Moscou, (Prensa Latina) O presidente russo, Vladimir Putín, recusou hoje as ameaças do Ocidente contra seu país em relação à Ucrânia e recordou as numerosas ações ilegítimas dos Estados Unidos no Afeganistão, Iraque e Líbia.
Putín afirmou em coletiva de imprensa que as ameaças direcionadas à Rússia são daninhas e contraproducentes e chamou a atenção sobre inumeráveis ações ilegítimas levadas a cabo por governos ocidentais contra outros países como Afeganistão e Irã, nas últimas décadas.
Acusam-nos com frequência de ações ilegítimas, mas quando perguntamos se no caso de vocês é legítimo dizem que sim, e cabe recordar então as ações dos Estados Unidos no Afeganistão, Irã e Líbia, expressou.
Disse que, nesses países, as tropas ocidentais atuaram mesmo sem o consentimento do Conselho de Segurança da ONU, por distorções de conteúdo dessas resoluções.
Recordou, para exemplificar, a resolução do Conselho de Segurança sobre a Líbia (de uma zona de exclusão aérea), a qual apoiava somente o fechamento do espaço para os vôos da aviação governamental nesse país, mas tudo terminou com bombardeios e a participação de tropas especiais em operações terrestres.
Nossos sócios, destacou Putín, sobretudo os Estados Unidos, claramente formulam seus interesses geopolíticos e de Estado, perseguem-nos com veemência e, por outro lado, guiados pela máxima de "quem não está conosco, está contra nós", arrasta o resto do mundo.
Nesse caso, assinalou que os que não se "arrastam" e não se submetem são, pelo regulamento, "golpeados" até que se consiga atingir tal propósito.
Partimos do pressuposto de que atuamos com legitimidade e eu, pessoalmente, sempre tenho apostado pelo cumprimento das normas do direito internacional, enfatizou o Presidente em relação à decisão de um eventual uso das Forças Armadas russas em território ucraniano.
Quanto à Ucrânia, comentou a respeito das consultas que realiza Moscou com líderes ocidentais, cujo conteúdo qualificou de confidencial, e algumas, disse, se realizam por linhas fechadas.
Destacou que a Rússia prossegue com os trabalhos preparatórios da cimeira do Grupo dos Oito, apesar das ameaças dos Estados Unidos e de alguns sócios de boicotar a Presidência russa.
Advertiu que a situação econômica global impõe estreitas interações entre todos os atores internacionais, mas disse que em caso de sanções contra seu país os interesses financeiros de muitos se veriam afetados, pois se trata de uma arma de duplo fio, opinou.
Putín fez questão de relacionar o tema, de que quem tenta aplicar sanções contra Rússia também deve pensar em suas consequências.
Segundo o governante, os que estão por trás de tudo isso converteram a vida política da Ucrânia em uma farsa. |
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