Por Nelson Mandela em Matanzas, Cuba, 26/07/1991
É um grande prazer e uma honra estar presente aqui hoje, especialmente em um dia tão importante na história revolucionária do povo cubano. Hoje Cuba comemora o 38º aniversário do assalto ao quartel de La Moncada. Sem Moncada, a expedição no Granma, a batalha de Sierra Maestra e a extraordinária vitória de 1º de janeiro de 1959 nunca teriam ocorrido.
Hoje é a Cuba revolucionária, a Cuba internacionalista, o país que mais tem feito pelos povos da África.
Esperamos muito tempo para visitar seu país e expressar os sentimentos que temos sobre a revolução cubana, sobre o papel de Cuba na África, no Sul da África, e no mundo.
O povo cubano tem um lugar especial nos corações do povo da África. Os internacionalistas cubanos fizeram uma contribuição sem paralelo para a independência, a liberdade e a Justiça na África, por seu caráter íntegro e abnegado .
É um grande prazer e uma honra estar presente aqui hoje, especialmente em um dia tão importante na história revolucionária do povo cubano. Hoje Cuba comemora o 38º aniversário do assalto ao quartel de La Moncada. Sem Moncada, a expedição no Granma, a batalha de Sierra Maestra e a extraordinária vitória de 1º de janeiro de 1959 nunca teriam ocorrido.
Hoje é a Cuba revolucionária, a Cuba internacionalista, o país que mais tem feito pelos povos da África.
Esperamos muito tempo para visitar seu país e expressar os sentimentos que temos sobre a revolução cubana, sobre o papel de Cuba na África, no Sul da África, e no mundo.
O povo cubano tem um lugar especial nos corações do povo da África. Os internacionalistas cubanos fizeram uma contribuição sem paralelo para a independência, a liberdade e a Justiça na África, por seu caráter íntegro e abnegado .
Desde
seus primeiros dias, a revolução cubana tem sido uma fonte de
inspiração para todas as pessoas amantes da liberdade. Nós admiramos os
sacrifícios do povo cubano em manter sua independência e soberania
diante da perversa campanha imperialista orquestrada para destruir as
impressionantes conquistas da revolução cubana.
Nós
também queremos controlar nosso próprio destino. Estamos determinados a
que o povo da África do Sul trace seu futuro e continue a exercitar
seus plenos direitos democráticos após a libertação do Apartheid. Não
queremos que a participação popular acabe no momento em que o Apartheid
se for. Nós queremos que o momento de libertação abra o caminho para uma
democracia ainda mais profunda.
Nós
admiramos as conquistas da revolução cubana na esfera do bem-estar
social. Nós percebemos a transformação do país, de um atraso imposto à
alfabetização universal. Nós reconhecemos seus avanços na área da saúde,
educação e ciência.
Seu constante compromisso com a sistemática erradicação do racismo não tem paralelo.
Mas
a mais importante licão que vocês nos dão é que não importam as
condições, as dificuldades que tiveram de enfrentar, não pode haver
rendição! É um caso de liberdade ou morte!
Sei
que seu país enfrenta muitos problemas agora, mas nós temos a confiança
de que o povo forte de Cuba os superará, assim como ajudou outros
países a superar os seus.
Sabemos
que o espírito revolucionário de hoje começou longo tempo atrás e que
este espírito foi incendiado por aqueles que lutaram pela liberdade de
Cuba, e também pela liberdade de todos que sofreram sob a dominação
imperialista.
Nós
também nos inspiramos na vida e no exemplo de José Martí, que não é só
um herói cubano ou latino-americano, mas que é justamente homenageado
por todos que lutam para ser livres.
Também
homenageamos o grande Che Guevara, cujas façanhas revolucionárias,
inclusive em nosso próprio continente, foram poderosas o suficiente para
que qualquer censura na prisão pudesse esconder de nós. A vida de Che é
uma inspiração para todos os seres humanos que amam a liberdade. Nós
sempre honraremos sua memória.
Viemos
para cá com grande humildade. Viemos para cá com grande emoção. Viemos
para cá com um sentimento de grande dívida em relação ao povo de Cuba.
Que outro país pode ser comparável à enorme generosidade de Cuba em suas
relações com a África?
Quantos países do mundo se beneficiam dos profissionais de saúde e educadores cubanos? Quantos deles estão na África?
Na
África, nós estamos acostumados a sermos vítimas de países que querem
escavar nosso território ou subverter nossa soberania. Não tem paralelo
na história africana que um outro povo se eleve em defesa de um de nós.
Nós
sabemos também que esta foi uma ação popular em Cuba. Sabemos que
aqueles que lutaram e morreram em Angola foram apenas uma pequena
proporção dos que se apresentaram como voluntários. Para o povo cubano,
internacionalismo não é só uma palavra, mas é algo que deve ser
praticado para o benefício de amplos setores da humanidade.
Fonte: Socialista Morena.
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