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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Quando o DNA golpista implode a encenação midiática



Alvaro Dias, um dos paladinos da ética, queridinho da imprensa, sempre presente atrás dos microfones dos telejornais brasileiros, num ímpeto que transcende sua encenação democrática, assumiu o DNA golpista nesta imagem

A imagem de Álvaro Dias, senador tucano pelo Paraná, que atravessou a tríplice fronteira para apertar a mão de Federico Franco e oferecer apoio ao novo governo paraguaio, transcende a compreensão daquilo que se constrói diariamente na imprensa brasileira: a de que a oposição demo-tucana preza pela ética e pela democracia.

A encenação midiática da peça ética já falhou com Demóstenes, Perillo e, por que não, com Serra e Kassab?

Álvaro Dias é raposa política, de experiência suficiente para saber onde está se metendo.

Não foi lá sem a bênção de seus companheiros de partido, contando aí os cardeais tucanos como Aécio, Serra, FHC e Alckmin.

Aportou em Assunção sabendo que a imprensa brasileira e a paraguaia não o criticariam pelo gesto de solidariedade ao governo que depôs Lugo.

Foi pedir pela absolvição do novo governo paraguaio e a manutenção do Paraguai no Mercosul, mas com o verdadeiro propósito de eliminar a decisão dos outros associados de incluir a Venezuela no bloco comercial e torná-lo mais pujante.

Esta imagem é simbólica e reflete o gene golpista e oportunista de setores importantes da oposição brasileira e não deixam qualquer dúvida sobre o que apostam, ou para o destino do continente ou do Brasil: a ruptura do estado democrático de direito e o uso da força para valer interesses que os povos não subscrevem nas urnas.

Por mais que a imprensa doure a pílula para este fato, o que se enxerga nela é muito claro: um "bom mocismo" mal encenado, entre lobos usando pele de cordeiro.

As plumas tucanas ficaram lá, caídas no chão, como provas incontestes dos fustigadores da crise no gabinete do presidente paraguaio.

Como se sabe, ou pelo que se lembre, os tucanos não prezam pelo Mercosul, eram mais afeitos a ALCA, nem tampouco ofereceram apoio a Honduras, Venezuela e Bolívia quando os governantes destes países sofreram reais ameças de golpes.

Quanta encenação...

Fonte: Palavras Diversas

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