Por Por Luis Miguel Rosales no Cubadebate
O giro internacional da blogueira contrarrevolucionária cubana Yoani
Sánchez, financiada por “mãos amigas” e pessoas que pagaram “coletas na
Internet” para que nossa pobre blogueira, cujo humilde salário
ultrapassa os 10 mil dólares mensais, possa desenvolver sua viagem de 80
dias por doze países, está pondo sobre o tapete ideias muito
interessantes que demonstram quem está por trás desse giro.
Quis justificar sua visita ao Brasil, onde teve uma “não muito calorosa
recepção” por parte de membros da solidariedade cubana, apresentados
pela “pacífica e plural dissidente” como terroristas, como financiada
por “amigos desinteressados”, quando realmente foi organizada e
financiada pela embaixada norte-americana conjuntamente com os setores
da direita brasileira e os grandes meios de imprensa opostos ao governo
de Dilma Rousseff.
Agora ela não diz quem são os seus amigos que estiveram por trás de sua
visita à República Tcheca, quando ela mesma se encarregou de difundir
que sua estada nesse país europeu foi organizada e paga pela suposta ONG
People in Need (PIN), organização criada e financiada pela Fundação
Nacional para a Democracia instituição de fachada da CIA. Ela sempre
teve ao seu lado um funcionário da PIN, entre eles Stanislav Skoda,
editor do tema “Cuba” nessa instituição, Tomas Trampota e Ondrej Jurik.
Como exemplo da dependência da PIN à Fundação Nacional para a Democracia
entre os anos de 2006 e 2011 segundo os informes anuais da instituição
ianque, a PIN recebeu desta última 675.077 dólares para publicar artigos
contra Cuba, organizar eventos anticubanos e dar assessoria,
assistência técnica e material a grupos contrarrevolucionarios em Cuba.
Parte importante do dinheiro recebido foi utilizada para financiar,
através de emissários, os chamados dissidentes cubanos, em especial
Yoani Sánchez.
Está sendo cumprido com este trabalho de bastidores da Fundação Nacional
pela Democracia através da People in Need no que se refere a Yoani
Sánchez, o que foi dito em sua “Estrategia 2012”, documento em que esta
organização reconhece sem disfarces que um dos principais objetivos para
o ano de 2012 e os subsequentes era “continuar e se possível
incrementar seu apoio aos democratas em países como Cuba”. Causaria
estranheza então que People in Need estivesse financiando a visita da
superblogueira à República Checa e organizasse para ela uma intensa
agenda de trabalho? Imagino que também tenha sido treinada por seus
mentores para evitar decepções como no Brasil.
Mas não esperemos que a contrarrevolucionária vá reconhecer que a
Fundação Nacional para a Democracia ou os que estão por trás desta
organização – o governo norte-americano, são seus verdadeiros
empregadores. Ela é tão “ingênua” ou crê que o mundo está cheio de
ingênuos que engolem sem reclamar tudo o que ela diz e escreve ou lhe
dizem e escrevem?
Em Praga, sob o manto da CIA, perdão, da People in Need, Yoani se
encontrou com a outra estrela em ascensão da dissidência cubana, Eliécer
Ávila, também em viagem pela Europa, financiada, segundo ele, por
amigos que tem no Velho Continente. O encontro em terras Tchecas não foi
casual, foi bem organizado e planificado pelos serviços especiais
norte-americanos. É interessante que enquanto se reduziram as viagens
dos europeus devido à crise econômica, os “perseguidos dissidentes”
cubanos consigam coletas que lhes permitem realizar viagens que nenhum
simples trabalhador europeu ou norte-americano pode fazer.
Foi uma visita “turística” bem cheia, como se pode ver pelas tuitadas
enviadas por Yoani Sánchez, onde participou em vários eventos e foi
inclusive recebida pelo chanceler tcheco. Quantos blogueiros no mundo
podem obter tantos reconhecimentos?
Dentro de seu périplo por terras tchecas, “fez uma conferência” na
Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Carolina de Praga,
intitulada “Os meios de comunicação e o jornalismo independente cubano”.
Diferentemente do que ocorreu no Brasil, a conferência foi realizada em
um lugar fechado, com apenas 50 participantes, entre os quais havia
alguns amigos de Cuba que endereçaram a Yoani perguntas que esta, bem
assessorada pela CIA, perdão, pela PIN, declinou responder deixando que
Eliécer Ávila, muito mais preparado do que ela, se encarregasse de
tratar de justificar o injustificável.
Ao que parece, a ideia é não deixar que Yoani continue expondo sua
capacidade limitada de raciocinio quando está diante do público, momento
em que se vê obrigada a dar respostas contraditórias, evasivas e
breves, sem substância, o que evidencia que ela é mais do mesmo no
espectro da contrarrevolução cubana.
A submissão de ambos os contrarrevolucionários a seus patrões sempre foi
explícita. Nunca duvidaram de deixar bem claro seu agradecimento à
embaixada Tcheca em Cuba por permitir-lhes ter acesso à Internet e por
facilitar-lhes recursos (entenda-se, o dinheiro necessário para levar
uma boa vida em Cuba e acesso livre à Internet) e assim desenvolver seu
“enfrentamento” ao governo cubano.
Não nos estranha a “coincidência” de que ambos os
contrarrevolucionáriios se reencontraram em Praga. Eliécer se converteu
no apoio de Yoani em Praga, ele, muito mais preparado que ela, respondia
tudo o que ela era incapaz de responder e ela era quem falava para a
imprensa e a televisão tcheca, como o fez, com mais penas que glórias,
na entrevista transmitida nos canais públicos da televisão tcheca CT-1 e
CT-24, sem nenhum impacto fora do país e com pouca credibilidade
interna.
Tampouco é coincidência que a Editorial Random House de “forma muito
generosa” tenha assumido a responsabilidade pela publicação de “Havana
Real” e “Cuba Livre. Viver e escrever em Havana”, ambos de Yoani
Sánchez. Estamos falando de uma editora vinculada ao Pentágono e que por
encargo do governo dos Estados Unidos publicou livros com o objetivo de
demonizar governos como o da Venezuela, de Cuba e outros países que não
se subordinem aos desígnios norte-americanos. Como uma total
desconhecida” como Yoani tem acesso a esta editora? Quem financia isto?
Certamente que os mesmos que estão financiando o giro da multipremiada
blogueira. Em absoluto não são as pessoas simples que admiram a obra
dessa grande fraude que é Yoani Sánchez.
O giro de Yoani se transformou em um verdadeiro circo, com uma estrela
mediática que demonstrou não estar à altura do que querem seus patrões
yanques. Estes veem desorientados como a “blogueira estelar” não é capaz
de comportar-se em público quando é questionada, dando respostas que
não são do agrado de seus patrões. É por isso que lhe criaram novos
“Lazarillos de Tormes” (1), papel desempenhado na República Tcheca por Eliécer Ávila.
Agora no México seguem as diatribes de Yoani. Ela diz que, segundo suas
próprias palavras, tomadas da agência EFE, ela é “…pró-Cuba, não tenho
nenhuma relação com um governo de outro … Não vejo por que meu nome tem
que estar vinculado a outro país, ao qual ademais tenho muitas
críticas”. A quais críticas se refere Yoani Sánchez? Não me recordo de
jamais ter lido em seu blog um post de apoio ao movimento Ocuppy Wall
Street quando era brutalmente reprimido pela polícia; tampoco seus
questionamientos pela existência de um centro de torturas na Base Naval
de Guantânamo (exceto suas mornas palavras no Brasil). Acaso suas
críticas são contra o bloqueio ou a favor da libertação dos Cinco
Heróis? Na realidade, com críticas como estas não se chegará muito
longe.
Como é possível que Yoani diga que não está ligada a nenhum governo
estrangeiro? Então como é possível que tenha livre acesso às embaixadas
da República Tcheca e da Suiça, onde tem libre acesso à Internet? Isso
só se faz recebendo ordens de seus respectivos governos. Por acaso Yoani
ignora que a Fundação Nacional pela Democracia responde diretamente ao
governo dos Estados Unidos? Particularmente, não entendo como pode dizer
isso, quando o próprio ex-chefe da Seção de Interesses Norte-americanos
em Havana, Michael Parlmy, chegou a dizer que ficaria muito incomodado
se aparecessem publicados por Wikileaks notícias que refletissem seus
encontros com Yoani Sánchez. Por que tanto temor?
(1) Lazarillo de Tormes, originalmente intitulada La vida de
Lazarillo de Tormes y de sus fortunas y adversidades é um romance
espanhol anônimo, escrito em primeira pessoa e em estilo epistolar (como
uma única e longa carta), cuja edição conhecida mais antiga data de
1554. A obra relata de um modo autobiográfico a vida de Lázaro de
Tormes, no século 16, do seu nascimento e da sua mísera infância até o
seu matrimônio, já na idade adulta. É considerada precursora da novela
picaresca por elementos como o realismo, a narração em primeira pessoa, a
estrutura itinerante entre vários amos e a ideologia moralizante e
pessimista. Lazarillo de Tormes é um rascunho irônico e impiedoso da
sociedade do momento, da qual mostra os seus vícios e atitudes
hipócritas, sobretudo as dos clérigos e religiosos. (Wikipédia)
Ela é reclusa em seu próprio pensamento. Não a vimos participar de qlq movimento anti capitalista. Que é financiada pela Cia não temos dúvidas.
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