“A Bolívia e Cuba, unidas na luta por sua independência e a integração latino-americana, são hoje alvos constantes de campanhas midiáticas e ações subversivas dos Estados Unidos, que têm dado muitas evidências de que pretendem atingir ambos os países.
Por Patricio Montesinos, em “Cubadebate”, na Espanha
Fonte: DEMOCRACIA & POLÍTICA
Não é casual que, nesta mesma semana, as duas nações, sul-americana e
caribenha, tenham sido denunciadas em informes, ou incluídas em listas
arbitrárias e unilaterais elaboradas por Washington, documentos nos
quais ninguém acredita, mas que têm objetivos perversos, e pretendem
justificar a ação agressiva norte-americana contra La Paz e Havana.
A administração de Obama, em um informe infundado e mal intencionado do
Czar antidrogas dos Estados Unidos, indicou a Bolívia como o terceiro
produtor da folha de coca no mundo, e que supera a Colômbia e outros
países na produção de cocaína.
A resposta do governo do presidente Evo Morales não se fez esperar, ao
qualificar o texto norte-americano de mal intencionado, com claros
objetivos políticos, e não ajustado à realidade.
É bem conhecido que Washington utiliza esse tema para atacar
constantemente o governo de Morales, prejudicar o esforço que a Bolívia
faz atualmente na luta integral contra o narcotráfico, e assim
justificar sua conhecida ação subversiva contra esse país andino.
A real intenção norte-americana é manter uma guerra de desgaste que
derrote o presidente boliviano, que evidentemente não é santo de devoção
da Casa Branca, por sua postura anti-imperialista e em favor da unidade
da América Latina.
No caso de Cuba, uma velha espinha atravessada na garganta de sucessivas
administrações norte-americanas, o regime de Obama recorreu esta
semana, novamente, a seu desgastado e embusteiro exercício de incluir a
Ilha na lista de “Estados Patrocinadores do Terrorismo”.
Para ninguém é segredo que o verdadeiro objetivo de Washington é
encobrir sua arruinada e condenada política agressiva contra Cuba, e o
criminoso bloqueio econômico, comercial e financeiro que impõe ao povo e
à ilha caribenha há mais de cinco décadas, e que recrudesceu nos
últimos anos.
A nova demonstração da paranoia endêmica de que padecem os Estados
Unidos em relação a Cuba foi respondida imediatamente pelo Ministério
das Relações Exteriores da nação antilhana, que acusou o governo
norte-americano de ser o primeiro patrocinador do terrorismo mundial, e
utilizar o terrorismo de Estado como arma política.
A conduta adotada pela Bolívia e por Cuba, assim como outros países da
região como a Venezuela, o Equador, a Nicarágua e a Argentina, de deixar
de ser de uma vez por todas o quintal dos fundos de Washington,
incomoda muito o império decadente, que se empenha em impedir a todo
custo a definitiva independência e a integração Latino-americana.”
FONTE: escrito por Patricio Montesinos, jornalista espanhol,
correspondente de “Cubadebate” em Madri. Transcrito no portal ”Vermelho”
(http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=190226&id_secao=7)
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