Havana, 9 jul (Prensa Latina) Seis congressos e cinco colóquios sobre mudança climática, manejo de ecossistemas e biodiversidade, educação ambiental, áreas protegidas e gestão ambiental, serão inaugurados hoje como parte da IX Convenção Meio Ambiente e Desenvolvimento em Havana.
Um painel sobre mudança climática na América Central, várias conferências magistrais oferecidas por reconhecidos especialistas, apresentações orais, e uma reunião de ministros de meio ambiente, conformam a agenda de trabalho dos mais de mil delegados presentes na reunião, inaugurada ontem no Palácio de Convenções.
Na sessão de abertura, Elba Rosa Pérez Montoya, titular do Ministério de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Cuba, afirmou que atualmente é levado a cabo no país um programa de combate à mudança climática baseado em diferentes estudos, que inclui além dessa problemática, diversas ações na esfera da educação, o aperfeiçoamento da base legal e as medidas necessárias de adaptação.
Indicou que recentemente foi concluído o livro "Impacto del cambio climático en Cuba y la adaptación" (Impacto da mudança climática em Cuba e a adaptação), uma amostra do compromisso da ciência cubana com o desenvolvimento sustentável.
A ilha manteve uma participação ativa na esfera internacional, expondo e defendendo seus princípios e oferecendo suas modestas contribuições a partir de suas experiências bem-sucedidas. Cuba compartilha solidariamente com nações que o pedem, especialmente na América Latina, Caribe e África, afirmou.
Por sua vez, Margarita Astrálaga, diretora do Escritório Regional para América Latina e Caribe do Programa das Nações Unidas para o Meio ambiente (PNUMA), deu uma conferência magistral onde destacou que foram poucas as conquistas em relação ao cumprimento das metas e objetivos ambientais mais importantes.
Só em quatro deles se obtiveram avanços significativos (eliminação da produção e uso de substâncias que prejudicam a camada de ozônio, eliminação do chumbo na gasolina, acesso a melhor abastecimento de água, e fomento à pesquisa para reduzir a poluição marinha), manifestou.
Expressou alguns avanços podem ser vistos, especialmente em relação à ampliação de áreas protegidas e aos esforços para reduzir desmatamento, e são poucos ou nulos em outras metas, como a mudança climática, as populações de peixes, e a desertificação e seca.
Os países da região compartilham uma série de desafios ambientais, como a mudança climática, a perda de biodiversidade, a gestão da terra, a degradação das regiões da costa e marinhas, a urbanização, comentou.
Considerou que o crescimento da população, em grande parte urbanizada, traz consigo o desafio de proporcionar água potável e saneamento a cidades em pleno processo de expansão.
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