Por Antonio Barreto
A atitude solidária no Brasil encheu-se de júbilo e de alegria com a vitória da Revolução Cubana em 1º de janeiro de 1959. A partir daí, a solidariedade a Cuba no Brasil foi persistente e sempre alerta e muito ativa.
A partir do golpe de 1964 no Brasil, o povo cubano e seu governo, retribuindo a solidariedade brasileira, apoiaram e acolheram os perseguidos pela ditadura militar. Nessa ocasião, os brasileiros lutavam por algo que os irmãos cubanos já haviam conquistado há alguns anos: a liberdade e o poder popular, a democracia em sua forma mais autêntica.
A amizade, a solidariedade e a cooperação entre os povos do Brasil e de Cuba foram, são e serão uma avenida cada vez mais larga e de mão dupla, a solidariedade que vai e a solidariedade que vem.
Com o fim das ditaduras militares na América Latina e no Caribe, começa a fase da luta contra os governos neoliberais e contra a proposta anexacionista da Área de Livre Comércio das Américas, a Alca.
A luta contra a Alca, na qual Cuba teve um papel de vanguarda, unifica os povos de Nossa América, assim como a partir da vitória de Hugo Chávez em 1998, na Venezuela, tem início um novo ciclo político em nosso continente que atinge um ponto alto na recente criação da Celac, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos.
A Celac faz atual os desígnios de Simon Bolívar e José Martí, entre tantos outros Libertadores, que almejavam a união e a integração solidária da América Latina e do Caribe, bandeira que Cuba sempre carregou, mesmo nos momentos mais difíceis.
Após a vitória da Revolução, e desde aí até hoje, a bandeira da unidade e da integração latino-americana e caribenha esteve presente nos discursos de Fidel e de todo revolucionário cubano. Cuba carregou esta bandeira anti-imperialista e nos ajudou a trazê-la para tremular hoje em nossos céus, anunciando a real possibilidade de um futuro melhor para nossos povos, com liberdade, independência nacional, democracia popular, e desenvolvimento econômico e social.
Nos dias de hoje, os brasileiros solidários a Cuba têm como desafios a luta pela libertação dos 5 heróis cubanos presos injustamente nos Estados Unidos; a luta pelo fim do criminosos bloqueio econômico; e o combate às mentiras midiáticas que tentam difamar as conquistas do Socialismo em Cuba.
A solidariedade do povo brasileiro tem hoje um potencial inédito que precisa ser realizado e florescer. Nossa solidariedade a Cuba e a seu povo precisa transbordar e atingir milhares e depois milhões e milhões de compatriotas.
A partir de um amplo movimento, sem restrição por opção política, ideológica ou confessional, com amplitude política e social, e com a pluralidade necessária, com unidade e convergências pelo método do consenso, é possível fazermos ações cada vez mais populares e massivas. Ações diversas, de variadas formas e com distintos atores, todos juntos irmanados pelo objetivo de atuar para fazer avançar a solidariedade a Cuba.
Nós, entidades de solidariedade a Cuba, movimentos sociais, partidos políticos, intelectuais, artistas, religiosos, enfim todos nós brasileiros e brasileiras solidários a Cuba, temos a possibilidade e a necessidade de avançar ainda mais o nosso trabalho solidário.
Com unidade, respeito e confiança mútua, sem protagonismos ou discriminações, e valorizando e enaltecendo o que já fizemos desde os anos 50 e depois em um processo de 20 convenções nacionais de solidariedade a Cuba, precisamos e podemos avançar ainda mais e fazer ainda mais e melhor uma atividade que é paixão e razão de todos nós: a solidariedade a Cuba!
Viva Cuba!
Viva o socialismo!
Fim do Bloqueio e a imediata libertação dos 5 Heróis!
Fonte: Solidários
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