Washington, 15 jan (Prensa Latina) O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou hoje modificações às limitações ao comércio com Cuba e das restrições às viagens dos cidadãos norte-americanos à ilha caribenha, que entrarão em vigor amanhã.
As medidas preveem condições que aqueles que cumprirem poderão viajar à maior ilha das Antilhas sem necessidade de uma licença específica, entre elas as visitas familiares, assuntos oficiais do governo estadunidense, de organizações não governamentais, atividades jornalísticas, educativas e religiosas.
Também estão incluídas pessoas que participem de exposições, projetos humanitários ou de fundações privadas, institutos educativos, exportação, importação de materiais noticiosos e certas transações autorizadas.
As novas normas autorizam o uso de cartões de crédito estadunidenses em Cuba, aumentará a quantia de dinheiro que poderá ser enviada à ilha e pela primeira vez permitira a compra, sob certos limites, de certos produtos cubanos em território norte-americano.
Sob as novas provisões, as companhias estadunidenses poderão exportar telefones celulares, televisores, memórias, gravadores, computadores e softwares.
O limite sobre as remessas a familiares em Cuba se elevará de dois mil dólares anuais na atualidade para oito mil dólares.
Depois do anúncio do Departamento do Tesouro, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, afirmou nesta quinta-feira que o Governo estadunidense crê firmemente que permitir um aumento das viagens, o comércio e o fluxo de informações desde e para Cuba permitirá aos Estados Unidos promover seus interesses.
A política mantida por Washington há meio século "não tem funcionado, e achamos que a melhor forma de apoiar nossos interesses e valores é através da abertura e não do isolamento", acrescentou Earnest.
O presidente cubano, Raúl Castro, e o presidente estadunidense anunciaram no último dia 17 de dezembro o início de um processo para restabelecer as relações diplomáticas entre ambas as nações, rompidas por Washington há mais de 50 anos.
Obama disse que tomaria medidas para incrementar o intercâmbio comercial, flexibilizar as permissões de viagens e ordenar um estudo para remover a nação caribenha da lista de países que segundo o Departamento de Estado norte-americano promovem o terrorismo internacional.
O chefe da Casa Branca apresentou também sua intenção de trabalhar com o Congresso para eliminar o principal obstáculo para normalizar os vínculos bilaterais, que é o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto a Cuba há mais de meio século.
Fonte: Prensa Larina
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