Como
milhares de ativistas, democráticos porém atomizados, foram dirigidos pela
ultra-direita. Que papeis jogaram Ocidente e Rússia. Que futuro esperar
Por David
Mandel | Tradução: Maurício Ayer
Comecemos
pela versão dos governos ocidentais: teria havido na Ucrânia um levante
popular pela democracia. Independentemente do que pensemos sobre o
presidente deposto, Viktor Yanukovtich, sua eleição, em 2010, foi reconhecida
como democrática pelos observadores internacionais e – após certa hesitação –
pela candidata derrotada, Yulya Timochenko. Eleições relativamente honestas
foram, aliás, a única consequência positiva, para o povo, da última grande
mobilização na Praça Maidan, a chamada “Revolução Laranja” de dezembro de 2004.
Novas eleições presidenciais estavam previstas para março de 2015 (ou dezembro
de 2014, segundo o acordo firmado por Yanukovtch e os dirigentes da oposição
parlamentar, em 21 de fevereiro). As sondagens previam derrota de Yanukovitch.
Apesar da corrupção, o regime aceitava muito bem as liberdades políticas. Uma
grande parte da mídia de massas estava em mãos da oposição.
Sobre um
possível acordo com a União Europeia, a população estava, segundo as pesquisas,
dividida. Deste ponto de vista, é a tentativa de impor, a partir da rua, este
acordo, que parece antidemocrática. Uma reivindicação democrática teria sido
abrir o debate público sobre o tema, e promover em seguida um plebiscito.
O novo
governo provisório, nascido do processo de Maidan foi ratificado pela Rada
(parlamento), mas viola a Constituição em vigor. Ela exige o voto de 75% dos
parlamentares para destituir o presidente. Tal votação não houve. Além disso,
neste momento Oleksandr Turchinov enfeixa os postos de presidente do Parlamento
e presidente do país – uma enorme concentração de poder igualmente não prevista
pela Constituição. É um mau agouro para a equidade das eleições previstas para
maio.
É claro
que a grande maioria das dezenas, às vezes centenas de milhares de pessoas que
lotaram a Praça Maidan estava revoltada pela corrupção onipresente no sistema
político, que atravessa todas as instituições da sociedade. Os manifestantes
foram, em sua grande maioria, mobilizados pelo desejo de assumir controle sobre
a política do governo e de orientá-la em favor de interesses populares.
O
movimento é característico do período contemporâneo, quando houve uma vasta
série de levantes populares semelhantes – principalmente nos países árabes, mas
também no espaço da ex-União Soviética (Geórgia em 2003, Ucrânia em 2004,
Quirguistão em 2005). Uma população atomizada mobiliza-se por meio das redes
sociais; porém, sem programa claro. Os frutos dessa mobilização de massas foram
recolhidos por forças que estão organizadas e têm ideia clara do que querem.
A razão
profunda desse fenômeno é a ausência de uma esquerda influente. Isso, por sua
vez, reflete a fraqueza atual da classe operária (a classe dos
assalariados/as), que foi a base tradicional da esquerda. As trabalhadoras e os
trabalhadores, enquanto classe, ficaram ausentes dos eventos – nenhuma greve em
apoio aos protestos –, mesmo considerando que a maior parte das pessoas
reunidas na Praça Maidan era sem dúvida de assalariados de renda modesta.
Pois o
verdadeiro problema não era Yanukovitch, mesmo sendo ele corrupto e a
serviço de forças antipopulares. (A fonte – ou fontes – da matança na Praça
Maidan ainda está por ser estabelecida. Alguns, em particular o Ministro das
Relações Externasda Estônia, chegaram a sugerir que foi a oposição.)
Desse
ponto de vista, o regime de Yanukovitch praticamente não se distinguia dos
precedentes, inclusivo o de Viktor Youchtchenko, o grande herói de Maidan em
2004, e antes dele o de Koutchma, que já almejava a adesão da Ucrânia à OTAN, e
antes dele o de Kravtchuk, antigo burocrata comunista encarregado de combater o
nacionalismo que, em aliança com os nacionalistas das regiões ocidentais,
tornou-se o pai da Ucrânia independente. O verdadeiro problema é um sistema
político e uma economia dominados por oligarcas que instrumentalizam as
divisões linguísticas e culturais para avançar em seus próprios interesses.
Desse ponto de vista, os eventos recentes não mudaram nada.
Quem
conhece a cena política na Ucrânia sabe que há uma circulação contínua de
personalidades políticas entre o governo e a oposição: os opositores de Maidan
eram ontem membros ou aliados da equipe que estava no poder. (Aliás, isso
distingue o regime da Ucrânia do regime da Rússia, que podemos qualificar como
“bonapartista”. Na Rússia, o Estado (o Executivo) domina os oligarcas, embora
promova seus interesses econômicos globais; na Ucrânia, são os oligarcas que
dominam o governo.)
As massas
revoltadas, mas atomizadas, parecem incapazes de penetrar na verdadeira fonte
do mal e ainda menos de vislumbrar uma solução (que, na minha opinião, seria o
controle democrático das alavancas principais da economia – sua socialização).
A maioria via na adesão à União Europeia (que a Europa, de fato, não lhes
oferecia) uma solução mágica para a corrupção e uma garantia do respeito às
normas democráticas.
A
ausência de uma análise e de um programa claros explica o papel importante que
os elementos fascistas puderam desempenhar nos eventos: eles rejeitavam
qualquer compromisso com o poder contestado e se apresentavam como adversários
implacáveis, não somente dos líderes atuais, mas do “sistema”. E reivindicavam
“uma revolução nacional”. Essa tomada de posição intransigente atraía os
manifestantes, que se lembravam dos frutos amargos da “Revolução Laranja” e que
não compreendiam o verdadeiro sentido da “revolução nacional” preconizada pelos
fascistas.
* * *
Isso nos
leva a outra interpretação sobre os acontecimentos: um “golpe fascista”. Mesmo
que ela não dê conta da complexidade dos eventos, essa interpretação não é
totalmente desprovida de fundamento. Um dos três dirigentes da oposição parlamentar
com os quais os diplomatas europeus assinaram o acordo de 21 de fevereiro é
Oleg Tyagnibok, chefe do partido de extrema direita “Svoboda”, partido
russofóbico e antissemita, que quer uma Ucrânia para os ucranianos étnicos e
ucranofônicos – o que exclui, efetivamente, a metade da população. O partido
obteve 12% dos votos nas eleições parlamentares de 2012, principalmente nas
regiões ocidentais do país, bases principais do nacionalismo.
Até 2005,
quando o Svoboda sofreu uma certa “cirurgia plástica”, o partido chamava-se
“Social-nacional” e colocava nos cartazes o “Wolfsangel” (“o anjo do lobo”),
símbolo das unidades SS sob Hitler. Pudemos vê-los em alguns momentos na cena
de Maidan com a bandeira rubro-negra da OUN (a organização dos nacionalistas
ucranianos), que durante a Segunda Guerra Mundial colaborou com a ocupação
alemã e participou dos assassinatos em massa das populações polonesas e judias.
Em 2004, Tyagnibok foi expulso do bloco parlamentar de direita por suas
declarações a respeito da “máfia judeu-russa” que, segundo ele, controla a
Ucrânia. Citando seu caráter racista e xenófobo, o Parlamento Europeu lançou um
apelo aos partidos democráticos da Ucrânia em dezembro de 2012 de não se
associar nem formar coalizões com o partido.
Apesar
disso, os diplomatas da União Europeia e dos Estados Unidos acharam por bem
conferir uma legitimidade a esse partido, que atualmente está integrado nas
estruturas do poder, tendo obtido muitas pastas ministeriais, inclusive postos
de vice-Primeiro-Ministro, de Ministro da Defesa e de Procurador Geral, que é
encarregado do respeito à Constituição e às leis.
Mas o
Svoboda tem, ainda à sua direita, a concorrência da parte de um agrupamento
muito menor, mas mais violento: o “Pravyi Sektor” (Setor Destro). Esse grupo,
composto de vagabundos fascistas e de hooligans do futebol, é dirigido
por um fascista de longa data, Dmytro Yaroch. Ao longo dos últimos dias de
Maidan, seus militantes, que estavam armados, puderam forçar cada vez mais o
ritmo da situação. Tomando de assalto edifícios públicos durante as
negociações, eles contribuíram para impedir a realização de um acordo no dia 21
de fevereiro, negociado com a ajuda de emissários europeus e que teria criado
um governo provisório de coalizão nacional.
Hoje, os
membros do Pravyi Sektor ocupam postos no Ministério do Interior, responsável
pela polícia e pelas forças armadas. Segundo alguns relatos, o próprio Yaroch
tornou-se secretário-adjunto do Conselho Nacional de Segurança e Defesa,
organismo que aconselha o presidente sobre a estratégia de defesa nacional. O
secretário é Andriy Parubiy, militante de longa data da extrema direita. O
primeiro-ministro interino, Arseni Yatsenyuk, destituiu três adjuntos do
ministro de Defesa por recusarem a incorporar as unidades armadas do Pravyi
Sektor nas forças armadas regulares. Assim, pela primeira vez desde a Segunda
Guerra Mundial, neofascistas ocupam os postos num governo nacional e isso com a
bênção tácita do Ocidente.
As forças
do Pravyi Sektor chegaram aos arsenais governamentais nas regiões ocidentais da
Ucrânia e estão na origem de uma onda de violência e vandalismo que atravessa o
país, tendo como alvo as organizações, personagens e símbolos pró-russos ou de
esquerda. Entre outros, os escritórios do Partido Comunista e de uma
organização de esquerda antifascista foram saqueados. Houve tentativas de
incendiar a residência do chefe do Partido Comunista e de uma sinagoga em
Zaporizhe. A casa dos pais de um deputado do Partido das Regiões (partido de
Yanoukovitch) foi incendiada em Lviv. Em locais das regiões ocidentais (por
exemplo a cidade de Rovno), os transgressores do Pravyi Sektor fazem a lei.
Em suma,
se podemos falar em “golpe fascista”, os fascistas emergiram dos eventos mais
fortes e legitimados.
Não é
preciso dizer que isso é um mal augúrio para um país que está tão profundamente
dividido; país frágil, que nunca existiu enquanto Estado antes de 1991 (exceto
por alguns meses, durante a guerra civil). Foi apenas em 1939 que a parte
ocidental, berço do nacionalismo militante, foi incorporada à Ucrânia
soviética. Quanto à Crimeia, que faz parte da Rússia desde o século 18, Moscou
deu-a de presente à Ucrânia em 1954. Se os nacionalistas rejeitam o passado
soviético como ilegítimo, eles não deveriam pela lógica estar prontos a
renunciar à Crimeia? Mas em lugar disso, o programa do Svoboda propõe abolir o
estatuto de autonomia da Crimeia. Visa igualmente reintroduzir menção à etnia
nos documentos de identidade. Um membro eminente do partido chegou ao ponto de
propor fazer do uso da língua russa um ato criminoso.
Uma
situação tão frágil deveria aconselhar prudência aos verdadeiros patriotas. mas
os nacionalistas, que são minoritários no país e concentrados sobretudo (mas
não exclusivamente) nas regiões ocidentais, procuram impor sua vontade pela
força. Um dos primeiros atos do parlamentos após a fuga de Yanukovitch foi
abolir a lei que permitia às regiões ter o russo como segunda língua oficial,
mas sempre subordinada ao ucraniano. Essa decisão foi anulada depois, mas o mal
estava feito. As sondagens indicam que uma forte maioria considera que a língua
russa deveria ser reconhecida como segunda língua oficial. Cerca de metade da
população a utiliza como língua cotidiana. Esse gesto do parlamento ajuda a
compreender a reação ao novo governo na Crimeia, amplamente russófona e
etnicamente russa.
O governo
formado após a mobilização de Maidan é, portanto, tudo – menos o governo de
unidade nacional preconizado pelos acordos de 21 de fevereiro, um governo que
teria podido dar segurança à população russófona das regiões orientais e do
sul. Dos dezenove ministros do novo governo, somente dois vêm do leste, e
nenhum do sul. Além da questão das línguas, o governo introduziu uma resolução
que interditaria o Partido Comunista, partido que obteve 13% nas eleições de
2012 e que é, de fato, o único partido importante da oposição desde o colapso
do Partido das Regiões. Esse partido já foi declarado ilegal, junto com o das
Regiões, em muitas regiões ocidentais, onde as legislaturas funcionam
independentes de Kiev.
* * *
As
divisões na Ucrânia são profundas e complexas. Além da questão da língua, há a
cultura, e notadamente a memória histórica. Os heróis das regiões ocidentais
colaboraram com a ocupação alemã e participaram de seus crimes. Os heróis das
regiões orientais, do sul e do centro lutaram contra o fascismo e pela União
Soviética. Os interesses econômicos igualmente divergem: a economia da parte
oriental do país, a parte mais industrial, é fortemente integrada à da Rússia, que
é de longe a parceira comercial mais importante do país. Há igualmente
diferenças importantes de mentalidade… Uma coisa é clara: a população das
regiões ocidentais, animadas por um nacionalismo antirrusso, tem sido em geral
muito mais ativa politicamente que a do resto do país.
Para
terminar, algumas palavras sobre os atores internacionais. O mundo todo se
lembra da conversa gravada e difundida pela internet entre Victoria Nulland,
secretária-adjunta de Estado dos EUA para a Eurásia, com o embaixador dos
Estados Unidos em Kiev. Lembra-se sobretudo que Nulland propôs “mandar a União
Europeia se foder”. Mas nos fatos, a conversa tratava da composição do novo
governo em Kiev após a mobilização na Praça Maidan. Nulland tinha uma opinião
formada a esse respeito: ela queria um certo “Yats” encabeçando o governo. E
eis que hoje, Arseni Yatsenyuk é o primeiro ministro. Que feliz coincidência!
Pudemos
igualmente ver Nulland na Praça Maidan distribuindo pão aos manifestantes.
Imaginemos a reação do governo canadense se o embaixador russo distribuísse
rosquinhas aos estudantes durante a Primavera dos Plátanos [mobilização
estudantil em 2012, contra privatização do ensino]. Há evidentemente uma clara
diferença: todo o mundo sabe que a ingerência ocidental nos assuntos de outros
países se faz unicamente dentro dos interesses desses países e para promover a
democracia…
Tendo em
conta as profundas divisões internas da Ucrânia, a sua história, e a situação
geográfica, a posição que é de longe a mais vantajosa para o país seria
evidentemente a neutralidade. Segundo as pesquisas, 80% da população se opõem à
adesão da Ucrânia à OTAN. Apesar disso, todos os presidentes do país buscaram a
adesão, chegando até a enviar tropas ao Afeganistão e ao Iraque. Independente
do que se pense de Yanukovitch, é o primeiro presidente a abraçar a
neutralidade de seu país, reivindicando-lhe um estatuto parecido ao da
Finlândia ou da Suécia. Mas se a Rússia parece pronta a aceitar essa posição, a
OTAN rejeita-a absolutamente.
Não se
sabe realmente por que Yanoukovitch decidiu suspender as negociações de
um acordo de associação com a União Europeia. (Atentemos ao fato de que ele não
recusou o acordo.) Se isso foi feito sob pressão de Moscou, então por que
Putin não exerceu essa pressão antes, quando ela não teria provocado uma tão
enorme onda de cólera popular? Afinal, Yanukovitch anunciou esse objetivo para
seu partido em 2008.
É
preciso, então, colocar a hipótese de que foi o próprio Yanukovtich que mudou
de ideia, porque temia o impacto negativo do acordo sobre a situação econômica
da Ucrânia, já bastante grave. (Ela não tem sido boa desde a independência.) A
União Europeia oferecia apenas uns 600 milhões de euros, que deviam ser pagos
em parcelas sob a condição da realização de reformas ditas “estruturais” – em
outras palavras, uma política de austeridade, aplicada a uma população da qual
grande parte já vive na pobreza.
Além
disso, a Ucrânia deveria se compremeter em eliminar todas as barreiras
comerciais e os direitos aduaneiros para as mercadorias e serviços vindos da
Europa e alinhar-se à legislação e regulamentação em vigor na Europa. Isso
teria um impacto devastador sobre a indústria ucraniana na parte oriental,
russófona, do país. E o que a Europa oferecia em troca? Nem a livre entrada na Europa
para os cidadãos nem adesão à União Europeia. Yanukovtich, ao que parece, ficou
com medo. Mas não “Yats”, que promete ao povo do país “medidas dolorosas”.
Lembremo-nos
da Iugoslávia. Foi depois das reformas impostas pelo FMI que os movimentos
separatistas cresceram. Uma política de austeridade na Ucrânia seria
devastadora para a população e reforçaria as tendências políticas doentias e
centrífugas.
Como se
vê a situação do lado russo? Enxerga-se, sem dúvida, uma nova etapa da política
de longa data dos Estados Unidos e da OTAN que visa a refrear o país, isso
apesar do compromisso solene de Bush-Pai feito a Gorbatchev: não ampliar a
aliança militar comandada pelos EUA, em troca de carta branca para a
reunificação da Alemanha. Do ponto de vista do governo russo, é um outro
exemplo da tática, utilizada já na Sérvia, na Geórgia e na Ucrânia, para
efetuar uma “mudança de regime” instrumentalizando uma mobilização de massa.
À parte
isso, por razões puramente internas, o governo russo não vai ficar indiferente diante
da ascensão da extrema direita racista, antirrussa, numa região limítrofe com a
qual a Rússia tem laços culturais históricos e muito estreitos. A política
externa do regime – autoritário, corrupto e ineficaz – é quase a única coisa
que atrai apoio positivo da parte da população.
Não
impressiona, portanto, que a Rússia tenha congelado sua oferta de 15 bilhões de
dólares à Ucrânia – oferta feita, é preciso atentar, sem exigências de
austeridade. Ela também acaba de anunciar a não-renovação do desconto negociado
sobre o preço do gás. E ela possui diversas outras alavancas econômicas para
pressionar. A Rússia é a maior parceiro comercial da Ucrânia. Já ameaçou impor
tarifas punitivas sobre certos produtos quando se discutia o acordo com a
Europa.
O gesto militar
na Crimeia tinha então um objetivo antes de tudo simbólico, visando à população
da Rússia tanto quanto as forças de direita na Ucrânia. Era uma advertência ao
governo de Kiev de não se deixar levar. Quanto à indignação do Ocidente –
lembremo-nos do bombardeio aéreo da Sérvia, em flagrante violação do direito
internacional, sob pretexto de um fictício genocídio dos kosovares. Ou então a
guerra do Iraque, assim como dezenas e dezenas de intervenções na América
Latina e ao redor do mundo.
As
seguintes palavras do último embaixador norte-americano na União Soviética são
uma conclusão apropriada: “Por causa de sua história, de sua situação
geográfica, e dos laços econômicos naturais e construídos, é impossível que a
Ucrânia seja um país unido, são, a menos que tenha relações amistosas – ou pelo
menos não antagônicas – com a Rússia.” Contrariamente à maioria da população
ucraniana, que sustenta essa posição, a OTAN e os nacionalistas não querem nada
disso.
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