13 de mayo de 2012, 11:38Madri, 13 mai (Prensa Latina) Os indignados espanhóis voltarão hoje a se concentrar na madrilenha Puerta del Sol, na segunda de quatro jornadas de mobilizações convocadas por esta espontânea plataforma popular para festejar seu primeiro ano de vida. Os desiludidos com o modelo político e financeiro imperante encheram ontem as ruas e praças de toda Espanha para lembrar a explosão do Movimento 15-M, nascido depois das multitudinárias manifestações de 15 de maio de 2011.
Como há um ano atrás, La Puerta del Sol se converteu no epicentro dos protestos pacíficos de agrupamentos como Democracia Real Já e Juventude sem Futuro, agrupamentos que coordenavam o 15-M através das redes sociais de Internet.
Quatro marchas que desde cedo partiram de diferentes povoados e bairros desta capital se encontraram ontem à noite na emblemática praça, transformada em um símbolo depois da mobilização de quase um mês protagonizada pelos indignados em 2011.
Passada meia-noite e em um ambiente festivo, entre 50 e 80 mil pessoas permaneceram reunidas na praça também conhecida como o marco zero da Espanha para denunciar que os motivos de sua insatisfação, longe de se solucionar, se aprofundaram nos últimos 12 meses.
Com uma indignação renovada devido aos duros recortes sociais aplicados pelo governo conservador de Mariano Rajoy, as organizações que compõem o 15-M tomarão os mesmos espaços públicos onde há um ano tiveram lugar os acampamentos.
Cerca de 05:00 hora local deste domingo, no entanto, agentes da Polícia Nacional desalojaram uns 200 indignados que continuavam congregados na Puerta del Sol, onde tinham organizado uma assembleia, apesar de não ter nenhuma pessoa acampada.
A Delegação do Governo em Madri assegurou à meia-noite que não interviria se não se instalavam barracas.
Em diálogo com o diário digital Público, Isabel Castellano, membro de Juventude sem Futuro, denunciou que o despejo se produziu com violência por parte das forças antidistúrbio, que deram alguns golpes nos manifestantes, 18 dos quais foram presos.
Barcelona, Valência, Alicante, Badajoz, Bilbao, Granada, Huesca, Vigo ou Sevilla acolheram também manifestações para voltar a defender que os cidadãos não são mercadoria em mãos de políticos e banqueiros, uma das principais consignas do 15-M.
Os atos para comemorar o primeiro aniversário dos indignados espanhóis, quem inspiraram outros movimentos de protesto no mundo como o Occupy Wall Street, continuarão até terça-feira com a realização de diferentes atividades lúdicas e assembleias.
Estes encontros abordarão seis eixos temáticos fundamentais: Nem um euro mais para resgatar os bancos; por uma educação e previdência públicas gratuita e de qualidade; partilha justa do trabalho e retirada da reforma trabalhista.
Os debates girarão também em torno do direito a uma moradia digna e a luta contra os despejos; um salário básico universal para todas as pessoas e a defesa dos direitos e liberdades cidadãs.
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