Crédito: ODiario.info | |
A presença militar norte-americana na
América Latina está em rápida expansão, com a cumplicidade e o apoio da
direita local em governos nacionais ou regionais. O imperialismo,
incluindo o serôdio imperialismo inglês, não está disposto a deixar de
intervir perante os processos progressistas em curso naquele continente.
É urgente intensificar o alerta e a mobilização contra a criminosa
ofensiva imperialista global.
“Em 24 de Março de 2012, a página web aporrea.org publicou uma nota de 4 dias antes, de matrizur.org,
na qual se afirma que o governador da Província de El Chaco outorgava
permissão para a instalação de uma base militar do Comando Sul nesse
território argentino (1).
Diz o texto: “O edifício, que será
inaugurado este mês, está localizado no prédio do aeroporto de
Resistência – capital da Província do norte do Chaco – e encontra-se em
sua etapa final de construção, será assim, o primeiro centro de
operações na Argentina. Só falta equipá-lo com tecnologia de informática
e ceder o lugar para, em seguida, concluir com uma capacitação de
pessoal”, disse o comandante estadunidense Edwin Passmore, do Comando
Sul, que reuniu-se semanas antes com o governador Jorge Capitanich”.
Dias mais tarde, em 05 de Abril, o Chile
de Sebastián Piñera abria as portas a esse mesmo Comando Sul. Um
complexo militar, localizado no Forte Aguayo da comunidade de Concón,
região de Valparaíso, a uns 130 quilômetros a noroeste da capital
Santiago, foi inaugurado com honras.
Frente aos protestos que tal notícia
suscitou, quem aparece é o Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon
Panetta, afirmando que não é uma base militar operada por seu país, mas
sim uma base chilena para treinamento de forças de paz das Nações
Unidas (2).
Atualmente o Comando Sul opera bases
militares no Paraguai, El Salvador, Costa Rica, Guatemala, Honduras,
Panamá, Colômbia e Perú.
Em entrevista ao programa de rádio La
Brújula del Sur (3), Walter Goobar, escritor editor do semanário
dominical Miradas al Sur e colunista do diário Tiempo Argentino,
comentou que o Governo dos Estados Unidos já não chama “bases militares”
a essas instalações financiadas pelo Comando Sul, agora em seu novo
discurso são denominadas: Deslocamento Cooperativo de Segurança, CSL
(iniciais em inglês) ou Deslocamento Adiantado Operativo, FOL.
“O Comando Sul, nos explica, está
tentando penetrar em diferentes países com programas que não sejam
militares (ajudas para catástrofes, emergências, etc) com os quais se
pode evitar as autorizações dos congressos, ou das autoridades
nacionais”.
Apesar de o Governador da Província de
El Chaco, Jorge Capitanich, negar rotundamente que a instalação cedida
ao exército dos EUA seja uma base militar Goobar assinala: “Para mim é
óbvio que se trata de instalações militares, financiadas pelo Comando
Sul. Quem aparece da parte dos EUA, assinando acordos com o governador
do Chaco, é o comandante Edwin Passmore um homem conhecido na Venezuela
já que foi expulso por realizar atividades de espionagem, é um homem da
inteligência estadunidense”.
CONTROLE DA TRÍPLICE FRONTEIRA
O escritor e analista argentino assegura
que a província de El Chaco é altamente transcendental por várias
razões, “neste caso específico (uma base) se permite ao Comando Sul o
controle de uma zona estratégica que é para onde convergem as fronteiras
da Argentina, Brasil e Paraguai e por onde corre o famoso Aquífero
Guarani”.
Ao perder a iniciativa política na
América do Sul, os Estados Unidos têm uma necessidade de controle do
tipo territorial. Goobar agrega que “a instalação de bases em El Chaco e
no Chile permitirá também recrutar forças locais para tê-las sob suas
ordens e em sua folha de pagamento”.
Consultado sobre as razões do governador
de El Chaco para outorgar a permissão, Walter Goobar nos disse:
“Pessoalmente creio que o governador Capitanich está tratando de
conduzir uma espécie de política exterior por conta própria. Está
contradizendo os postulados básicos da política exterior de Néstor e
Cristina Kirchnner”.
CERCADOS?
Em seus artigos (4) Goobar analisa o
deslocamento militar do Comando Sul e considera que “sim, há razões para
preocupar-se. Este deslocamento militar anda de mãos dadas ou no mesmo
passo que o deslocamento da Grã-Bretanha no Atlântico Sul, nas ilhas
Malvinas, com embarcações de tipo nuclear”.
“Parte deste deslocamento tem a ver com o
Pentágono prevendo algum tipo de crise nos países da ALBA (5) e também
com um eventual ataque por parte de Israel e/ou Estados Unidos contra o
Irã e a necessidade de ter sob controlo seu próprio pátio traseiro”.
DESEMBARQUE MILITAR
A base oferecida ao Comando Sul na
Argentina pelo governador de El Chaco sob o eufemismo de “base de ajuda a
emergências” está localizada no aeroporto principal da região.
A razão? Walter Goobar explica: “Neste
momento, a principal arma dos Estados Unidos são 7.500 aviões não
tripulados chamados drones, e para operar estes aviões não é necessário o
desembarque de fuzileiros, o único deslocamento militar necessário é um
joystick (6), 14 telas de computador e um piloto que seja capaz de
fazer voar 3 drones ao mesmo tempo”.
Cuide-se.
PASSMORE
O Coronel cumpriu “tarefas humanitárias”
na invasão ao Afeganistão comandando suas tropas. Além disso, foi
assessor de Inteligência do ministro da Defesa do Kuwait durante a
invasão do Iraque.
Desde 2005 serviu como adido militar na
embaixada dos Estados Unidos na Venezuela, país do qual foi expulso por
atividades de espionagem no ano de 2008.
Em Fevereiro de 2011, Edwin Passmore foi
protagonista da introdução das malas diplomáticas “secretas” que
continham aparatos para comunicações secretas, codificação e
interceptação de comunicações, equipamentos de posicionamento global
(GPS), pacotes de software (suporte lógico) e uma grande lista de
substâncias narcóticas e psicotrópicas (7).”
OBS: Fontes:
BASES MILITARES DOS EUA NA AMÉRICA DO SUL/Walter Goobar
Fonte: www.pcb.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário