|
Segundo a mídia estrangeira, no conflito armado na Síria participam mercenários de África, Ásia Central e Oriente Médio. Há ainda informações sobre a alegada participação de combatentes oriundos da Chechênia, cujo presidente, no entanto, refutou essa informação.
Neste momento os mercenários são
um instrumento útil na resolução militar de conflitos. A sua
participação é assinalada em todos os conflitos armados nas últimas
décadas. Segundo o vice-presidente da Associação de Veteranos dos Serviços Especiais Berkut (Águia-real) Valeri Malevannyi, a sua participação em operações militares é determinada pela eficácia:
“Em
conflitos deste tipo, só os mercenários conseguem vencer, porque foram
treinados como forças especiais. Os mercenários sempre foram normalmente
pessoas que não se encontraram na vida civil. São especialmente bem
recebidos os que vieram das tropas especiais. Ou seja, os que dão um
mínimo de despesa, mas um máximo de rendimento em combate.”
Valeri
Malevannyi considera que, considerando a instabilidade geral na região
do Oriente Médio, os principais centros de preparação dos “soldados da
Fortuna” estão aí concentrados:
“Se considerarmos as
bases militarizadas fortes na preparação de mercenários, elas existem na
Palestina, na Arábia Saudita, na própria Líbia e nas zonas fronteiriças
da Síria. Na Turquia existem mesmo duas bases em que os mercenários são
preparados segundo o programa de treinos dos fuzileiros
estadunidenses.”
“As armas, claro, são fornecidas
pela OTAN, e sabemos que a Turquia faz parte da OTAN. Resulta que os
mercenários que decidem as revoluções em todo o Oriente Médio são
preparados a nível governamental. Há que referir que se trata de bases
móveis que são fácilmente deslocadas de um lado para o outro.”
Entretanto,
o perito afirma que a presença ativa de mercenários estrangeiros no
conlito sírio é ditada pela posição rígida do Ocidente relativamente às
autoridades oficiais da Síria:
“Podemos considerar
isso como uma tendência política. O governo da Turquia, por exemplo,
permitiu com o acordo da OTAN, ou seja autorizou, a instalação sob
controle dos seus serviços especiais de 8 bases militares para o treino
de mercenários.”
Considerando a escalada da tensão no
Oriente Médio, podemos prever que a quantidade de combatentes treinados
irá aumentar. O presidente da Associação dos Veteranos do Destacamento Anti-terrorista Alfa Serguei Goncharov considera que no futuro a sua deslocação poderá ser para o Cáucaso do Norte:
“É
um cenário muito provável. De qualquer forma, os nossos serviços
especiais devem estar preparados para isso. No nosso Cáucaso do Norte
temos a combater árabes, negros e outros. Se os americanos colocarem um
ponto final nos países do Oriente Médio, existe o perigo de algumas
forças se deslocarem para o Cáucaso do Norte para ganharem os seus
honorários. Agora eles ainda não são muitos nessa zona, mas o facto da
sua presença, especialmente de árabes, não é negado por ninguém.”
Fonte: ruvr.ru
Nenhum comentário:
Postar um comentário