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sábado, 2 de junho de 2012

A Folha mente




Por Valdir Pereira


Há algum tempo venho mantendo uma "perrenga" com a Folha. Tenho o costume de comentar reportagens publicadas pelo jornal, como muitos outros o fazem no jornal digital Folha.com. A minha postura em contraditar a orientação política conservadora do jornal, rendeu-me dezenas de obstruções e censuras as minhas postagens.
Hoje, mais uma vez, coloquei a prova os moderadores da folha.com. do site da UOL, tambem, de propriedade da Folha.
Comentei uma matéria do colunista Kenedy Alencar, que trancrevo abaixo:

Equilíbrio, senhores


Um juiz de direito deve sempre se pautar pelo equilíbrio e moderação em suas atitudes. No caso de um ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), muito mais. Uma posição tão importante recomenda evitar a leviandade.

É compreensível que o ministro Gilmar Mendes se sinta ultrajado pelo que chama de "central de divulgação" de rumores para tentar ligá-lo a malfeitos do senador Demóstenes Torres e do contraventor Carlinhos Cachoeira. No entanto, o ministro precisa apresentar provas e evidências de suas graves acusações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-diretor da Polícia Federal Paulo Lacerda.

Do contrário, transmite a imagem de um ministro que não está à altura do seu cargo no Supremo. É ruim, porque Mendes tem a qualidade de tomar decisões impopulares se as considerar corretas. Possui fama de homem sério, assim como Lula e Lacerda.

Em entrevista à "Globonews", na segunda-feira, Mendes disse que inferiu que Lula mencionou uma viagem a Berlim na companhia de Demóstenes a fim de relacionar esse fato à CPI do Cachoeira. No entanto, negou que tenha entendido que se tratava de oferta de blindagem. Na mesma entrevista, afirmou que Lula opinara contra julgar o mensalão ainda neste ano.

Na terça-feira, Mendes subiu o tom. Além de lançar na conta de Lula a origem da divulgação de rumores de suposto envolvimento seu com Demóstenes e Cachoeira, atribuiu ao ex-presidente algo que não havia dito em suas entrevistas anteriores: o petista estaria agindo para "melar" o julgamento do mensalão. E foi além. Usou as palavras "gângsteres" e "bandidos" para se referir a seus supostos detratores, mas não quis dizer com todas as letras que Lula seria um deles.

Ora, se hoje pensa isso a respeito de Lula e do PT, Mendes deveria ter tornado pública imediatamente a suposta pressão feita em 26 de abril, no encontro que teve com o ex-presidente no escritório de Nelson Jobim, ex-presidente do STF e ex-ministro dos governos FHC, Lula e Dilma. Poderia ter relatado tais fatos a todos os colegas do STF e pedido providências.

Que prova Mendes tem de que Lula é o pai da "central de divulgação" que procura difamá-lo? Que prova possui do envolvimento do ex-delegado federal Paulo Lacerda?

Fazer acusações duras com leviandade tira credibilidade de sua indignação. Produz um tremendo mal ao Supremo, pois leva o tribunal a uma polêmica próxima de briga de rua. Também fica mal na foto o presidente do STF, Carlos Ayres Britto, a quem Mendes teria feito um relato sobre a reunião com Lula e Jobim. Britto não poderia ter ficado calado diante do que ouviu. É preciso que o Supremo e seus ministros ajam com equilíbrio para não transformar o julgamento numa batalha política entre eles próprios.

É mais do que legítimo e natural que PT e PSDB travem essa batalha, porque são partes do jogo político e ambos beberam na fonte do valerioduto, guardadas as devidas proporções. O caso petista é mais grave do que o tucano devido à amplitude do esquema.

Lula é outro que está em maus lençóis. Sua reação pública tem sido comedida em relação à estridência das acusações de Mendes. Uma nota se dizendo indignado é pouco. Lula deveria falar publicamente, negando com veemência e propondo processo por calúnia e difamação contra Mendes.

Como ex-presidente, Lula tem o direito de opinar com mais liberdade do que na época em que estava no Palácio do Planalto. No entanto, é o principal líder do PT. Aceitar as acusações de Mendes sem uma reação mais dura equivale a corroborar as afirmações de que atua para melar o mensalão, de que seria o articulador da "central de divulgação" e, mais grave, teria condicionado um adiamento do julgamento no STF a uma suposta blindagem na CPI do Cachoeira, sobre a qual tem, sim, influência.

Na disputa política com o PSDB, não é incorreto, do seu ponto de vista, que o PT queira adiar o julgamento do mensalão para 2013. Está pintando um cronograma que fará este assunto ser analisado pelo Supremo no auge da campanha eleitoral. Obviamente, ganho político o PT não terá. Só a oposição, que, cumprindo seu papel, encontrou um tema para desgastar o petismo

Para refrescar a memória, foi o próprio presidente do Supremo quem disse ver inconveniência em misturar o julgamento do mensalão com a reta final da campanha eleitoral. Ayres Britto afirmou isso em entrevistas ao assumir o comando do tribunal. Colegas seus divergiram. Outros concordaram.

Pelos cargos que ocupam e que ocuparam, todos os personagens desse imbróglio deveriam agir com mais equilíbrio, moderação e, sobretudo, sem leviandade.


VAMOS COMBINAR

Não existe risco de crise institucional. Não há ameaça à democracia no Brasil. Nossas instituições estão funcionando muito bem, obrigado. E a imprensa nunca foi tão livre, o que é ótimo.

Kennedy Alencar escreve na Folha.com às sextas. Na rádio CBN, é titular da coluna "A Política Como Ela É", no "Jornal da CBN", às 8h55 de terças e quintas. Na RedeTV!, apresenta o "É Notícia", programa dominical de entrevista, e o "Tema Quente", atração diária com debate sobre assuntos da atualidade.
                                            
                                                          COMENTÁRIOS

Transcrevo abaixo meu comentário sobre a matéria publicadana coluna de KA. Logo abaixo, a mensagem do jornal sobre meu comentário indicando que uma moderação prévia será necessária. Pelas normas da folha é exigência: respeito aos demais leitores; não publicar contédo ofensivo; evitar expressões com todas as letras maiusculas e, alerta, que aqueles que transcredirem as regras suas postegens estarão sujeitas a uma moderação prévia antes da publicação. Pergunto, o que há de  ofensivo ou desrespeitoso em meu texto para ser censurado e não publicado?

Meu comentário:
Só como teste escrevo estas linhas. Há muito tempo meus comentários não tem sido publicados, nesta página. Quanto à matéria de KA, sua conclusão sobre a postura do ministro é bem elucidativa: há algo errado no reino do STF. Quanto a Lula, sua posição a respeito das denuncias, tem sido corretas: quem acusa cabe o ônus da prova. Ao contrário dos demais jornalistas deste veículo, KA tem sido imparcial, mais honesto, nas matérias que escreve. É digno de respeito e credibilidade...!!!

Resposta da Folha ao comentário:
Atenção

O seu comentário não pode ser publicado automaticamente. Há palavras no seu texto indicando que uma moderação prévia será necessária. Caso queira publicar seu texto assim mesmo, clique em Confirmar. Caso queira editar o seu texto novamente, clique em Cancelar.
Obviamente que o texto foi censurado, não foi publicado.

Textos que a folha publica sem qualquer restrição; de certa forma até estimula ou paga o comentarista para postá-las, mesmo trangredindo as regras do jornal:


Paulo Lima (154)    -     em 31/05/2012 às 13h50
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    Os pe tra lhas, com seu discurso VA GA BUN DO, falam que a Fo lha é do "PIG". Como um jornal que tem Kennedy Alencar (ex-assessor oficial de imprensa do PT), Mo ni ca Ber ga mo (amiga de Zé Dirceu e ex-mulher de pe tis ta) e, parando por aqui, Elio Gaspari (puxa-saco oficial de governos DESDE A DITADURA MILITAR) pode ser taxado de antigoverno? Como? É porque o JEG (Jornalismo da Esgotosfera Governista) QUER DOMINAR TUDO E TODOS, COMPLETAMENTE, NÃO SE CONTENTANDO COM ALGUNS ESBIRROS DO PARTIDO.
(O comentário não representa a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem)

Outro comentário do mesmo Paulo Lima respondendo a desconfiança de um outro leitor que coloca em dúvida a isenção de KA. (Veja a hora da resposta e o número das postagens entre parentêsis). A primeira de número (154) e a outra de número (4286). Significa que possui duas contas no mesmo jornal. Ambas (teóricamente impossíveis, pelas regras do jornal) de um leitor crítico do governo e do PT, que aparecem freguentemente entre outros comentaristas do mesmo perfíl e usando pseudonimo. Ja vi casos de 5 postagens do mesmo comentarista, em 1 minuto, que denunciei como sendo uma equipe que postavam comentários a soldo de alguem, tentando desestabilizar o governo Dilma. O pseudo comentarista desapareceu, imediatamente.Que nome damos a isso? Veja o outro comentário 3 minutos após, já com outro número::

Paulo Lima (4286)   -    em 31/05/2012 às 15h53
Não desconfie, TENHA CERTEZA! Kennedy foi ASSESSOR DE IMPRENSA DO PT NA DÉCADA DE 90! Ele deveria ter vergonha na cara ao dar uma de "isento". O passado dele O CONDENA!
(O comentário não representa a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem)
Claro fica que o jornal adota critérios distintos para as postagens, desconhecendo suas próprias  normas: para os críticos do governo ou do PT, tudo póde. Para os defensores: censura.
Como um jornal como este tem a coragem em falar de liberdade de expressão; em parcialidade. e isenção; em imprensa livre, se ela própria é o exemplo de censura, práticada com seus leitores; da sua parcialidade política e ideológica que contraria os princípios do jornalismo sério e correto no seu dever de informar. A Folha  é um pinóquio midiático, sem dúvida...!!!
    

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