O fraco crescimento da economia no ano passado, ao redor de um porcento
do Produto Interno Bruto (PIB), obrigará à mandatária, que inicia este
ano a segunda metade de seu mandato, a dedicar esforços para conquistar
maior competitividade da indústria nacional.
Depois de receber
uma economia com um crescimento de 7,5% em 2010, e atingir a cifra de
2,7% em 2011, os especialistas começaram a falar de uma desaceleração do
PIB brasileiro, a sexta economia do planeta.
Para o governo
federal, este limitado crescimento está relacionado aos efeitos da crise
econômica mundial, problemas de competitividade e infraestrutura, assim
como a desvalorização do real (moeda nacional), depreciado ao redor de
10% em relação ao dólar estadunidense.
Estamos conscientes dos
desafios que a crise internacional tem lançado sobre o país e sabemos
também que os momentos de crises podem ser transformados em grandes
oportunidades, realçou Rousseff recentemente.
Depois de mostrar
otimismo em dezembro sobre o desenvolvimento do Brasil neste novo
período, a mandatária chamou os empresários a investir mais e
transformar os atuais momentos de crise em grandes oportunidades.
As medidas adotadas por sua administração - como a diminuição de
impostos no setor industrial, a entrega de créditos a pequenas empresas e
agricultores, assim como planos de incentivos - ajudam a conter a queda
do PIB.
2013 começa com uma redução de 16,2% nas tarifas de
eletricidade para o setor residencial e até 28% para a indústria, o que
promoverá a redução nos custos de produção e estimulará a manufatura.
Alguns dos investimentos estão garantidos, como a construção e reforma
de 10 mil quilômetros de vias férreas e 7,5 mil quilômetros de estradas,
e também a modernizarão dos portos e aeroportos tendo em vista maior
eficiência no transporte de mercadorias e passageiros.
Uma maior
intervenção e investimento do Estado estão previstos em projetos
estratégicos para estimular os setores industriais e alcançar um
crescimento de cerca de quatro porcento este ano.
Apesar do
modesto crescimento econômico de 2012, outras esferas mostraram avanços
alentadores que confirmam a confiança dos brasileiros em um melhor
futuro e no governo do Partido dos Trabalhadores.
A chefa de
Estado chega à metade de seu mandato com uma melhor avaliação que a de
qualquer um de seus antecessores no mesmo momento, pois os questionários
da empresa Ibope apontaram em dezembro passado a uma popularidade de
78% e o apoio a seu Governo chegou a 62%.
Outras pesquisas a colocam em primeiro lugar em intenção de votos para sua reeleição presidencial em 2014.
Seus últimos pronunciamentos demonstram otimismo no futuro da nação. "O
Brasil que emerge dos últimos 10 anos é um país com mais inclusão
social e sólido economicamente (e) o objetivo de meu Governo é
aprofundar estas conquistas", destacou.
A inflação em 2012 se
manteve sob controle e ainda que tenha sido maior que a estimada (5,4%),
não superou os 6,5% estabelecidos como limite pelo Banco Central.
Apesar da crise internacional, no país foram criados nos últimos 10
anos ao redor de 19,4 milhões de postos de trabalho e 16,4 milhões de
pessoas saíram da pobreza extrema.
A implementação de programas
sociais possibilitou que 40 milhões de brasileiros ascendesem à classe
média, a maior mobilidade social na história do país.
Segundo a
mandatária, desta forma estão enfrentando a raiz da desigualdade e
"protegendo as crianças e jovens, estamos construindo um futuro melhor
para o Brasil".
Desde o início de sua administração em 2011,
foram criados quatro milhões de postos de trabalho, o que é considerado
uma das grandes conquistas de seu Governo e a nação registrou a menor
taxa de desemprego de toda sua história (4,9%).
Entre outras
conquistas, um milhão de famílias conta já com moradia própria graças ao
programa "Minha casa, minha vida", que oferece facilidades às pessoas
de baixa renda para aquisição da casa própria.
Trata-se de uma
revolução na aplicação de políticas sociais, em benefício da população
mais vulnerável e "em 2013 a redução da pobreza será muito maior",
sustentou Rafael Guerrero, diretor de Estudos e Políticas Sociais do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Explicou que,
na população de zero a 15 anos de idade, a miséria extrema caiu de 9,7 a
5,9% e os planos certificam que pode ser reduzida a 0,6%.
A
consolidação das conquistas sociais e o desenvolvimento da economia
brasileira confirmam assim que existe uma alternativa para outras nações
europeias, pois demonstrará que as indústrias e bancos podem sair da
crise e crescer sem ter que empobrecer seus cidadãos.
*Correspondente da Prensa Latina no Brasil. |
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