Em carta
endereçada ao Supremo Tribunal Federal, os advogados dos réus do processo do “mensalão”, manifestam
sua preocupação, com o andamento que pretendem dar ao processo. Pressionados
pela mídia, que exigem celeridade ao caso para evitar possíveis prescrições, o
Supremo Tribunal Federal, estuda novo rito processual para acelerar o
julgamento, limitando o direito de defesa dos réus.
Os signatários lembram aos ministros do STF
que os casos de prescrição já ocorridos já estão consumados. Lembram ainda, que
os casos que não fluíram o lapso só teria extinta a punibilidade dos acusados
em 2015.
“Por que,
então, o açodamento? Para atender a interesses que não os da justiça? Isso é
absolutamente inaceitável”, salientam na carta.
É preciso
dar mostras a todos de que o Supremo Tribunal Federal não se curva a pressões e
não decide “com a faca no pescoço”
“A correria para o julgamento, atiçada pela
grita, já seria o indicio do contrário e é preciso que o Brasil não tenha essa
percepção, que abalaria sua confiança num poder judiciário independente como o
que temos”.
Todos nós
temos observado, ao longo deste período, desde a armação engendrada, no caso Waldomiro Diniz, em 2004, para abalar o governo
Lula e ceifa-lo do poder, que a mídia golpista tem alimentado este caso para
mantê-lo em evidência, requentando notícias
de tal forma que a opinião pública não o esqueça.
Agora, com a
CPMI do Cachoeira, que, por denúncias comprovadas, envolvem os barões da mídia,
receosos das consequências que virão de uma apuração profunda de seus
envolvimentos no caso do “mensalão”, pressionam para que o STF julgue o processo de afogadilho,
colocando a “faca no pescoço” dos ministros, exigem a condenação dos envolvidos, mesmo que
não haja elementos probatórios suficientes para a codenação, pois, o que
interessa é desmoralizar e derrotar o governo do PT.
A “grita” da
mídia e de setores de direita não podem prevalecer sobre o direito
constitucional de defesa dos acusados e que os ministros do STF, por dever de
ofício, julguem com independência e imparcialidade, baseando-se nos autos, de tal forma que prevaleca à justiça,
acima de tudo.
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