Por Valdir Pereira
Apesar de enterrada no Congresso Nacional a proposta
do Plebiscito popular para a eleição de 2014, ainda é possível a “convocação de
um plebiscito popular que autorize a convocação de uma Constituinte Específica
para fazer a reforma política” anunciado pela presidenta Dilma Rousseff em
junho no Palácio do Planalto em Brasília (DF).
A realização de uma Constituinte Específica, é
uma oportunidade valiosa e única para assegurar um sistema político que não esteja
controlado pelo grande capital, pelas multinacionais, meios de comunicação e
pelo agronegócio.
A extrema
direita e setores da burguesia, em especial parlamentares e grande mídia,
saíram prontamente argumentando a inviabilidade Jurídica e marcando posição
contra essa proposta que contraria seus interesses políticos de dominação. Usar a forma jurídica como pretexto em inviabilizar
a Constituinte Especifica tem sido a formula que a mídia e os partidos
políticos, mesmos os da base do governo, encontraram para adiar infinitamente a
Reforma Política e manter o sistema político atual de privilégios.
O
financiamento público de campanhas elimina o poder das grandes corporações em
barganhar negócios com o poder público, a troco de suas contribuições nas campanhas
eleitorais. Será o fim da política do toma lá, da cá, até agora em vigor; A
introdução do sistema da lista pré-ordenada, intercalando homens e mulheres:
com isso permitindo a maior participação das mulheres na política e nos órgãos
de representação popular, significara um passo importante na democracia
representativa O processo de formação das listas devem ser bastante
transparentes e elaboradas através de Convenções partidárias com a participação
da maioria dos militantes; Outro assunto que deve ser discutido, na minha opinião,
é a extinção do Senado que é um poder
revisor e desnecessário, visto que a Câmara elabora as leis e quando polemicas
deverão se submetidas a um referendo, com a palavra final dos eleitores. O
direito ao veto do Presidente da República deve se assegurado. Como em muitos
países o sistema deve ser “Unicameral”. A questão da proporcionalidade da
representação pelos Estados, deve ser discutido eliminando as disparidades que
existem hoje. O voto distrital nem deve ser cogitado, pois representa o “curral
eleitoral”, o voto de cabresto, que só interessa ao político da região e não
aos anseios da população; Outro assunto,
que pode ser discutido é a candidatura
avulsa, embora com a introdução da lista pré-ordenada, o sistema visa o
fortalecimento dos partidos e a melhor identificação pelos eleitores. Portanto,
não sei se candidaturas avulsas tem consistência, embora tenha seu caráter democrático.
Outros temas deverão ser discutidos mas, na minha opinião, os temas acima
elencados são os mais importantes para a democracia e será a ferramenta das
verdadeiras mudanças que o país exigiu nas ruas.
Portanto, é necessário darmos continuidade ao
movimento pelo Plebiscito que ira determinar
a Constituinte Especifica para a reforma política, necessária para as
verdadeiras mudanças estruturais que atendem as necessidades do povo brasileiro.
Ás ruas para
defender o Plebiscito e a Convocação da Assembléia Constituinte
Específica
do Sistema Político.
Da unidade
do povo, depende a vitória!
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