Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam na manhã desta segunda-feira o prédio do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) em Brasília.
Segundo José Damasceno, da coordenação nacional do movimento, a ocupação teve início às 5h40 e abre a “jornada de luta” na campanha do Abril Vermelho.
Segundo Damasceno, o MST quer que “a presidenta [Dilma Rousseff] marque uma audiência com os trabalhadores”. A avaliação do ativista é que “o governo, após um ano e quatro meses da posse, não iniciou a reforma agrária”, por “falta de prioridade política”.
Na opinião de José Damasceno, o Palácio do Planalto tem demonstrado que “quer desenvolver o Brasil”, mas para isso “é preciso resolver uma dívida social”, disse se referindo à concentração da propriedade de terras no país.
— A reforma agrária é uma medida social e produtiva: aquece a economia, gera renda e ainda aumenta a produção de alimentos.
O MST deverá fazer ao longo da semana outras ocupações de terra e de prédios públicos (como as delegacias do Ministério da Fazenda e as sedes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Incra, nos estados), informou Damasceno à Agência Brasil.
Ocupações
Além do ministério, a ação desta segunda-feira é conjunta em mais duas áreas, a primeira é uma área do governo federal de 200 hectares localizada no município de sarandi na BR 386 ,esta área não está cumprindo sua função social.
A segunda área é a fazenda Santa verônica de 950 hectares localizada no município de santa margarida do sul. A ação é para reivindicar do governo estadual o cumprimento do acordo assinado no inicio de 2011 que era de assentar as mil famílias até final de 2012 e cobrar também do governo federal o convênio de 126 milhões de reais para compra de novas áreas no estado.
Apesar do acordo firmado com o governo do estado até hoje nenhuma família foi assentada no estado o que mostra o descaso com a reforma agrária.
Reforma Agrária combate a pobreza
Um levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) aponta que a insegurança alimentar é maior na área rural do que na urbana. Enquanto 6,2% e 4,6% dos domicílios em área urbana apresentavam níveis moderado e grave de insegurança alimentar, respectivamente, na área rural as proporções foram de 8,6% e 7%. “A presidenta Dilma fez o compromisso de acabar com a pobreza no seu governo. A Reforma Agrária, casada com um programa de agroindustrialização da produção, é a resposta para enfrentar a pobreza, porque gera renda, cria empregos e aumenta a produção de alimentos”, completa Conceição.
Fonte: Correio do Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário