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Na última edição antes do julgamento, publicação fala de suposta tentativa de fuga do ex-ministro; ao contrário do que a revista informa, ele assistirá ao julgamento de um sítio em Vinhedo (SP); segundo a direção da revista, julgamento irá definir se brasileiros podem se orgulhar ou não do País
O texto, assinado por Otávio Cabral, traça um perfil psicológico do ex-ministro e fala do “lado escuro” da sua alma. Insinua, por exemplo, que o principal líder do PT, afora o ex-presidente Lula, talvez tenha sido agente infiltrado da ditadura. Ou eventual traidor de seus companheiros de guerrilha em Cuba.
Sobre o julgamento em si, uma única revelação. Diz o texto que Dirceu estaria cogitando fugir do Brasil, em caso de condenação. Isso mesmo, dar o fora. A única evidência seria uma frase, supostamente dita por ele, num jantar na casa do advogado Ernesto Tizulrinik: “Para quem já viveu o que eu vivi, sair daqui clandestino de novo não custa nada”. Na reportagem, não há quem confirme a frase, mas, enfim, haveria um plano de fuga, em caso de eventual condenação a prisão.
Veja aborda todas as possibilidades imaginadas pelo ex-ministro. Em caso de absolvição, ele cogitaria concorrer ao governo do Distrito Federal, em 2014, impedindo a reeleição de Agnelo Queiroz. Em caso de prisão, ele denunciaria o Brasil à OEA – caso, é claro, não fuja. Mas o cenário mais provável, segundo a revista, seria uma condenação branda, por crimes já prescritos, sem pena de prisão.
Não é, no entanto, o que deseja a revista. Na sua Carta ao Leitor, Eurípedes Alcântara, diretor de Veja, expressa o desejo da Abril: “O que está em jogo é que página da história nossa geração escreveu neste começo de século XXI – uma página que pode nos envergonhar ou da qual nós, nossos filhos e netos vamos nos orgulhar.”
Em tempo: Dirceu não pretende fugir do País. Acompanhará o julgamento de seu sítio, em Vinhedo (SP), ao lado de advogados.
Brasil 247
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