As
relações perigosas entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira e alguns órgãos
de imprensa, especialmente a revista Veja, ainda prometem dar muito
pano pra manga. Já se sabia que Cachoeira produziu diversos grampos e
vídeos clandestinos utilizados pela revista nos últimos anos, como a fita em que Maurício Marinho, ex-funcionário dos Correios, aparecia recebendo uma propina de R$ 5 mil – denúncia que desencadeou o processo do Mensalão. Agora, segundo o jornalista Luiz Carlos Azedo,
principal colunista político do Correio Braziliense, surgem indícios de
que Cachoeira também esteve por trás da gravação de imagens no hotel
Naoum, no fim do ano passado, que captaram encontros do ex-ministro José
Dirceu com autoridades do governo federal, como o ministro Fernando
Pimentel e o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.
Há rumores de que Cachoeira estaria na iminência de se tornar réu colaborador, passando às autoridades mais informações do que as obtidas nas investigações, o que fecharia o cerco a políticos e empresas envolvidas em ilícitos. Até magistrados estariam enrolados nos seus grampos, alguns dos quais serviram de base para denúncias da imprensa, como as imagens (sem áudio) dos encontros do ex-ministro José Dirceu num hotel de Brasília.
Fonte: Correio do Brasil
À época, um repórter da revista Veja, Gustavo Ribeiro, foi acusado de tentar invadir o apartamento do ex-ministro para demonstrar que ele estaria atuando como lobista no governo federal. Um inquérito foi aberto pela Polícia Civil do Distrito Federal, mas o jornalista não foi indiciado porque a invasão, impedida pela camareira do hotel, não se consumou. Veja, no entanto, publicou imagens do corredor do hotel, que não foram captadas pelo circuito interno de imagens do Naoum. Segundo Azedo, do Correio Braziliense, o vídeo pode ter sido produzido pela gangue de Carlinhos Cachoeira, que foi fonte contumaz da revista nos últimos anos. A reportagem de Veja, que terminou nas páginas policiais, também contribuiu para a queda do ex-redator-chefe da publicação, Mario Sabino.
Caso a informação se confirme, será mais um problema para a Editora Abril, que ainda não se explicou de forma convincente sobre a parceria editorial com um dos maiores contraventores do País. Leia, abaixo, a nota que Azedo publicou no Correio Braziliense:Há rumores de que Cachoeira estaria na iminência de se tornar réu colaborador, passando às autoridades mais informações do que as obtidas nas investigações, o que fecharia o cerco a políticos e empresas envolvidas em ilícitos. Até magistrados estariam enrolados nos seus grampos, alguns dos quais serviram de base para denúncias da imprensa, como as imagens (sem áudio) dos encontros do ex-ministro José Dirceu num hotel de Brasília.
Fonte: Correio do Brasil
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