O advogado-geral da União adjunto, José Weber
Holanda, é alvo da operação Porto Seguro, coordenada pelo delegado
Roberto Troncon (à esq.). Holanda é o braço direito do advogado-geral da
União, Luís Inácio Adams (à dir.), cotado para assumir a vaga aberta
por Carlos Ayres Britto no Supremo Tribunal Federal
247 - Deflagrada nesta sexta-feira, a operação
Porto Seguro, da Polícia Federal, teve como um dos alvos o
advogado-geral da União adjunto, José Weber Holanda, braço direito do
advogado-geral da União, Luís Inácio Adams. Adams está entre os cotados
para assumir vaga no Supremo Tribunal Federal na vaga aberta com a saída
de Carlos Ayres Britto. Agentes da PF apreenderam documentos do
gabinete do número dois da AGU, que fica no mesmo andar da sala de
Adams, e Holanda prestou depoimento à polícia.
Adams se reuniu com sua equipe no início da manhã para avaliar o
impacto da operação na pasta, e espera-se que a AGU solte nota sobre o
caso. O objetivo da operação é desarticular uma organização criminosa
infiltrada em órgãos federais com o objetivo de obter pareceres técnicos
fraudulentos e beneficiar interesses privados.
Segundo o delegado Roberto Troncon, superintendente regional da PF em
São Paulo, os servidores investigados integram os quadros da Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac), da Agência Nacional de Águas (ANA) e
da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), além da
Secretaria do Patrimônio da União, do Tribunal de Contas da União (TCU),
da Advocacia-Geral da União (AGU), e do Ministério da Educação (MEC).
"Tratavam-se de servidores de segundo e terceiro escalões que também
agiram por conta própria", descatou o delegado. Troncon disse ainda que
"os dirigentes máximos dos órgãos públicos colaboraram prontamente para o
cumprimento dos mandados judiciais e com a investigação".
Indiciados
A PF divulgou que já indiciou criminalmente 18 investigados pela
operação, que abarca São Paulo, Brasília e os municípios paulistas de
Cruzeiro, Dracena e Santos. Segundo a PF, entre os indiciados estão
empresários, advogados e agentes públicos. Eles foram formalmente
acusados de corrupção ativa, corrupção passiva, violação de sigilo
funcional, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e
tráfico de influência.
Brasil 247
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