A notícia abaixo, colhida no R7,
explicita aquilo que paulistas e paulistanos já vem sentindo na pele e
temendo no dia a dia: a segurança pública do estado mais rico do Brasil
faliu e não consegue impor autoridade contra co crime organizado.
Mais de 40 policiais assassinados, ônibus queimados e o medo reinando no comércio.
O saldo é para lá de negativo.
Quem encarna este fracasso?
Os atuais governantes da capital e do estado, aliados desde 1995, que
estão levando São Paulo ao retrocesso político, ao desastre social.
Até a verba para distribuição do sopão aos pobres e desabrigados o
prefeito da cidade mais rica do Brasil, Kassab, chegou a cancelar, mas
pressionado e prevendo danos eleitorais ao seu candidato, Serra, voltou
atrás horas depois.
Mas se o JN não divulga ou se a Veja não escandaliza, ninguém percebe?
Delegado-geral diz que sequência de mortes "chama atenção" e ainda é investigada
Mesmo com a morte de quase 40 policiais e dez ônibus queimados no Estado, o Governo continua negando que haja um ataque organizado contra a polícia. Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Marcos Carneiro, a sequência de mortes "chama atenção", mas as investigações ainda não apontam correlação e seria "prematuro afirmar que houve algo coordenado".
— A linha de investigação está chegando nas autorias, já tem autor definido, e ainda não existe uma correlação. O importante é chegar no autor e depois na motivação. (...) A polícia não descarta nenhuma possiblidade, trabalha com todas as hipóteses, mas é prematuro afirmar que houve algo coordenado. O fato é que chama atenção essa sequência de morte.
Apenas até esta quinta-feira (28), já são 40 policiais militares mortos no Estado. Em 2011, esse número foi de 47 durante todo o ano. Isso significa que em seis meses já ocorreram 85% das mortes registradas no último ano. Além dos assassinatos, ao menos três bases da PM foram atingidas por tiros, sendo a última na madrugada desta quinta-feira, no Grajaú.
E não é só. Desde que as mortes começaram (na semana passada), dez ônibus foram queimados em diversos pontos da região metropolitana de São Paulo. Os casos ocorreram da noite de sexta-feira (22) até a noite de quarta (27). Na capital foram dois no Sacomã e um no Capão Redondo (zona sul), dois no Tremembé (zona norte) e um em Sapopemba (zona leste). Outros três foram incendiados em Guarulhos, Diadema e Taboão da Serra.
Na noite de quarta-feira, outro coletivo foi incendiado, desta vez no município de Ferraz de Vasconcelos e a empresa de ônibus ViaSul interrompeu a circulação e os coletivos foram recolhidos.
De acordo com o major Marcel Soffner, porta-voz da Polícia Militar, apesar das investigações não descartarem nenhuma hipótese, as ações criminosas de queimar os coletivos são consideradas desconexas. Soffner afirmou que a PM está fazendo um mapeamento das ações e que não há motivo para alarmes.
— São formas totalmente desconexas [de ataques a ônibus], mas não podemos afirmar nem descartar nada. O que não podemos é fazer comparações com eventos do passado. A PM já está adotando algumas ações de policiamento ostensivo diretamente relacionado a isso.
Sobre a questão dos ônibus, Carneiro também diz que não se pode fazer a correlação com as mortes dos PMs.
PMs mortos já são 70% do total de 2011— As delegacias de bairros estão investigando [os coletivos], a gente acredita que são atos isolados, daquelas pessoas que querem tumultuar. E afeta-se a população mais carente. É um trabalho difícil.
Mortes
No último caso, registrado na segunda-feira (25), um policial militar foi morto durante uma tentativa de assalto a uma pizzaria, em Praia Grande, litoral de São Paulo. Segundo a PM, a vítima estava de folga e estava no local aguardando o pedido ficar pronto.
De acordo com o coronel Roberval Ferreira França, todas as vítimas foram assassinadas fora do horário de trabalho. Essa informação contradiz, porém, dados da própria SSP (Secretária de Segurança Público). O balanço trimestral da secretaria aponta que dois PMs foram mortos em serviço no Estado nos primeiros três meses do ano.
Toque de recolher
Um suposto toque de recolher assustou moradores da zona sul de São Paulo. De acordo com a PM, tudo não passou de boato, mas uma associação de moradores da região acusam os próprios policiais militares de impor o fechamento de comércios.
Em um site, a Associação de Moradores da Vila da Paz soltou uma nota em que diz que a Policia Militar passou “nesta terça-feira (26) em comboio pelas ruas mandando todos baixarem as portas dos comércios e entrarem para dentro de casa”.
Ainda segundo a nota, na quarta-feira o toque de recolher era para toda a região do Ipiranga e que “as escolas já dispensaram seus alunos e os ônibus estavam sendo recolhidos as garagens”.
Governo
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), avisou, também na quarta-feira, que se os criminosos enfrentarem a policia irão “levar a pior”. Ainda de acordo com o governador, a polícia, que reforçou o patrulhamento em razão dos atentados, não irá “retroceder um milímetro”.
— A Polícia não vai retroceder um milímetro. Já tem gente presa e todos serão presos. E se enfrentar a polícia, vai levar a pior.
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