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segunda-feira, 2 de julho de 2012

Evo Morales destaca movimentos sociais contra as tentativas golpistas

 


O presidente Evo Morales ratificou hoje a importância dos movimentos sociais bolivianos na hora de restringir as tentativas de golpe de Estado que o país viveu desde que assumiu o poder em 2006. Morales enfatizou, em coletiva de imprensa na sede do Palácio do Governo, o apoio transcendental dos grupos sociais, contra as tentativas desestabilizadoras, e falou de provas concretas de distribuição de poder da oposição.
O líder recordou que durante o desenvolvimento da sétima marcha da Confederação de Povos Indígenas do Oriente Boliviano (Cidob), os líderes se reuniram e se repartiram os postos, com a Presidência para Adolfo Chávez e a Chancelaria para Fernando Vargas. Segundo Morales, um representante do povo guarani, presente na reunião, abandonou a mesma e contou a história, a qual se repetiu em mais de uma ocasião com pressões de Chávez sempre para que renuncie.
Para o presidente, a direita terminou debilitando e desprestigiando a Cidob, considerada uma organização muito importante dentro do conceito indígena amazônico e disse que o que foi montado sobre a vice-presidência não é uma vigília, mas uma tentativa desestabilizadora, como muitas outras nestes anos.
Por outro lado, insistiu em defender a Lei 222 de Consulta Prévia aos povos do Território Indígena e Parque Nacional Isiboro-Sécure (Tipnis) e sublinhou que os diálogos com os manifestantes só aconteceriam se estivessem presentes os 60 corregedores do lugar e das três subcentrais.
Se não estão todos os corregedores e os dirigentes das subcentrais do Sécure e da Confederação Indígena do Sul não haverá diálogo, enfatizou o líder, que se nega a dialogar apenas com a subcentral Cidob.
Morales também fez referência à atuação policial durante a revolta de pouco mais de uma semana e salientou que o referido corpo não tem doutrinas nem valores.
A polícia não estava certa com o povo. A carência de valores nos leva a atuar assim. Se eles tivessem, atuariam com disciplina e não protagonizariam fatos como os que foram vividos, disse.
O presidente boliviano comentou também sobre a Cúpula do Rio do Janeiro e a reunião do Mercado Comum do Sul, celebrada na cidade argentina de Mendoza, onde foram aprovadas sanções ao Paraguai, como consequência do golpe de congresso que tirou o poder do líder eleito Fernando Lugo.
Não serão tomadas medidas econômicas porque, em última análise, afetam o povo, mas políticas, para deixar claras as posições de nossos países, finalizou o presidente boliviano.
A notícia é da Prensa Latina

Fonte: Adital

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