Por Valdir Pereira
O governo brasileiro, como de praxe, se curva aos desejos da
mídia e das corporações médicas que vetam a vinda de médicos cubanos para o
Brasil, suspendendo a contratação de 6 mil desses profissionais, com alegações estapafúrdias:
médicos cubanos poderão tirar emprego de brasileiros e que os profissionais
estrangeiros não atendem aos padrões médicos do Brasil.
A prioridade passou a ser a contratação de médicos
Portugueses e Espanhóis, sem qualquer rejeição ou crítica, pois atendem aos
desejos da elite, que enxergam nos cubanos uma corja de espiões comunistas a serviço do
regime cubano de Fidel Castro.
Justificativas dessa natureza contradizem os dados da OMS em
matéria de saúde por habitante. Vale
ressaltar que Cuba é o país onde há o maior número de médicos e leitos de
hospital por habitantes em toda a América Latina (são 6,4 médicos para cada
1.000 habitantes). Em 2011, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), o
Brasil possuía 1,8 médicos para cada 1.000 habitantes e a projeção é que apenas
em 2050 chegaremos a 4,3 profissionais para esse número de pessoas. O dado
cubano é ainda melhor que o da Espanha, onde há 4 médicos para cada 1.000
habitantes.
De acordo com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de
Saúde da ONU, a expectativa de vida na ilha é de 79,3 anos, enquanto no Brasil
é de 73,8 anos. Em Portugal, os cidadãos vivem em média 79,7, e na Espanha,
vivem 81,6 anos. A média do índice das Nações Unidas em Cuba é 0.935 na área da
saúde. Em Portugal e na Espanha são 0.942 e 0.972, respectivamente. Enquanto no
Brasil, o resultado é 0.849. Os números de Cuba, portanto, são muito mais
próximos do padrão europeu do que os daqui.
Médicos cubanos são contratados desde 2009 em Portugal.
Diante da alta aprovação do povo português, Portugal renovou sua parceria com
Cuba, fazendo contratação de novos profissionais, mediante exames de aprovação,
agora em 2012.
Diante do recuo de Padilha, que anunciou a contratação de 6
mil médicos cubanos, será que não esta
prevalecendo seus interesses políticos em São Paulo? Padilha, como todos sabem,
é candidato ao governo de São Paulo: um povo conservador que poderá associá-lo com
os comunistas cubanos e derrotá-lo nas eleições?
Abaixo, reportagem da Agência Brasil destaca o ponto de
vista da presidente da República:
Estrangeiros
não vão tirar emprego de brasileiros, garante Dilma
Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Ao participar, nesta segunda-feira, do programa semanal Café
com a Presidenta, a presidente Dilma Rousseff ressaltou que a contratação de
estrangeiros se trata de uma medida emergencial para garantir que uma parcela
carente de brasileiros tenha atendimento "o mais rápido possível".
Ela destacou que o governo tem trabalhado para ampliar as vagas nos cursos de
medicina, mas ressaltou que a formação de um especialista leva, em média, dez
anos. A presidente também enfatizou que a vinda de médicos estrangeiros não vai
tirar emprego dos profissionais brasileiros nem significa arriscar a saúde da
população.
"Essa convocação de médicos para trabalhar nas regiões
mais pobres de nosso país é a resposta que estamos dando para o problema da
falta desses profissionais nas nossas unidades de saúde. Quem precisa de
atendimento médico não pode esperar e é por isso que estamos autorizando a
vinda de médicos estrangeiros. Trata-se de uma medida emergencial", disse.
Ela explicou que, entre os estrangeiros, serão contratados
apenas médicos "bem formados, experientes, que falem e entendam"
nossa língua. Eles deverão trabalhar exclusivamente nos postos de saúde,
fazendo o atendimento básico da população, por pelo menos três anos. Eles serão
supervisionados pelas universidades públicas no trabalho, que também os
avaliará, por três semanas, antes do início das atividades. "Os médicos
estrangeiros só vão ocupar as vagas que não forem preenchidas por médicos
brasileiros. Daremos prioridade aos nossos médicos, aos médicos formados aqui
no Brasil, que são altamente qualificados", disse.
A presidente lembrou que a contratação de médicos
estrangeiros é muito comum em vários países que têm "excelentes sistemas
de saúde", como é o caso da Inglaterra, onde 37% dos médicos que trabalham
lá se formaram no exterior. Ela também citou o caso dos Estados Unidos, onde
25% dos médicos que trabalham lá também fizeram os seus cursos em outros
países. Já o Brasil, conforme informou, tem apenas 1,79% de médicos
estrangeiros.
A elite racista do Brasil rejeita os médicos cubanos por serem de maiior a negros.
ResponderExcluirNo nosso país, dificilemente um negro se forma em medicina, pois são barrados no vestibular, não pelas notas dos exames, mas pela cor da pele.
Cuba, apesar de dizerem que é um pais atrasado, apesar do embarbgo comercial dos Estados Unidas da América por mais de 50 anos, conseguiu fazer faculdades onde se formam bons médicos.
O Brasil precisa, urgentemente, deixar o racismo velada que faz muito mal ao povo. Povo esse que é mais de 50% da população.
Parabens à PRESIDENTA DILMA que vem quebrando tabus no nosso país!