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sábado, 19 de janeiro de 2013

Brasil: Conquistas sociais e desafios econômicos para 2013

Dilma RousseffBrasília (Prensa Latina) O governo da presidenta brasileira Dilma Rousseff deixou para trás um 2012 com uma importante redução da pobreza extrema e avanços significativos nos setores sociais, mas enfrenta em 2013 desafios econômicos.

       
 
  
O fraco crescimento da economia no ano passado, ao redor de um porcento do Produto Interno Bruto (PIB), obrigará à mandatária, que inicia este ano a segunda metade de seu mandato, a dedicar esforços para conquistar maior competitividade da indústria nacional.

Depois de receber uma economia com um crescimento de 7,5% em 2010, e atingir a cifra de 2,7% em 2011, os especialistas começaram a falar de uma desaceleração do PIB brasileiro, a sexta economia do planeta.

Para o governo federal, este limitado crescimento está relacionado aos efeitos da crise econômica mundial, problemas de competitividade e infraestrutura, assim como a desvalorização do real (moeda nacional), depreciado ao redor de 10% em relação ao dólar estadunidense.

Estamos conscientes dos desafios que a crise internacional tem lançado sobre o país e sabemos também que os momentos de crises podem ser transformados em grandes oportunidades, realçou Rousseff recentemente.

Depois de mostrar otimismo em dezembro sobre o desenvolvimento do Brasil neste novo período, a mandatária chamou os empresários a investir mais e transformar os atuais momentos de crise em grandes oportunidades.

As medidas adotadas por sua administração - como a diminuição de impostos no setor industrial, a entrega de créditos a pequenas empresas e agricultores, assim como planos de incentivos - ajudam a conter a queda do PIB.

2013 começa com uma redução de 16,2% nas tarifas de eletricidade para o setor residencial e até 28% para a indústria, o que promoverá a redução nos custos de produção e estimulará a manufatura.

Alguns dos investimentos estão garantidos, como a construção e reforma de 10 mil quilômetros de vias férreas e 7,5 mil quilômetros de estradas, e também a modernizarão dos portos e aeroportos tendo em vista maior eficiência no transporte de mercadorias e passageiros.

Uma maior intervenção e investimento do Estado estão previstos em projetos estratégicos para estimular os setores industriais e alcançar um crescimento de cerca de quatro porcento este ano.

Apesar do modesto crescimento econômico de 2012, outras esferas mostraram avanços alentadores que confirmam a confiança dos brasileiros em um melhor futuro e no governo do Partido dos Trabalhadores.

A chefa de Estado chega à metade de seu mandato com uma melhor avaliação que a de qualquer um de seus antecessores no mesmo momento, pois os questionários da empresa Ibope apontaram em dezembro passado a uma popularidade de 78% e o apoio a seu Governo chegou a 62%.

Outras pesquisas a colocam em primeiro lugar em intenção de votos para sua reeleição presidencial em 2014.

Seus últimos pronunciamentos demonstram otimismo no futuro da nação. "O Brasil que emerge dos últimos 10 anos é um país com mais inclusão social e sólido economicamente (e) o objetivo de meu Governo é aprofundar estas conquistas", destacou.

A inflação em 2012 se manteve sob controle e ainda que tenha sido maior que a estimada (5,4%), não superou os 6,5% estabelecidos como limite pelo Banco Central.

Apesar da crise internacional, no país foram criados nos últimos 10 anos ao redor de 19,4 milhões de postos de trabalho e 16,4 milhões de pessoas saíram da pobreza extrema.

A implementação de programas sociais possibilitou que 40 milhões de brasileiros ascendesem à classe média, a maior mobilidade social na história do país.

Segundo a mandatária, desta forma estão enfrentando a raiz da desigualdade e "protegendo as crianças e jovens, estamos construindo um futuro melhor para o Brasil".

Desde o início de sua administração em 2011, foram criados quatro milhões de postos de trabalho, o que é considerado uma das grandes conquistas de seu Governo e a nação registrou a menor taxa de desemprego de toda sua história (4,9%).

Entre outras conquistas, um milhão de famílias conta já com moradia própria graças ao programa "Minha casa, minha vida", que oferece facilidades às pessoas de baixa renda para aquisição da casa própria.

Trata-se de uma revolução na aplicação de políticas sociais, em benefício da população mais vulnerável e "em 2013 a redução da pobreza será muito maior", sustentou Rafael Guerrero, diretor de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Explicou que, na população de zero a 15 anos de idade, a miséria extrema caiu de 9,7 a 5,9% e os planos certificam que pode ser reduzida a 0,6%.

A consolidação das conquistas sociais e o desenvolvimento da economia brasileira confirmam assim que existe uma alternativa para outras nações europeias, pois demonstrará que as indústrias e bancos podem sair da crise e crescer sem ter que empobrecer seus cidadãos.

*Correspondente da Prensa Latina no Brasil.

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