Instituto Carbono Brasil
O Instituto atua nas áreas de comunicação
e pesquisas científicas e tecnológicas com bases ambientalmente
sustentáveis visando à conservação da biodiversidade e a melhoria da
qualidade de vida.
*Por
Jéssica Lipinski
Umnovo estudo do Programa de Povos da Floresta (FPP) publicado nesta semana revelou que entre 1,2 bilhões e 1,7 bilhões de pessoas, cerca de 20% da população mundial, dependem diretamente das florestas para sua sobrevivência. Os dados divulgados pelo FPP não contabilizam pessoas que dependem indiretamente das florestas ou apenas de seus serviços, como regulação climática, fornecimento de água e sequestro de carbono.
A pesquisa indica que, destas pessoas, cerca de 200 milhões são consideradas indígenas. O relatório também detalha informações sobre a região, o país e o tipo de floresta que cada população habita.
Mais de 800 milhões de pessoas vivem das florestas tropicais, enquanto 60 milhões nas florestas boreais. A China, a Índia, a Indonésia e o Paquistão têm os maiores números de pessoas dependentes das florestas, com 105 milhões, 84 milhões, 70 milhões e 42 milhões respectivamente.
Segundo as informações, muitas dessas pessoas são pequenos proprietários que dependem de agricultura de subsistência ou agrossilvicultura. Apenas uma pequena parte destas populações são verdadeiramente nômades.
Ainda de acordo o documento, cerca de 20 milhões de pessoas estão empregadas formalmente no setor florestal, e entre 47 milhões e 140 milhões trabalham em empresas formais ou informais que dependem das florestas.
Mas apesar destes números e de muitos destes povos viverem das e nas florestas há séculos, a maioria não tem a posse legal destas terras, o que coloca sua situação em risco, particularmente na África, na América do Sul e no sudeste da Ásia.
Nestes lugares, as florestas, que são propriedade do estado, frequentemente são vendidas ou arrendadas para empresas ou outros países para a agricultura, a extração de madeira e a mineração sem a consulta ou o consentimento dos povos locais, que são geralmente expulsos dos locais.
Sophie Chao, do FPP, enfatiza que atualmente cerca de 350 milhões de pessoas correm o risco de perder seus lares para a grilagem de terras, já que seus direitos à terra não são reconhecidos pelas legislações nacionais.
Neste sentido, o programa ressalta que a publicação do documento é muito importante, pois pode servir para ajudar a regularizar a situação destas populações em relação ao local onde vivem e melhorar suas condições de vida e de trabalho.
"Esse relatório procura conscientizar sobre a existência de povos que dependem principalmente das florestas para sua subsistência, e reforçar sua visibilidade como atores chave e detentores de direitos no manejo e uso das florestas e seus recursos. Esses números podem servir como referências úteis na defesa do reconhecimento dos direitos legais e humanos dos povos das florestas”, concluiu o FPP.
*Crédito da Imagem: Programa de Povos da Floresta (FPP)
Fonte: Adital
Umnovo estudo do Programa de Povos da Floresta (FPP) publicado nesta semana revelou que entre 1,2 bilhões e 1,7 bilhões de pessoas, cerca de 20% da população mundial, dependem diretamente das florestas para sua sobrevivência. Os dados divulgados pelo FPP não contabilizam pessoas que dependem indiretamente das florestas ou apenas de seus serviços, como regulação climática, fornecimento de água e sequestro de carbono.
A pesquisa indica que, destas pessoas, cerca de 200 milhões são consideradas indígenas. O relatório também detalha informações sobre a região, o país e o tipo de floresta que cada população habita.
Mais de 800 milhões de pessoas vivem das florestas tropicais, enquanto 60 milhões nas florestas boreais. A China, a Índia, a Indonésia e o Paquistão têm os maiores números de pessoas dependentes das florestas, com 105 milhões, 84 milhões, 70 milhões e 42 milhões respectivamente.
Segundo as informações, muitas dessas pessoas são pequenos proprietários que dependem de agricultura de subsistência ou agrossilvicultura. Apenas uma pequena parte destas populações são verdadeiramente nômades.
Ainda de acordo o documento, cerca de 20 milhões de pessoas estão empregadas formalmente no setor florestal, e entre 47 milhões e 140 milhões trabalham em empresas formais ou informais que dependem das florestas.
Mas apesar destes números e de muitos destes povos viverem das e nas florestas há séculos, a maioria não tem a posse legal destas terras, o que coloca sua situação em risco, particularmente na África, na América do Sul e no sudeste da Ásia.
Nestes lugares, as florestas, que são propriedade do estado, frequentemente são vendidas ou arrendadas para empresas ou outros países para a agricultura, a extração de madeira e a mineração sem a consulta ou o consentimento dos povos locais, que são geralmente expulsos dos locais.
Sophie Chao, do FPP, enfatiza que atualmente cerca de 350 milhões de pessoas correm o risco de perder seus lares para a grilagem de terras, já que seus direitos à terra não são reconhecidos pelas legislações nacionais.
Neste sentido, o programa ressalta que a publicação do documento é muito importante, pois pode servir para ajudar a regularizar a situação destas populações em relação ao local onde vivem e melhorar suas condições de vida e de trabalho.
"Esse relatório procura conscientizar sobre a existência de povos que dependem principalmente das florestas para sua subsistência, e reforçar sua visibilidade como atores chave e detentores de direitos no manejo e uso das florestas e seus recursos. Esses números podem servir como referências úteis na defesa do reconhecimento dos direitos legais e humanos dos povos das florestas”, concluiu o FPP.
*Crédito da Imagem: Programa de Povos da Floresta (FPP)
Fonte: Adital
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