12.03.2016
Comemoramos
hoje o terceiro aniversário da partida do Comandante e Presidente Eterno da
República Bolivariana de Venezuela, Hugo Rafael Chávez Frías, personagem
histórico de estatura universal, por cuja dolorosa ausência todos os povos do
mundo choram.
José
Martí tinha assinalado que Bolívar tinha ainda muito o que fazer na América,
porém se necessitou de mais de um século, desde a morte do profeta, para que o
povo de Venezuela, após ouvir outra vez seu juramento através da boca do bravo
campino Hugo Chávez, se levantasse decidido a segui-lo numa nova campanha
libertadora que sacudiria até o último rincão do continente.
Chávez,
após tentar tomar o céu por assalto naquele 4 de fevereiro de 1992, inspirado
pela rebeldia dos venezuelanos contra as imposições do grande capital
transnacional, se converteria, com o passar dos anos, no único Presidente da
República ratificado por quase duas dezenas de eleições. E em líder
indiscutível da justa causa dos povos por justiça, liberdade e democracia,
contra o neoliberalismo, a discriminação e a violência imperialista.
Sua
presença humana e política chegaria acompanhada da esperança, justo quando,
após a derrocada do modelo socialista europeu, os cantos de sereia convidavam à
rendição de todas as lutas por um mundo melhor. Nossa América começaria, graças
a ele, a protagonizar novamente a marcha pela soberania e dignidade, num
florescimento irreprimível que integrou suas raízes históricas ao mais maduro
do pensamento econômico e social criado pela humanidade.
Enfrentado
ao ódio do grande capital e das oligarquias, Chávez superou todas as emboscadas
apelando sempre à consciência dos mais humildes e esquecidos. A imensa força de
seu povo e sua solidariedade para com os oprimidos fizeram de sua pátria o
exemplo de moral e civilização sonhado pelo Libertador. A três anos de sua
morte, os todo-poderosos inimigos dos povos se investem furiosos sobre sua obra
e paradigma, obcecados em derrubá-los de qualquer jeito.
Vergonhosos
planos e tenebrosas manobras, incluída aquela de considerar a Venezuela como um
perigo para a segurança nacional dos Estados Unidos, se somam à campanha
reacionária da ultra direita mundial e continental, que pretende destruir o
projeto bolivariano com a guerra econômica e a desestabilização institucional.
Epígono de Bolívar e Chávez, o governo de Nicolás Maduro se defende com um
valor digno de toda solidariedade e apoio. Venezuela não está só.
As
FARC-EP integramos a Hugo Chávez Frías e seu legado histórico em nossas mais
importantes referências. O talento estratégico do Presidente Chávez haveria de
determiná-lo a dedicar ingentes esforços à tarefa de alcançar para a Colômbia a
solução política à sua longa confrontação interna. Se, por obra de sua gestão,
a paz em nosso país se igualou à paz do continente, nos corresponde dizer com
modéstia que só a paz em todo o continente pode tornar possível a paz em
Colômbia.
Reservamos
para Hugo Chávez, Nicolás Maduro e o povo de Venezuela os mais fraternos
agradecimentos pela generosidade e disposição demonstradas amplamente nos
fatos, apesar de sua abnegada discrição, para tornar possíveis as conversações
de paz que promovemos em Havana com o governo da Colômbia. Estamos convictos de
que os filhos de Bolívar não se encontram somente em Venezuela, mas sim em
Colômbia, em toda Nossa América e no mundo inteiro.+
SECRETARIADO
DO ESTADO-MAIOR CENTRAL DAS FARC-EP
5
de março de 2016
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