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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Militar israelense é condenado a 45 dias de prisão pela morte de duas palestinas

 


Enquanto carregavam bandeiras brancas, mãe e filha foram assassinadas no massacre a Gaza em 2009

    
   
Depois de terem sua casa destruída por um tanque israelense, Riyeh Abu Hajaj e sua filha, Majda, procuraram abrigo em outro edifício da Faixa de Gaza junto com um grupo de 30 pessoas também desalojadas. As mulheres palestinas carregavam uma bandeira branca quando foram assassinadas por um soldado israelense, que atirou no grupo enquanto caminhavam.
A história aconteceu durante o massacre de 2008 e 2009 na Faixa de Gaza, que matou 1,4 mil palestinos e 13 israelenses em apenas três semanas. Mencionado pelo relatório das Nações Unidas sobre o conflito, o caso figura entre os mais notáveis crimes de guerra cometidos pelo exército de Israel.      

 

O tribunal das Forças Armadas de Israel condenou, no entanto, o ex-artilheiro a apenas 45 dias de prisão por “uso ilegal de arma” neste domingo (12/08), segundo o jornal norte-americano Global Post.
Conhecido como “sargento S”, o antigo militar se livrou das acusações de homicídio culposo, onde não há intenção de matar, depois de um acordo judicial no qual admitiu ter disparado contra o grupo sem permissão de seus superiores. Sua defesa argumentou que não existiam provas conclusivas para mostrar que seu cliente atirou contra as palestinas.
Em uma declaração da época do incidente, o exército israelense disse que a denúncia estava baseada em evidências de que o então soldado “mirou deliberadamente em um indivíduo dentro de um grupo que acenava bandeiras brancas sem ter sido autorizado ou ordenado a atirar”, informou o jornal The Guardian.
“Se a promotoria militar aceitar o pedido apresentado pelos advogados do soldado, de que não há conexão entre o disparo que ele admitiu fazer e o assassinato de mão e filha palestinas, isso significa que a investigação deste incidente nunca foi concluída”, disse a organização israelense de direitos humanos B’T Selem em um comunicado neste domingo (12/08).
O atirador foi o único militar israelense que enfrentou um processo judicial por abusos praticados durante a guerra de 2008 e 2009 na Faixa de Gaza, segundo o Global Post.

Opera Mundi

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