Escrito
por Camila Carduz
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Damasco,
12 ago (Prensa Latina) O Exército Árabe Sírio mantém hoje uma forte ofensiva contra
os grupos mercenários e radicais islâmicos em uma operação que conseguiu
eliminar um dos líderes terroristas mais notórios no território do Levante, o
chamado Bin Laden da Síria.
Abu Malik
Al-Shahri, um dos principais chefes do Estado Islâmico do Iraque e do
Levante, derivação da organização terrorista Al Qaeda neste país, foi pego no
domingo na província síria de Latakia pelas tropas que recuperaram o controle
de vários povoados atacados pelas forças irregulares.
Devido a seu físico parecido com o ex-líder da Al-Qaeda, Al-Shahri era conhecido como o "Osama Bin Laden da Síria" e foi responsabilizado pela decapitação de dezenas de soldados e civis desde sua incorporação à guerra, destacou o canal de televisão Al-Alam. Recentemente, as autoridades denunciaram os massacres de centenas de civis e militares por parte dos opositores armados em várias das localidades que ocuparam em Latakia. Os integrantes do Estado Islâmico do Iraque e do Levante procuram fundar aqui um califato regido pela xaria ou lei islâmica, cuja interpretação arbitrária os leva a degolar ou assassinar aqueles que se negarem a renunciar à sua religião e se converter ao islã mais ortodoxo. A imposição da xaria mediante uma violência inusitada está provocando o desaparecimento de comunidades inteiras de minorias religiosas sírias (alauitas, cristãos, drusos) e de povos como o curdo, através de massacres cada vez mais frequentes. Neste sentido, a jornalista checa Teresa Spintserova denunciou os crimes e atrocidades de ditos grupos terroristas, que aumentam à medida que as Forças Armadas avançam na reconquista de novas áreas do território nacional. A repórter que visitou Damasco meses atrás junto a uma delegação de profissionais de comunicação, criticou em uma página digital de seu país o fato de alguns consórcios midiáticos justificarem que os mercenários assassinem crianças, mulheres e idosos sírios, qualificando os assassinos como rebeldes e combatentes da revolução. Outro meio de comunicação checo, a revista Tidin, confirmou também na semana passada que mais de cem extremistas chechenos filiados aos grupos da chamada insurgência cometem massacres contra a população civil na Síria. A fonte explicou que os fundamentalistas pertencem à organização terrorista Emirado do Cáucaso, proibida na Federação da Rússia, e revelou que Isa Umarov, primo de Movladi Udugov, líder ideológico da entidade, é um dos que contrata cidadãos na região para combater na Síria. Apesar da onda de fundamentalistas e mercenários de cerca de 40 nacionalidades que estão neste país, Damasco expressou em várias ocasiões a decisão de combater ditas forças até o último mercenário. O avanço das operações em Latakia, na província de Homs, e nos arredores da capital permitiu que o Exército eliminasse centenas de mercenários e restaurasse a segurança em povoados assolados anteriormente pelos opositores armados, como o caso de Qusseir, fronteira com o Líbano. Foi anunciado ontem que 70 cadáveres de sauditas, entre eles quatro mulheres que caíram em combate na Síria, foram devolvidos a seu país de origem, segundo um relatório da agência iraniana Mehr, que citou uma fonte oficial em Riad. Em várias ocasiões, o governo sírio denunciou o papel ativo da Arábia Saudita no financiamento, recrutamento e envio de mercenários para derrocar o presidente Bashar Al-Assad. |
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segunda-feira, 12 de agosto de 2013
A ofensiva anti-mercenária e a eliminação do Bin Laden da Síria
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