(Prensa
Latina) A Síria condenou hoje as posturas dos Estados Unidos, Reino Unido e
França, que na sua opinião, tentam impor sua vontade ao povo sírio além de
apoiar grupos terroristas filiados à rede Al Qaeda, para derrocar o governo.
Washington, Paris e Londres mantêm
posições contraditórias, pois ao mesmo tempo que alegam apoiar uma solução
política ao conflito, respaldam terroristas vinculados à Frente Al-Nusra que
continuam cometendo seus crimes contra o povo sírio para prolongar a crise,
denuncia nesta terça-feira uma declaração do Ministério de Relações
Exteriores.
O texto recusa as declarações dos chanceleres dessas nações
reunidos ontem na capital francesa, onde exigiram a aprovação no Conselho de
Segurança de uma resolução "forte" e "vinculante" que contemple o uso da força
contra a Síria numa suposta situação em que esta descumpra seu compromisso de
pôr as armas químicas sob controle internacional.
Os Estados Unidos,
Reino Unidos e França evidenciam seus verdadeiros objetivos de hostilidade para
com a Síria, além de antecipar os resultados do diálogo entre os cidadãos para
impor condições prévias e sua vontade a favor daqueles que lançam uma agressão
contra o país, remarca a declaração.
Damasco reitera que a legitimidade
política e constitucional na Síria é direito exclusivo de seu povo, "e não está
permitido que os Estados Unidos nem seus acólitos se sintam no direito de
despojá-lo disso ou de atribuir-se o poder e a faculdade de impor sua vontade
neste sentido".
A nota agrega que Bashar Al-Assad é o presidente legítimo
eleito por voto popular, "e continuará sendo enquanto assim decidir o povo
sírio", enfatiza.
Quem não gosta desta verdade não deveria participar da
Conferência de Genebra, adverte o texto.
A Chancelaria insiste que a
Síria mantém seu compromisso com uma solução política ao conflito, baseado no
diálogo entre a sociedade, com total apego à soberania e integridade territorial
e sem vestígio de ingerência externa.
Como membros permanentes do
Conselho de Segurança, os Estados Unidos, o Reino Unido e a França estão
obrigados a trabalhar com honestidade e seriedade, respeitar a Carta da ONU e as
normas do Direito Internacional, ao invés de tentar impor sua vontade sobre os
Estados e tentar desestabilizá-los, conclui a declaração da diplomacia
síria. |
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