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sábado, 16 de junho de 2012

Após saída dos observadores da ONU, EUA estudam "novos passos" na Síria

 

Por enquanto, as propostas não incluem a intervenção militar

  
   


A Casa Branca considerou neste sábado que a suspensão da missão de observadores da ONU marca um "ponto de inflexão" na Síria e assegurou que estuda junto com seus aliados "novos passos" para encontrar uma via rumo à transição no país.

"Neste ponto de inflexão, estamos consultando com nossos parceiros internacionais novos passos rumo a uma transição política liderada pelos sírios", disse o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança (NSC) da Casa Branca, Tommy Vietor, em comunicado. "Quanto mais rápido ocorrer essa transição, melhor oportunidade teremos de impedir uma longa, sangrenta e sectária guerra civil", advertiu.

A Casa Branca "urge de novo o regime sírio a cumprir seus compromissos sob o plano (do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi) Annan, incluída a implementação completa de um cessar-fogo", concluiu o funcionário.
  


Embora Vietor não tenha especificado a quais "novos passos" se refere, os Estados Unidos estão há duas semanas imersos em negociações na ONU para propor no Conselho de Segurança uma nova resolução, baseada no capítulo 7 da Carta do organismo. Apesar de esse capítulo contemplar a adoção de medidas militares e não-militares contra qualquer país, os EUA só propõem por enquanto "um embargo de armas e sanções", mas "nenhuma opção está fora da mesa", segundo advertiu na quinta-feira a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.

O chefe da missão de observadores da ONU na Síria, o general norueguês Robert Mood, assinalou em comunicado que os observadores deixarão de patrulhar o país por enquanto, uma decisão que chega após "uma intensificação da violência armada na Síria durante os últimos dez dias". A suspensão será revisada diariamente e as operações serão retomadas apenas "quando vejamos que a situação é adequada para prosseguir as atividades do mandato", afirmou.

Além das negociações na ONU, os EUA tentam estreitar posturas com a Rússia, a quem enxergam como um ator crucial em sua tentativa de convencer o presidente sírio, Bashar al Assad, a ceder o poder a seu vice-presidente.

Opera Mundi

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