Por Mariana Serafini
A
Comissão da Verdade permaneceu dois dias em Foz do Iguaçu para
investigar os crimes cometidos no Batalhão de Fronteira na época da
Ditadura (Foto: Mariana Serafini)
Três manifestantes saíram da Câmara Municipal, onde acontecia a Audiência Pública da Comissão da Verdade e colaram cartazes no caminho até chegar noedifício. Pelo trajeto eles conversaram com a população e explicaram o porquê da ação. Ao chegar no prédio, quando iam colar o primeiro cartaz uma mulher apareceu e já começou a agredir um deles, Allan Camargo. Em seguidasurgiram mais três homens, um deles tomou os cartazes, enquanto isso,Maiara Oliveria e Mariana Serafini trataram defe
A Comissão da Verdade permaneceu dois dias em Foz do Iguaçu para investigar os crimes cometidos no Batalhão de Fronteira na época da Ditadura. Durante os depoimentos, principalmente o de Izabel Fávaro, o atual advogadoEspedito foi identificado como o Tenente Expedito, na época chefe e executor da maior parte das torturas (principalmente choques elétricos e afogamentos).
Diante da informação, um pequeno grupo se mobilizou com a ajuda do Centro de Direitos Humano e Memória Popular de Foz do Iguaçu (CDHMP) para realizar o “escracho” em frente ao prédio do advogado. Ele é muito conhecido e conceituado em Foz do Iguaçu, acharam justo contar para a sociedade o passado do homem que hoje circula tranquilamente na alta sociedadeiguaçuense. No meio do processo os três foram agredidos, mas isso não impediu o plano, pelo contrário, incentivou ainda mais a população a participar.
O ato foi realizado por volta das 12h , contou com a presença dos participantes da Audiência Publica, estudantes universitários e pessoas que engrossaram a marcha no meio do processo ao saber do que se tratava. O grupo seguiu até o edifício Metrópole com cartazes e palavras de ordem. A faixa “Aqui trabalha o torturador Mário Espedito” , e os cartazes foram colados na fachada do prédio.A manifestação foi tranquila, escoltada pela Polícia Militar que tratou de impedir o trânsito nas vias necessárias e contou com o apoio oficial da Comissão da Verdade.
Fonte: revista Forum
Nenhum comentário:
Postar um comentário