Alexandre Haubrich, especial para o 247, direto de Havana.
Eleito por um povo, líder de dois. O presidente da Venezuela Hugo Chávez Frias é adorado em Cuba, e não apenas pelos mais fervorosos defensores da Revolução Cubana. O novo ar respirado pela ilha caribenha a partir da eleição do líder bolivariano, em 1998, faz com que o povo cubano se preocupe tanto com a saúde de Chávez quanto se preocupam os próprios venezuelanos.
Em Cuba, há dois motivos para adorar-se Chávez, razões não necessariamente excludentes: a política e a economia. Ao mesmo tempo em que se tornou um importante aliado político para desfazer o isolamento ideológico cubano, o governo de Hugo Chávez abastece Cuba de energia e de divisas em troca de médicos, professores e esportistas que participam das "misiones" sociais cubanas – que se espalham por dezenas de países e hoje estão mais concentradas na Venezuela.
É tradição em Cuba que carros dos mais diversos tipos, mas especialmente os táxis, carreguem no parabrisa pequenas bandeiras, unidas por um plástico grudado no vidro. Sempre ao lado de bandeiras cubanas estão as de Brasil, Canadá, Argentina, Grã-Bretanha e outras, mas são as da Venezuela a grande maioria. Isso por causa da amizade de Chávez e porque boa parte dos cubanos com quem se conversa têm parentes ou amigos próximos vivendo e trabalhando na Venezuela.
Dora, cubana de Havana que mora e aluga quartos em Siboney, a 20 km de Santiago de Cuba, preocupa-se profundamente com a saúde de Chávez: "O povo constrói as coisas, mas pessoas assim fazem falta", diz, e garante que tem "orado muito por ele". Faz coro com ela o taxista José, de Caimito. Perguntado sobre a importância do presidente venezuelano para Cuba, solta uma exclamação satisfeita e conta que tem duas filhas médicas que há cinco anos estão na Venezuela.
As informações sobre a saúde de Chávez que circulam em Cuba são reproduções exatas do que se fala na Venezuela. A principal – às vezes única – fonte de informação a respeito é a TeleSur, canal de televisão pluriestatal cuja sede e principal foco estão em Caracas. Diz-se que o presidente está melhorando, a reprodução das declarações do vice-presidente, Nicolas Maduro, são constantes, mas o otimismo midiático e popular não impede um certo pé atrás, uma preocupação e um desconforto constantes com a falta de informações claras e precisas sobre como está Chávez: "é uma questão de segurança nacional", diz um trabalhador do Acampamento Internacional Julio Antonio Mella (CIJAM, na sigla em espanhol), "é uma questão privada de Chávez", justifica Girardo, que aluga quartos para turistas em Havana.
Certo é que a Venezuela povoa as mentes dos cubanos, que a preocupação com a saúde do presidente amigo é generalizada e que a parceria entre os dois países já rendeu frutos que vão além da inscrição em uma companhia elétrica que diz "Viva Fidel, Raul e Chávez! Viva a irmandade Cuba – Venezuela!". A solidariedade cubana, manifestada tantas vezes a tantos brasileiros nos dias seguintes às mortes pelo incêndio em Santa Maria, se multiplica nas relações com os venezuelanos e na torcida pela recuperação do presidente que possibilitou essa amizade internacionalista.
Eleito por um povo, líder de dois. O presidente da Venezuela Hugo Chávez Frias é adorado em Cuba, e não apenas pelos mais fervorosos defensores da Revolução Cubana. O novo ar respirado pela ilha caribenha a partir da eleição do líder bolivariano, em 1998, faz com que o povo cubano se preocupe tanto com a saúde de Chávez quanto se preocupam os próprios venezuelanos.
Em Cuba, há dois motivos para adorar-se Chávez, razões não necessariamente excludentes: a política e a economia. Ao mesmo tempo em que se tornou um importante aliado político para desfazer o isolamento ideológico cubano, o governo de Hugo Chávez abastece Cuba de energia e de divisas em troca de médicos, professores e esportistas que participam das "misiones" sociais cubanas – que se espalham por dezenas de países e hoje estão mais concentradas na Venezuela.
É tradição em Cuba que carros dos mais diversos tipos, mas especialmente os táxis, carreguem no parabrisa pequenas bandeiras, unidas por um plástico grudado no vidro. Sempre ao lado de bandeiras cubanas estão as de Brasil, Canadá, Argentina, Grã-Bretanha e outras, mas são as da Venezuela a grande maioria. Isso por causa da amizade de Chávez e porque boa parte dos cubanos com quem se conversa têm parentes ou amigos próximos vivendo e trabalhando na Venezuela.
Dora, cubana de Havana que mora e aluga quartos em Siboney, a 20 km de Santiago de Cuba, preocupa-se profundamente com a saúde de Chávez: "O povo constrói as coisas, mas pessoas assim fazem falta", diz, e garante que tem "orado muito por ele". Faz coro com ela o taxista José, de Caimito. Perguntado sobre a importância do presidente venezuelano para Cuba, solta uma exclamação satisfeita e conta que tem duas filhas médicas que há cinco anos estão na Venezuela.
As informações sobre a saúde de Chávez que circulam em Cuba são reproduções exatas do que se fala na Venezuela. A principal – às vezes única – fonte de informação a respeito é a TeleSur, canal de televisão pluriestatal cuja sede e principal foco estão em Caracas. Diz-se que o presidente está melhorando, a reprodução das declarações do vice-presidente, Nicolas Maduro, são constantes, mas o otimismo midiático e popular não impede um certo pé atrás, uma preocupação e um desconforto constantes com a falta de informações claras e precisas sobre como está Chávez: "é uma questão de segurança nacional", diz um trabalhador do Acampamento Internacional Julio Antonio Mella (CIJAM, na sigla em espanhol), "é uma questão privada de Chávez", justifica Girardo, que aluga quartos para turistas em Havana.
Certo é que a Venezuela povoa as mentes dos cubanos, que a preocupação com a saúde do presidente amigo é generalizada e que a parceria entre os dois países já rendeu frutos que vão além da inscrição em uma companhia elétrica que diz "Viva Fidel, Raul e Chávez! Viva a irmandade Cuba – Venezuela!". A solidariedade cubana, manifestada tantas vezes a tantos brasileiros nos dias seguintes às mortes pelo incêndio em Santa Maria, se multiplica nas relações com os venezuelanos e na torcida pela recuperação do presidente que possibilitou essa amizade internacionalista.
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