O presidente Evo
Morales ratificou hoje a importância dos movimentos sociais bolivianos na hora
de restringir as tentativas de golpe de Estado que o país viveu desde que
assumiu o poder em 2006. Morales enfatizou, em coletiva de imprensa na sede do
Palácio do Governo, o apoio transcendental dos grupos sociais, contra as
tentativas desestabilizadoras, e falou de provas concretas de distribuição de
poder da oposição.
O líder recordou
que durante o desenvolvimento da sétima marcha da Confederação de Povos
Indígenas do Oriente Boliviano (Cidob), os líderes se reuniram e se repartiram
os postos, com a Presidência para Adolfo Chávez e a Chancelaria para Fernando
Vargas. Segundo Morales, um representante do povo guarani, presente na reunião,
abandonou a mesma e contou a história, a qual se repetiu em mais de uma ocasião
com pressões de Chávez sempre para que renuncie.
Para o presidente,
a direita terminou debilitando e desprestigiando a Cidob, considerada uma
organização muito importante dentro do conceito indígena amazônico e disse que
o que foi montado sobre a vice-presidência não é uma vigília, mas uma tentativa
desestabilizadora, como muitas outras nestes anos.
Por outro lado,
insistiu em defender a Lei 222 de Consulta Prévia aos povos do Território
Indígena e Parque Nacional Isiboro-Sécure (Tipnis) e sublinhou que os diálogos
com os manifestantes só aconteceriam se estivessem presentes os 60 corregedores
do lugar e das três subcentrais.
Se não estão todos
os corregedores e os dirigentes das subcentrais do Sécure e da Confederação
Indígena do Sul não haverá diálogo, enfatizou o líder, que se nega a dialogar
apenas com a subcentral Cidob.
Morales também fez
referência à atuação policial durante a revolta de pouco mais de uma semana e
salientou que o referido corpo não tem doutrinas nem valores.
A polícia não
estava certa com o povo. A carência de valores nos leva a atuar assim. Se eles
tivessem, atuariam com disciplina e não protagonizariam fatos como os que foram
vividos, disse.
O presidente
boliviano comentou também sobre a Cúpula do Rio do Janeiro e a reunião do
Mercado Comum do Sul, celebrada na cidade argentina de Mendoza, onde foram
aprovadas sanções ao Paraguai, como consequência do golpe de congresso que
tirou o poder do líder eleito Fernando Lugo.
Não serão tomadas
medidas econômicas porque, em última análise, afetam o povo, mas políticas,
para deixar claras as posições de nossos países, finalizou o presidente
boliviano.
A notícia é da
Prensa Latina
Fonte: Adital
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