Crédito: 2.bp.blogspot | |
Por causa do total bloqueio
da mídia mundial, poucas pessoas no mundo sabem que mais de 1.000
prisioneiros palestinos, nos cárceres de Israel, estão em greve de fome
desde 17 de abril, em protesto contra a ocupação de seu território e a
humilhação constante dos seus direitos fundamentais, nas prisões do
sionismo.
Os grevistas representam um quarto dos
mais de 4.000 prisioneiros políticos palestinos nas prisões israelitas,
de acordo com a Secretaria Executiva da Organização de Solidariedade dos
povos da África, Ásia e América Latina (OSPAAAL), organização que
condenou energicamente o tratamento que os prisioneiros estão recebendo
nos cárceres israelitas e responsabilizam Tel Aviv pelas suas vidas e
segurança.
De acordo com o OSPAAAL, "as razões que
levaram os prisioneiros palestinos (...) à essa valente opção de
resistência pacífica estão o tratamento violento a que são
cotidianamente submetidos, as condições desumanas dos sistema prisional
israeli, a privação de seus direitos básicos, o encarceramento sem
acusação ou processo, a incomunicabilidade com parentes e advogados, o
trato degradante que sofrem nos interrogatórios”, enfim, a violação
flagrante dos Direitos Internacionais e dos Direitos Humanos.
O OSPAAAL acredita que " uma rápida e
eficaz resposta internacional poderia deter esta escalada de violações à
dignidade humana e preservar a vida dos combatentes palestinos presos".
Por esta razão, "fez um apelo urgente à solidariedade internacional
para que se mobilize e multiplique as iniciativas que contribuam e
ajudem a por fim a genocída política israelita, que neste momento se
volta impiedosamente contra os prisioneiros lutadores," entre os quais
se encontra Ahmad Saadat, secretário-geral da Frente Popular para a
libertação da Palestina.
A organização Tricontinental reiterou
sua solidariedade ao povo palestino e "condenou esta alarmante violação
dos direitos humanos sem paralelo em nossa época", reiterando "o
compromisso de seguirmos trabalhando incansavelmente até o fim da
ocupação, agressão e se consagre o direito legítimo do povo palestino à
sua terra.
Seis prisioneiros em greve de fome correm risco de morrer !
A Agência chinesa Xinhua informou
terça-feira que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) expressou
preocupação com a deterioração da saúde de seis prisioneiros palestinos
que estão há mais de 7 semanas em greve de fome nas prisões israelitas.
"Exortamos as autoridades prisionais a transferir, sem demora, os seis
prisioneiros políticos para um hospital apropriado para que suas
condições de saúde possam ser monitoradas continuamente e para que
possam receber tratamento médico especializado,", disse Juan-Pedro
Schaerer, chefe da delegação do CICV em Israel e territórios palestinos.
Os prisioneiros estão em risco iminente
de morrer, de acordo com os delegados da Cruz Vermelha e a equipe médica
que os visita desde o início da greve de fome. Além disso, Comitê
Internacional da Cruz Vermelha (CICV) "pediu urgentemente", as
autoridades israelitas, que permitam aos presos que estão em greve de
fome, por longo tempo,receber visitas de seus familiares. "Em
circunstâncias tão extremas como esta, permitir o contacto com os
familiares se converte em um imperativo humanitário", disse Schaerer.
Numa expressão típica dos
maus-tratos permanentes aos presos políticos palestinos, os soldados da
prisão israelense Negev, no sul dos territórios ocupados, realizaram
exaustivos registros, confiscam os pertences pessoais dos prisioneiros e
os encerram em pequenos recipientes de metal, informou no sábado Ma'an
news. Inclusive, os prisioneiros são impedidos de descansar ou dormir
para que desistam da greve de fome.
Ernesto Carmona, jornalista e escritor chileno
Fonte: PCB
Nenhum comentário:
Postar um comentário