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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Mercenários são arma da oposição na Síria

Síria oposição


 
 

Segundo a mídia estrangeira, no conflito armado na Síria participam mercenários de África, Ásia Central e Oriente Médio. Há ainda informações sobre a alegada participação de combatentes oriundos da Chechênia, cujo presidente, no entanto, refutou essa informação.

Neste momento os mercenários são um instrumento útil na resolução militar de conflitos. A sua participação é assinalada em todos os conflitos armados nas últimas décadas. Segundo o vice-presidente da Associação de Veteranos dos Serviços Especiais Berkut (Águia-real) Valeri Malevannyi, a sua participação em operações militares é determinada pela eficácia:
“Em conflitos deste tipo, só os mercenários conseguem vencer, porque foram treinados como forças especiais. Os mercenários sempre foram normalmente pessoas que não se encontraram na vida civil. São especialmente bem recebidos os que vieram das tropas especiais. Ou seja, os que dão um mínimo de despesa, mas um máximo de rendimento em combate.”
Valeri Malevannyi considera que, considerando a instabilidade geral na região do Oriente Médio, os principais centros de preparação dos “soldados da Fortuna” estão aí concentrados:
“Se considerarmos as bases militarizadas fortes na preparação de mercenários, elas existem na Palestina, na Arábia Saudita, na própria Líbia e nas zonas fronteiriças da Síria. Na Turquia existem mesmo duas bases em que os mercenários são preparados segundo o programa de treinos dos fuzileiros estadunidenses.”
“As armas, claro, são fornecidas pela OTAN, e sabemos que a Turquia faz parte da OTAN. Resulta que os mercenários que decidem as revoluções em todo o Oriente Médio são preparados a nível governamental. Há que referir que se trata de bases móveis que são fácilmente deslocadas de um lado para o outro.”
Entretanto, o perito afirma que a presença ativa de mercenários estrangeiros no conlito sírio é ditada pela posição rígida do Ocidente relativamente às autoridades oficiais da Síria:
“Podemos considerar isso como uma tendência política. O governo da Turquia, por exemplo, permitiu com o acordo da OTAN, ou seja autorizou, a instalação sob controle dos seus serviços especiais de 8 bases militares para o treino de mercenários.”
Considerando a escalada da tensão no Oriente Médio, podemos prever que a quantidade de combatentes treinados irá aumentar. O presidente da Associação dos Veteranos do Destacamento Anti-terrorista Alfa Serguei Goncharov considera que no futuro a sua deslocação poderá ser para o Cáucaso do Norte:
“É um cenário muito provável. De qualquer forma, os nossos serviços especiais devem estar preparados para isso. No nosso Cáucaso do Norte temos a combater árabes, negros e outros. Se os americanos colocarem um ponto final nos países do Oriente Médio, existe o perigo de algumas forças se deslocarem para o Cáucaso do Norte para ganharem os seus honorários. Agora eles ainda não são muitos nessa zona, mas o facto da sua presença, especialmente de árabes, não é negado por ninguém.”
 
Fonte: ruvr.ru

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