Londres, 4 dez (Prensa Latina) O Comitê de Interior do Parlamento britânico chamou o chefe dos serviços de segurança MI5, Andrew Parker, a comparecer nessa instância a qual deverá discorrer sobre sua afirmação de que as revelações da espionagem em massa são uma ameaça contra a segurança nacional.
A previsão é para próxima semana, ainda que não se tenha certeza do dia em que Parker justificará suas opiniões sobre as infiltrações por parte do programa de vigilância de Estados Unidos e o Reino Unido para espionar pessoas, instituições e governos mediante o telefone e Internet.
Recentemente, declarou frente ao comitê parlamentar de Segurança que o tema, divulgado principalmente pelo diário The Guardian, constitui um perigo para a segurança nacional.
Agora Parker deverá argumentar sua afirmação frente a outro comitê do órgão legislativo, o qual tomou a decisão de convocá-lo ontem, minutos antes de ser entrevistado por esse jornal disse seu editor, Alan Rusbridger.
Na véspera, o jornalista defendeu a atitude do The Guardian em comprometimento com seu dever de informar, e assegurou que o publicado não implica nenhum risco para a segurança nacional, pois não se expõe nomes nem dados particulares.
Indicou por sua fala que o jornal continuará divulgado estes assuntos de interesse público, e agregou que até agora só tem difundido 1% dos arquivos secretos revelados pelo ex-analista da Agência de Segurança Nacional de Estados Unidos, Edward Snowden.
Semanas atrás, os responsáveis pelas três principais agências de inteligência britânica, Parker do MI5, John Sawers do MI6 e Iain Loaban do Quartel Geral de Comunicações do Governo, falaram frente ao Parlamento sobre o funcionamento de seus serviços.
Em uma apresentação televisada e considerada inédita na história do Reino Unido, os chefes de segurança assinalaram que suas agências funcionam seguindo as normas legais correspondentes.
No entanto, informações publicadas por Snowden desde junho mostram como os serviços secretos de Londres e Washington espionam a milhões de pessoas em todo mundo através das comunicações eletrônicas, o que tem sido duramente criticado e qualificado de violação do direito à privacidade.
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