Desde
ontem os destacamentos dos Estado Islâmico chegaram à
cidade de Kobane, na fronteira sul da Turquia. Lugar de maioria curda, a
cidade faz parte do território que está nos limites sírios e é
conhecido como Rojava.
Desde o início da guerra civil na Síria, o
povo curdo assumiu sua auto-defesa criando unidades armadas conhecidas
como YPG, sigla em idioma curdo para Unidades Populares de Proteção. As
forças da Al-Qaeda, Al-Nusra e outros grupos fundamentalistas se uniram
na criação do Estado Islâmico e receberam armas dos EUA, União Europeia,
da Turquia, do Qatar e da Arábia Saudita para combater Assad. Agora,
essas armas se voltam para o assassinato de crianças, mulheres e idosos
na cidade de Kobane.
Há vários dias que as organizações
democráticas da Turquia denunciavam o ataque iminente a Kobane. Quando o
ataque se iniciou, o povo da Turquia ocupou as ruas das principais
cidades exigindo que o governo do presidente Edôrgan permitisse a
passagem de armas e suprimentos para Kobane, fortalecendo a auto-defesa e
impedindo o massacre.
O governo turco, no entanto, se negou a
abrir a passagem dos suprimentos, tornando-se, na prática, cúmplice dos
Estado Islâmico no massacre aos curdos. A polícia turca passou a atacar
os manifestantes nas ruas com o apoio de milícias islâmicas que apoiam o
EI. Até o momento, o resultado é de 10 manifestantes mortos e vários
feridos.
A verdade é que está em curso um enorme
gencídio aos curdos no norte da Síria, promovido por fundamentalistas
islâmicos com a complacência do governo da Turquia. Os países ocidentais
assistem calados a esse massacre.
Jorge Batista, com informações do jornal Evrensel e do site da Al jazzera .
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