Não à "Economia
Verde”. Esse
é o nome da Campanha promovida por organizações da sociedade civil de diversos
países com o objetivo de se posicionar contra a economia verde apresentada no
Rascunho Zero, documento que serve de base para a Conferência das Nações Unidas
sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
A
iniciativa, construída a partir da articulação de organizações sociais no Fórum
Social Temático 2012, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul (Brasil), agrega
instituições da Bolívia, Brasil, França, Argentina e Canadá. De acordo com Ivo
Lesbaupin, membro da diretoria-executiva da Associação Brasileira de
Organizações Não Governamentais (Abong), a Campanha critica a economia verde
utilizada no Rascunho Zero para Rio+20.
Isso porque, segundo ele, apesar de o documento destacar a economia verde como proposta para superar a crise ambiental, o texto não a define. "O documento se refere à crise [ambiental], mas não apresenta as causas do problema, dizendo que a solução é a economia verde, de forma vaga, sem conceito”, afirma.
O Rascunho não conceitua o termo, mas apresenta alguns indícios da intenção dele. Lesbaupin observa que o documento coloca, por exemplo, que é preciso utilizar instrumentos de mercado para reduzir a crise ambiental, assim como destaca a importância do comércio mundial, e de instituições como Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional. "A economia verde [colocada no documento] é uma tentativa de salvar a crise ambiental dentro da própria economia de mercado”, comenta.
Além disso, o integrante da diretoria da Abong ressalta que o documento tampouco faz referência a questões como matriz energética e modelo de desenvolvimento atual. "Não há referência à transformação da matriz energética de fóssil, do petróleo, para energia renovável. Não há referência à mudança de modelo de desenvolvimento produtivista-consumista, em que o país é considerado desenvolvido pela quantidade de produção e consumo”, relata.
Para Lesbaupin, o receio das organizações que compõem a Campanha é que a Rio+20 acabe aprovando a "economia verde como a grande solução”, sendo que, tal economia, ratifica, "possui elementos da economia de mercado”.
A proposta da Campanha é justamente mostrar para a sociedade o que significa essa economia verde apresentada no documento da Rio+20. "É preciso que as pessoas saibam o que está sendo proposto”, comenta, destacando que a Campanha discute o assunto através de seminários, palestras, redes sociais e materiais disponibilizados no sítio eletrônico da iniciativa.
Além das críticas às "falsas soluções”, Lesbaupin destaca que a Campanha também apresenta algumas iniciativas sustentáveis que já existem, mas que ficam restritas a determinados locais porque os governos não assumem. Ele cita como exemplo a agroecologia, atividade que já existe em várias partes do mundo, mas que os governos ainda privilegiam o agronegócio como político pública.
Para saber mais sobre a Campanha, acesse: http://nogreeneconomy.org/pt-br/
Fonte: Adital
Isso porque, segundo ele, apesar de o documento destacar a economia verde como proposta para superar a crise ambiental, o texto não a define. "O documento se refere à crise [ambiental], mas não apresenta as causas do problema, dizendo que a solução é a economia verde, de forma vaga, sem conceito”, afirma.
O Rascunho não conceitua o termo, mas apresenta alguns indícios da intenção dele. Lesbaupin observa que o documento coloca, por exemplo, que é preciso utilizar instrumentos de mercado para reduzir a crise ambiental, assim como destaca a importância do comércio mundial, e de instituições como Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional. "A economia verde [colocada no documento] é uma tentativa de salvar a crise ambiental dentro da própria economia de mercado”, comenta.
Além disso, o integrante da diretoria da Abong ressalta que o documento tampouco faz referência a questões como matriz energética e modelo de desenvolvimento atual. "Não há referência à transformação da matriz energética de fóssil, do petróleo, para energia renovável. Não há referência à mudança de modelo de desenvolvimento produtivista-consumista, em que o país é considerado desenvolvido pela quantidade de produção e consumo”, relata.
Para Lesbaupin, o receio das organizações que compõem a Campanha é que a Rio+20 acabe aprovando a "economia verde como a grande solução”, sendo que, tal economia, ratifica, "possui elementos da economia de mercado”.
A proposta da Campanha é justamente mostrar para a sociedade o que significa essa economia verde apresentada no documento da Rio+20. "É preciso que as pessoas saibam o que está sendo proposto”, comenta, destacando que a Campanha discute o assunto através de seminários, palestras, redes sociais e materiais disponibilizados no sítio eletrônico da iniciativa.
Além das críticas às "falsas soluções”, Lesbaupin destaca que a Campanha também apresenta algumas iniciativas sustentáveis que já existem, mas que ficam restritas a determinados locais porque os governos não assumem. Ele cita como exemplo a agroecologia, atividade que já existe em várias partes do mundo, mas que os governos ainda privilegiam o agronegócio como político pública.
Para saber mais sobre a Campanha, acesse: http://nogreeneconomy.org/pt-br/
Fonte: Adital
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