“Não é possível acusar os empregados e deixar o patrão de fora”, diz o advogado Luiz Francisco Corrêa Barbosa, fará a sustentação oral de Roberto Jefferson. Em 2005, o ex-deputado do PTB dizia o contrário: que Lula era inocente. Qual é a verdade, a de hoje, a de sete anos atrás ou nenhuma?
“Lula não só sabia, como ordenou fazer toda essa lambança”. A frase
foi dita ao jornal O Globo pelo advogado Luiz Francisco Corrêa Barbosa,
que fará a sustentação oral de Roberto Jefferson, ex-deputado do PTB que
delatou o escândalo. “Não é possível acusar os empregados e deixar o
patrão de fora”.
Essa é a bomba que Jefferson guardou para o julgamento do mensalão,
que se inicia no dia 2 de agosto, no Supremo Tribunal Federal, em
Brasília, que terá a segurança reforçada nas suas cercanias.
Jefferson, que acaba de se descobrir com um tumor no pâncreas de alto
índice de letalidade, já vinha dizendo que foi um erro excluir Lula de
sua denúncia, em 2005. Naquele ano, ele tinha outra versão. O presidente
nacional do PTB conta que teria relatado ao ex-presidente a existência
do esquema e Lula teria ficado indignado. “Eu contei e as lágrimas
desceram dos olhos dele”, disse Jefferson à época. “O presidente Lula é
inocente nisso.”
Naquele momento, Jefferson centrava todas as suas baterias em José
Dirceu, ex-ministro da Casa Civil. A frase que se tornou a mais lembrada
do escândalo também contradiz o que Jefferson diz agora. “Sai, Zé, sai
rápido daí para não tornar réu um homem inocente”, dizia o deputado.
Zé saiu, foi cassado e recebeu a pecha de “chefe da quadrilha”, pelo
que será julgado no dia 2 de agosto. Lula foi reeleito e terminou seu
segundo mandato com 83% de popularidade. Jefferson, agora, tenta
reescrever a história. Ou, quem sabe, reescrever o romance cujo autor é
ele próprio.
Brasil 247
Quenojo dessa figura!
ResponderExcluir