SÃO PAULO - A classe social que mais cresceu nos últimos seis anos foi a C. Enquanto em 2005 a classe possuía 62,7 milhões de representantes, no ano passado, esse número passou para 103 milhões, o que revela um crescimento de 64,36% no período.
Neste intervalo de tempo, a classe C recebeu mais de 40,3 milhões de pessoas, revela a pesquisa “O Observador - Brasil 2012”, realizada pelo sétimo ano seguido pela Cetelem BGN, empresa do grupo BNP Paribas, em conjunto com a Ipsos Public Affairs, e divulgada nesta quinta-feira (22).
De 2005 a 2011, as classes AB também tiveram crescimento, passando de 26,4 milhões para 42,4 milhões, aumento de 60,61% no período. Em seis anos, 16,0 milhões de brasileiros passaram a fazer parte deste estrato da população.
Já as classes DE perderam 51,32% dos seus representantes, ou seja, mais de 47,6 milhões de brasileiros deixaram de fazer parte das classes mais baixas. Em 2005, as classes DE possuíam mais de 92,9 milhões de pessoas, já em 2011, o número caiu para 45,2 milhões.
Mudança de classe
Em 2005, 51% da população brasileira pertencia às classes DE, 34% eram da classe C e 15% das classes AB.
Na pesquisa de 2010, os dados mostraram que o desenho da estrutura social do País já tinha mudado de uma pirâmide para um losango, ou seja, a classe intermediária já era maior que a classe mais baixa.
Em 2011 não foi diferente, com predominância de brasileiros na classe C, representando 54% de toda a população e crescimento de 20 p.p. frente a 2005.
As classes AB passaram a contar com 22% da população, enquanto que as classes DE tinham 24% dos brasileiros.
Renda
Segundo o estudo, a renda familiar que mais cresceu entre 2005 e 2011 foi das classes DE, um dos motivos para a ascensão dos representantes da classe. No período, a renda do estrato cresceu 45,32%, passando de R$ 545 para R$ 792.
Em seguida aparece a renda familiar da classe C, com crescimento de 26,92% no período, passando de R$ 1.107 para R$ 1.450.
Já as classes AB foram as que tiveram o menor crescimento da renda no período, de 17,03%, passando de R$ 2.484 para R$ 2.907.


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