Enquanto carregavam bandeiras brancas, mãe e filha foram assassinadas no massacre a Gaza em 2009
A história aconteceu durante o massacre de 2008 e 2009 na Faixa de Gaza, que matou 1,4 mil palestinos e 13 israelenses em apenas três semanas. Mencionado pelo relatório das Nações Unidas sobre o conflito, o caso figura entre os mais notáveis crimes de guerra cometidos pelo exército de Israel.
O tribunal das Forças Armadas de Israel condenou, no entanto, o ex-artilheiro a apenas 45 dias de prisão por “uso ilegal de arma” neste domingo (12/08), segundo o jornal norte-americano Global Post.
Conhecido como “sargento S”, o antigo militar se livrou das acusações de homicídio culposo, onde não há intenção de matar, depois de um acordo judicial no qual admitiu ter disparado contra o grupo sem permissão de seus superiores. Sua defesa argumentou que não existiam provas conclusivas para mostrar que seu cliente atirou contra as palestinas.
Em uma declaração da época do incidente, o exército israelense disse que a denúncia estava baseada em evidências de que o então soldado “mirou deliberadamente em um indivíduo dentro de um grupo que acenava bandeiras brancas sem ter sido autorizado ou ordenado a atirar”, informou o jornal The Guardian.
“Se a promotoria militar aceitar o pedido apresentado pelos advogados do soldado, de que não há conexão entre o disparo que ele admitiu fazer e o assassinato de mão e filha palestinas, isso significa que a investigação deste incidente nunca foi concluída”, disse a organização israelense de direitos humanos B’T Selem em um comunicado neste domingo (12/08).
O atirador foi o único militar israelense que enfrentou um processo judicial por abusos praticados durante a guerra de 2008 e 2009 na Faixa de Gaza, segundo o Global Post.
Opera Mundi
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