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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Síria acusa EUA e aliados de ingerência e respaldo ao terrorismo


Escrito por Erica Soares


(Prensa Latina) A Síria condenou hoje as posturas dos Estados Unidos, Reino Unido e França, que na sua opinião, tentam impor sua vontade ao povo sírio além de apoiar grupos terroristas filiados à rede Al Qaeda, para derrocar o governo.

Washington, Paris e Londres mantêm posições contraditórias, pois ao mesmo tempo que alegam apoiar uma solução política ao conflito, respaldam terroristas vinculados à Frente Al-Nusra que continuam cometendo seus crimes contra o povo sírio para prolongar a crise, denuncia nesta terça-feira uma declaração do Ministério de Relações Exteriores.

O texto recusa as declarações dos chanceleres dessas nações reunidos ontem na capital francesa, onde exigiram a aprovação no Conselho de Segurança de uma resolução "forte" e "vinculante" que contemple o uso da força contra a Síria numa suposta situação em que esta descumpra seu compromisso de pôr as armas químicas sob controle internacional.

Os Estados Unidos, Reino Unidos e França evidenciam seus verdadeiros objetivos de hostilidade para com a Síria, além de antecipar os resultados do diálogo entre os cidadãos para impor condições prévias e sua vontade a favor daqueles que lançam uma agressão contra o país, remarca a declaração.

Damasco reitera que a legitimidade política e constitucional na Síria é direito exclusivo de seu povo, "e não está permitido que os Estados Unidos nem seus acólitos se sintam no direito de despojá-lo disso ou de atribuir-se o poder e a faculdade de impor sua vontade neste sentido".

A nota agrega que Bashar Al-Assad é o presidente legítimo eleito por voto popular, "e continuará sendo enquanto assim decidir o povo sírio", enfatiza.

Quem não gosta desta verdade não deveria participar da Conferência de Genebra, adverte o texto.

A Chancelaria insiste que a Síria mantém seu compromisso com uma solução política ao conflito, baseado no diálogo entre a sociedade, com total apego à soberania e integridade territorial e sem vestígio de ingerência externa.

Como membros permanentes do Conselho de Segurança, os Estados Unidos, o Reino Unido e a França estão obrigados a trabalhar com honestidade e seriedade, respeitar a Carta da ONU e as normas do Direito Internacional, ao invés de tentar impor sua vontade sobre os Estados e tentar desestabilizá-los, conclui a declaração da diplomacia síria.

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