A verdade é que o pedido de adiamento por parte de tucanos e seus congêneres, com o conluio de gente da imprensa, era apenas uma forma de impedir que a leitura do relatório ocorresse
Eis o que me chama a atenção, senhoras e senhores navegantes: o
bicheiro Carlinhos Cachoeira (a imprensa venal e de negócios privados
somente o chama de “empresário”) sai da prisão um pouco antes de o
relator da CPMI do Cachoeira, Veja, Época, deputado Odair Cunha (PT/MG),
anunciar o fim dos trabalhos. O outro acontecimento que também me
chamou a atenção foi a conduta da oposição (PSDB, DEM e PPS), por
intermédio de seus representantes midiáticos, terem afirmado durante 15
dias antes da finalização do relatório, para quem quisesse ver e
escutar, que pediriam a prorrogação dos trabalhos da CPMI, porque, para
eles, defensores da moral e dos bons costumes, o Governo e os deputados e
senadores da base do Governo estavam com “más intenções” e por causa
disso tudo “terminaria em pizza”. Era só o que se ouvia.
A verdade é que lideranças oposicionistas, a exemplo do senador
Álvaro Dias (PSDB/PR), do deputado Roberto Freire (PPS/SP?) e do senador
Agripino Maia (DEM/RN), já sabiam o que constava no relatório final da
CPMI e por isso trataram de esvaziá-lo e desacreditá-lo perante o
público, com a cumplicidade do sistema midiático privado, que sempre deu
e dará voz àqueles que fazem oposição sistemática e muitas vezes
irracional aos governos trabalhistas de Lula e agora de Dilma Rousseff. É
dessa forma que a banda toca no planalto central quando sabemos que a
direita está desesperada e não se conforma com suas seguidas derrotas
eleitorais, com a ascensão econômica do País e com a luta pela
emancipação do povo brasileiro. Ao perceberem que o relatório é robusto e
indicia muita gente aliada à oposição e inclusive profissionais de
imprensa, rapidamente passaram a ter como estratégia adiar a leitura do
relatório, ou seja, impedir que o documento seja lido nesta quarta-feira
(21/11). A leitura foi adiada, e vai acontecer amanhã — quinta-feira.
Como se vê, o relatório tem substância, ao contrário do que apregoa a
oposição.
A oposição joga com a falácia, com a manipulação da
realidade e tergiversa em seus propósitos, pois dissimula e mente.
Durante 15 dias gritaram ao vento e nos microfones que queriam a
continuidade da CPMI e acusaram o relator Odair Cunha e o Governo de não
quererem encarar a verdade dos fatos. Ledo engano. A verdade é que o
pedido de adiamento por parte de tucanos e seus congêneres, com o
conluio de gente da imprensa, era apenas uma forma de impedir que a
leitura do relatório ocorresse no dia de hoje.
E por que a oposição age assim? Por que ela está envolvida no escândalo do bicheiro Carlinhos Cachoeira. São pessoas que ocupam cargos proeminentes, como o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), o senador cassado e promotor de justiça, Demóstenes Torres (DEM), o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB/GO), o empresário dono da Construtora Delta, Fernando Cavendish, o deputado Fernando Francischini (PEN-PR), o deputado e ator que teve seu processo arquivado pelo procurador geral Roberto Gurgel, Stepan Nercessian, mesmo depois de o próprio parlamentar ter admitido receber R$ 175 mil do bicheiro.
E por que a oposição age assim? Por que ela está envolvida no escândalo do bicheiro Carlinhos Cachoeira. São pessoas que ocupam cargos proeminentes, como o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), o senador cassado e promotor de justiça, Demóstenes Torres (DEM), o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB/GO), o empresário dono da Construtora Delta, Fernando Cavendish, o deputado Fernando Francischini (PEN-PR), o deputado e ator que teve seu processo arquivado pelo procurador geral Roberto Gurgel, Stepan Nercessian, mesmo depois de o próprio parlamentar ter admitido receber R$ 175 mil do bicheiro.
Participaram ainda desse esquema criminoso, que visava obter lucros
junto ao poder público, bem como boicotar e desacreditar os governos
Federal e o do Distrito Federal, por intermédio das páginas da Veja e de
outras publicações tradicionais da imprensa corporativa, os arapongas
conhecidíssimos de outros esquemas ilegais, Idalberto Matias, o Dadá, e
Jairo Martins. Os dois também foram incluídos no relatório da CPMI. Os
espiões participaram, conforme as investigações da operação Monte Carlo
da Polícia Federal, de articulações e de denuncismos publicados na Veja,
que tinham por propósito derrubar o governador do DF, Agnelo Queiroz
(PT).
O articulador desse processo draconiano, no DF, era nada
mais e nada menos que o deputado Fernando Francischini, homem da
direita paranaense, ex-secretário de Segurança do Espírito Santo, e que
almejava ser candidato a governador do Distrito Federal, além de,
inclusive, pensar em mudar seu domicílio eleitoral para a capital do
País. Cachoeira queria, por meio desse esquema, obter contratos no setor
de transportes. Sua intenção foi rejeitada pelo governador Agnelo, que
passou a ser perseguido pelo grupo de Cachoeira, bem como pela imprensa,
nas pessoas de Policarpo Júnior, chefe da Veja em Brasília, Eumano
Silva, diretor da revista Época, do jornalista Mino Pedrosa, muito
conhecido em Brasília e Goiás, principalmente por políticos ligados aos
ex-governadores Joaquim Roriz, Marconi Perillo e José Roberto Arruda,
além do radialista Jorge Kajuru, figura polêmica, quase folclórica e
muito conhecida por suas brigas, ao vivo, nos programas de televisão.
Não se deve esquecer também que a Construtora Delta tem suas ramificações em São Paulo, o estado e a capital, administrados pelos tucanos e seus aliados há quase 20 anos. Não sei se o relatório aponta para essa direção, mas que a construtora atuou e agiu de forma efetiva no estado bandeirante todo mundo sabe, até um recém-nascido pode chegar a esta conclusão. Entretanto, outro personagem chama a atenção no que diz respeito ao relatório da CPMI do Cachoeira. O nome dele é Roberto Gurgel, o procurador da República que sentou em cima por quase três anos dos autos de processos das operações Vegas e Monte Carlo da Polícia Federal e por causa de sua conduta é acusado por jornalistas da imprensa alternativa da blogosfera, por políticos da base do governo, por setores do Judiciário e principalmente pelo seu mais duro e contundente adversário, o senador Fernando Collor, que o chama de prevaricador, de se associar com a revista Veja e outros órgãos de imprensa e vazar o depoimento sigiloso, em segredo de justiça, do publicitário Marcos Valério, condenado pelo STF, pois acusado como o gerenciador do “mensalão”, que ainda, volto a repetir, está ainda para ser judicialmente comprovado que existiu.
Não se deve esquecer também que a Construtora Delta tem suas ramificações em São Paulo, o estado e a capital, administrados pelos tucanos e seus aliados há quase 20 anos. Não sei se o relatório aponta para essa direção, mas que a construtora atuou e agiu de forma efetiva no estado bandeirante todo mundo sabe, até um recém-nascido pode chegar a esta conclusão. Entretanto, outro personagem chama a atenção no que diz respeito ao relatório da CPMI do Cachoeira. O nome dele é Roberto Gurgel, o procurador da República que sentou em cima por quase três anos dos autos de processos das operações Vegas e Monte Carlo da Polícia Federal e por causa de sua conduta é acusado por jornalistas da imprensa alternativa da blogosfera, por políticos da base do governo, por setores do Judiciário e principalmente pelo seu mais duro e contundente adversário, o senador Fernando Collor, que o chama de prevaricador, de se associar com a revista Veja e outros órgãos de imprensa e vazar o depoimento sigiloso, em segredo de justiça, do publicitário Marcos Valério, condenado pelo STF, pois acusado como o gerenciador do “mensalão”, que ainda, volto a repetir, está ainda para ser judicialmente comprovado que existiu.
Roberto Gurgel é citado no relatório e é acusado de prevaricar para
favorecer o ex-senador Demóstenes e o governador Marconi Perillo,
afinal eles concorreram às eleições de 2010. O procurador é também
acusado de vazar o depoimento secreto de Marcos Valério, a causar com
suas ações desassossego na República e a criar crises institucionais
artificiais, baseadas em intrigas disseminadas e irradiadas pelas mídias
conservadoras, que fazem, indubitavelmente, oposição aos governantes
trabalhistas, que há 12 anos vencem as eleições, sendo que a última
vitória emblemática foi a do petista Fernando Haddad, que vai assumir a
Prefeitura de São Paulo em 2013.
Hoje, o ambiente no Congresso foi tenso; a oposição
estrilou, mas não tem jeito, porque o relatório vai ser lido na
quinta-feira, pelo menos foi o que disse o vice-presidente da CPMI do
Cachoeira, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que propôs uma sessão
extraordinária amanhã, cujo objetivo principal é a leitura do relatório,
tão contestado pela oposição e pelos comentaristas, colunistas e
especialistas da imprensa burguesa. Imagina se essa gente for julgada
por algum tribunal, a ter como instrumento o “domínio do fato”, caro
leitor? Com a resposta, a Procuradoria Geral e o STF.
O grande problema para a oposição é evitar que os
jornalistas citados neste artigo tenham que depor, além, é claro, se
algum megaempresário como o Roberto Civita, dono da Abril, tivesse que
sentar em algum banco para dar seu depoimento sobre a associação de sua
empresa e de seus empregados jornalistas com o que já é considerada a
quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Vale à pena lembrar que seis
ou sete ministros caíram por causa de matérias publicadas pela Veja. Dou
como exemplo o caso dos ministros Carlos Lupi e Orlando Silva que
caíram, nada foi comprovado e ficou, mais uma vez, tudo como dantes no
quartel de Abrantes.
A verdade é que os nossos Rupert Murdoch têm de dar
satisfação à sociedade brasileira, à Nação, afinal vivemos em uma
democracia, cujos alicerces são a Constituição, os Poderes da República e
o estado democrático de direito. Não é possível e cabível que a justiça
julgue e puna apenas um lado e o outro fica a ser tratado como aliado
político. Juízes e procuradores são, antes de tudo, funcionários
públicos e se querem fazer política que entrem em um partido e se
candidatem. Agora, resta ao País esperar e acompanhar atentamente os
procedimentos do STF, da PGR, da oposição partidária e da imprensa
corporativa. É isso aí.
Brasil247
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