Forças governamentais causaram grandes perdas aos grupos armados que tentam ganhar posições em diferentes províncias do país, informaram neste domingo as autoridades.
No nordeste, na província de Deir Ezzor, fronteriça com o Iraque, as forças do governo enfrentaram os grupos mercenários na cidade do mesmo nome no bairro Al-Ardi e também em uma área rural de Al-Mayadin, causando-lhes uma grande quantidade de baixas.
Uma tentativa de infiltração de um grupo armado a partir do Líbano pelos povoados de Al-Mathuma e Shahira situados em uma zona de Tal Kalakh, na província de Homs, a 162 quilômetros de Damasco, foi abortada pelas autoridades com o resultado de vários mortos e feridos entre os terroristas.
Enquanto isso, na província sulista de Deraa, a 109 quilômetros da capital, e em Busra al-Sham, bandos armados sufreram grande quantidade de baixas em enfrentamentos com o Exército Sírio.
Por outro lado, os mercenários não conseguiram avançar ao enfrentar as forças governamentais no bairro de Salahedin, em Alepo, a segunda cidade e coração econômico da Síria, depois de iniciada uma ofensiva governamental para eliminar sua presença na zona.
Segundo analistas que se encontram no terreno, os bando mercenários pretendiam conectar o bairro de Salahedin ao de Sahur, para criar um corredor que lhes permitisse receber ajuda desde o exterior, principalmente da Turquia.
Também foi abortada uma tentativa de infiltração de um grupo desde a Turquia em áreas de Idleb, perto de Ain Beida, na jurisdição de Yesser Shoughour, a mais de 350 quilômetros a noroeste do país.
Em outros enfrentamentos nessa região os bandos armados da oposição perderam vários veículos equipados com metralhadoras e outras armas.
Em relação ao conflito na Síria, o jornal britânico Sunday Telegraph informou sobre a presença de combatentes islâmicos no norte de Siria.
Segundo a publicação há elementos procedentes do Paquistão, Bangladesh e Chechênia, além de outros países, confirmando que 40 por centos deles falam inglês e são de nacionalidades desconhecidas.
No sábado (28), a rede de |TV estadunidense CNN revelou que mais de 30 mercenários procedentes da Líbia se transferiram para a Síria para participar na agressão contra este país.
O grupo que ingressou no território sírio é dirigido por Al-Mahdi al-Harati, considerado um dos principais chefes de bandos que derrubaram o governo líbio.
Apelos à intervenção
A forte batida das autoridades síria fez com que vários países ocidentais que apoiam os grupos mercenários manifestassem preocupação pelos fatos, entre eles o presidente francês, Francois Hollande, que solicitou uma una intervenção urgente do Conselho de Segurança da ONU.
O líder do Conselho Nacional Sírio (CNS), Abdel Baset Sayda, que conta com apoio financeiro e militar dos países imperialistas, fez um apelo neste domingo (29) para que países estrangeiros armem ainda mais os mercenários que lutam contra o governo do presidente Bashar Al-Assad.
Ele também reivindicou o apoio dos países árabes ao Exército Livre da Síria (ELS).
Aliança Irã-Síria
Por outro lado, os chanceleres do Irã, Ali Akbar Salehi, e da Síria, Walid Al-Moallem, rechaçaram qualquer intervenção estrangeira na crise do país árabe, e ratificaram apoio ao plano de paz de Kofi Annan.
Os dois ministros de Relações Exteriores mantiveram conversações oficiais em Teerã e chamaram os Estados Unidos, outros países ocidentais e árabes a cessarem a ingerência no conflito sírio e deixarem de apoiar os grupos terroristas da oposição.
Depois de enaltecer o bom nível das relações entre a Síria e o Irã, Salehi ratificou que o Irã "permanecerá sempre junto à Síria".
Ele acrescentou que a solidariedade seguirá invariável, mais ainda nestes momentos para enfrentar o que considerou como uma uma evidente violação dos direitos de um país e do direito internacional.
Nesse sentido, fontes da chancelaria iraniana assinalaram que os chanceleres também falaram sobre as alternativas para "frustrar o terrorismo apoiado pelos Estados Unidos" e derrotar os bandos armados da oposição, agora com maior ação bélica na cidade de Aleppo.
Os dois chanceleres se pronunciaram também favoráveis a manter em execução as reformas adotadas pelo presidente Bashar Al-Assad "em linha com a materialização de demandas populares mediante o diálogo e a interação como vias para superar os atuais problemas na Síria".
O chanceler sírio, Al-Moallem, por seu lado, agradeceu a amizade iraniana coa a Síria "em tempos difíceis" e elogiou a postura de princípios frente à interferência de Washington nos assuntos internos de Damasco, assim como no fornecimento de armas e outros recursos à oposição.
O ministro sírio assinalou que o suprimento de armas e munições se faz sabendo que os opositores cometerão atos de sabotagem e terrorismo na Síria, por isso, recriminou alguns governos árabes - que evitou mencionar - pela hostilidade para com seu país e a submissão ao Ocidente.
"Nós, os sírios estamos determinados a derrotar os planos intervencionistas do regime sionista (de Israel) e o Exército sírio enfrentará firmemente os terroristas e instaurará a paz e a estabilidade no país", enfatizou o ministro árabe.
Em outro momento da coletiva de imprensa, ele sublinhou que a Síria se considera comprometida com o plano de paz de seis puntos do enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, em contraste com a rejeição ao al diálogo por parte da oposição armada.
"Chamamos os partidos de oposição a negociar com o governo, e temos tratado de conversar com eles, mas seus atos terroristas bloqueiam as negociações", explicou.
O Vermelho
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