Buenos
Aires, 14 nov (Prensa Latina) O argentino Diego Montón, membro da
Coordenadora Latino-americana de Organizações do Campo Via Campesina,
será uma das vozes que representará seu país na Jornada Continental pela
Democracia e contra o Neoliberalismo no Uruguai.
O encontro, que começa na próxima quinta-feira, reunirá personalidades
como o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e mulheres,
jovens, indígenas, camponeses, intelectuais sem distinção de raça e
origem de várias nações irmãs, que reafirmarão a defesa da democracia, a
soberania e a integração dos povos.
Cada delegado, a partir de sua experiência, exporá até 18 de novembro os desafios atuais em um momento transcendental para o continente, a 12 anos da derrota da ALCA (Área de Livre Comércio das Américas).
'O encontro em Montevidéu é uma aposta a mais nesse processo que entendemos ser fundamental para reverter a situação no nível regional', explicou Montón em entrevista exclusiva à Prensa Latina.
Na opinião do ativista camponês, o encontro reveste grande importância pela diversidade de sujeitos e organizações que participam e pela vocação de construir unidade e de debater propostas.
Há muito para contribuir com o horizonte para onde queremos transitar, não é somente falar da democracia em termos formais, mas falamos de uma democracia participativa que exige criatividade e nova institucionalidade, disse.
O representante do Movimento Nacional Camponês Indígena opinou que hoje não pode haver democracia sem reforma agrária, sem soberania alimentar, sem participação e sem construção do poder popular.
Este não só é um processo de resistência para dizer não ao neoliberalismo, mas há um conjunto de propostas que colocam como protagonistas o movimento popular e sindical da América Latina.
Montón considera que o processo destas jornadas é importantíssimo, primeiro porque não se trata de um encontro específico mas de um processo de convergência que tem vários anos e que inclusive começou a se gestar muito antes desta onda de retorno da direita em alguns países.
Foi criada uma convergência plural de movimentos populares, sociais, sindicais, de mulheres da região tendo em vista recuperar a articulação em memória do que tinha significado a derrota da ALCA, em Mar del Plata, a partir de um conjunto de lutas que conseguimos unificar no nível continental, enfatizou.
Esse processo começou propondo a necessidade de aprofundar a participação dos movimentos em organizações como a Unasul, a ALBA e diferentes mecanismos de integração e começou a recuperar a memória da luta contra a ALCA. A partir daí, agregou, foram se traduzindo em jornadas contra o neoliberalismo e pela democracia.
Montón destaca também que o evento é fundamental também porque conta com a representação de diferentes expressões de todo o continente, o que lhe dá uma grande referência geográfica e territorial.
O ativista social considera que todo este processo de ofensiva da direita é uma projeção da crise financeira de 2008, no qual convergem todo tipo de crise: alimentar, energética, climática e é uma resposta do capital concentrado, do capital financeiro das trasnacionais.
Para esta fase em que entramos, já vai fazer bem mais difícil que se consiga o que entre aspas falam de governabilidade por parte de governos policlassistas, porque a partir da crise já há setores importantes que aprofundaram sua ofensiva de direita.
Em sua opinião, será necessário repensar as propostas políticas a partir de expressões netamente populares. Aí também temos um grande desafio quanto à construção de forças e poder popular, concluiu.
agp/may/cc/gdc
Cada delegado, a partir de sua experiência, exporá até 18 de novembro os desafios atuais em um momento transcendental para o continente, a 12 anos da derrota da ALCA (Área de Livre Comércio das Américas).
'O encontro em Montevidéu é uma aposta a mais nesse processo que entendemos ser fundamental para reverter a situação no nível regional', explicou Montón em entrevista exclusiva à Prensa Latina.
Na opinião do ativista camponês, o encontro reveste grande importância pela diversidade de sujeitos e organizações que participam e pela vocação de construir unidade e de debater propostas.
Há muito para contribuir com o horizonte para onde queremos transitar, não é somente falar da democracia em termos formais, mas falamos de uma democracia participativa que exige criatividade e nova institucionalidade, disse.
O representante do Movimento Nacional Camponês Indígena opinou que hoje não pode haver democracia sem reforma agrária, sem soberania alimentar, sem participação e sem construção do poder popular.
Este não só é um processo de resistência para dizer não ao neoliberalismo, mas há um conjunto de propostas que colocam como protagonistas o movimento popular e sindical da América Latina.
Montón considera que o processo destas jornadas é importantíssimo, primeiro porque não se trata de um encontro específico mas de um processo de convergência que tem vários anos e que inclusive começou a se gestar muito antes desta onda de retorno da direita em alguns países.
Foi criada uma convergência plural de movimentos populares, sociais, sindicais, de mulheres da região tendo em vista recuperar a articulação em memória do que tinha significado a derrota da ALCA, em Mar del Plata, a partir de um conjunto de lutas que conseguimos unificar no nível continental, enfatizou.
Esse processo começou propondo a necessidade de aprofundar a participação dos movimentos em organizações como a Unasul, a ALBA e diferentes mecanismos de integração e começou a recuperar a memória da luta contra a ALCA. A partir daí, agregou, foram se traduzindo em jornadas contra o neoliberalismo e pela democracia.
Montón destaca também que o evento é fundamental também porque conta com a representação de diferentes expressões de todo o continente, o que lhe dá uma grande referência geográfica e territorial.
O ativista social considera que todo este processo de ofensiva da direita é uma projeção da crise financeira de 2008, no qual convergem todo tipo de crise: alimentar, energética, climática e é uma resposta do capital concentrado, do capital financeiro das trasnacionais.
Para esta fase em que entramos, já vai fazer bem mais difícil que se consiga o que entre aspas falam de governabilidade por parte de governos policlassistas, porque a partir da crise já há setores importantes que aprofundaram sua ofensiva de direita.
Em sua opinião, será necessário repensar as propostas políticas a partir de expressões netamente populares. Aí também temos um grande desafio quanto à construção de forças e poder popular, concluiu.
agp/may/cc/gdc
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