O presidente paraguaio destituído na última sexta-feira, Fernando Lugo, informou em entrevista exclusiva à teleSUR que a partir da semana que vem recorrerá toda a nação para explicar detalhadamente o que ocorreu durante o processo de julgamento político.
O presidente destituído
pelo Congresso paraguaio, Fernando Lugo, se referiu a um possível regresso à
Presidência da República. "Acho muito difícil que ocorra porque já houve um
acordo entre os setores de poder, no entanto, nada é impossível, segue
mantendo-se a resistência e nesta terça-feira continuam as manifestações em
diferentes departamentos do país”.
Em entrevista
exclusiva à teleSUR com a correspondente Amanda Huerta, disse que "seria um
erro muito grande frear os processos pacíficos de resistência, porque por essa
razão foi que na semana passada aceitou esse julgamento político, para evitar
violência e sangue; esses jovens e adultos que hoje se manifestam ganharam um
espaço na sociedade paraguaia”.
"Nesse sentido,
informou que a partir da semana que vem recorrerá "toda a geografia nacional
para explicar detalhadamente o que passou sexta-feira na política paraguaia”.
Na opinião do
mandatário destituído na sexta-feira passada, "os partidos políticos paraguaios
quiseram cortas as asas de um processo que tinha que continuar em 2013, baseado
nas políticas públicas e sociais que se haviam empreendido para beneficiar aos
cidadãos”.
Referiu-se aos
movimentos sociais que se constituíram no Paraguai a raiz do sucedido na semana
passada, e os qualificou de "um novo despertar cidadão e político importante
para consolidar a democracia”.
"Somente uma
democracia participativa e protagônica é a que pode garantir a continuidade de
um processo democrático no país”, acrescentou.
Precisamente, em
defesa desses planos sociais empreendidos durante a gestão de Lugo, movimentos
campesinos e organizações que fazem vida na sociedade paraguaia se mantiveram
em manifestações pacíficas em todo o país para defender a continuidade
constitucional. Mais de 2.500 campesinos foram à capital do país, após
conhecida a notícia do julgamento político, para manifestar seu apoio ao
presidente Lugo.
Na ocasião,
ministros e deputados acompanharam as marchas que chamavam o Congresso
paraguaio a manter a continuidade constitucional e respeitar a vontade
democrática do povo, que elegeu o mandatário por meio de um processo eleitoral.
A notícia é da TeleSUR
Adital
Adital
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