thenation.com/article/trumps-sanctions-make-economic-recovery-in-venezuela-nearly-impossible/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">para impedir qualquer recuperação econômica.</a><br />
Como em qualquer país em guerra (e o governo Trump pôs a Venezuela debaixo de condições de tempo de guerra, e está ameaçando com uma invasão imediata), houve desabastecimentos, e produtos que podem ser encontrados principalmente no mercado negro. Isso não deve surpreender ninguém: Durante a Segunda Guerra Mundial nos EUA, uma cornucópia de país não seriamente ameaçado por invasão, houve um racionamento rigoroso de produtos como açúcar, café e borracha.<br />
O governo venezuelano fez com que comida, remédio e fármacos estivessem disponíveis a preços extremamente baixos, mas a maior parte da mercadoria foi levada ao mercado negro, ou cruzou a fronteira em direção à Colômbia, privando venezuelanos de suprimentos e arruinando produtores colombianos. O governo recentemente abandonou alguns dos preços fortemente subsidiados, o que resultou em preços mais altos. Ao longo das últimas semanas, os preços têm descido na medida em que os suprimentos ficaram na Venezuela, especialmente porque o governo obteve maior controle sobre a fronteira com a Colômbia para prevenir o contrabando.<br />
Nunca houve uma discussão séria a respeito de nada disso na mídia corporativa dos EUA, muito menos qualquer discussão acerca da campanha de mentiras ou acerca da guerra da administração de Trump. Não tem havido comparação com as condições das décadas de 80 e 90, nas quais o governo neoliberal venezuelano impôs as receitas econômicas do FMI, resultando em uma revolta popular; o sangrento <em>Caracazo </em>de 1989, quando a repressão indiscriminada do Estado tirou as vidas de centenas (de acordo com o governo da época) ou milhares (de acordo com críticos do então governo), e a lei marcial tirou a vida de muitos outros.<br />
Esforços pela oposição direitista para provocar um levante semelhante, um outro <em>Caracazo</em> que poderia justificar uma “intervenção humanitária” estrangeira falharam repetidamente. Então a administração dos EUA e a mídia corporativa simplesmente recorreram às mentiras mais extremas sobre a América Latina desde as guerras da administração Reagan nos anos de 1980.<br />
<br />
Fonte; Site Pátria Latina</div>
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Valdir Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13345174928303744438noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4982468902369262681.post-70306351735921718202019-02-03T13:35:00.001-02:002019-02-03T13:38:13.493-02:00RPDC chama a acelerar a construção da civilização socialista<div class="x_VfD">
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"A construção da civilização socialista é um tarefa importante para formar todos os habitantes como protagonistas da construção socialista dotados de ricos conhecimentos e alto nível cultural e assegurar-lhes as condições e ambiente de vida acomodada e culta."</div>
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Adianta o diário Rodong Sinmun no editorial publicado este sábado e continua:
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"Atualmente, quando a República Popular Democrática da Coreia ocupa a posição de potência política e militar, a civilização socialista se apresenta como uma tarefa apremiante ao igual que a construção econômica.</div>
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O atalho da construção da potência socialista está em abrir a era dourada em todos os aspectos da construção cultural como a educação, saúde pública, literatura e arte e esportes.
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<div class="rich-content-viewer_text__XzvDs rich-content-viewer_elementSpacing__208Ie _3_7DB blog-post-text-font blog-post-text-color rich-content-viewer_left__2p1aK _158eo _3_7DB">
Hoje em dia, a RPDC ostenta sua dignidade de único país que resolveu o problema fundamental para a construção de um Estado próspero e independente.
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<div class="rich-content-viewer_text__XzvDs rich-content-viewer_elementSpacing__208Ie _3_7DB blog-post-text-font blog-post-text-color rich-content-viewer_left__2p1aK _158eo _3_7DB">
A civilização socialista significa o desenvolvimento da RPDC e a vitalidade do socialismo.
</div>
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Quando todas as esferas de cultura desde os traços espirituais e morais das pessoas até suas vestimentas e culinária alcancem o nível desejado pelo partido, se centuplicarão o orgulho e dignidade do povo coreano de viver em sua grande pátria e será manifestada plenamente a superioridade e o poderio do socialismo ao estilo coreano.
</div>
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Temos a nobre tradição e grandes potencialidades para acelerar a toda velocidade a construção da civilização socialista.
</div>
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Devemos a por em pleno jogo para converter a pátria em um paraíso socialista invejado por todo o mundo."
</div>
<div class="rich-content-viewer_text__XzvDs rich-content-viewer_elementSpacing__208Ie _3_7DB blog-post-text-font blog-post-text-color rich-content-viewer_left__2p1aK _158eo _3_7DB">
<em><strong>Da KCNA</strong></em>
<em><strong>Tradução de A Voz do Povo de 45</strong></em><strong></strong></div>
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Valdir Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13345174928303744438noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4982468902369262681.post-2978634056051068162019-01-31T21:49:00.001-02:002019-01-31T22:07:30.216-02:00Os comunistas e a pornografia<div class="x_VfD">
<div class="_zLbN" data-hook="post-title">
Publicado no Jornal A PÁTRIA</div>
</div>
<div class="_3uWjK blog-post-description-style-font" data-hook="post-description">
<br />
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<article class="blog-post-description-font"><div class="post-content__body">
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A pornografia é uma das indústrias mais prósperas da atualidade, com lucro anual que chega a cerca de R$ 100 bilhões. Dominando 30% de todo o tráfego na internet, a pornografia é bastante popular entre os jovens, sendo o Brasil um dos maiores consumidores desse ramo no mundo.</div>
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A maior empresa de pornografia do mundo se chama Mindgeek, com sede em Luxemburgo. Essa empresa, que possui o monopólio da pornografia, é dona de praticamente todos sites dessa área e já recebeu inclusive investimento de grandes instituições do ramo financeiro para a compra desses sites. O capital financeiro não investe em algo que não vai dar retorno. O sistema capitalista transforma tudo em mercadoria, tudo pode ser comprado e vendido, até a nossa sexualidade e nossas emoções. Ter poder econômico implica em poder ideológico e social. E a classe parasita da nossa sociedade, os ricos, não pensam duas vezes na hora de criar mecanismos para prejudicar os trabalhadores.</div>
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A pornografia causa dependência e, de acordo com alguns estudos, seu vício é parecido com o proporcionado por algumas substâncias químicas. A excitação no momento em que se assiste os vídeos ativa no cérebro uma área que “recompensa” o prazer, fazendo com que o usuário procure mais e mais vídeos, chegando num momento em que essas imagens não causam mais efeito, o que leva a procura de “novidades”, vídeos mais extremos, como cenas reais de estupro e até pedofilia. Além disso, a pornografia também está relacionada a disfunção erétil, depressão, ansiedade e outros problemas psicológicos. A lista de problemas causados pela pornografia é extensa.</div>
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Como toda grande indústria, ela está difundida em nossa sociedade, em nossa cultura, nossos hábitos e pensamentos. Podemos afirmar que a nossa cultura está completamente pornificada. Cenas de sexo explícito em novelas e filmes, músicas com conteúdo pornográfico, coreografias que simulam atos sexuais, propagandas com teor sexualizado, entre outros exemplos nos mostram como a indústria pornográfica se naturalizou em nossa vida. O que antes era considerado como pornô, hoje faz parte da cultura pop, enquanto que a pornografia atual se consolida explorando os limites da degradação e da violência.</div>
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<strong>Efeitos da pornografia para juventude</strong></div>
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Tendo seu principal público os adolescentes do sexo masculino, eles crescem consumindo esse tipo de conteúdo e sua sexualidade acaba sendo formada por esses vídeos, criando uma geração de jovens sem noção de consentimento, de respeito aos limites de cada corpo, de sexo saudável e de empatia pelas mulheres.</div>
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A pornografia cria na cabeça desses jovens uma noção de sexo totalmente doentia, atrapalhando as relações entre os gêneros como um todo, afinal, para eles as mulheres não passam de objeto sexual. As meninas, apesar de consumirem menos, também são afetadas por isso. Elas crescem acreditando que o sexo serve para o prazer masculino e que o seu valor nessa sociedade se baseia no quão atraente sexualmente elas estão aos olhos dos homens.</div>
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Para Gail Dines, “<em>A realidade é que as mulheres não precisam assistir pornografia para serem profundamente afetadas por ela, porque imagens, representações e mensagens de pornografia agora são entregues às mulheres via cultura pop. As mulheres de hoje ainda não são grandes consumidoras de pornografia hardcore; elas estão, no entanto, quer saibam quer não, internalizando a ideologia pornográfica, uma ideologia que muitas vezes se disfarça de conselho sobre como ser gostosa, rebelde e legal para atrair e segurar um homem. (…) Mas o que é diferente hoje não é apenas a hipersexualização da imagem, mas também o grau em que essas imagens se sobrepuseram e excluíram quaisquer imagens alternativas de ser mulher”</em>.</div>
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Cresce nelas a frustração de não corresponder aos padrões de beleza impostos pela sociedade, a sensação de nunca serem suficientes para seus companheiros e as torna vítimas de diversas formas de assédio e agressões sexuais, situação comprovada por estudos que mostram uma relação entre consumo de pornografia e o aumento de casos de estupro.</div>
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<strong>A posição dos comunistas</strong></div>
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A pornografia é indefensável. Ela está inserida dentro da crise sexual que vive a sociedade capitalista. Segundo Alexandra Kollontai, <em>“Não é a primeira vez que a humanidade atravessa um período de aguda crise sexual. Não é a primeira vez que as aparentemente firmes e claras prescrições da moral cotidiana, no domínio da união sexual, são destruídas pelo afluxo de novos ideais sociais. A humanidade passou por uma época de crise sexual verdadeiramente aguda durante os períodos do Renascimento e da Reforma, no momento em que uma formidável modificação social relegava a segundo plano a aristocracia feudal, orgulhosa de sua nobreza, acostumada a dominar sem limitações, e em seu lugar emergia uma nova força social, a burguesia ascendente, que crescia e se desenvolvia cada vez mais, com maior impulso e poder”</em>.</div>
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Ainda no mesmo texto, ela afirma que “<em>a burguesia, com sua ideologia individualista, será substituída por outra classe, por um novo grupo social… essa classe ascendente vanguardista não pode deixar de conter no seu âmago embriões das novas relações entre os sexos estreitamente ligadas às suas tarefas sociais e de classe”.</em></div>
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A crise sexual que vivemos faz parte da crise do capitalismo como um todo. De um lado, a burguesia tenta salvar o seu modelo de família e de relações entre homens e mulheres (como, por exemplo, garantindo alguns direitos de propriedade aos casais homossexuais ao mesmo tempo que inflama a LGBTfobia no seio da classe trabalhadora) e do outro temos os trabalhadores, que enquanto classe revolucionária desenvolve em seu íntimo as novas formas de relações sociais que irão predominar na sociedade futura.</div>
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Utilizando ainda o exemplo do casamento, enquanto que para a burguesia é interessante que seja indissolúvel para garantir a segurança da propriedade privada, para a classe trabalhadora o ideal é que as uniões sejam livres e baseadas no amor e no companheirismo. De fato, entre a classe trabalhadora, os casamentos são informais e por mais que exista uma dependência financeira da mulher trabalhadora ao seu marido, dificilmente o relacionamento vai começar por motivação exclusivamente econômica.</div>
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</div>
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A construção da sociedade socialista passa pela consolidação dessas novas formas de se relacionar, como disse Kollontai, “<em>Entre as múltiplas ideias fundamentais que a classe trabalhadora deve levar em conta em sua luta para a conquista da sociedade futura, deve estar, necessariamente, o estabelecimento de relações sexuais mais sadias e que, portanto, tornem a humanidade mais feliz”</em>.</div>
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</div>
<div class="rich-content-viewer_text__XzvDs rich-content-viewer_elementSpacing__208Ie _3_7DB blog-post-text-font blog-post-text-color rich-content-viewer_left__2p1aK _158eo _3_7DB">
A pornografia aparece como o instrumento ideal para mercantilizar nossa sexualidade, gerar lucro para os capitalistas e para embrutecer a classe trabalhadora. A visão de mundo dos ricos, que não tem empatia, compaixão ou qualquer sentimento humano pelo outro, coloca nessa indústria tudo aquilo que pensa sobre as mulheres, os negros, os LGBTs, enfim, o povo como um todo.</div>
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<div class="rich-content-viewer_text__XzvDs rich-content-viewer_elementSpacing__208Ie _3_7DB blog-post-text-font blog-post-text-color rich-content-viewer_left__2p1aK _158eo _3_7DB">
O machismo, enquanto estruturante da nossa sociedade, é uma das principais armas do capitalismo para desunir os trabalhadores e é por isso que são eles, os homens trabalhadores, os destinatários do bombardeio da pornografia em suas diversas formas de manifestação. A burguesia precisa educar os homens trabalhadores para serem agressores, para que controlem suas esposas, mantendo ambos distante de sua tarefa revolucionária. As músicas populares, por exemplo, nas últimas décadas foram reformuladas pelo gênero “ostentação” em que o seu conteúdo faz referências a atividades sexuais e ao consumismo exacerbado, e não é por acaso. Não há espaço vazio para a doutrinação ideológica da burguesia.</div>
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Há quem diga que a pornografia envolve apenas a imaginação e que é inofensiva ou que a pornificação da cultura seja exagero moralista, numa tentativa de dar uma desculpa a si mesmo pelo consumo, mas estamos tratando de um problema real que envolve tanto a saúde física e mental do nosso povo como também de uma ofensiva ideológica da burguesia contra a nossa classe.</div>
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A desumanização da mulher, a sua opressão existe porque a mulher tem uma exploração específica dentro da sociedade capitalista, que é o trabalho reprodutivo. Dentro desse trabalho reprodutivo está incluído também as relações sexuais, pois dar prazer ao homem é um dos comportamentos esperados das mulheres. Silvia Federici diz que<em> “a principal razão pela qual não podemos desfrutar do sexo é que, para as mulheres, o sexo é trabalho; dar prazer faz parte do que se espera de toda mulher. Liberdade sexual não ajuda. Certamente é importante não ser apedrejada até a morte se formos ‘infiéis’ ou se descobrirem que não somos virgens. Mas liberdade sexual significa mais trabalho. No passado, esperavam que criássemos filhos. Agora esperam que façamos um trabalho assalariado, ainda limpemos a casa e tenhamos filhos e, no final de um dia de trabalho duplo, estaremos prontas para pular na cama e ser sexualmente atraentes”.</em></div>
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O capitalista vê as pessoas como coisas, vazias de sentimento, de humanidade. Ele, na posição de explorador, dá início a várias ofensivas ideológicas na tentativa de manter esse sistema de exploração e opressão em pé. E é por isso que a pornografia deve ser combatida dentro das fileiras comunistas.</div>
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<strong>Forjar a mulher e o homem novo</strong></div>
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Para Che Guevara, ser comunista <em>“Quer dizer: apresenta-se a todo jovem comunista a tarefa de ser essencialmente humano, ser tão humano que se aproxime ao melhor do humano, purificar o melhor do homem por meio do trabalho, do estudo, do exercício de solidariedade continuada com o povo e com todos os povos do mundo, desenvolver ao máximo a sensibilidade até se sentir angustiado quando um homem é assassinado em qualquer canto do mundo e para se sentir entusiasmado quando em algum canto do mundo se alça uma nova bandeira de liberdade”.</em></div>
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O consumo da pornografia afasta e insensibiliza o comunista de seus companheiros, especialmente de suas companheiras e atrapalha a formação da mulher e do homem novo numa moral proletária e revolucionária. Precisamos colocar a construção do comunismo em todas as esferas da nossa vida, como disse Krupskaya, “<em>Devemos tentar ligar nossas vidas pessoais com a causa pela qual lutamos, com a causa da construção do comunismo”</em>.</div>
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Para isto, temos que nos manter atentos e vigilantes as nossas ações, manter constante a luta política dentro de nós. A sexualidade, numa sociedade machista e patriarcal como a nossa, é uma ferramenta de opressão e nesse campo também devemos estar atentos. O camarada Lenin já falou que “<em>Na vida sexual se manifesta não só aquilo que deriva da natureza, mas também o que nos dá a cultura, quer se trate de coisas elevadas ou inferiores”</em>. Ele fala ainda que “<em>O comunismo deve trazer não o ascetismo, mas a alegria de viver e o bem-estar físico, devidos também, à plenitude do amor. Penso que o excesso que se observa hoje, na vida sexual não produz nem a alegria de viver nem o bem-estar físico, mas, pelo contrário, os diminuem. Ora, em épocas revolucionárias isto, é mau, muito mau”</em>.</div>
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Transformar uma sociedade não é uma tarefa fácil, mas a história nos mostra que não é impossível. Não temos nada a perder, mas a certeza da vitória só vem com dedicação. Construir uma nova vida para o nosso povo envolve observar no seio dessa nova sociedade os padrões de relacionamento que são típicos dos trabalhadores e os que são impostos pela burguesia para nos prejudicar. Os excessos na vida sexual, como o consumo de pornografia, se apresentam como uma das armas do capitalismo para embrutecer, neutralizar e adoecer a nossa juventude.</div>
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Ser contra a pornografia não é ser contra a liberdade sexual (que é assunto pra outro texto) ou de uma visão socialista “ultrapassada”, como bradam alguns revisionistas. Não se trata de conservadorismo, mas sim de agir com amor. É um sentimento de profundo respeito e amor ao próximo, ao povo e à humanidade que move um comunista e esse sentimento deve estar presente em todos os aspectos da nossa vida, inclusive o mais íntimo, o sexual. “<em>Dominar-se, disciplinar os próprios atos não é escravidão, e é igualmente necessário no amor”</em>.</div>
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<strong><em>Ana Carolina, militante da UJR</em></strong></div>
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<em>Fontes:</em></div>
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<a class="link-viewer_link__2qJYG blog-link-hashtag-color y_1_u" href="https://medium.com/feminismo-com-classe/sexualidade-como-trabalho-de-silvia-federici-c22d412252fe" rel="noopener" target="_top"><em>https://medium.com/feminismo-com-classe/sexualidade-como-trabalho-de-silvia-federici-c22d412252fe</em></a></div>
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Valdir Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13345174928303744438noreply@blogger.com0