Em Jerusalém, secretário de Estado norte-americano
alegou que país irá ajudar o governo do primeiro-ministro iraquiano,
Nuri al-Maliki, mas deixou claro não haver hipótese sobre o retorno de
tropas dos EUA ao Iraque
Reuters - Os Estados Unidos vão fornecer suporte
ao governo do Iraque e às tribos que lutam contra militantes ligados à
Al Qaeda na província de Anbar, mas não enviarão tropas ao Iraque, disse
o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, neste domingo.
Militantes islâmicos ligados à Al Qaeda e guerrilheiros tribais
assumiram o controle de Ramadi e Falluja, as principais cidades da
província de Anbar, dominada por muçulmanos sunitas e que faz fronteira
com a Síria, o que representa um desafio às autoridades do governo,
liderado por xiitas.
Tropas iraquianas e líderes tribais aliados tentam retomar a província.
Ao falar com repórteres em Jerusalém, Kerry disse que os EUA estão
preocupados com os acontecimentos em Anbar, que foi o principal centro
de resistência contra os EUA após a invasão do Iraque pelos
norte-americanos em 2003.
Enquanto alegou que irá ajudar o governo do primeiro-ministro
iraquiano, Nuri al-Maliki, Kerry deixou claro não haver hipótese sobre o
retorno de tropas dos EUA ao Iraque. Os EUA se retiraram do território
iraquiano em 2011 após não conseguir chegar a um acordo com o governo de
Maliki.
"Esta é uma luta que pertence aos iraquianos", disse ele. "Nós não
contemplamos colocar soldados em solo. Esse é um conflito deles, mas
vamos ajudá-los em sua luta."
Kerry negou fornecer detalhes sobre que tipo de assistência será
prestada pelos EUA a Maliki, a quem Washington pediu repetidas vezes
para compartilhar o poder com a minoria sunita -em parte com o intuito
de prevenir uma nova insurgência sunita contra o governo central.
(Reportagem de Arshad Mohammed)
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