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A política antiga dos EUA, de fornecer armas aos 'rebeldes' não alcançou os objetivos declarados. Nem resultou em sucesso para os 'rebeldes', em seus esforços para derrubar o governo sírio, nem ajudou a manter longe os vários grupos que há na Síria, ligados à Al-Qaeda.
Em vez disso, as armas destinadas aos "terroristas moderados" caíram em mão de grupos da Al-Qaeda, e os "moderados" partiram-se em mil pedaços. De fato, os EUA garantiram toda a logística aos mesmos grupos contra os quais os EUA sempre disseram, ao longo dos últimos 12 anos, que estariam combatendo.
Como sempre, a resposta norte-americana a uma política fracassada, e fazer mais do mesmo. O Congresso dos EUA aprovou, em sessão secreta,[1] o envio de mais armas aos 'rebeldes' "moderados":
"Armas leves fornecidas pelos EUA estão chegando a grupos rebeldes sírios "moderados" no sul do país, e o financiamento, pelos EUA, para os meses futuros, de novas remessas de armas foi aprovado pelo Congresso, segundo funcionários de segurança dos EUA e europeus.
As armas, muitas das quais estão sendo enviadas a rebeldes sírios não islâmicos via a Jordânia, incluem armamento leve de vários tipos, e armamento mais pesado, como foguetes antitanques.
Remessas anteriores, de armas dos EUA, caíram em mãos da Frente al-Nusra,[2] da Al-Qaeda:
"Altos funcionários do Exército Sírio Livre e fontes jordanianas, além de provas gravadas em vídeo, confirmaram que mísseis anti-tanques fabricados na Europa foram capturados pela - e em alguns casos vendidos à - Frente extremista al-Nusra, depois de entregues a batalhões do Exército Sírio Livre através da fronteira da Jordânia."
O citado Exército Sírio Livre no sul é pouco mais que uma fachada de relações públicas para a frente al-Nusra, da al-Qaeda:
"Eles oferecem seus serviços e cooperam conosco, são mais bem armados que nós, têm homens-bombas e sabem fabricar carros-bomba" - explicou um militante do Exército Sírio Livre.
...
O Exército Sírio Livre e a al-Nusra unem-se para operações, mas há um acordo segundo o qual quem aparece é o Exército Sírio Livre, por razões públicas, porque não querem assustar nem a Jordânia nem o ocidente" - disse um miliciano que trabalha com grupos da oposição em Deraa."[3]
"Operações que foram realmente executadas pela Al-Nusra são apresentadas ao público pelo Exército Sírio Livre como se fossem suas" - disse a mesma fonte.
Um alto comandante do Exército Sírio Livre envolvido em operações em Deraa, disse que a Al-Nusra reforçou unidades do Exército Sírio Livre e teve papel decisivo em vitórias rebeldes no sul.
A cara da Al-Nusra não pode aparecer. Eles têm de ficar por trás do Exército Sírio Livre, por causa da Jordânia e da comunidade internacional" - disse a fonte.[4]
Os EUA também recomeçaram o fornecimento de ajuda "não letal" a 'rebeldes' no norte do país:
"Os EUA recomeçaram as entregas de ajuda não letal à oposição síria, disseram funcionários do governo na 2ª-feira, mais de um mês depois de terroristas da Al-Qaeda terem assaltado armazéns e causado considerável desfalque nos suprimentos que os ocidentais fornecem aos 'rebeldes'.
O equipamento de comunicações e outros itens estão sendo encaminhados atualmente só para grupos não armados da oposição - disseram funcionários dos EUA.
...
Os funcionários dos EUA, que são proibidos de comentar publicamente esse assunto e pediram para que seus nomes não fossem publicados, disseram que a ajuda está sendo mandada através da Turquia para a Síria, com a coordenação do Conselho Militar Supremo do Exército Sírio Livre (...)."[5]
Quando os jihadistas assaltaram os depósitos onde estava armazenada a ajuda "não letal" fornecida pelos EUA, roubaram o seguinte:
[Um alto comandante do Conselho Militar Supremo do Exército Sírio Livre] disse que a Frente Islamista assaltou um total de dez depósitos que pertencem ao grupo guarda-chuva apoiado pelo ocidente, e roubaram arsenal considerável, inclusive 2 mil rifles AK-47, 1.000 armas variadas - entre as quais lança-foguetes M79 Osa, foguetes lança-granadas e metralhadoras pesadas 14,5mm - além de mais de 200 toneladas de munição. E pelo menos 100 veículos militares do Exército Sírio Livre também foram levados no assalto."[6]
O reinício dos fornecimentos de armas para os 'rebeldes' sírios não levará a resultado diferente do que se viu nos fornecimentos anteriores. O que prova, mais uma vez, que o real objetivo dessa guerra instigada pelos EUA contra a Síria e dos esforços para expandi-la ainda é o mesmo de antes: "Destruir a infraestrutura, da economia, do tecido social, da Síria e dos apoiadores da Síria."[7] ********
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[1] http://news.yahoo.com/congress-secretly-approves-u-weapons-flow-39-moderate-223506323.html
[2] http://www.dailystar.com.lb/News/Middle-East/2013/Oct-04/233502-special-arms-for-syria-rebels-fall-into-nusra-hands.ashx#axzz2rjCDZTK8
[3] http://www.aina.org/news/20140104201903.htm
[4] Exatamente o que disse também o presidente Bashar Al-Assad, há dois dias: "Nós todos sabemos que durante os últimos meses, os grupos terroristas extremistas que lutam na Síria já dizimaram as últimas posições restantes das forças que o ocidente ainda pinta como se fossem moderadas, do Exército Sírio Livre. Não existe mais Exército Sírio Livre. Agora só há extremistas, divididos em várias facções. (Negritos nossos.] Os combatentes que o ocidente chama de 'moderados', esses, na maioria, já se fundiram àquelas forças extremistas, seja por medo ou voluntariamente, estimulados por incentivos financeiros. Em resumo, independentemente dos rótulos que se leiam na mídia ocidental, nós agora estamos em luta contra um grupo terrorista extremista composto de várias facções" (26/1/2014, "Presidente Bashar al-Assad: Entrevista à Agência France Presse (AFP), Global Research, trad. em http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2014/01/presidente-bashar-al-assad-entrevista.html).
[5] http://www.dailystar.com.lb/News/Middle-East/2014/Jan-27/245412-us-resumes-nonlethal-aid-to-syrian-opposition.ashx#axzz2rjCDZTK8
[6] http://www.aawsat.net/2013/12/article55324955
[7] http://www.moonofalabama.org/2012/09/syria-destruction-is-their-aim.html
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