EPA
Significará isso que os norte-americanos definiram etapas de suas ações seguintes? Estará a Síria pronta para tal desenvolvimento? A Voz da Rússia pediu respostas a estas questões ao analista militar sírio Salim Harba.
– Os EUA prepararam um plano de ataque contra centenas de alvos na Síria, incluindo instalações de defesa aérea, do Exército, da Força Aérea, e da Marinha. Significa isso que os EUA estão realmente prontos para invadir a Síria?
– Acredito que esta afirmação não reflete os planos reais dos Estados Unidos. É, antes, uma continuação da pressão psicológica sobre a liderança síria e apoio moral para os terroristas. Atualmente, os EUA satisfazem todos os pedidos de grupos terroristas na Síria e fornecem-lhes armas, alimentação, transporte, oficiais estrangeiros. Há apenas um pedido que eles não podem satisfazer: levar a cabo uma intervenção. É impossível pelas seguintes razões.
Em primeiro lugar, a Rússia, a China e outros países não permitem aos Estados Unidos obter uma desculpa legítima para invadir a Síria abertamente. Por isso eles estão guerreando pelas mãos de outros, no entanto, são muito ativos nisso. As autoridades norte-americanas arrastaram seu país para um jogo muito sério e perigoso, que eles planejavam ganhar ainda no início da crise síria. Mas já lá vão mais de dois anos, e ainda não nós quebraram.
A segunda razão são os nossos militares. O exército sírio está preparado para defender o seu país e para retaliar contra os invasores, sejam eles o Exército, a Marinha, ou até mesmo a Força Aérea dos Estados Unidos. Não pense que o que eu estou dizendo é infundado, o mito da invencibilidade do exército dos EUA foi desbancado. Veja o seu fracasso no Afeganistão, eles nem sequer conseguem garantir a retirada das tropas. O sucesso da campanha no Iraque também é muito duvidoso. E olhando para a devastação que os norte-americanos trouxeram para estes países, nós aprendemos uma coisa: não podemos desistir, isso é equivalente à morte.
Não obstante a propaganda maciça do exterior, cujo objetivo era virar a população contra o governo, as pessoas entendem quem é quem, e contribuem de todas as formas para a luta do nosso exército contra os terroristas. E esse apoio popular é a coisa mais importante.
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