Do MAB
“Os brasileiros podem esperar o melhor dos médicos cubanos que estão
chegando. São profissionais extremamente bem preparados, todos com mais
de 15 anos de experiência, que já estiveram em missões em outros
continentes, como África e Ásia. São profissionais que atuaram em
momentos de crise, em locais atingidos por terremotos, por exemplo. E,
acima de tudo, são pessoas preparadas para atuar na prevenção, no
cuidado com a saúde na atenção básica e para estar muito próximos do
cotidiano das comunidades que mais precisam. Digo à população brasileira
que pode contar com o carinho e a solidariedade dos médicos cubanos
para cuidar de sua saúde”.
A afirmação é do cônsul de Cuba em São Paulo, Alexander Cañede,
referindo-se à chegada dos médicos cubanos para atuar no Programa Mais
Médicos do governo federal.
Junto com mais de três mil pessoas vindas de todo o Brasil, Cañede
participou da abertura do Encontro Nacional do Movimento dos Atingidos
por Barragens, na segunda-feira, 2 de setembro, em Cotia, São Paulo.
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), assim como os demais
movimentos sociais do campo ligados à Via Campesina, e movimentos
sindicais e populares urbanos, apoia a vinda dos profissionais médicos
cubanos, por entender que a necessidade de mais médicos no campo,
pequenos municípios e periferias das cidades é muito grande.
A presença do cônsul foi saudada pelos presentes ao Encontro do MAB, que
salientaram a importância da solidariedade entre os povos no avanço das
demandas populares. A militante do MAB Cida Lessa, atingida pela
barragem de Manso, em Mato Grosso, que acaba de se formar em engenharia
em Cuba, falou em nome de todos os brasileiros que estudam naquele país.
“Desejo as boas vindas a todos os médicos cubanos que irão contribuir
com a saúde da classe trabalhadora aqui no Brasil”, afirmou.
O cônsul cubano também comentou a relevância do Encontro Nacional do
Movimento dos Atingidos por Barragens. “Apoiamos completamente o evento e
a discussão da geração de energia com soberania dos povos, com
igualdade de acesso, defesa do meio ambiente e, principalmente, da vida e
da dignidade humanas”, afirmou. Ele lembrou de um discurso de Fidel
Castro à época da Eco 92, há 21 anos, quando o então presidente cubano
afirmou que o desenvolvimento dos países não pode se sobrepor à vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário